Inicialmente era uma religião politeísta por crer em várias divindades, como forças da natureza.
Adoravam vários deuses, em cerimônias patrocinadas pelo estado ou pelo povo. Geralmente os deuses possuíam formas de animais (zoomorfismo) ou uma mistura de homem e animal (antropozoomorfismo). Ao passar de séculos, a crença passou a ser mais diversificada, sendo considerada henoteísta, porque acreditava em uma divindade criadora do universo, tendo outras forças independentes, mas não iguais a este.
Os nomes no período Pré-Dinástico possuíam deuses pessoas representados por animais da região, como falcões, hipopótamos, crocodilos, leões, chacais e etc.
Com a unificação do país, os deuses locais passaram a conviver com novos deuses cultuados em toda a extensão do reino.
O deus mais importante era Rá, considerado como o criador do Universo. Quando a capital do império passou a ser Tebas, Amon, o deus protetor dos tebanos e Rá passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá. Logo depois vem os mais populares: Osíris, Ísis, Hórus, Ptah, Hator, Anúbis e Toth.
Também pode ser considerada monoteísta, pois tinha a crença em um único deus, as outras divindades eram neteru (plural de neter), o que podem ser chamados de "anjos de deus", o que seriam vários aspectos de um mesmo deus. A religião era praticada em templos e santuários domésticos. A religião ainda é praticada atualmente, porém com minorias.
O kemetismo é uma reconstrução neopagã da religião ainda praticada atualmente.
As fontes para o estudo da mitologia egípcia são variadas, desde templos, pirâmides, estátuas, túmulos até textos. Em relação às fontes escritas, os egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças.
Em geral, os investigadores modernos centram-se no seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.
O Livro das Pirâmides é uma compilação de fórmulas mágicas e hinos cujo objectivo é proteger o faraó e garantir a sua sobrevivência no Além. Os textos encontram-se escritos sobre os muros dos corredores das câmaras funerárias das pirâmides de Sakara. Do ponto de vista cronológico, situam-se na época da V e VI dinastias;
O Livro dos Sarcófagos, uma recolha de textos escritos em caracteres hieroglíficos cursivos no interior de sarcófagos de madeira da época do Império Médio, tinha também como função ajudar os mortos no outro mundo;
Por último, o Livro dos Mortos, que inclui os textos das obras anteriores, para além de textos originais, data do Império Novo. Esta obra era escrita em rolos de papiro pelos escribas e vendida às pessoas para ser colocada nos túmulos.
Outras fontes escritas são os textos dos autores gregos e romanos, como os relatos de Heródoto (século V a.C.) e Plutarco (século I d.C.).
CULTURA EGÍPCIA
Os deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação.
Para a cultura do antigo Egito o casamento consanguíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.
Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.
Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses.
Deve ser entendido que o "deus" não residia em cada vaca ou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eram cuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.
Para a cultura do antigo Egito o casamento consanguíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.
Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.
Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses.
Deve ser entendido que o "deus" não residia em cada vaca ou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eram cuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.
Cultos dos egípcios
Os egípcios cultuavam inúmeros deuses, com funções e aspectos variados. Existiam deuses cultuados em todo o Egito e outros adorados apenas em determinados lugares. Entre os primeiros estavam os deuses ligados à morte e ao enterro, como Osíris.O culto a Ísis e a Osíris era o mais popular no Egito Antigo. Acreditava-se que Osíris e sua irmã-esposa, Ísis, tinham povoado o Egito e ensinado aos camponeses as técnicas de agricultura. Conta a lenda que o deus Set apaixonou-se por Ísis e por isso assassinou Osíris. Esse ressuscitou e dirigiu-se para o Além, tornando-se o deus dos mortos.
Os antigos egípcios acreditavam que as lágrimas de Ísis, que chorava a morte do esposo, eram responsáveis pelas cheias periódicas do Nilo. Também era adorado o deus Hórus, filho de Ísis e Osíris.
Estas divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas, até mesmo de animais e interferir diretamente nos fenômenos da natureza. As cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local.
Os deuses têm muito em comum com os homens: podem nascer, envelhecer, morrer: possuem um corpo que deve ser alimentado, um nome, sentimentos. No entanto, estes aspectos muito humanos escondem uma natureza excepcional: seu corpo, composto de matérias preciosas, é dotado de um poder de transformação, suas lágrimas podem dar nascimento a seres ou minerais. Os poderes dos deuses são sempre comparados a algumas propriedades dos elementos da natureza ou dos animais, o que dá lugar a representações híbridas às vezes espantosas.
Para representar os deuses, todas as combinações são possíveis: divindades totalmente humanas, deuses inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana. A esfinge, imagem do deus-sol e do rei, é um leão com cabeça humana. Há animais comuns a muitas divindades (o falcão, o abutre, a leoa) e outros que são característicos de apenas uma (ibis de Thot, o escaravelho de Khepri).
Os egípcios mumificavam e enterravam seus animais domésticos. Sobretudo em uma data relativamente tardia, no decorrer do 1° milênio A.C. os egípcios sacrificavam animais para mumificá-los e amontoá-los aos milhares em cemitérios especiais. São, provavelmente, ex-votos que os devotos compraram dos sacerdotes para oferecer a seu deus seu animal preferido.
O culto dos touros sagrados é muito mais antigo: um animal único torna-se uma manifestação terrestre do deus. Ele tem direito a um enterro com grandes pompas.
Havia inúmeros deuses, sendo inevitável às rivalidades e as contradições.
Cosmogonia é o termo utilizado para determinar uma ou mais teorias sobre a formação do Universo. A primeira de todas as culturas reconhecida pela academia científica a interessar-se por este estudo e a tentar apresentar material objetivo foi a civilização Egípcia.
O Egito maravilhava-se com o mundo cheio de vitalidade e procuraram sistematicamente desenvolver e compreender Cosmogonias múltiplas, que apesar das diferenças entre as escolas de pensamento, quanto interpretações da realidade, possuíam traços fundamentais comuns entre si.
O Egito maravilhava-se com o mundo cheio de vitalidade e procuraram sistematicamente desenvolver e compreender Cosmogonias múltiplas, que apesar das diferenças entre as escolas de pensamento, quanto interpretações da realidade, possuíam traços fundamentais comuns entre si.
O Universo para os Egípcios tinha três regiões:
- o Mundo Inferior, que era o reino dos mortos;
- a Terra, o reino de toda a criação animada;
- o Céu, que era o reino das divindades Cósmicas, da lua e das estrelas.
- o Mundo Inferior, que era o reino dos mortos;
- a Terra, o reino de toda a criação animada;
- o Céu, que era o reino das divindades Cósmicas, da lua e das estrelas.
A Terra era um disco rodeado pelas águas primordiais, designadas por Nun. O centro da Terra era o Egito e Nun rodeava ainda o Mundo Inferior e o Céu, ou seja, todo o Cosmos estava envolvido num oceano primordial.
Podemos detectar a influência de três obras clássicas que levaram a Cosmogonias múltiplas: o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos, e o Livro dos Mortos do Egito. Existiram ainda outras obras de algum relevo, porém apenas três principais escolas teológicas singraram, inspiradas nas três obras identificadas. É neste ponto em que as interpretações divergem quanto as relações entre os elementos fundadores do Universo:- a Escola de Heliópolis (Grande Escola da Enéade de Heliópolis), a Escola de Hermópolis e a Escola de Mênfis.
Podemos detectar a influência de três obras clássicas que levaram a Cosmogonias múltiplas: o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos, e o Livro dos Mortos do Egito. Existiram ainda outras obras de algum relevo, porém apenas três principais escolas teológicas singraram, inspiradas nas três obras identificadas. É neste ponto em que as interpretações divergem quanto as relações entre os elementos fundadores do Universo:- a Escola de Heliópolis (Grande Escola da Enéade de Heliópolis), a Escola de Hermópolis e a Escola de Mênfis.
A Enéade de Heliópolis
A Grande Escola da Enéade de Heliópolis
No Inicio do Universo existia apenas Nun, o oceano primordial onde o deus de toda a criação, Atum, vagueia sem qualquer preocupação, ocupação ou propósito. Um mundo caótico, inconsciente do seu estado.Atum dirigiu-se para um lugar elevado nas águas de Nun e colocou-se de pé pela primeira vez. Ao masturbar-se Atum ejaculou, “cuspiu” Chu, o deus da vida, do ar e da luz, que também simbolizava o princípio masculino ativo e Tefnut, a deusa da Humidade que personificava a água e a verdade e o princípio feminino ativo. Atum era hermafrodita sendo simultaneamente pai e mãe deste primeiro casal primordial Divino.
Deste casal surgiram Nut, deusa do Céu e Geb, o deus da Terra. Chu ergueu Nut (o Céu) sobre Geb (a Terra), e assim formaram a abóboda celeste. Nut e Geb criaram o tempo, a noite e o dia, e quando Geb e Nut se uniam, criavam a noite e autorizavam os homens a ver a beleza do céu estrelado.
Da união entre Geb e Nut nasceram quatro deuses que acasalaram da seguinte maneira: Isis com Osíris e Set com Néftis.
Isis personificava o trono da realeza e simbolizava a natureza, logo, toda a criação. Osíris o lodo fertilizador do Nilo e constituía o modelo para o faraó reinante. Osíris tornou-se Deus da Terra, que governou durante muitos anos com o apoio de Isis, sua mulher.
Set simbolizava o caos e a morte, ou seja, as forças hostis à vida do homem. Néftis é também uma deusa da natureza que se tornaria a guardiã dos mortos.
Néftis era apaixonada secretamente por Osíris, um dia se disfarçou de Ísis e deitou-se com Osíris dando a Luz a Anúbis o deus com corpo de homem e cabeça de cão que presidia o mundo dos mortos.
Isis parte numa demanda para encontrar o seu marido encontra o Sarcófago preso a uma árvore, que logo de seguida o esconde numa plantação de papiros. Set encontra o Sarcófago e furioso esquarteja o corpo em 14 pedaços.
Novamente Isis parte na demanda porém acompanhada da sua irmã Néftis, em busca de recuperar todos os pedaços do corpo de Osíris. A missão é quase bem-sucedida, porém, aperceberem que o falo (pénis) de Osíris foi sido devorado por um peixe. Para compensar a falta do falo, Isis cria um falo artificial.
Aqui encontram-se várias versões: umas dizem que o falo artificial é de ouro, outras de caules de vegetais. Isis, Néftis e Anúbis procedem então à prática da primeira mumificação. Ísis transforma-se num milhafre, e graças ao bater das asas, agora sob forma de animal, sobre o corpo de Osíris, realiza uma magia que o ressuscita. Uma vez isto posto, Isis une-se sexualmente a Osíris e deste momento resultou um filho- Deus Horús. A partir de então, Osíris passou a governar apenas o mundo dos mortos, até que Hórus venceu o seu tio Set numa épica batalha divina.
Ogdoáde de Hermópolis
Cosmogonia da Escola de Hermópolis
Na cidade de Hermópolis (nome dado pelos gregos — que associavam um deus importante na cidade, Tot, ao seu Hermes — à cidade de Khemenu, cujo nome era derivado justamente de sua ogdóade — em egípcio, Hemenu), capital do XV nomo do Alto Egito, dominava um panteão de oito deuses (“ogdóade”) agrupados em quatro pares masculino-feminino..
Nesta escola o Caos era não apresentado com um vazio ou ausência total de ordem, dado que nele existiam quatro casais de deuses/gênios: os machos com cabeça de rã e as fêmeas com cabeça de serpentes.
Sua origem destes oito deuses variava: por vezes eram apresentados como os primeiros deuses que existiram; em outros casos eram filhos de Atum ou de Shu.
Juntos, podem ser entendidos, de todo modo, aspectos do estado fundamental do Ser, aqueles que são o que sempre foram — daí a pouca diferenciação, além do gênero, entre as entidades de cada casal. Com efeito, os nomes das quatro deusas não passam das formas femininas das denominações masculinas, e vice-versa. Ou seja: cada par representa os aspectos masculino e feminino dos seguintes elementos primordiais, a partir dos quais tudo havia se originado:
Os casais (oito deuses), tinham os seguintes nomes e representavam os seguintes conceitos:-
– Nun e Naunet (Noun e Nounet), o caos, as águas primordiais,personificação do oceano primordial,a cheia primeva do Nilo, o espaço antes da criação;
– Kek e Kauket (Kouk, Kekou e Kekout-Keket), personificação da obscuridade que reinava sobre o espaço primordial antes do nascimento do sol, as trevas (em egípcio, “o que havia antes da luz”, ou “o portador da luz”);
– Heh e Hehet (Houh, Hehou e Hauhet) a água que se alastra e flui procurando o seu caminho, a eternidade e o espaço infinito (heh significa, em egípcio, “milhão”, e se refere indiscriminadamente ao incomensuravelmente grande tanto em termos de tempo quanto de espaço, dimensões que, no domínio do sagrado, são indistintas);
– Amon e Amaunet (Amonet), o ar ou o vento em sua característica de invisibilidade, e, nesse sentido do invisível, tudo o que está escondido, oculto.
Nesta escola o Caos era não apresentado com um vazio ou ausência total de ordem, dado que nele existiam quatro casais de deuses/gênios: os machos com cabeça de rã e as fêmeas com cabeça de serpentes.
Sua origem destes oito deuses variava: por vezes eram apresentados como os primeiros deuses que existiram; em outros casos eram filhos de Atum ou de Shu.
Juntos, podem ser entendidos, de todo modo, aspectos do estado fundamental do Ser, aqueles que são o que sempre foram — daí a pouca diferenciação, além do gênero, entre as entidades de cada casal. Com efeito, os nomes das quatro deusas não passam das formas femininas das denominações masculinas, e vice-versa. Ou seja: cada par representa os aspectos masculino e feminino dos seguintes elementos primordiais, a partir dos quais tudo havia se originado:
Os casais (oito deuses), tinham os seguintes nomes e representavam os seguintes conceitos:-
– Nun e Naunet (Noun e Nounet), o caos, as águas primordiais,personificação do oceano primordial,a cheia primeva do Nilo, o espaço antes da criação;
– Kek e Kauket (Kouk, Kekou e Kekout-Keket), personificação da obscuridade que reinava sobre o espaço primordial antes do nascimento do sol, as trevas (em egípcio, “o que havia antes da luz”, ou “o portador da luz”);
– Heh e Hehet (Houh, Hehou e Hauhet) a água que se alastra e flui procurando o seu caminho, a eternidade e o espaço infinito (heh significa, em egípcio, “milhão”, e se refere indiscriminadamente ao incomensuravelmente grande tanto em termos de tempo quanto de espaço, dimensões que, no domínio do sagrado, são indistintas);
– Amon e Amaunet (Amonet), o ar ou o vento em sua característica de invisibilidade, e, nesse sentido do invisível, tudo o que está escondido, oculto.
Os oito deuses eram denominados como "Hemu", de onde derivou o nome original da cidade de Hermópolis, Khemenu. A designação de Hermópolis para o povoado urbano de Khemenu foi atribuída pelos gregos por associarem um importante deus da cidade, Tot, com o seu Hermes. Estes oito deuses atuavam colectivamente, ao contrário dos deuses dos outros sistemas, que eram autônomos.
As divindades masculinas deste panteão eram representadas como homens com cabeça de rã (símbolo, para os egípcios, de vida e fertilidade, já que milhões deles nasciam após cada cheia anual do Nilo), enquanto que as femininas eram representadas como mulheres com cabeça de serpente. Considerava-se que estes quatro deuses foram os primeiros seres que existiram; a partir de uma interação entre eles surgiu uma ilha, a chamada "Ilha das Duas Facas", onde estes oito deuses (quatro casais), unem-se para criar um ovo no topo de uma elevação. Este ovo primordial, é a manifestação da união entre os princípios divinos celestes, fora do caos primordial, acabando por fazer emergir o mundo manifestado. Do ovo nasceu Rá, o deus Sol, que daria forma ao mundo e que sobe ao Céu para irradiar o mundo com os seus raios benfeitores. Existiam várias teorias para a origem do ovo, sendo este atribuído a um ganso ou um falcão.
Há duas variantes acerca da entidade de onde irrompeu Rá. Na primeira, da interação dos deuses teria emergido das águas primordiais um monte de lodo sobre o qual uma ave celestial — um ganso (ave de Amon) cósmico, ou um íbis (ave associada a Tot), ou ainda um falcão (Hórus) — veio pôr um ovo, do qual nasceu Rá.
Há duas variantes acerca da entidade de onde irrompeu Rá. Na primeira, da interação dos deuses teria emergido das águas primordiais um monte de lodo sobre o qual uma ave celestial — um ganso (ave de Amon) cósmico, ou um íbis (ave associada a Tot), ou ainda um falcão (Hórus) — veio pôr um ovo, do qual nasceu Rá.
Na segunda versão, quando, mais tarde, Atum veio a ser assimilado a Rá como Atum-Rá, adotou-se a crença de que Atum surgira de um botão de lótus azul (uma das variantes da cosmogonia da enéade). O lótus teria emergido das águas em botão, após a interação dos quatro pares de deuses; ou das águas do oceano primordial emergira uma ilha, onde mais tarde seria construída Hermópolis, e nela havia um poço, no qual flutuava um lótus; as divindades masculinas ejacularam sobre ele e o fecundaram. A flor fechou-se durante a noite; quando se abriu, na manhã seguinte, revelou o deus-escaravelho, Khépri, o Sol Nascente, que se transformou em um menino que chorava — Nefertum, de cujas lágrimas se formariam as criaturas da Terra.
Depois do seu nascimento, os deuses adotaram uma aparência visível e cumpriram em conjunto um ritual mágico através do qual fizeram aparecer um lótus. Esta flor abriu-se com um flamejamento de luz e deu origem a um ser divino feminino, que se uniria com Rá. Desta sua união nasceu Thot, o primeiro nascimento divino.
Três dos casais retiraram-se do mundo visível para se tornarem os guardiões do equilíbrio. Amon e Amonet adaptaram-se à nova ordem e abandonaram Hermópolis seguindo para Tebas.
Três dos casais retiraram-se do mundo visível para se tornarem os guardiões do equilíbrio. Amon e Amonet adaptaram-se à nova ordem e abandonaram Hermópolis seguindo para Tebas.
Cosmogonia de Mênfis
Na cidade de Mênfis dominava um tríade composta pelos deuses Ptah, a sua esposa Sekhmet e o filho destes, Nefertum.
A teologia desta cidade é hoje conhecida graças ao texto da Pedra de Shabaka. De acordo com as inscrições da pedra, o texto original tinha sido conservado num papiro guardado nos arquivos de um templo de Ptah. Este papiro encontrava-se num avançado grau de deterioração quando o faraó Shabaka (século VIII a.C.) ordenou que o texto fosse inscrito numa pedra de granito. Infelizmente os habitantes da cidade acabaram por utilizar a pedra como elemento de um moinho, o que provocou estragos na mesma. Os estudos mais recentes sobre a pedra mostram que o estilo do texto foi premeditadamente escrito de forma a espelhar uma linguagem arcaica.
Neste sistema Ptah era o deus criador. Divindade associada aos artesãos, o deus era representado como um homem com corpo mumificado. Era considerado como o criador de tudo, inclusive dos deuses.
Ptah criou o mundo usando o coração e a língua. Para os Egípcios o coração era o centro da inteligência, sendo no sistema menfita a língua o centro criador. Ptah era simultaneamente Nun e Naunet (feminino de Nun) e gerou Atum a partir do seu coração e da sua língua. Este sistema não rejeitava a Enéade de Heliópolis, simplesmente considerava Ptah como criador dessa Enéade; Atum era um agente da vontade Ptah. O deus Ptah era também considerado o criador do ka ou alma de cada ser.
Sekhmet era uma deusa feroz, que segundo um mito tinha atacado a humanidade por esta ter desrespeitado Rá. Era representada como uma leoa ou como uma mulher com cabeça de leoa.
Nefertum era o deus da felicidade, sendo representado como um jovem com uma flor de lótus na cabeça. Mais tarde, Nefertum seria substituído como filho deste casal por Imhotep, personagem que teve existência histórica (foi o vizir do rei Djoser da III Dinastia).
Cosmogonia de Tebas
O nome egípcio de Tebas, cidade do Alto Egipto próxima da Núbia, era Uaset. Mais uma vez deve ser salientado que a designação de "Tebas" é de origem grega.
Tebas foi durante bastante tempo uma cidade pouco relevante. A partir do Império Novo ela adquire grande importância, relacionada com o fato dos reis fundadores da XVIII Dinastia (uma das dinastias que constituem o Império Novo), serem oriundos da cidade. Estes reis foram responsáveis pela expulsão dos Hicsos, povo estrangeiro que dominou o Egito. Assim, quando Tebas se transformou na capital do Egito não foi só a cidade que ganhou importância, mas também os seus deuses.
O principal deus de Tebas era Amon, representado como um homem com uma túnica preta e duas plumas na cabeça; poderia também ser representado como um carneiro ou um ganso. Como foi referido anteriormente, Amon estava associado ao oculto. Os sacerdotes tebanos aproveitaram elementos de outros deuses que atribuíram a Amon. Em concreto, Amon passou a ser visto como o demiurgo, retirando essa função ao deus Rá. Os sacerdotes afirmaram também que Amon era o monte primordial, tendo sido Tebas a primeira cidade a existir no mundo e que por conseguinte, ela deveria servir como modelo a todas as outras cidades.
Na cidade de Tebas a esposa de Amon não era Amaunet, como referia a cosmogonia hermopolitana, mas Mut. Este casal tinha um filho, Khonsu, uma divindade lunar.
Cosmogonia de Elefantina
Elefantina é o nome grego de uma pequena ilha no Nilo situada junto da primeira catarata.
Nesta ilha dominava uma tríade encabeçada por Khnum, divindade com uma cabeça de carneiro, que representava a criatividade e o vigor. Para os Egípcios, Khnum criava os seres humanos no seu torno, tal como o oleiro cria as suas peças.
As esposas de Khnum eram Satet e Anuket (ou talvez, segundo outra hipótese, seriam respectivamente esposa e filha do deus). Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egito) e Anuket encontrava-se também associada ao elemento água.
As esposas de Khnum eram Satet e Anuket (ou talvez, segundo outra hipótese, seriam respectivamente esposa e filha do deus). Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egito) e Anuket encontrava-se também associada ao elemento água.
GENEALOGIA
DOS DEUSES EGÍPCIOS
Deuses Egípcios
Os Deuses Egípcios são divindades que fazem parte da mitologia do Egito Antigo. Essas divindades eram onipresentes e metamórficas que influenciavam os elementos e controlavam a natureza.
O culto mais conhecido era o de Ísis e Osíris. Os egípcios acreditavam que eles tenham povoado todo o Egito, bem como instruído os camponeses com as técnicas de agricultura.
Religião no Egito Antigo
No Egito Antigo a religião era politeísta, isso significa que os egípcios cultuavam diversos deuses, com papéis e características variadas. Eles eram cultuados em todo o Egito e também fora dele, chegando alguns até a Europa.
Os deuses egípcios têm muito em comum com os homens: podem nascer, envelhecer, morrer; além de possuírem um nome, sentimentos e corpo que deve ser alimentado.
No entanto, estes aspectos muito humanos escondem uma natureza excepcional: seu corpo, composto de matérias preciosas, é dotado de um poder de transformação e suas lágrimas podem dar nascimento a seres ou minerais.
Existem aspectos destes deuses em várias combinações: totalmente humanas, inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana.
Interessante notar que haviam guerras entre as cidades egípcias as quais possuíam deuses rivais.
OS DEUSES EGÍPCIOS
Assim, o zoomorfismo (formas de animais) ou antropomorfismo (formas de animais e homens) são dois conceitos que caracterizavam os deuses egípcios.
Os deuses ou os princípios cósmicos eram chamados de Neteru os quais foram divididos em:
Neterus Primordiais:
São os deuses mais importantes os quais estão associados com o mito de criação (origem do universo):Nun (Nu ou Ny): simbolizava a água ou o líquido cósmico que deu origem ao Universo.
Atum (Atum-Rá, Tem, Temu, Tum e Atem): representa a transformação de Nun, sendo considerado aquele que deu origem a explosão do Universo (semelhante ao Bing Bang) e que gerou os diversos corpos celestes, separando assim, o Céu e a Terra.
Amon (ou Amun): marido de Mut, ele é considerado o rei dos deuses.
Aton (Aton ou Aten): relacionado ao sol, ele foi o deus do atomismo que estava relacionado com o disco solar.
Rá (ou Ré): deus da criação, sendo um dos principais deuses do Egito.
Ka: força mística que representava a alma dos deuses e dos homens.
Ptah: marido de Sekhmet e de Bastet, representava o deus criador e protetor da
cidade de Mênfis. Além disso, era considerado deus dos artesãos e arquitetos.
Hu: representava a palavra de criação do Universo.
Neterus Geradores:
Shu: filho de Atum e deus do ar.Tefnut: filho de Atum e deusa da umidade.
Geb: filho dos irmãos Shu e Tefnut, Geb é do deus da terra.
Nut: filha dos irmãos Shu e Tefnut, Nut é a deusa dos céus.
Neterus da Primeira Geração:
Osíris: filho mais velho do casal Geb e Nut, Osíris foi o primeiro faraó do Egito assassinado por seu irmão Set passando a ser juiz dos mortos no mundo subterrâneo.Ísis: esposa-irmã de Osíris e filha de Geb e Nut, é deusa do amor, da maternidade, da fertilidade e da magia. É protetora da natureza e considerada modelo de mãe e esposa.
Seth (ou Set): deus da tempestade, do caos e da violência. Foi ele quem matou seu irmão Osíris.
Néftis (ou Nephthys): irmã-esposa de Seth e de Osíris e muito parecida com sua irmã Ísis, sendo considerada outra deusa mãe na mitologia egípcia.
Neterus da Segunda Geração:
Hórus: filho de Osíris e Ísis, Hórus é o deus do céu quem matou seu tio Seth por vingança.Hator: esposa de Hórus, deusa das festas, do vinho e da alegria. É considerada guardiã das mulheres e protetora dos amantes.
Tot (ou Thoth): deus da sabedoria.
Maat: mulher de Toth, deusa da justiça, da verdade e da ordem.
Anúbis: filho de Osíris e Néftis, Anúbis é o deus dos mortos e do submundo, era ele que guiava os mortos após sua morte.
Anuket (ou Anukis): deusa da fertilidade a qual estava relacionada com a água.
Bastet: filha de Maat, é a deusa da fertilidade e do parto, protetora das mulheres.
Sokar (Seker ou Sokaris): relacionado com a morte, era um deus funerário.
Sekhmet: filha de Rá e por isso, reflete o aspecto destrutivo do sol.
NUM
Num, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis.
Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas.
Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino.
Nun gerou Atun (o sol nascente) e Re ou Rá (o sol do meio dia).
Naunet
Naunet ou Nunet é o aspecto femenino de Nu.
Nu e Naunet
Como com os outros conceitos da Ogdóade, Nu não possui templos ou qualquer centro de adoração. Mesmo que, as vezes, Nu fosse representada por um lago sagrado, ou, na cidade de Abydos, por um rio subterrâneo.
Nu é descrita com os braços erguidos segurando o "barco solar". O barco é ocupado por oito deidades, com a deidade escaravelho Khepri de pé no meio cercado pelos outros sete.
ATUM
Atum é um neter egípcio, adorado em Heliópolis. É o resultado da transformação de Nun, o ser subjetivo ao ser objetivo. Ele é o pai e o rei de todos os deuses, o criador do Universo que, por sua vontade, extraiu-se do caos inicial. Deu origem a uma explosão que gerou os demais corpos celestes do universo (Big Bang), mas sendo um evento pré-planejado.Atum É o resultado da transformação de Nun, o ser subjetivo, ao ser objetivo.
Atum- (O Sol Nascente)-: Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer,quando "torna-se a se mesmo", une-se a Rá, que inicia os neteru geradores e gera o sol da manhã , e se transforma em único ser, que seria chamado de Atum-Rá.
Original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e mais frequentemente representado como um rei vestido de uma tanga e mais raramente com o aspecto de uma serpente, usando as duas coroas; uma representando o Baixo Egito e a outra o Alto Egito.
É o mesmo deus Rê ou Rá que escarrando, soprando ou se masturbando, deu nascimento ao primeiro casal divino: Shu (o ar) e Tefnut (a umidade). Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.
A época de Ramsés III, Amon tornou-se um monárquico, mesmo titulo que Ptah e Ré.
Frequentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
O Deus Rá é o responsável pela criação do mundo e representa o Sol.
Ele é descrito de diversas formas, desde com a face de uma ave de rapina até́ como um escaravelho.
Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá. Em Heliópolis ("a cidade do sol" em grego) é ele que, depois de ter decidido existir, cria o mundo e o mantém vivo.
Quando desaparece no oeste, à noite, ele é Atum, velho curvado, esperado no além pelos mortos que se aquecem com seus raios. Pela manhã, renasce no leste com a forma de um escaravelho (Khepri). Durante o dia clareia a Terra, sempre com a forma de um falcão.
Estes três aspectos e 72 outros são invocados sempre na entrada dos túmulos reais.
Amon era também considerado o rei dos deuses. Muitas vezes era associado ao deus Rá (ou Ré), o deus Sol, formando assim o deus Amon-Rá, o principal deus que traz o sol e a vida ao Egito. Era representado na forma de um homem em túnicas reais com duas plumas no cabelo.
Por uns encarada como o principio feminino de Amon, por outros como a primeira mulher de Amon. Amonet era uma deusa da mitologia egípcia, a versão feminina do deus Amon. O seu nome significa "A Oculta".
Esta deusa surgiu na época do Império Médio, tendo o seu culto se consolidado na época do Império Novo. Na cosmogonia proposta pela Ogdóade de Hermópolis (conjunto de oito deuses, quatro masculinos e quatro femininos), Amonet era a esposa de Amon. Ambos representavam o intangível, o oculto e o poder que não se extingue. Nesta cidade era representada como uma mulher com cabeça de rã ou serpente.
Na cidade de Tebas, onde era representada como uma mulher que usa a coroa vermelha do Baixo Egito, será substituída pela deusa Mut como esposa de Amon. Outra possível forma de representá-la era na forma de vaca.
Amonet desempenhava um importante papel nas cerimônias de entronização do faraó, bem como nas festas de Heb-Sed (jubileu real, geralmente celebrado após trinta anos de reinado), onde era por vezes acompanhada pelo deus Min.
No templo de Amon em Karnak, o faraó Tutankhamon mandou erguer uma estátua da deusa com Amon.
Amonet foi identificada pelos Gregos com a deusa Atena.
De acordo com alguns mitos Amunet era filha de Horus e Hathor. Ela também foi, por vezes, se fundiu com Hathor, Isis e Neith, Mut, e Nut.
Como a deusa do ar, ela é descrita como uma deusa alada ou uma mulher com uma pena de avestruz ou um falcão em sua cabeça. Em hieróglifos, ela é representada como uma mulher com o sinal do Oeste (um semi-círculo no topo de um longo e um pólo curto), assim ela foi dado o título "Ela do Ocidente". No Egito Antigo, o Ocidente é a onde os mortos entram no submundo e Amunet é acreditado para ser como a deusa que congratula-se com a sua entrada no Reino de Osíris.
Ao longo dos anos, tornou-se cada vez mais associada Iusaaset (uma deusa primitiva, a avó de todas as divindades; associada à criação e com a árvore da acácia, considerada a árvore da vida), uma sombra de Atum. Esta associação fez dela a mãe de toda a criação que possui a árvore da qual a vida surgiu e volta (a árvore de acácia mais antiga que se acredita ser encontradas em Heliopolis, a cidade onde todas as divindades nasceram). Ela às vezes é mostrada como uma mulher com um cetro e ankh de vida em sua mão.
Amunet começou como uma das deusas andróginas capazes de dar à luz sem um macho para procriar (como cobras quem antigos egípcios acreditavam ser todos do sexo feminino). Devido a isso, ela adquiriu o título de "a mãe que é um pai". Ela adquiriu igualmente uma associação de familiares (mesmo levando a como papel de consorte lésbica em algumas histórias) com a lua Iah fazendo dela uma deusa do túmulo, sarcófago, e caixões.
A associação de culto com a deusa Neith levou à construção de uma imponente estátua e templo desta deusa em Karnak, no tempo de Tutankhamun. Ela foi descrita como mulher, vestindo uma coroa vermelha e carregando um bastão feito de papiro. Por esta altura (em torno da décima segunda dinastia), ela já era uma deusa do sexo feminino e distinta consorte conhecido do deus Amun. No entanto, Mut eclipsado seu papel como o principal consorte de Amun. Apesar disso, ela manteve-se de importância relativa como um protetor do faraó, especialmente na região de Tebas.
Mut era a deusa Abutre, Senhora de Isheru, ao sul de Karnak. Seu nome significa "mãe" e era considerada a Grande Mãe da Núbia, aparecendo em figuras mágicas compósitas. Seu culto adquire maior importância na XVIII dinastia.
Surge muitas vezes inteiramente antropomorfizada, usando na cabeça a "pschent", a dupla cora branca e vermelha do Egito, simplesmente colocada sobre a cabeça ou sobre um toucado em forma de abutre.
Ela é esposa de Amon-Ra e mãe adotiva de Montu e Khonsu.
Mut foi identificada com Nuu, o deus dos abismos. Originalmente, este último, não só representava o obscuridade, mas também as águas insondáveis que fluem por debaixo da terra e formam a fonte do rio Nilo. Estas correntes abismais representam a matéria primogênita da qual se originaram todos os deuses. Assim, Nuu era chamado do mais velho e sábio dos deuses, que já existia quando ainda não existia Céu e Terra, o possuidor de todos os segredos e pai de todos os deuses do mundo.
Parceira do grande deus do panteão egípcio, Mut foi identificada pelos gregos com Hera, a companheira de Zeus, o pai dos deuses gregos. Curiosamente, Hera viu ser-lhe consagrado, em Samos, um gato de bronze, de origem egípcia. Sem ter rigorosamente nada a ver com a deusa grega, esse animal estava associado a Mut, da assimilação com Bastet, daí resultando a inclusão nos rituais de adoração de Hera.
Mut, já era divindade de Tebas antes do aparecimento de Amon-Ra. A presença de Mut junto do deus tebano Amon-Ra se deve ao desejo de reforçar suas características solares, outorgadas a este último, junto o qual ela podia desempenhar o papel de filha do "olho de Ra". Entre as formas divinas masculinas, Amon-Ra (deus Sol) e Khonsu (deus da Lua), Mut aparecia como uma deusa que atraía de novo a inundação:- o "terceiro olho".
Tratando-se de três divindades locais com origens diferentes, associadas em Tebas, segundo o típico modelo familiar, Amon, Mut e Khonsu surgem agrupados em tríade como forma de preencherem o desejo dos teólogos de coordenarem os diferentes cultos praticados na mesma cidade, o que não implicava, porém, que fossem objeto de um culto sistematicamente cumprido.
Como deusa Mãe se apresentava com uma coroa ornada com abutre, seu vestido era vermelho e azul e em uma das mãos carrega um cetro de papiro. Algumas vezes é representada com asas. Como deusa do céu aparece como um abutre que tem em suas garras o nó mágico. Um nó mágico é um ponto de convergência de forças que unem o mundo divino e o mundo humano.
Em outras ocasiões, Mut aparece com um falo, afirmando que ela é possuidora tanto dos atributos femininos e masculinos da reprodução. No aspecto que se apresenta com falo, ela é alada e possui garras de leão.
No Egito antigo, o abutre simbolizava o poder de proteção. Na arte egípcia, o abutre muitas vezes, estava associado ao poder das mães celestes, sendo Mut uma representação da deusa-Mãe Universal, Mãe de todas as coisas. Mas, ainda assim, o abutre come os cadáveres e lhes dá novamente a vida, simbolizando o ciclo da perpétua transmutação morte-vida. Na África do Sul, o abutre egípcio estava associado aos amantes, porque os abutres como os pombos eram sempre vistos aos pares.
No Livro dos Mortos há uma passagem que diz que para o morto não se decompor, se pronunciava algumas palavras mágicas sobre uma estátua de Mut com três cabeças: uma da deusa Pajet com plumas, outra com uma cabeça humana com uma coroa e outra com a cabeça de um abutre com plumas.
Mut identifica-se com Bastet e Sekhmet para acentuar as características solares de Amon-Ra e nestas ocasiões é representada na forma de leoa, enquanto que em seu aspecto maternal já não tem nenhum caráter caráter guerreiro de nenhuma das duas deidades anteriores. Ao sul do templo de Amon-Ra de Karnak tinha um santuário, chamado de Hut-Mut, com um pequeno lado em forma de uma meia lua em que era adorado este seu aspecto de leoa. Seus outros centros de culto estavam em Tanis, Sais, no oásis de Jarga e Dajla. Era adorada também no deserto de Hammamat, Mendes e Sebenytos. Aparece ainda como instrutora e protetora de reis e rainhas, que se apresentavam com uma coroa de cabeça de abutre.
A deusa Mut era venerada em um templo próprio, ao sul do santuário principal de Karnak, como a Senhora de Isheru, Senhora do Céu e Rainha dos Deuses. Dotado de um lago sagrado, o Icheru, construído por Amenhotep III (embora com acrescentos posteriores, dos reinados de Taharka, Nakhtnebef/Nectanebo I, Ptolomeu II Filadelfo e Ptolomeu III Evergeta I), ligava-se ao de Amon por uma avenida ladeada de esfinges. No próprio templo de Amon havia também capelas dedicadas a Khonsu e a Mut.
Durante o festival de Mut, uma estátua da deusa era colocada em um barco que velejava em torno de seu pequeno lago sagrado Isheru, que tinha a forma de lua crescente. Esta também foi a forma dada ao seu templo.
Como a Grande Deusa do Reino Novo, Mut substituiu ou assimilou muitas deusas Egípcias. Embora, possivelmente tenha sido inicialmente uma deusa local do delta, ao casar-se com Amon-Ra, substituindo sua primeira esposa Amaunet, a sua popularidade e importância cresceu prodigiosamente.Passou a representar a deusa-Mãe do faraó, tendo a coroa real como seu principal símbolo, conseguindo então um lugar de grande destaque em Tebas. A seguir, transforma-se de uma deusa local em uma das Grandes deusas do todo o Egito, adorada e venerada de 1500 a. C até a chegada da era romana. Seus seguidores, acreditavam que era Mut quem tudo tinha criado e tinha dado nascimento a todas as coisas.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut.
Ele também estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb então umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo. Assim como Osíriss, suas cores eram o verde (vida) e o preto (lama fértil do Nilo) que representava ressurreição e fertilidade. Ele é um suporte físico, que está sempre deitado abaixo de Nut, ele é o responsável pela fertilidade e o sucesso das colheitas.
Filho de Shu e Tefnut, marido de Nut, e pai de Osíris, Ísis, Néftis, Seth e Hathor.
Geb (ou Seb, como ficou conhecido mais tarde), é o deus egípcio da Terra. Era também um dos Ennead.
Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.
Seu animal representante era o ganso.
E ele era comumente representado usando uma coroa com uma pluma e chifres em forma de carneiro.
AMON
(Zeus - Grego)
Amon, Ámon ou Amun (em grego Ἄμμων Ámmon ou Ἅμμων Hámmon, em egípcio Yamānu)
foi um deus da mitologia egípcia, visto como rei dos deuses e como força criadora de vida.
AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós. Senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut (representada num corpo de mulher mas com cabeça de abutre ou coroas) e por filho Khonsu.
O nome de Amon foi registrado pela primeira vez no idioma egípcio como ỉmn, que significa “O escondido”. Como as vogais não eram escritas nos hieróglifos egípcios, egiptólogos reconstruíram a pronúncia de seu nome como Yamānu. O nome sobreviveu no copta como Amoun.
O deus Amon podia ser representado de várias formas: como animal, como homem com cabeça de animal ou como homem.
Os animais associados a Amon eram o ganso e o carneiro, podendo por isso o deus ser representado sob estas formas. Contudo, a representação como ganso era rara. Como carneiro surgia com chifres curvos e cauda curta (ovis platyura aegyptiaca).
Amon tem o poder de controlar o vento. Ele produz ventos fortes.
Sua personalidade formou-se por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Ré: sob o nome de Amon-Ré ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país.O deus Amon podia ser representado de várias formas: como animal, como homem com cabeça de animal ou como homem.
Os animais associados a Amon eram o ganso e o carneiro, podendo por isso o deus ser representado sob estas formas. Contudo, a representação como ganso era rara. Como carneiro surgia com chifres curvos e cauda curta (ovis platyura aegyptiaca).
Amon tem o poder de controlar o vento. Ele produz ventos fortes.
A época de Ramsés III, Amon tornou-se um monárquico, mesmo titulo que Ptah e Ré.
Frequentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
O Deus Rá é o responsável pela criação do mundo e representa o Sol.
Ele é descrito de diversas formas, desde com a face de uma ave de rapina até́ como um escaravelho.
Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá. Em Heliópolis ("a cidade do sol" em grego) é ele que, depois de ter decidido existir, cria o mundo e o mantém vivo.
Quando desaparece no oeste, à noite, ele é Atum, velho curvado, esperado no além pelos mortos que se aquecem com seus raios. Pela manhã, renasce no leste com a forma de um escaravelho (Khepri). Durante o dia clareia a Terra, sempre com a forma de um falcão.
Estes três aspectos e 72 outros são invocados sempre na entrada dos túmulos reais.
Amon era também considerado o rei dos deuses. Muitas vezes era associado ao deus Rá (ou Ré), o deus Sol, formando assim o deus Amon-Rá, o principal deus que traz o sol e a vida ao Egito. Era representado na forma de um homem em túnicas reais com duas plumas no cabelo.
AMONET
(Atena - Grego)
(Atena - Grego)
Esta deusa surgiu na época do Império Médio, tendo o seu culto se consolidado na época do Império Novo. Na cosmogonia proposta pela Ogdóade de Hermópolis (conjunto de oito deuses, quatro masculinos e quatro femininos), Amonet era a esposa de Amon. Ambos representavam o intangível, o oculto e o poder que não se extingue. Nesta cidade era representada como uma mulher com cabeça de rã ou serpente.
Na cidade de Tebas, onde era representada como uma mulher que usa a coroa vermelha do Baixo Egito, será substituída pela deusa Mut como esposa de Amon. Outra possível forma de representá-la era na forma de vaca.
Amonet desempenhava um importante papel nas cerimônias de entronização do faraó, bem como nas festas de Heb-Sed (jubileu real, geralmente celebrado após trinta anos de reinado), onde era por vezes acompanhada pelo deus Min.
No templo de Amon em Karnak, o faraó Tutankhamon mandou erguer uma estátua da deusa com Amon.
Amonet foi identificada pelos Gregos com a deusa Atena.
Amonet
Seu nome também vem em diversas outras variações, incluindo AMONET, Amaunet, Imentet, Imentit, Amentet, Amentit e Ament. Seu nome significa uma fêmea que está oculto e seus poderes estão ligados à palavras silêncio, quietude, mistério e obscuridade.De acordo com alguns mitos Amunet era filha de Horus e Hathor. Ela também foi, por vezes, se fundiu com Hathor, Isis e Neith, Mut, e Nut.
Como a deusa do ar, ela é descrita como uma deusa alada ou uma mulher com uma pena de avestruz ou um falcão em sua cabeça. Em hieróglifos, ela é representada como uma mulher com o sinal do Oeste (um semi-círculo no topo de um longo e um pólo curto), assim ela foi dado o título "Ela do Ocidente". No Egito Antigo, o Ocidente é a onde os mortos entram no submundo e Amunet é acreditado para ser como a deusa que congratula-se com a sua entrada no Reino de Osíris.
Ao longo dos anos, tornou-se cada vez mais associada Iusaaset (uma deusa primitiva, a avó de todas as divindades; associada à criação e com a árvore da acácia, considerada a árvore da vida), uma sombra de Atum. Esta associação fez dela a mãe de toda a criação que possui a árvore da qual a vida surgiu e volta (a árvore de acácia mais antiga que se acredita ser encontradas em Heliopolis, a cidade onde todas as divindades nasceram). Ela às vezes é mostrada como uma mulher com um cetro e ankh de vida em sua mão.
Amunet começou como uma das deusas andróginas capazes de dar à luz sem um macho para procriar (como cobras quem antigos egípcios acreditavam ser todos do sexo feminino). Devido a isso, ela adquiriu o título de "a mãe que é um pai". Ela adquiriu igualmente uma associação de familiares (mesmo levando a como papel de consorte lésbica em algumas histórias) com a lua Iah fazendo dela uma deusa do túmulo, sarcófago, e caixões.
A associação de culto com a deusa Neith levou à construção de uma imponente estátua e templo desta deusa em Karnak, no tempo de Tutankhamun. Ela foi descrita como mulher, vestindo uma coroa vermelha e carregando um bastão feito de papiro. Por esta altura (em torno da décima segunda dinastia), ela já era uma deusa do sexo feminino e distinta consorte conhecido do deus Amun. No entanto, Mut eclipsado seu papel como o principal consorte de Amun. Apesar disso, ela manteve-se de importância relativa como um protetor do faraó, especialmente na região de Tebas.
MUT
(Hera - Grego)
Mut é uma deusa do Egito Antigo, rainha de todos os deuses, segunda esposa do deus Amon (durante o Império Novo seu casamento era uma das celebrações anuais mais comemoradas). Não se sabe ao certo quem é seu pai, de acordo com algumas histórias ela nem teria pai, pois seria uma versão da deusa primordial Amaunet (antiga esposa de Amon) que surgiu do nada.
Mut é mãe do deus Khonsu e mãe adotiva do deus Montu.
Mut era entendida como uma deusa bastante poderosa. De início era apenas uma deusa-falcão da cidade de Tebas. A partir da XVIII dinastia, quando o deus Amon se tornou popular, Mut passou a ser vista apenas como sua esposa, tendo substituído a primeira mulher deste, a deusa Amonet, como sua companheira.
Era a deusa egípcia do céu, protetora da cidade de Tebas (onde tomava o nome de Sekhmet) e representava a origem de todas as coisas. Esta é a razão de se lhe ter dado o nome que significa mãe, sendo até por vezes designada como a mãe de todos os deuses.
Casada com Amon, fazia parte da tríade (Amon, seu filho Chuns, da primeira união com Amaunet e Mut) que era venerada em Luxor no Templo de Amon. Neste templo era efetuada todos os anos (durante o Império Novo) uma cerimônia que simbolizava a união de Mut com Amon, propiciando a fertilidade.
Esta deusa aparece usualmente representada com a cabeça de um abutre ou mesmo como um abutre, envergando um vestido azul ou vermelho usando a serpente (ureus) e a dupla coroa do Alto e Baixo Egito. Há também representações suas com cabeças de abutres nos ombros, cabeça de gata, de leoa ou como uma vaca, e por vezes como uma mulher vestindo um cocar de abutre. Seu símbolo hieroglífico era um abutre, que foi usado nas coroas de rainhas do Egito para tipificar a sua maternidade.
Possui uma sala dedicada a ela no Templo de Karnak.
Mut é mãe do deus Khonsu e mãe adotiva do deus Montu.
Mut era entendida como uma deusa bastante poderosa. De início era apenas uma deusa-falcão da cidade de Tebas. A partir da XVIII dinastia, quando o deus Amon se tornou popular, Mut passou a ser vista apenas como sua esposa, tendo substituído a primeira mulher deste, a deusa Amonet, como sua companheira.
Era a deusa egípcia do céu, protetora da cidade de Tebas (onde tomava o nome de Sekhmet) e representava a origem de todas as coisas. Esta é a razão de se lhe ter dado o nome que significa mãe, sendo até por vezes designada como a mãe de todos os deuses.
Casada com Amon, fazia parte da tríade (Amon, seu filho Chuns, da primeira união com Amaunet e Mut) que era venerada em Luxor no Templo de Amon. Neste templo era efetuada todos os anos (durante o Império Novo) uma cerimônia que simbolizava a união de Mut com Amon, propiciando a fertilidade.
Esta deusa aparece usualmente representada com a cabeça de um abutre ou mesmo como um abutre, envergando um vestido azul ou vermelho usando a serpente (ureus) e a dupla coroa do Alto e Baixo Egito. Há também representações suas com cabeças de abutres nos ombros, cabeça de gata, de leoa ou como uma vaca, e por vezes como uma mulher vestindo um cocar de abutre. Seu símbolo hieroglífico era um abutre, que foi usado nas coroas de rainhas do Egito para tipificar a sua maternidade.
Possui uma sala dedicada a ela no Templo de Karnak.
Mut, a deusa abutre
Surge muitas vezes inteiramente antropomorfizada, usando na cabeça a "pschent", a dupla cora branca e vermelha do Egito, simplesmente colocada sobre a cabeça ou sobre um toucado em forma de abutre.
Ela é esposa de Amon-Ra e mãe adotiva de Montu e Khonsu.
Mut foi identificada com Nuu, o deus dos abismos. Originalmente, este último, não só representava o obscuridade, mas também as águas insondáveis que fluem por debaixo da terra e formam a fonte do rio Nilo. Estas correntes abismais representam a matéria primogênita da qual se originaram todos os deuses. Assim, Nuu era chamado do mais velho e sábio dos deuses, que já existia quando ainda não existia Céu e Terra, o possuidor de todos os segredos e pai de todos os deuses do mundo.
Parceira do grande deus do panteão egípcio, Mut foi identificada pelos gregos com Hera, a companheira de Zeus, o pai dos deuses gregos. Curiosamente, Hera viu ser-lhe consagrado, em Samos, um gato de bronze, de origem egípcia. Sem ter rigorosamente nada a ver com a deusa grega, esse animal estava associado a Mut, da assimilação com Bastet, daí resultando a inclusão nos rituais de adoração de Hera.
Mut, já era divindade de Tebas antes do aparecimento de Amon-Ra. A presença de Mut junto do deus tebano Amon-Ra se deve ao desejo de reforçar suas características solares, outorgadas a este último, junto o qual ela podia desempenhar o papel de filha do "olho de Ra". Entre as formas divinas masculinas, Amon-Ra (deus Sol) e Khonsu (deus da Lua), Mut aparecia como uma deusa que atraía de novo a inundação:- o "terceiro olho".
Tratando-se de três divindades locais com origens diferentes, associadas em Tebas, segundo o típico modelo familiar, Amon, Mut e Khonsu surgem agrupados em tríade como forma de preencherem o desejo dos teólogos de coordenarem os diferentes cultos praticados na mesma cidade, o que não implicava, porém, que fossem objeto de um culto sistematicamente cumprido.
Como deusa Mãe se apresentava com uma coroa ornada com abutre, seu vestido era vermelho e azul e em uma das mãos carrega um cetro de papiro. Algumas vezes é representada com asas. Como deusa do céu aparece como um abutre que tem em suas garras o nó mágico. Um nó mágico é um ponto de convergência de forças que unem o mundo divino e o mundo humano.
Em outras ocasiões, Mut aparece com um falo, afirmando que ela é possuidora tanto dos atributos femininos e masculinos da reprodução. No aspecto que se apresenta com falo, ela é alada e possui garras de leão.
No Egito antigo, o abutre simbolizava o poder de proteção. Na arte egípcia, o abutre muitas vezes, estava associado ao poder das mães celestes, sendo Mut uma representação da deusa-Mãe Universal, Mãe de todas as coisas. Mas, ainda assim, o abutre come os cadáveres e lhes dá novamente a vida, simbolizando o ciclo da perpétua transmutação morte-vida. Na África do Sul, o abutre egípcio estava associado aos amantes, porque os abutres como os pombos eram sempre vistos aos pares.
No Livro dos Mortos há uma passagem que diz que para o morto não se decompor, se pronunciava algumas palavras mágicas sobre uma estátua de Mut com três cabeças: uma da deusa Pajet com plumas, outra com uma cabeça humana com uma coroa e outra com a cabeça de um abutre com plumas.
Mut identifica-se com Bastet e Sekhmet para acentuar as características solares de Amon-Ra e nestas ocasiões é representada na forma de leoa, enquanto que em seu aspecto maternal já não tem nenhum caráter caráter guerreiro de nenhuma das duas deidades anteriores. Ao sul do templo de Amon-Ra de Karnak tinha um santuário, chamado de Hut-Mut, com um pequeno lado em forma de uma meia lua em que era adorado este seu aspecto de leoa. Seus outros centros de culto estavam em Tanis, Sais, no oásis de Jarga e Dajla. Era adorada também no deserto de Hammamat, Mendes e Sebenytos. Aparece ainda como instrutora e protetora de reis e rainhas, que se apresentavam com uma coroa de cabeça de abutre.
A deusa Mut era venerada em um templo próprio, ao sul do santuário principal de Karnak, como a Senhora de Isheru, Senhora do Céu e Rainha dos Deuses. Dotado de um lago sagrado, o Icheru, construído por Amenhotep III (embora com acrescentos posteriores, dos reinados de Taharka, Nakhtnebef/Nectanebo I, Ptolomeu II Filadelfo e Ptolomeu III Evergeta I), ligava-se ao de Amon por uma avenida ladeada de esfinges. No próprio templo de Amon havia também capelas dedicadas a Khonsu e a Mut.
Durante o festival de Mut, uma estátua da deusa era colocada em um barco que velejava em torno de seu pequeno lago sagrado Isheru, que tinha a forma de lua crescente. Esta também foi a forma dada ao seu templo.
Como a Grande Deusa do Reino Novo, Mut substituiu ou assimilou muitas deusas Egípcias. Embora, possivelmente tenha sido inicialmente uma deusa local do delta, ao casar-se com Amon-Ra, substituindo sua primeira esposa Amaunet, a sua popularidade e importância cresceu prodigiosamente.Passou a representar a deusa-Mãe do faraó, tendo a coroa real como seu principal símbolo, conseguindo então um lugar de grande destaque em Tebas. A seguir, transforma-se de uma deusa local em uma das Grandes deusas do todo o Egito, adorada e venerada de 1500 a. C até a chegada da era romana. Seus seguidores, acreditavam que era Mut quem tudo tinha criado e tinha dado nascimento a todas as coisas.
Na cosmogonia tebana, Amon tinha por consorte não Amaunet, mas Mut — palavra que significava “mãe” em egípcio e era, originalmente, um mero atributo das águas primordiais do cosmos em seu aspecto feminino, Naunet, de onde tudo emergira por partenogênese; com o tempo, porém, maternidade e águas cósmicas diferenciaram-se e as duas identidades se separaram. Assim, Mut ganhou contornos de uma deusa criadora, como a Grande Mãe que engendrara o Cosmos; alguns de seus títulos eram “Mãe do Mundo”, “Olho de Rá”, “Rainha das Deusas”, “Senhora dos Céus”, “Mãe dos Deuses”, “Aquela que Dá À Luz”, “A Não-Nascida de Ninguém”.
O hieróglifo que representava seu nome e a palavra “mãe” era um abutre — a encarnação suprema da maternidade, visto que, para os egípcios, todas essas aves, por não apresentarem dimorfismo sexual, eram do sexo feminino e concebiam seus filhos fertilizadas pelo vento (Amon), outro conceito partenogênico.
Como Grande Mãe, Mut foi se modificando, em seus vários aspectos, ao longo dos milhares de anos de duração da cultura egípcia. Tanto o Baixo quanto o Alto Egito contavam com suas próprias padroeiras divinas: respectivamente, Wadjet, a naja de bote armado, e Nekhbet, o abutre (incorporadas, ambas, à realeza como símbolos da unificação do Egito). Dispunham também de deusas guerreiras, sob a forma de leoas — Bastet e Sekhmet, respectivamente. À medida que Tebas adquiriu proeminência, Mut foi absorvendo essas deusas guerreiras como parte de seus atributos. Assim, tornou-se Mut-Wadjet-Bastet; Mut-Sekhmet-Bastet (Wadjet, depois de incorporar Bastet); assimilou também Menhit, outra deusa-leoa e esposa de seu filho adotivo, tornando-se Mut-Sekhmet-Bastet-Menhit; por fim, tornou-se Mut-Nekhbet.
Quando a autoridade de Tebas começou a cair, Amon foi assimilado a Rá e Mut foi assimilada a Hathor, a deusa-vaca, identificada como mãe de Hórus e esposa de Rá. Posteriormente, quando Rá assimilou Atum, a própria Enéade foi absorvido; assim, Mut-Hathor passou a ser identificada como Ísis (ou Ísis-Hathor, ou Mut-Ísis-Nekhbet), a mais importante figura feminina da Enéade e patrona da rainha. Com o êxito simbólico da Enéade, a tríade composta por Mut, Hathor e Ísis foi reduzida a Ísis, e sob essa forma derradeira seu culto resistiria até o século VII d.C., tendo se espalhado pela Grécia e Roma e chegado à Grã-Bretanha.
Em decorrência dessas assimilações, Mut é por vezes descrita como uma cobra, gato, vaca ou leoa, além de abutre. Na arte, Mut em geral era retratada como uma mulher com asas de abutre, segurando um ankh e portando a coroa unida do Alto e Baixo Egito, de vestido vermelho ou azul, com a pena da deusa Maat a seus pés. Antes do final do Novo Império quase todas as imagens de figuras femininas com a coroa dupla eram representações de Mut, identificada como “Senhora do Céu, Senhora de Todos os deuses”.
Após a revolução de Akhenaton e a posterior restauração das crenças e práticas tradicionais, a ênfase na piedade pessoal desdobrou-se em uma maior confiança na proteção divina, e não humana, do indivíduo. Durante o reinado de Ramsés II, um devoto de Mut doou todos os seus bens para seu templo e gravou em seu túmulo:
“E ele [Kiki] encontrou Mut à frente dos deuses, Destino e Fortuna na mão; a Duração da Vida e o Sopro da Vida são regidos por ela (…) Não escolhi um protetor entre os homens. Não busquei para mim um protetor entre os grandes (…) Meu coração está repleto de minha senhora. Não temo ninguém. Atravesso as noites mergulhado no mais sereno dos sonos, porque tenho uma protetora.”
Aton é um neter egípcio, pouco se conhece sobre este, mas seria uma segunda forma de Amon, no qual nos cultos vem substituir este.
O faraó Akhenaton proibiu aos antigos egípcios a cultuar outros neteru, escolhendo somente Aton.
Por todo o seu reinado o povo tentou apagar seu registro da história.
Aton protagoniza o mito da criação de Heliópolis. O seu nome em egípcio era Itemu, o que significa "Totalidade" ou "Estar completo".
Inicialmente associado à Terra, Aton passa a estar ligado ao sol, sendo entendido como uma manifestação deste ao entardecer. Era representado como um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto Egito e do Baixo Egito.
Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Chu o ar e Tefnut a umidade.
Aton e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas, Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá. Recentemente foi descoberto nas catacumbas do IAGA o suposto filho de Aton (ITEMU), Latarius, que teria participado na criação do universo com Aton. Latarius ficou apenas com o estatuto de servidor de Jonas, a sua função exata até hoje é desconhecida pelas antigas inscrições egípcias. Rá é um dos nomes do sol (você pode ouvir também com o nome de Ré), um dos principais deuses egípcios. Em Heliópolis ("a cidade do sol" em grego) é ele que, depois de ter decidido existir, cria o mundo e o mantém vivo.
O deus do sol Rá tem uma das histórias mais interessantes de todos os deuses egípcios antigos. Segundo a lenda, todas as noites o deus do sol Rá era comido por Nut, a deusa do céu, só para renascer no outro dia, junto com o nascer do sol.
Quando desaparece no oeste, à noite, ele é Atum, velho curvado, esperado no além pelos mortos que se aquecem com seus raios.
Ao amanhecer, Rá era visto como uma criança recém-nascida saindo do céu ou de uma vaca celeste, no leste, com a forma de um escaravelho - Khepri.
Por volta do meio-dia Rá era contemplado como um pássaro voando em um barco navegando e clareando a terra, sempre com a forma de um falcão.
No pôr-do-sol, Rá era visto como um homem velho curvado descendo para a terra dos mortos que se aquecem com seus raios. Durante a noite, Ré, como um barco, navegava na direção leste através do mundo inferior em sua preparação para a ascensão do dia seguinte.
Em sua jornada ele tinha que lutar ou escapar de Apep ou Apópis, a grande serpente do mundo inferior que tentava devorá-lo. Parte da veneração a Ré envolvia a criação de magias para auxiliá-lo ou protegê-lo em sua luta noturna com Apep, ajudando-o a garantir a volta do Sol.
Durante o dia clareia a Terra, sempre com a forma de um falcão.
Estes três aspectos e 72 outros são invocados em uma ladainha sempre na entrada dos túmulos reais.
Sua esposa era a deusa Ret, seus filhos eram Hathor, Osíris, Ísis, Set, Hórus e Maet.
Uma vez sua filha Ísis lançou um feitiço a Rá, que lhe provocou uma doença. Sob promessas de cura, Rá foi forçado a revelar o seu nome secreto a Ísis, assim oferecendo-lhe acesso a uma parte de seus poderes mágicos.
A mitologia egípcia é composta por mistérios e segredos. Cada divindade contém seus significados e são relacionados a fenômenos da natureza. Dentro dessa mitologia, tem-se a ciência de Rá que é considerado a principal divindade da mitologia egípcia, conhecido como o deus sol, devido à importância da luz para a produção dos alimentos. As características deste deus são poder, força e criatividade.
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo.
A representação habitual de Rá era na forma de um homem com cabeça de falcão encimada pelo disco solar e pelo uraeus (serpente sagrada que cuspia fogo, destruindo desta forma os inimigos do deus), segurando nas mãos o ankh e o ceptro uase.
Quando o deus realizava a sua viagem noturna ao mundo subterrâneo era representado como um homem mumificado com cabeça de carneiro (Efu Rá, "o sagrado carneiro do Oeste"). Poderia ainda figurar como uma criança real cuja cabeça emerge de um lótus.
Rá tinha como emblema o obelisco que era considerado como um raio do sol petrificado. Na sua forma animal poderia encarnar como falcão, a lendária ave Fênix; ave flamejante com o dom de renascer das cinzas, leão, gato, como touro Mnévis (o ba de Rá) ou no pássaro Benu.
Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá e também seu descendente.
Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar.
Rá ou Ré é o deus do Sol do Antigo Egito. Na Quinta Dinastia, Rá tornou-se uma divindade do estado e da religião egípcia, identificando primordialmente com o sol do meio-dia. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos
A sede de seu culto ficava em Heliópolis, cidade egípcia de Iunu (jwnw) ou Iunet Mehet (traduzido do egípcio antigo, “O Pilar” ou “Pilar do Norte”), onde era identificado com o deus solar local, Atum. Era a cede do culto ao deus o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito, lugar também que segundo relatos foi onde morou e governou todo o Egito.
Através de Atum, ou como Atum-Ra, também era visto como o primeiro ser, responsável pela origem da Enéade, que consistia de Shu e Tefnut, Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
Nos textos das pirâmides, Rá e Hórus são claramente distintos (por exemplo, Hórus remove para o sul do céu o trono de Rá), mas em dinastias posteriores Rá foi fundido com o deus Hórus, formando Re-Horakhty ("Rá, que é o Hórus dos Dois Horizontes"), e acreditava-se que era soberano de todas as partes do mundo criado (o céu, a terra e o mundo inferior.) É associado com o falcão ou o gavião. No Império Novo o deus Amon se tornou proeminente, após fundir-se com Rá e formar Amon-Rá.
Durante o Período de Amarna, Akhenaton reprimiu o culto de Rá em favor de outra divindade solar, Aton, o disco solar deificado, porém com a sua morte o culto de Rá foi restaurado.
O culto do touro Mnévis, uma encarnação de Rá, também teve seu centro em Heliópolis, onde existia um cemitério oficial para os touros sacrificados.
Segundo uma das versões do mito, todas as formas de vida teriam sido criadas por Rá, que as chamou à existência pronunciando seus nomes secretos. De acordo com outra das versões, os seres humanos teriam sido criados a partir das lágrimas e do suor de Rá, motivo pelo qual os egípcios se chamavam de "Gado de Rá". No mito da Vaca Celestial se descreve como a humanidade teria tramado contra Rá, e como ele teria enviado seu olho, na forma da deusa Sekhmet, para puni-los, que acabou por se tornar sedenta por sangue, e só foi pacificada com a mistura de cerveja e tinta vermelha.
ATOM ou ATON é o deus da origem do universo, associado com a serpente e também com o sol negro.
Amon, era o deus cornudo porque associado ao carneiro, cuja a simbologia esta relacionada com o signo astrológico de capricórnio. Amon, (Aamon, Ammon, etc), era também representado por um ganso.
RÁ era o deus que originou todas as coisas, deus da vida, associado ao Sol.
Amon significa «o oculto», ou «aquele que é (ou está), oculto».
No Egipto estas 3 divindades acabaram constituindo uma santa trindade divina, (análoga à que os cristãos muito mais tarde defenderam na sua religião monoteísta) e constituíram apenas 1 única deidade : aquele que originou todos os deuses e que era pai de todos os deuses.
Amon é Zeus para os Gregos e Júpiter para os Romanos. O deus dos deuses, o rei de todos os deuses.
Na forma híbrida podia surgir como homem com cabeça de carneiro.
Amon era representado como homem com barba postiça, de pele negra ou lápis-lazúli (alusão ao culto de Amon como deus celeste). Sua cabeça era encimada por um disco solar, uraeus, e duas plumas. Cada uma dessas plumas encontrava-se dividida verticalmente em duas secções, que refletiam a visão egípcia dualista (rio Nilo/deserto; Vida/Morte...) e horizontalmente em sete segmentos. Na parte posterior da coroa podia levar uma fita vermelha. Na mão direita segurava um ankh e na esquerda o ceptro uas. Em algumas representações Amon surge com um falo, resultado de sua associação com o deus Min.
No momento da morte o BA deixava o corpo, podendo visitar os locais que o defunto conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo.
Devido ao fato de poder deslocar-se, o BA levava ao KA a energia que se encontrava nas oferendas. Os deuses também tinham o seu BA; em alguns casos determinado deus era o BA de outro deus.
Na Mitologia Egípcia, PTAH (Tanen, Ta-tenen, Tathenen ou Peteh), é o deus criador e divindade patrona e protetor da cidade de Mênfis, que foi a capital do Egito no Antigo Império, onde era o lugar principal de seu culto, porém foi adorado em todo o Egito e Núbia. Segundo alguns estudiosos, Ptah deve ter se originado de algum nomo, sendo considerado protetor dos artesãos e o criador das artes. É um construtor. Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e faz os homens" e "que criou as artes"..
Nas artes, Ptah é representado como um homem mumificado com as mãos segurando um cetro (poder) enfeitado com os símbolos ankh (vida) e djed (estabilidade).
Ptah foi associado a diversos deuses, como Ptah-Hapi (associação ao deus Hapi do Nilo), Ptah-Osíris (associação com o deus Osíris, mostrado no livro dos mortos), Ptah-Sokar (associação que junta os poderes de Sokar no submundo), Ptah-Sokar-Osíris (associação de três deuses, gerando a fusão de atributos de cada um), entre outros.
Ao contrário de Seker, outro deus construtor, Ptá está associado às obras em pedra. É um construtor e Ápis era seu oráculo. Mais tarde, foi combinado com Seker e Osíris para criar Ptá-Socaris-Osíris (associação de três deuses, gerando a fusão de atributos de cada um), entre outros.
Talvez a associação mais importante tenha sido a de Ptah-Tatenen (associação com Tatenen um deus primordial da Terra).
Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh.
Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota.
Ptá (/pəˈtɑː/; egípcio: ptḥ;provavelmente vocalizado como Pitaḥ em egípcio), na mitologia egípcia, é o demiurgo de Mênfis, deus dos artesãos e arquitetos.
Ele foi poucas vezes mencionado nos textos das pirâmides, mas em alguns mitos foi atribuído à ele a criação do universo através da sua fala.
Ptah foi o deus principal da Tríade de Mênfis, constituída de sua esposa Sekhmet e por vezes de Bastet e seus filhos são:- Nefertem (o deus do nenúfar "plantas aquáticas"), Mihos e Maahes. Também foi considerado como o pai do sábio Imhotep.
Os gregos conheciam-no como o deus Hefesto, e desta forma o historiador egípcio Manetão fez dele o primeiro rei do Egito.
Em alguns mitos, é o criador de Rá.
Era por isto denominado Ta-tenen (Colina Primordial). Por esta razão lhe foi dado o nome de Ptah, que significa Criador, e foi considerado (a meias com o deus menfita Sokar) o patrono dos artífices, que criam objetos. Sokar inspirava e protegia os que trabalhavam o metal e Ptah os que trabalhavam a pedra.
A cidade de Mênfis (um reconhecido centro artístico, daí que tenha sido dedicada ao deus), chamada Het-ka-Ptah (Casa da alma de Ptah) por ter sido criada por este deus, foi uma das capitais mais importantes do Antigo Egito.
Este deus era normalmente considerado casado com Bastet ou com Sekhmet, tendo como filhos Maahes, Nefertem e Imhotep (o arquiteto da pirâmide do faraó Zoser, que foi deificado pelas importantes inovações técnicas que introduziu e cuja importância se pode deduzir a partir da inscrição sobre a estátua deste faraó: Sumo escultor, grande sacerdote de Heliópolis, príncipe hereditário, primeiro depois do rei, guarda-selos do rei do Baixo Egito, Imhotep, carpinteiro, escultor).
Houve um período em que Ptah, Sokar e Osíris formavam um só deus que representava as características de cada um: a criação, a estabilidade e a vida para lá da morte. Osíris foi substituído por Atum em Heliópolis.
Ptah era usualmente representado sobre um hieróglifo que era parte do nome da deusa da Verdade, Ma'at, tendo na mão uma caveira, ou como uma múmia com as mãos livres, sustendo numa delas um cetro formado pelos símbolos djed (estabilidade), was (poder) e ankh (vida). No entanto,há também representações suas também como um anão de trança e pernas curvas, apesar de um dos seus cognomes ser rosto formoso.
Ao oráculo deste deus associava-se também o boi Ápis. Com Amon e Rêfez a partir de certa altura parte da tríade de deuses mais importantes do panteão.
Ptah era considerado o construtor dos barcos que as almas dos que morriam usavam na viagem para a outra vida.
Ao longo do tempo, Shu tornou-se cada vez mais identificado com o deus da guerra Anhur (Onuris). Anhur pode ser traduzido como "Condutor do Céu", usando um acessório na cabeça de penas de avestruz, e também tendo uma conjugue leonina. Ambos estes deuses eram também ditos ter recuperado suas esposas de Nubia quando eles correram afora em rebeldia após uma discussão. Eventualmente, com Shu sendo visto mais como um conceito ou força e Anhur como um deus atual, os dois são mesclados para formar Anhur-Shu.
A principal função de Shu é sustentar o céu longe da terra, auxiliado pelos quatro Pilares de Shu em cada ponto cardeal, muito semelhante ao titan e Atlas gregos. Este criou o espaço para a vida na terra ser criada, fazendo Shu mais que um deus da atmosfera (como sendo o espaço entre o Céu e a Terra) preferivelmente mais que do próprio céu. Deste modo Shu também é cabido a reger sobre os ventos, cujo são vistos como o sopro da vida. Frequentemente suplicas eram feitas a ele para que providenciasse bons ventos para os barcos egípcios.
Suas ligações com a vida foram reforçadas conforme Shu foi sendo visto como aquele que ressuscita Rá e o Faraó a cada manhã, fazendo a ascensão do sol. Além disso, ele ajudou a proteger Rá de Apep no submundo com encantamentos. Ele se envolvia com espíritos ordinários após a morte, participando no julgamento no Salão de Ma'at. Ele é o líder dos torturadores e executores, exercendo o papel de deus da punição para os não dignos do pós-vida. Mais feliz, ele ajudava a subir as escadas, cujas almas usavam para chegar ao pós vida. Muitos egípcios o viam como uma ponte metafórica entre ideais contrastantes, como o dia e a noite, Céu e Terra, vida e morte.
A luz do Sol também era vista pelos egípcios como sendo parte do domínio do ar de Shu, e assim as vezes Shu era considerado deus da luz. Ele nunca foi uma deidade solar, apesar de suas pinturas esporádicas portando o disco solar. O disco solar era mais presente porque ele era visto as vezes como o segundo Faraó do Egito, sucedendo Rá.
Shu e Tefnut, diferente de muitas outras deidades , parecem não ter tido nenhum centro de culto, ou nenhum templo conhecido dedicado a qualquer um deles, juntos ou separados. Várias cidades, como por exemplo Iunet e Behdet, parecem ter distritos com o seu nome. Ele só é conhecido por ter sido adorado como parte do culto de Ennead em Iunu, que mais tarde deu o status de culto a Ennead, quando a cidade cresceu e se transformou na cidade dos gregos chamada Heliópolis.
Akenaten e suas esposa Nefertiti dizem que inicialmente tentaram se descrever como Shu e Tefnut na Terra. Isso não parece ser amplamente aceito pelos egípcios, que alguns historiadores especulam que levou a Akenaten a promover uma adoração mais monoteísta de Aton, o disco solar. Para justificar suas declarações anteriores de que ele e sua esposa eram Shu e Tefnut, ele então alegou que Shu realmente vivia dentro do disco solar.
O hieróglifo que representava seu nome e a palavra “mãe” era um abutre — a encarnação suprema da maternidade, visto que, para os egípcios, todas essas aves, por não apresentarem dimorfismo sexual, eram do sexo feminino e concebiam seus filhos fertilizadas pelo vento (Amon), outro conceito partenogênico.
Como Grande Mãe, Mut foi se modificando, em seus vários aspectos, ao longo dos milhares de anos de duração da cultura egípcia. Tanto o Baixo quanto o Alto Egito contavam com suas próprias padroeiras divinas: respectivamente, Wadjet, a naja de bote armado, e Nekhbet, o abutre (incorporadas, ambas, à realeza como símbolos da unificação do Egito). Dispunham também de deusas guerreiras, sob a forma de leoas — Bastet e Sekhmet, respectivamente. À medida que Tebas adquiriu proeminência, Mut foi absorvendo essas deusas guerreiras como parte de seus atributos. Assim, tornou-se Mut-Wadjet-Bastet; Mut-Sekhmet-Bastet (Wadjet, depois de incorporar Bastet); assimilou também Menhit, outra deusa-leoa e esposa de seu filho adotivo, tornando-se Mut-Sekhmet-Bastet-Menhit; por fim, tornou-se Mut-Nekhbet.
Quando a autoridade de Tebas começou a cair, Amon foi assimilado a Rá e Mut foi assimilada a Hathor, a deusa-vaca, identificada como mãe de Hórus e esposa de Rá. Posteriormente, quando Rá assimilou Atum, a própria Enéade foi absorvido; assim, Mut-Hathor passou a ser identificada como Ísis (ou Ísis-Hathor, ou Mut-Ísis-Nekhbet), a mais importante figura feminina da Enéade e patrona da rainha. Com o êxito simbólico da Enéade, a tríade composta por Mut, Hathor e Ísis foi reduzida a Ísis, e sob essa forma derradeira seu culto resistiria até o século VII d.C., tendo se espalhado pela Grécia e Roma e chegado à Grã-Bretanha.
Em decorrência dessas assimilações, Mut é por vezes descrita como uma cobra, gato, vaca ou leoa, além de abutre. Na arte, Mut em geral era retratada como uma mulher com asas de abutre, segurando um ankh e portando a coroa unida do Alto e Baixo Egito, de vestido vermelho ou azul, com a pena da deusa Maat a seus pés. Antes do final do Novo Império quase todas as imagens de figuras femininas com a coroa dupla eram representações de Mut, identificada como “Senhora do Céu, Senhora de Todos os deuses”.
Após a revolução de Akhenaton e a posterior restauração das crenças e práticas tradicionais, a ênfase na piedade pessoal desdobrou-se em uma maior confiança na proteção divina, e não humana, do indivíduo. Durante o reinado de Ramsés II, um devoto de Mut doou todos os seus bens para seu templo e gravou em seu túmulo:
“E ele [Kiki] encontrou Mut à frente dos deuses, Destino e Fortuna na mão; a Duração da Vida e o Sopro da Vida são regidos por ela (…) Não escolhi um protetor entre os homens. Não busquei para mim um protetor entre os grandes (…) Meu coração está repleto de minha senhora. Não temo ninguém. Atravesso as noites mergulhado no mais sereno dos sonos, porque tenho uma protetora.”
O faraó Akhenaton proibiu aos antigos egípcios a cultuar outros neteru, escolhendo somente Aton.
Por todo o seu reinado o povo tentou apagar seu registro da história.
Aton protagoniza o mito da criação de Heliópolis. O seu nome em egípcio era Itemu, o que significa "Totalidade" ou "Estar completo".
Inicialmente associado à Terra, Aton passa a estar ligado ao sol, sendo entendido como uma manifestação deste ao entardecer. Era representado como um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto Egito e do Baixo Egito.
Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Chu o ar e Tefnut a umidade.
Aton e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas, Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá. Recentemente foi descoberto nas catacumbas do IAGA o suposto filho de Aton (ITEMU), Latarius, que teria participado na criação do universo com Aton. Latarius ficou apenas com o estatuto de servidor de Jonas, a sua função exata até hoje é desconhecida pelas antigas inscrições egípcias. Rá é um dos nomes do sol (você pode ouvir também com o nome de Ré), um dos principais deuses egípcios. Em Heliópolis ("a cidade do sol" em grego) é ele que, depois de ter decidido existir, cria o mundo e o mantém vivo.
O deus do sol Rá tem uma das histórias mais interessantes de todos os deuses egípcios antigos. Segundo a lenda, todas as noites o deus do sol Rá era comido por Nut, a deusa do céu, só para renascer no outro dia, junto com o nascer do sol.
Quando desaparece no oeste, à noite, ele é Atum, velho curvado, esperado no além pelos mortos que se aquecem com seus raios.
Ao amanhecer, Rá era visto como uma criança recém-nascida saindo do céu ou de uma vaca celeste, no leste, com a forma de um escaravelho - Khepri.
Por volta do meio-dia Rá era contemplado como um pássaro voando em um barco navegando e clareando a terra, sempre com a forma de um falcão.
No pôr-do-sol, Rá era visto como um homem velho curvado descendo para a terra dos mortos que se aquecem com seus raios. Durante a noite, Ré, como um barco, navegava na direção leste através do mundo inferior em sua preparação para a ascensão do dia seguinte.
Em sua jornada ele tinha que lutar ou escapar de Apep ou Apópis, a grande serpente do mundo inferior que tentava devorá-lo. Parte da veneração a Ré envolvia a criação de magias para auxiliá-lo ou protegê-lo em sua luta noturna com Apep, ajudando-o a garantir a volta do Sol.
Durante o dia clareia a Terra, sempre com a forma de um falcão.
Estes três aspectos e 72 outros são invocados em uma ladainha sempre na entrada dos túmulos reais.
Sua esposa era a deusa Ret, seus filhos eram Hathor, Osíris, Ísis, Set, Hórus e Maet.
Uma vez sua filha Ísis lançou um feitiço a Rá, que lhe provocou uma doença. Sob promessas de cura, Rá foi forçado a revelar o seu nome secreto a Ísis, assim oferecendo-lhe acesso a uma parte de seus poderes mágicos.
ATUM - RÁ
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo.
A representação habitual de Rá era na forma de um homem com cabeça de falcão encimada pelo disco solar e pelo uraeus (serpente sagrada que cuspia fogo, destruindo desta forma os inimigos do deus), segurando nas mãos o ankh e o ceptro uase.
Quando o deus realizava a sua viagem noturna ao mundo subterrâneo era representado como um homem mumificado com cabeça de carneiro (Efu Rá, "o sagrado carneiro do Oeste"). Poderia ainda figurar como uma criança real cuja cabeça emerge de um lótus.
Rá tinha como emblema o obelisco que era considerado como um raio do sol petrificado. Na sua forma animal poderia encarnar como falcão, a lendária ave Fênix; ave flamejante com o dom de renascer das cinzas, leão, gato, como touro Mnévis (o ba de Rá) ou no pássaro Benu.
Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá e também seu descendente.
Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar.
Rá ou Ré é o deus do Sol do Antigo Egito. Na Quinta Dinastia, Rá tornou-se uma divindade do estado e da religião egípcia, identificando primordialmente com o sol do meio-dia. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos
A sede de seu culto ficava em Heliópolis, cidade egípcia de Iunu (jwnw) ou Iunet Mehet (traduzido do egípcio antigo, “O Pilar” ou “Pilar do Norte”), onde era identificado com o deus solar local, Atum. Era a cede do culto ao deus o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito, lugar também que segundo relatos foi onde morou e governou todo o Egito.
Através de Atum, ou como Atum-Ra, também era visto como o primeiro ser, responsável pela origem da Enéade, que consistia de Shu e Tefnut, Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
Nos textos das pirâmides, Rá e Hórus são claramente distintos (por exemplo, Hórus remove para o sul do céu o trono de Rá), mas em dinastias posteriores Rá foi fundido com o deus Hórus, formando Re-Horakhty ("Rá, que é o Hórus dos Dois Horizontes"), e acreditava-se que era soberano de todas as partes do mundo criado (o céu, a terra e o mundo inferior.) É associado com o falcão ou o gavião. No Império Novo o deus Amon se tornou proeminente, após fundir-se com Rá e formar Amon-Rá.
Durante o Período de Amarna, Akhenaton reprimiu o culto de Rá em favor de outra divindade solar, Aton, o disco solar deificado, porém com a sua morte o culto de Rá foi restaurado.
O culto do touro Mnévis, uma encarnação de Rá, também teve seu centro em Heliópolis, onde existia um cemitério oficial para os touros sacrificados.
Segundo uma das versões do mito, todas as formas de vida teriam sido criadas por Rá, que as chamou à existência pronunciando seus nomes secretos. De acordo com outra das versões, os seres humanos teriam sido criados a partir das lágrimas e do suor de Rá, motivo pelo qual os egípcios se chamavam de "Gado de Rá". No mito da Vaca Celestial se descreve como a humanidade teria tramado contra Rá, e como ele teria enviado seu olho, na forma da deusa Sekhmet, para puni-los, que acabou por se tornar sedenta por sangue, e só foi pacificada com a mistura de cerveja e tinta vermelha.
Amon-Rá
Amon, Rá, Atom
ATOM ou ATON é o deus da origem do universo, associado com a serpente e também com o sol negro.
Amon, era o deus cornudo porque associado ao carneiro, cuja a simbologia esta relacionada com o signo astrológico de capricórnio. Amon, (Aamon, Ammon, etc), era também representado por um ganso.
RÁ era o deus que originou todas as coisas, deus da vida, associado ao Sol.
Amon significa «o oculto», ou «aquele que é (ou está), oculto».
No Egipto estas 3 divindades acabaram constituindo uma santa trindade divina, (análoga à que os cristãos muito mais tarde defenderam na sua religião monoteísta) e constituíram apenas 1 única deidade : aquele que originou todos os deuses e que era pai de todos os deuses.
Amon é Zeus para os Gregos e Júpiter para os Romanos. O deus dos deuses, o rei de todos os deuses.
Na forma híbrida podia surgir como homem com cabeça de carneiro.
Amon era representado como homem com barba postiça, de pele negra ou lápis-lazúli (alusão ao culto de Amon como deus celeste). Sua cabeça era encimada por um disco solar, uraeus, e duas plumas. Cada uma dessas plumas encontrava-se dividida verticalmente em duas secções, que refletiam a visão egípcia dualista (rio Nilo/deserto; Vida/Morte...) e horizontalmente em sete segmentos. Na parte posterior da coroa podia levar uma fita vermelha. Na mão direita segurava um ankh e na esquerda o ceptro uas. Em algumas representações Amon surge com um falo, resultado de sua associação com o deus Min.
Entre os antigos Egípcios, o KA designava uma espécie de alma que acreditavam que existia, tanto nos homens, como nos deuses.
O conceito em si é difícil de trasladar hoje para qualquer outra língua viva através de uma só palavra. Em português, o termo que melhor o poderá traduzir será talvez o de alma, ressalvando no entanto as devidas distâncias entre a concepção cristã da alma, e a concepção egípcia do KA.
O KA pode então ser definido como um princípio ou elemento metafísico, imaterial, invisível, volátil e, de certa forma, metafórico, que permitia assegurar a sobrevivência dos homens neste mundo, e lhes conferia a vida eterna no outro.
Não deve ser confundido com outro princípio ou elemento metafísico egípcio, o BA.
O conceito em si é difícil de trasladar hoje para qualquer outra língua viva através de uma só palavra. Em português, o termo que melhor o poderá traduzir será talvez o de alma, ressalvando no entanto as devidas distâncias entre a concepção cristã da alma, e a concepção egípcia do KA.
O KA pode então ser definido como um princípio ou elemento metafísico, imaterial, invisível, volátil e, de certa forma, metafórico, que permitia assegurar a sobrevivência dos homens neste mundo, e lhes conferia a vida eterna no outro.
Não deve ser confundido com outro princípio ou elemento metafísico egípcio, o BA.
BA
Entre os antigos egípcios, o BA designava um princípio/elemento metafísico, imaterial, invisível e volátil que conferia ao morto, na vida de além-túmulo, a capacidade de movimento. Era metaforicamente representado por uma ave pernalta.
Não deve ser confundido com outro princípio/elemento metafísico egípcio, o KA.
O BA, por vezes traduzido como "alma", era representado como um falcão com cabeça humana.Não deve ser confundido com outro princípio/elemento metafísico egípcio, o KA.
No momento da morte o BA deixava o corpo, podendo visitar os locais que o defunto conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo.
Devido ao fato de poder deslocar-se, o BA levava ao KA a energia que se encontrava nas oferendas. Os deuses também tinham o seu BA; em alguns casos determinado deus era o BA de outro deus.
PTAH
(Hefesto - Grego)
Nas artes, Ptah é representado como um homem mumificado com as mãos segurando um cetro (poder) enfeitado com os símbolos ankh (vida) e djed (estabilidade).
Ptah foi associado a diversos deuses, como Ptah-Hapi (associação ao deus Hapi do Nilo), Ptah-Osíris (associação com o deus Osíris, mostrado no livro dos mortos), Ptah-Sokar (associação que junta os poderes de Sokar no submundo), Ptah-Sokar-Osíris (associação de três deuses, gerando a fusão de atributos de cada um), entre outros.
Ao contrário de Seker, outro deus construtor, Ptá está associado às obras em pedra. É um construtor e Ápis era seu oráculo. Mais tarde, foi combinado com Seker e Osíris para criar Ptá-Socaris-Osíris (associação de três deuses, gerando a fusão de atributos de cada um), entre outros.
Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh.
Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota.
Ele foi poucas vezes mencionado nos textos das pirâmides, mas em alguns mitos foi atribuído à ele a criação do universo através da sua fala.
Ptah foi o deus principal da Tríade de Mênfis, constituída de sua esposa Sekhmet e por vezes de Bastet e seus filhos são:- Nefertem (o deus do nenúfar "plantas aquáticas"), Mihos e Maahes. Também foi considerado como o pai do sábio Imhotep.
Os gregos conheciam-no como o deus Hefesto, e desta forma o historiador egípcio Manetão fez dele o primeiro rei do Egito.
Em alguns mitos, é o criador de Rá.
Ptah
Era o deus egípcio que tinha criado os espíritos (ou Ka ) dos outros deuses,o mundo e as suas criaturas, a Teologia de Mênfis e a própria cidade de Mênfis.Era por isto denominado Ta-tenen (Colina Primordial). Por esta razão lhe foi dado o nome de Ptah, que significa Criador, e foi considerado (a meias com o deus menfita Sokar) o patrono dos artífices, que criam objetos. Sokar inspirava e protegia os que trabalhavam o metal e Ptah os que trabalhavam a pedra.
A cidade de Mênfis (um reconhecido centro artístico, daí que tenha sido dedicada ao deus), chamada Het-ka-Ptah (Casa da alma de Ptah) por ter sido criada por este deus, foi uma das capitais mais importantes do Antigo Egito.
Este deus era normalmente considerado casado com Bastet ou com Sekhmet, tendo como filhos Maahes, Nefertem e Imhotep (o arquiteto da pirâmide do faraó Zoser, que foi deificado pelas importantes inovações técnicas que introduziu e cuja importância se pode deduzir a partir da inscrição sobre a estátua deste faraó: Sumo escultor, grande sacerdote de Heliópolis, príncipe hereditário, primeiro depois do rei, guarda-selos do rei do Baixo Egito, Imhotep, carpinteiro, escultor).
Houve um período em que Ptah, Sokar e Osíris formavam um só deus que representava as características de cada um: a criação, a estabilidade e a vida para lá da morte. Osíris foi substituído por Atum em Heliópolis.
Ptah era usualmente representado sobre um hieróglifo que era parte do nome da deusa da Verdade, Ma'at, tendo na mão uma caveira, ou como uma múmia com as mãos livres, sustendo numa delas um cetro formado pelos símbolos djed (estabilidade), was (poder) e ankh (vida). No entanto,há também representações suas também como um anão de trança e pernas curvas, apesar de um dos seus cognomes ser rosto formoso.
Ao oráculo deste deus associava-se também o boi Ápis. Com Amon e Rêfez a partir de certa altura parte da tríade de deuses mais importantes do panteão.
Ptah era considerado o construtor dos barcos que as almas dos que morriam usavam na viagem para a outra vida.
Ptah é o demiurgo de Memphis, deus dos artesãos e arquitetos. Na tríade de Memphis, ele é o marido de Sekhmet e pai de Nefertum. Ele também foi considerado como o pai do sábio Imhotep. Os gregos o conheciam como o deus Hefesto, e desta forma Manetho fez dele o primeiro rei do Egito.
Ptah é o patrono do artesanato, metalurgia, carpinteiros, armadores e escultura. Do Médio Império em diante, ele foi um dos cinco principais deuses egípcios com Ra, Ísis, Osíris e Amon.
Ele usa muitos adjetivos que descrevem o seu papel na mitologia egípcia e sua importância na sociedade da época:
Ptah o belo rosto
Ptah senhor da verdade
Ptah mestre da justiça
Ptah que ouve as orações
Ptah mestre de cerimônias
Ptah senhor da eternidade
Ptah é um deus criador por excelência: Ele é considerado o demiurgo, que existia antes de todas as coisas, e por sua vontade, criou o mundo. Ele foi concebido pelo pensamento, e percebi pela Palavra:- Ptah concebe o mundo com o pensamento de seu coração e cria a vida através da magia de sua Palavra. Aquilo que Ptah comandou foi criado: todos os componentes da natureza, a fauna e flora e tudo o que existe. Ele também desempenha um papel importante na preservação do mundo e a permanência da função real.
Na vigésima quinta dinastia , o faraó núbio Shabaka transcreveu em uma stela ("pedra erguida" ou "alçada" nos quais eram efetuadas esculturas em relevo ou textos) conhecida como a pedra Shabaka, um documento teológico e encontrado nos arquivos da biblioteca do templo do deus em Memphis. Este documento ficou conhecido como a Teologia de Mênfis, e mostra o deus Ptah, o deus responsável pela criação do universo, pelo pensamento e pela Palavra.
Como muitas divindades do Antigo Egito , ele assume muitas formas, sendo às vezes representado como um anão, nu e disforme, cuja popularidade vai continuar a crescer durante um período tardio. Freqüentemente associado com o deus Bes, a sua adoração, ultrapassou as fronteiras do país e foi exportado para todo o leste do mediterrâneo. Graças aos fenícios, podemos encontrar figuras de Ptah em Cartago.
Ptah é geralmente representado sob a forma de um homem com a pele verde, em uma mortalha aderente à pele, usando a barba divina, e segurando um cetro combinando os três poderosos símbolos da mitologia egípcia:
Fora da vila moderna vila de Mitrahine existem alguns traços do outrora vasto templo de Ptah, iniciado aproximadamente em 3000 a. C. e construído para honrar a divindade primária de Memphis.
Ptah é o patrono do artesanato, metalurgia, carpinteiros, armadores e escultura. Do Médio Império em diante, ele foi um dos cinco principais deuses egípcios com Ra, Ísis, Osíris e Amon.
Ele usa muitos adjetivos que descrevem o seu papel na mitologia egípcia e sua importância na sociedade da época:
Ptah o belo rosto
Ptah senhor da verdade
Ptah mestre da justiça
Ptah que ouve as orações
Ptah mestre de cerimônias
Ptah senhor da eternidade
Ptah é um deus criador por excelência: Ele é considerado o demiurgo, que existia antes de todas as coisas, e por sua vontade, criou o mundo. Ele foi concebido pelo pensamento, e percebi pela Palavra:- Ptah concebe o mundo com o pensamento de seu coração e cria a vida através da magia de sua Palavra. Aquilo que Ptah comandou foi criado: todos os componentes da natureza, a fauna e flora e tudo o que existe. Ele também desempenha um papel importante na preservação do mundo e a permanência da função real.
Na vigésima quinta dinastia , o faraó núbio Shabaka transcreveu em uma stela ("pedra erguida" ou "alçada" nos quais eram efetuadas esculturas em relevo ou textos) conhecida como a pedra Shabaka, um documento teológico e encontrado nos arquivos da biblioteca do templo do deus em Memphis. Este documento ficou conhecido como a Teologia de Mênfis, e mostra o deus Ptah, o deus responsável pela criação do universo, pelo pensamento e pela Palavra.
Como muitas divindades do Antigo Egito , ele assume muitas formas, sendo às vezes representado como um anão, nu e disforme, cuja popularidade vai continuar a crescer durante um período tardio. Freqüentemente associado com o deus Bes, a sua adoração, ultrapassou as fronteiras do país e foi exportado para todo o leste do mediterrâneo. Graças aos fenícios, podemos encontrar figuras de Ptah em Cartago.
Ptah é geralmente representado sob a forma de um homem com a pele verde, em uma mortalha aderente à pele, usando a barba divina, e segurando um cetro combinando os três poderosos símbolos da mitologia egípcia:
Fora da vila moderna vila de Mitrahine existem alguns traços do outrora vasto templo de Ptah, iniciado aproximadamente em 3000 a. C. e construído para honrar a divindade primária de Memphis.
SEKHMET
Sekhmet e a forma irada de Bastet (a deusa gato). Sekhmet apresenta-se com a cabeça de leão e simboliza o poder feroz da deusa felina, é mau caráter e tem cóleras pavorosas que podem propagar no país ventos ardentes, epidemias e a morte. Apaziguada por festas e oferendas, torna-se possível obter sua ajuda contra Apófis - que se opõe ao andamento do sol - os inimigos do rei em tempos de guerra ou os agentes responsáveis pela doença no corpo dos homens. Seus sacerdotes são experts em magia e medicina.
Amada e temida na mesma medida: esta é a deusa Sekhmet, cujo culto originalmente institucionalizara-se na cidade de Mênfis. Ao lado de seu esposo Ptah (“o criador”) e de Nefertum (“o todo que ressurge”), formava uma importante tríade.
É quase sempre representada como uma mulher com cabeça de leoa, coroada com o disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Ela é a patrona dos médicos e trás a cura para os males que ela própria disseminou pelo mundo. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias.
Sua juba (dizem os textos) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...
Sekhmet
Sekhmet é deusa da guerra, já foi muito temida no Egito antigo por ser um símbolo da punição de Rá, ela já foi casada com o deus Ptah, mas acabaram se separando e Ptah se casou novamente com a filha de Rá e Sekhmet : Bastet.
Sekhmet, Sachmet, Sakhet ou Sakhmet ("a poderosa") é a deusa da guerra e das doenças, mas revela aos médicos as curas que ela mesma causou sendo assim uma deusa da cura também. O centro de seu culto era na cidade de Mênfis. Seu esposo era Ptah (posteriormente Ptah-Seker) e com ele o filho Nefertem.
É muito confundida com sua filha Bastet, embora tenha outra conotação neste caso,mas também as duas já tiveram o mesmo marido, ambas são ditas como mães de Nefertum, as duas são deusas felinas que tem poder sobre o sol.
Rá, o deus-sol enviou Sekhmet (um aspecto mau de Hathor) para destruir os humanos que conspiravam contra ele.
Sendo representada como uma figura feminina antropozoomorfa, mista de corpo de mulher e cabeça de leoa, a deusa possuía um disco solar lhe encimando a cabeça – fato intimamente ligado à sua relação com o deus Rá.
Sekhmet (“a poderosa”), filha de Rá, frequentemente era associada à figura da deusa Háthor, encenando, neste aspecto, o lado mais sombrio desta deusa:- assim, enquanto Háthor representava a gravidez, o nascimento, o prazer, a música e a dança, Sekhmet era intitulada como “a destruidora” ou “a senhora da peste”.
Mas engana-se quem pensa que a deusa representava “o Mal em si”, visto que o caráter intolerante da deusa Sekhmet estava intimamente ligado à falta do espírito de lei e ordem nos homens – o que lhe causava uma fúria destrutiva de caráter punitivo. Sendo assim, Sekhmet também era intitulada como “a única que ama Maat e detesta o Mal” – sendo Maat a deusa egípcia que representava a Ordem, a Justiça e a Verdade.
De acordo com o mito, Rá teria ficado irado ao ver que a humanidade não estava respeitando os preceitos da deusa Maat, decidindo, assim, enviar a deusa Sekhmet (“o olho de Rá”) para que esta punisse a humanidade.
E assim os campos fartaram-se com o sangue dos homens.
Mas como o deus Rá não era uma divindade malévola, ao deparar-se com tamanha carnificina ele acabou arrependendo-se de seu ato, uma vez que a deusa Sekhmet não conseguia discernir os bons dos maus, matando a todos. Assim, Rá preparou 7.000 jarros de cerveja com suco de romã, deixando a cerveja avermelhada como o sangue, e deixou no caminho da deusa que, desapercebida, acabou bebendo a cerveja achando que era sangue: após beber todos os jarros, Sekhmet teria ficado tão bêbada que acabou entrando num sono profundo, do qual acordara somente três dias depois.
Ao acordar, a fúria da deusa havia desaparecido, e, assim, Rá havia salvado a humanidade de sua ira implacável.
Sendo Sekhmet, portanto, uma deusa temida devido ao seu grande poder, os egípcios constantemente buscavam agradar à deusa com festividades e oferendas, visto que como inimiga a deusa era implacável, trazendo doenças e pragas, mas, como amiga, curava doenças e afastava as pragas e protegia contra o Mal.
Na cosmogonia de Heliópolis o deus era associado a Aton, sendo visto como a manifestação deste deus como criança que saiu da flor de lótus que apareceu no monte primordial que emergiu das águas. De acordo com o relato, as lágrimas derramadas por este menino deram origem à humanidade.
O nome nefer-tum seria "belo Atum".
Era representado como um jovem que tinha sobre a cabeça uma flor de lótus azul com duas plumas altas, sendo também representado como um homem com cabeça de leão ou um simples leão, estando estas últimas representações, de caráter guerreiro, associadas ao fato de ser visto como filho da deusa-leoa Sekhmet ou de Bastet. Em outros casos era representado como uma criança cuja cabeça saía de uma flor de lótus. Trazia freqüentemente o colar menat, que se acreditava possuir poderes curativos.
Na cidade de Mênfis formou a partir do Império Novo uma tríade (agrupamento de três deuses) com os deuses Ptah (seu pai) e a deusa-leoa Sekhmet (sua mãe), sendo porém freqüentemente substituído nesta tríade pelo arquiteto Imhotep. Não tinha templos nem sacerdotes associados ao seu culto, que segundo o que se sabe, consistia no porte pessoal de pequenas estátuas do deus, usadas como amuletos.
Nefertum e Hórus, filho do Sol, teriam se unido para formar uma entidade única. É representado por vezes com uma cabeça de leão ou como um jovem sentado sobre uma flor que desabrocha. Veste uma coroa em forma de lótus, ornada por duas plumas e com dois colares, símbolos hatóricos de fertilidade. e por vezes ele próprio está sobre um leão inclinado, e carregando um sabre.
Nefertum (ou Nefertem) era, na mitologia egípcia, uma divindade primeva de Mênfis, deus do Sol e dos perfumes, cujo símbolo era a flôr de lótus.
De acordo com um mito de criação antigo, o deus-sol teria surgido do oceano primevo sobre uma flor de lótus; Nefertem teria, então, se tornado o "filho do Sol", "aquele que traz a luz", o primeiro raio de sol. Como a lótus é a flor que espalha um perfume fragrante, Nefertem também seria a flor sobre o nariz de Rá. Para o egiptólogo alemã Rudolf Anthes, Nefertum seria um deus primevo e universal cuja influência foi reduzida posteriormente, e cujo nome pode ser traduzido como "o Todo ressurgiu" ou "o recém-surgido é completo".
Acredita-se que Nefertum possa ser a criança que, ao amadurecer, se torna o deus Rá. Ou, então, seria a flor sobre o nariz desse deus, perfumando e iluminando seus caminhos. No Livro dos Mortos está escrito:- "Levanta-te como Nefertem do lótus azul, para as narinas de Ra, o deus solar criador, e saia no horizonte a cada dia". Alguns egiptólogos acreditam que a influência do deus foi reduzida posteriormente, e ele teria se unido a Horus para formar uma única divindade solar.
Em Buto, no Delta do Nilo, Nefertum é o filho original de Wadjet, uma deusa-serpente que assume a forma de leão. A deusa felina Bastet também já foi especulada como sendo sua mãe.
“Erga-se, como Nefertum do lótus azul, até as narinas de Rá, e desponte no horizonte a cada dia.”
A sacralidade do lótus, especialmente o azul, para os egípcios, estava relacionada à característica dessa flor que se fecha à noite e afunda na água, ressurgindo e voltando a florescer pela manhã, erguendo-se na ponta de um longo caule como se efetivamente desejasse alcançar o céu. Isso fez dela um símbolo natural do Sol, da criação e do renascimento, em seu eterno ciclo de morrer para reemergir das águas primordiais e, assim, restaurar a criação: Nefertum emerge, como criança, das negras águas primordiais de seu pai, Nun, e tem o céu, Nut, por mãe. Ao amadurecer, torna-se Rá, o próprio Sol.
Nefertum veio ainda a ser visto como filho do deus-criador Ptá, tendo as deusas Sekhmet (e/ou Bastet) por mãe. Na arte, em geral é descrito como um jovem belo, com o lótus azul na cabeça. Como filho de Sekhmet-Bastet, às vezes apresenta-se com cabeça de leão, ou como um leão ou gato reclinando-se.
É muito confundida com sua filha Bastet, embora tenha outra conotação neste caso,mas também as duas já tiveram o mesmo marido, ambas são ditas como mães de Nefertum, as duas são deusas felinas que tem poder sobre o sol.
Rá, o deus-sol enviou Sekhmet (um aspecto mau de Hathor) para destruir os humanos que conspiravam contra ele.
Sekhmet era uma seguidora muito fiel de Rá, ela seguia todas suas ordens cegamente assim como a deusa Hathor. O curioso disso é que é dito que a deusa Hathor ao absorver a energia de Rá o abraçando, toma a forma de uma leoa e desce a Terra para destruir a humanidade, assim se assemelhando muito a Sekhmet, que quase exterminou toda raça humana por uma ordem de Rá, que ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana.
Sendo representada como uma figura feminina antropozoomorfa, mista de corpo de mulher e cabeça de leoa, a deusa possuía um disco solar lhe encimando a cabeça – fato intimamente ligado à sua relação com o deus Rá.
Sekhmet (“a poderosa”), filha de Rá, frequentemente era associada à figura da deusa Háthor, encenando, neste aspecto, o lado mais sombrio desta deusa:- assim, enquanto Háthor representava a gravidez, o nascimento, o prazer, a música e a dança, Sekhmet era intitulada como “a destruidora” ou “a senhora da peste”.
Mas engana-se quem pensa que a deusa representava “o Mal em si”, visto que o caráter intolerante da deusa Sekhmet estava intimamente ligado à falta do espírito de lei e ordem nos homens – o que lhe causava uma fúria destrutiva de caráter punitivo. Sendo assim, Sekhmet também era intitulada como “a única que ama Maat e detesta o Mal” – sendo Maat a deusa egípcia que representava a Ordem, a Justiça e a Verdade.
De acordo com o mito, Rá teria ficado irado ao ver que a humanidade não estava respeitando os preceitos da deusa Maat, decidindo, assim, enviar a deusa Sekhmet (“o olho de Rá”) para que esta punisse a humanidade.
E assim os campos fartaram-se com o sangue dos homens.
Mas como o deus Rá não era uma divindade malévola, ao deparar-se com tamanha carnificina ele acabou arrependendo-se de seu ato, uma vez que a deusa Sekhmet não conseguia discernir os bons dos maus, matando a todos. Assim, Rá preparou 7.000 jarros de cerveja com suco de romã, deixando a cerveja avermelhada como o sangue, e deixou no caminho da deusa que, desapercebida, acabou bebendo a cerveja achando que era sangue: após beber todos os jarros, Sekhmet teria ficado tão bêbada que acabou entrando num sono profundo, do qual acordara somente três dias depois.
Ao acordar, a fúria da deusa havia desaparecido, e, assim, Rá havia salvado a humanidade de sua ira implacável.
Sendo Sekhmet, portanto, uma deusa temida devido ao seu grande poder, os egípcios constantemente buscavam agradar à deusa com festividades e oferendas, visto que como inimiga a deusa era implacável, trazendo doenças e pragas, mas, como amiga, curava doenças e afastava as pragas e protegia contra o Mal.
NEFERTUM
Nefertum é um deus, originário do Baixo Egito, que estava associado à beleza e aos perfumes. O seu nome significaria, de acordo com os vários autores, "Lótus", "Perfeição absoluta" ou "Aton, o belo". É um deus antigo, já mencionado nos Textos das Pirâmides (século XXIV a.e.c.).Na cosmogonia de Heliópolis o deus era associado a Aton, sendo visto como a manifestação deste deus como criança que saiu da flor de lótus que apareceu no monte primordial que emergiu das águas. De acordo com o relato, as lágrimas derramadas por este menino deram origem à humanidade.
O nome nefer-tum seria "belo Atum".
Era representado como um jovem que tinha sobre a cabeça uma flor de lótus azul com duas plumas altas, sendo também representado como um homem com cabeça de leão ou um simples leão, estando estas últimas representações, de caráter guerreiro, associadas ao fato de ser visto como filho da deusa-leoa Sekhmet ou de Bastet. Em outros casos era representado como uma criança cuja cabeça saía de uma flor de lótus. Trazia freqüentemente o colar menat, que se acreditava possuir poderes curativos.
Na cidade de Mênfis formou a partir do Império Novo uma tríade (agrupamento de três deuses) com os deuses Ptah (seu pai) e a deusa-leoa Sekhmet (sua mãe), sendo porém freqüentemente substituído nesta tríade pelo arquiteto Imhotep. Não tinha templos nem sacerdotes associados ao seu culto, que segundo o que se sabe, consistia no porte pessoal de pequenas estátuas do deus, usadas como amuletos.
Nefertum e Hórus, filho do Sol, teriam se unido para formar uma entidade única. É representado por vezes com uma cabeça de leão ou como um jovem sentado sobre uma flor que desabrocha. Veste uma coroa em forma de lótus, ornada por duas plumas e com dois colares, símbolos hatóricos de fertilidade. e por vezes ele próprio está sobre um leão inclinado, e carregando um sabre.
Foram encontrados diversos amuletos com a figura do deus.
É considerado patrono da artes cosméticas, das flores curativas (inclusive dos narcóticos e afrodisíacos) e da aromaterapia. Por ser o raio de sol de todas as manhãs, também era associado ao renascimento e, portanto, patrono de vários ingredientes utilizados no processo de mumificação.
De acordo com um mito de criação antigo, o deus-sol teria surgido do oceano primevo sobre uma flor de lótus; Nefertem teria, então, se tornado o "filho do Sol", "aquele que traz a luz", o primeiro raio de sol. Como a lótus é a flor que espalha um perfume fragrante, Nefertem também seria a flor sobre o nariz de Rá. Para o egiptólogo alemã Rudolf Anthes, Nefertum seria um deus primevo e universal cuja influência foi reduzida posteriormente, e cujo nome pode ser traduzido como "o Todo ressurgiu" ou "o recém-surgido é completo".
Acredita-se que Nefertum possa ser a criança que, ao amadurecer, se torna o deus Rá. Ou, então, seria a flor sobre o nariz desse deus, perfumando e iluminando seus caminhos. No Livro dos Mortos está escrito:- "Levanta-te como Nefertem do lótus azul, para as narinas de Ra, o deus solar criador, e saia no horizonte a cada dia". Alguns egiptólogos acreditam que a influência do deus foi reduzida posteriormente, e ele teria se unido a Horus para formar uma única divindade solar.
Em Buto, no Delta do Nilo, Nefertum é o filho original de Wadjet, uma deusa-serpente que assume a forma de leão. A deusa felina Bastet também já foi especulada como sendo sua mãe.
Nefertum
“o Lótus do Sol”
Nefertum (possivelmente “O Belo que Fecha” ou “Aquele que Não Fecha”) era, na mitologia egípcia, originalmente uma flor de lótus que emergiu das águas primordiais na criação do mundo. Representava tanto a primeira luz do sol quanto o delicioso aroma do lótus azul egípcio, Nymphaea caerulea. Alguns de seus epítetos eram “Aquele que é Belo” e “o Lótus do Sol”; uma versão do Livro dos Mortos diz:“Erga-se, como Nefertum do lótus azul, até as narinas de Rá, e desponte no horizonte a cada dia.”
A sacralidade do lótus, especialmente o azul, para os egípcios, estava relacionada à característica dessa flor que se fecha à noite e afunda na água, ressurgindo e voltando a florescer pela manhã, erguendo-se na ponta de um longo caule como se efetivamente desejasse alcançar o céu. Isso fez dela um símbolo natural do Sol, da criação e do renascimento, em seu eterno ciclo de morrer para reemergir das águas primordiais e, assim, restaurar a criação: Nefertum emerge, como criança, das negras águas primordiais de seu pai, Nun, e tem o céu, Nut, por mãe. Ao amadurecer, torna-se Rá, o próprio Sol.
Nefertum veio ainda a ser visto como filho do deus-criador Ptá, tendo as deusas Sekhmet (e/ou Bastet) por mãe. Na arte, em geral é descrito como um jovem belo, com o lótus azul na cabeça. Como filho de Sekhmet-Bastet, às vezes apresenta-se com cabeça de leão, ou como um leão ou gato reclinando-se.
HU
Hu: representava a palavra de criação do Universo.
Na Mitologia egípcia, Hu (ḥw) é a divinização da primeira palavra, a palavra da criação, que Atum disse ter exclamado enquanto ejaculava ou, alternativamente, sua auto-castração, em seu ato masturbatório de criação da Enéada.
Hu também é mencionado no Textos das Pirâmides do Antigo Império (PT 251, PT 697) como companhia do defunto do faraó. Junto com Sia, era descrito na comitiva de Thot, com o qual é ocasionalmente identificado.
No Império Médio, todos os deuses participaram em Hu e Sia, e foram associados com Ptah que criou o universo proferindo a palavra da criação. Hu era retratado em forma humana, como um falcão ou como um homem com cabeça de carneiro.
No Império Novo, Hu e Sia juntos com Heke, Irer e Sedjem faziam parte das quatorze forças criativas de Amun-Ra. No tempo do Egito Ptolemaico, Hu se fundiu com Shu (ar).
Na Mitologia egípcia, Hu (ḥw) é a divinização da primeira palavra, a palavra da criação, que Atum disse ter exclamado enquanto ejaculava ou, alternativamente, sua auto-castração, em seu ato masturbatório de criação da Enéada.
Hu também é mencionado no Textos das Pirâmides do Antigo Império (PT 251, PT 697) como companhia do defunto do faraó. Junto com Sia, era descrito na comitiva de Thot, com o qual é ocasionalmente identificado.
No Império Médio, todos os deuses participaram em Hu e Sia, e foram associados com Ptah que criou o universo proferindo a palavra da criação. Hu era retratado em forma humana, como um falcão ou como um homem com cabeça de carneiro.
No Império Novo, Hu e Sia juntos com Heke, Irer e Sedjem faziam parte das quatorze forças criativas de Amun-Ra. No tempo do Egito Ptolemaico, Hu se fundiu com Shu (ar).
Shu, Tefnut, Geb e Nut
SHU, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia.
Shu é o responsável por separar o Céu da Terra (sendo representado como um homem tendo Geb, a Terra, em seus pés, e levantando Nut, o céu, com os braços, numa representação que se assemelha ao Atlas grego).
É ele também quem traz a vida com a luz do dia.
É representado como um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas de avestruz .
Ele tipicamente mostra-se com seus braços levantados, segurando Nut enquanto está em pé sobre Geb. Às vezes ele segura um cetro e uma Ankh em suas mãos, símbolos do poder e da vida, e ocasionalmente é descrito como tendo controle sobre as serpentes. Quando com Tefnut, Shu freqüentemente é mostrado como um leão para igualar-se com a forma leonina de sua esposa.
Criou também as estrelas pelas quais os seres humanos podem elevar-se e atingir os céus e as colocou na cidade de Gaaemynu.
O nome de Shu (ou Chu) é a origem das palavras seco, ressecado/queimado, seco/murcho e luz, especificando-o como sendo o componente seco do ar do estado masculino, calor, luz e perfeição. onde sua irmã e esposa, Tefnut, é a umidade.
Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra.
Uma lenda conta que Chu foi criado por Deus nas águas de Nu a partir da masturbação divina e a partir de seu vômito surgiu Tefnut, sua irmã gêmea e consorte. Outra versão diz que ambos nasceram após Atum ter se masturbado.
Shu com Tefnut, sua esposa e irmã gêmea, formava o primeiro par de divindades da Enéade de Heliópolis. sendo as primeiras deidades a serem criadas por Atum. Era associado ao Leão.
Juntos, Shu e Tefnut geraram Geb e Nut.
Ele só se tornou popular a partir do Império Novo.
Shu é o responsável por separar o Céu da Terra (sendo representado como um homem tendo Geb, a Terra, em seus pés, e levantando Nut, o céu, com os braços, numa representação que se assemelha ao Atlas grego).
É ele também quem traz a vida com a luz do dia.
Ele tipicamente mostra-se com seus braços levantados, segurando Nut enquanto está em pé sobre Geb. Às vezes ele segura um cetro e uma Ankh em suas mãos, símbolos do poder e da vida, e ocasionalmente é descrito como tendo controle sobre as serpentes. Quando com Tefnut, Shu freqüentemente é mostrado como um leão para igualar-se com a forma leonina de sua esposa.
Criou também as estrelas pelas quais os seres humanos podem elevar-se e atingir os céus e as colocou na cidade de Gaaemynu.
O nome de Shu (ou Chu) é a origem das palavras seco, ressecado/queimado, seco/murcho e luz, especificando-o como sendo o componente seco do ar do estado masculino, calor, luz e perfeição. onde sua irmã e esposa, Tefnut, é a umidade.
Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra.
Uma lenda conta que Chu foi criado por Deus nas águas de Nu a partir da masturbação divina e a partir de seu vômito surgiu Tefnut, sua irmã gêmea e consorte. Outra versão diz que ambos nasceram após Atum ter se masturbado.
Shu com Tefnut, sua esposa e irmã gêmea, formava o primeiro par de divindades da Enéade de Heliópolis. sendo as primeiras deidades a serem criadas por Atum. Era associado ao Leão.
Juntos, Shu e Tefnut geraram Geb e Nut.
Ele só se tornou popular a partir do Império Novo.
Shu
Ao longo do tempo, Shu tornou-se cada vez mais identificado com o deus da guerra Anhur (Onuris). Anhur pode ser traduzido como "Condutor do Céu", usando um acessório na cabeça de penas de avestruz, e também tendo uma conjugue leonina. Ambos estes deuses eram também ditos ter recuperado suas esposas de Nubia quando eles correram afora em rebeldia após uma discussão. Eventualmente, com Shu sendo visto mais como um conceito ou força e Anhur como um deus atual, os dois são mesclados para formar Anhur-Shu.
A principal função de Shu é sustentar o céu longe da terra, auxiliado pelos quatro Pilares de Shu em cada ponto cardeal, muito semelhante ao titan e Atlas gregos. Este criou o espaço para a vida na terra ser criada, fazendo Shu mais que um deus da atmosfera (como sendo o espaço entre o Céu e a Terra) preferivelmente mais que do próprio céu. Deste modo Shu também é cabido a reger sobre os ventos, cujo são vistos como o sopro da vida. Frequentemente suplicas eram feitas a ele para que providenciasse bons ventos para os barcos egípcios.
Suas ligações com a vida foram reforçadas conforme Shu foi sendo visto como aquele que ressuscita Rá e o Faraó a cada manhã, fazendo a ascensão do sol. Além disso, ele ajudou a proteger Rá de Apep no submundo com encantamentos. Ele se envolvia com espíritos ordinários após a morte, participando no julgamento no Salão de Ma'at. Ele é o líder dos torturadores e executores, exercendo o papel de deus da punição para os não dignos do pós-vida. Mais feliz, ele ajudava a subir as escadas, cujas almas usavam para chegar ao pós vida. Muitos egípcios o viam como uma ponte metafórica entre ideais contrastantes, como o dia e a noite, Céu e Terra, vida e morte.
A luz do Sol também era vista pelos egípcios como sendo parte do domínio do ar de Shu, e assim as vezes Shu era considerado deus da luz. Ele nunca foi uma deidade solar, apesar de suas pinturas esporádicas portando o disco solar. O disco solar era mais presente porque ele era visto as vezes como o segundo Faraó do Egito, sucedendo Rá.
Shu e Tefnut, diferente de muitas outras deidades , parecem não ter tido nenhum centro de culto, ou nenhum templo conhecido dedicado a qualquer um deles, juntos ou separados. Várias cidades, como por exemplo Iunet e Behdet, parecem ter distritos com o seu nome. Ele só é conhecido por ter sido adorado como parte do culto de Ennead em Iunu, que mais tarde deu o status de culto a Ennead, quando a cidade cresceu e se transformou na cidade dos gregos chamada Heliópolis.
Akenaten e suas esposa Nefertiti dizem que inicialmente tentaram se descrever como Shu e Tefnut na Terra. Isso não parece ser amplamente aceito pelos egípcios, que alguns historiadores especulam que levou a Akenaten a promover uma adoração mais monoteísta de Aton, o disco solar. Para justificar suas declarações anteriores de que ele e sua esposa eram Shu e Tefnut, ele então alegou que Shu realmente vivia dentro do disco solar.
A generosa Tefnut (ou Tefnet, que deve vir de tef, "cuspida" ou "úmida") era a deusa da umidade e das nuvens, podendo estar ligada às chuvas e à fertilidade da terra. Considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. Também está relacionada às noites úmidas e à névoa.
Foi irmã gêmea e esposa de Shu, mãe de Geb e Nut, avó de Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hathor. Tefenut e Shu eram filhos de Atum, (o deus que se auto criou) e formava com ele o primeiro par de divindades da Enneade de Heliópolis, ou seja, uma das nove divindades originais da criação, os olhos do deus-sol. Tefnut simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão e marido, Shu, afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.
Foi irmã gêmea e esposa de Shu, mãe de Geb e Nut, avó de Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hathor. Tefenut e Shu eram filhos de Atum, (o deus que se auto criou) e formava com ele o primeiro par de divindades da Enneade de Heliópolis, ou seja, uma das nove divindades originais da criação, os olhos do deus-sol. Tefnut simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão e marido, Shu, afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.
Tefnut
Existem três lendas sobre sua criação. Na mais comum, ela foi criada a partir da saliva de Rá. Em outra, Rá teria espirrado: o ar era Shu e a umidade era Tefnut. E uma terceira lenda ainda diz que Rá se masturbou e seu sêmen deu forma a Tefnut e de sua respiração ofegante surgiu Shu.
Algumas versões dizem que Tefnut nasceu do vômito do irmão Shu quando este nasceu , e assim se apaixonaram.
Certa vez, com raiva de Rá, Tefnut fugiu para Núbia, abandonando o Egito à seca e findando o Antigo reinado dos faraós. Como leoa, iniciou uma matança. O deus Thoth foi convocado a trazer a deusa de volta para restaurar o brilho do Egito.
Tefnut era retratada de muitas formas, inclusive como mulher com cabeça de leoa, usando uma coroa solar com a serpente Uraeus e um ankh (sinais de grande poder), ou uma leoa completa. No mito de Mênfis, ela aparecia como sendo a língua de Ptah e em mitos tardios ela aparece como esposa do deus escriba Thoth.
Raramente aparece somente como uma mulher. É associada ao advento da monarquia, sendo por isso representada como uma serpente a surgir do cetro do faraó. Conta-se também que ela teria construído um lago para o faraó, para que ele lavasse os pés. Nefertiti se dizia encarnação de Tefnut.
Heliópolis foi o centro de seu culto, onde era considerada uma enneade, ou seja, uma das nove divindades originais da criação.
Algumas versões dizem que Tefnut nasceu do vômito do irmão Shu quando este nasceu , e assim se apaixonaram.
Certa vez, com raiva de Rá, Tefnut fugiu para Núbia, abandonando o Egito à seca e findando o Antigo reinado dos faraós. Como leoa, iniciou uma matança. O deus Thoth foi convocado a trazer a deusa de volta para restaurar o brilho do Egito.
Tefnut era retratada de muitas formas, inclusive como mulher com cabeça de leoa, usando uma coroa solar com a serpente Uraeus e um ankh (sinais de grande poder), ou uma leoa completa. No mito de Mênfis, ela aparecia como sendo a língua de Ptah e em mitos tardios ela aparece como esposa do deus escriba Thoth.
Raramente aparece somente como uma mulher. É associada ao advento da monarquia, sendo por isso representada como uma serpente a surgir do cetro do faraó. Conta-se também que ela teria construído um lago para o faraó, para que ele lavasse os pés. Nefertiti se dizia encarnação de Tefnut.
Heliópolis foi o centro de seu culto, onde era considerada uma enneade, ou seja, uma das nove divindades originais da criação.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut.
Ele também estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb então umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo. Assim como Osíriss, suas cores eram o verde (vida) e o preto (lama fértil do Nilo) que representava ressurreição e fertilidade. Ele é um suporte físico, que está sempre deitado abaixo de Nut, ele é o responsável pela fertilidade e o sucesso das colheitas.
Filho de Shu e Tefnut, marido de Nut, e pai de Osíris, Ísis, Néftis, Seth e Hathor.
Geb (ou Seb, como ficou conhecido mais tarde), é o deus egípcio da Terra. Era também um dos Ennead.
Geb é um deus primordial ele representa a Terra, enquanto sua esposa representa o Céu, e os dois são separados por seu pai Shu.
Geb também é considerado deus da morte, pois acreditava-se que ele aprisionava espíritos maus, para que não pudessem ir para o céu.Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.
Seu animal representante era o ganso.
E ele era comumente representado usando uma coroa com uma pluma e chifres em forma de carneiro.
Geb
No começo dos tempos, quando nada ainda havia sido criado, o deus-Sol existia só numa massa aquosa que cobria o universo. Então, ele concedeu duas outras deidades, cuspindo-as de sua boca: o deus Shu, personificação do ar e a deusa Tefnut, personificação do orvalho. Ambos, por sua vez, geraram duas crianças gêmeas: Geb, o deus-Terra, e Nut, deusa do Céu. Finalmente, Geb e Nut deram à luz quatro crianças: Osíris e sua esposa Ísis, Seth e sua esposa Néftis. Esses nove deuses compunham a enéade de Heliópolis, a mais importante congregação de deuses do panteão egípcio. Geb, que também pode ser citado nos textos egípcios como Seb, Keb, Kebb, Qeb ou Gebb, sendo originário, de acordo com a doutrina heliopolitana, de uma linhagem de importantes deuses e representando a Terra, desempenhava papel de destaque na mitologia egípcia.
Na lenda sobre Geb e Nut eles enfureceram o próprio avô, o deus-Sol, ao permanecerem, sem sua permissão, intimamente juntos fazendo amor em um abraço ininterrupto. Rá, então, chamou Shu pedindo que os separasse. Shu interveio e separou-os à força, erguendo para o alto Nut que, assim, passou a ser a abóbada estrelada do Céu, e deixando Geb, a Terra, prostrado abaixo dela. Com a criação das primeiras quatro divindades (Shu, Tefnut, Geb e Nut), estabeleceu-se o Cosmos. Por sua vez, o segundo conjunto de deuses (Osíris, Ísis, Seth e Néftis) exercia a mediação entre os seres humanos e o Cosmos.
Geb é usualmente representado na forma de um homem barbado trazendo na cabeça um ganso ou a Coroa Branca com adornos, conhecida por Coroa Ritual (atef). Também podia ser retratado simplesmente como um ganso, palavra cuja grafia em egípcio também era Geb, e essa ave era seu símbolo, seu animal sagrado e fazia parte da grafia de seu nome em hieróglifos:
Por essa associação com o ganso ele é amiúde denominado o Grande Cacarejador e sua filha Ísis às vezes recebia o epíteto de Ovo do Ganso. Geralmente surge como um homem com a pele verde ou preta, a cor das coisas vivas: a vegetação e o lodo fértil do Nilo, respectivamente. Também frequentemente era desenhado deitado de lado sobre a terra, com plantas brotando de seu corpo. Sendo o deus-terra, a terra formava o seu corpo e era chamada de A Casa de Geb, assim como o ar era chamado de A Casa de Shu, e o céu A Casa de Rá. Outra crença era a de que ele era a divindade supridora dos minerais e das pedras preciosas e, por isso, também era o deus das minas. Em síntese, era um deus provedor de tudo: pedras, alimentos, plantas que cresciam às margens do Nilo, etc. Os terremotos, acreditava-se, eram as risadas de Geb. Haja bom humor.
Em hinos e outras composições o deus Geb é denominado de erpa, ou seja, pai ou chefe hereditário dos deuses, numa alusão aos seus quatro filhos. Originalmente deus da terra e da fertilidade, mais tarde passou a ser uma divindade dos mortos já que é no seio da terra que os mortos são depositados. Nesse sentido ele desempenha papel muito importante no Livro dos Mortos. Ali ele aparece como um dos deuses que assistem à pesagem do coração do defunto no Saguão das Duas Verdades. A pessoa com integridade moral, conhecedora das palavras mágicas necessárias, seria capaz de se evadir da terra e Geb as guiava para o céu e dava-lhes alimento e bebidas. Os maus, entretanto, seriam presas fáceis de Geb, que, então, aprisionava o morto em seu próprio corpo — a Terra. Assim como a deusa Nut era representada frequentemente na tampa dos ataúdes, Geb era representado no fundo, de maneira que o defunto ficava enclausurado entre as duas divindades.
Os egípcios acreditavam que nos tempos pré-históricos o país tinha sido governado por deuses, que estavam fisicamente presentes. Algumas listas bem antigas de reis apresentam o terceiro faraó divino como tendo sido Geb. Rá e Shu gavernaram antes dele e Osíris, depois. O deus-terra teria defendido o direito de Hórus de ocupar o trono quando da luta deste contra Seth e, por isso, era entendido como divindade protetora do faraó. E já que os egípcios acreditavam que o faraó era a imagem viva de Hórus, o rei era conhecido como o Herdeiro de Geb. E ainda mais, em homenagem ao grande rei que ele havia sido e pela admiração que granjeara como soberano, o trono do faraó era conhecido pelo epíteto de O Trono de Geb. Uma estela do Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) narra como Geb se apaixonou pela própria mãe, Tefnut. Ele a desejava ardentemente e viajou por todo o Egito até que seu pai, Shu, que era o faraó reinante, morresse. Nesse dia, Geb entrou no palácio de seu pai em Mênfis, procurou Tefnut e estuprou-a violentamente. Ao que parece, ele não foi punido por isso. Tornou-se um rei poderoso e ganhou o título exclusivo de Herdeiro dos Deuses.
Não existia um distrito ou cidade dedicada especificamente a essa divindade. Não sabemos em que localidade ela foi cultuada pela primeira vez. Sabe-se, entretanto, que uma certa extensão das propriedades do templo em Apolinópolis Magna foi dedicada a esse deus e que um dos nomes da cidade de Dendera era a casa dos filhos de Geb. Mas o seu principal centro de culto parece ter sido Heliópolis, onde ele e sua esposa Nut produziram o Grande Ovo do qual se originou o deus-Sol na forma de um pássaro conhecido pelos egípcios como Ave Benu e pelos gregos como Fênix. O ovo sempre foi, para os antigos egípcios, um símbolo de renovação, simbolismo que até hoje mantemos por ocasião da páscoa.
A cidade de Heliópolis, situada poucos quilômetros a nordeste do atual Cairo, era tida como o local do nascimento dos nove deuses e onde realmente se iniciou a obra da criação do mundo. Diversos papiros ilustram o primeiro ato da criação ocorrido quando o deus-Sol apareceu no céu pela primeira vez e iluminou a Terra com seus raios. Nessa documentação Geb ocupa sempre uma posição muito proeminente. Ele aparece deitado sobre o solo, às vezes com o pênis ereto, como se tentasse manter relações sexuais com Nut, para enfatizar sua característica de deus da fertilidade, com uma das mãos voltadas para o chão e a outra estendida em direção ao céu. Um dos joelhos geralmente está flexionado, bem como um dos cotovelos, simbolizando as montanhas e vales da terra. As montanhas, a propósito, eram consideradas como sendo os ossos da divindade, ou então o resultado dos seus esforços infrutíferos de unir-se à deusa Nut. Seu pai, o deus Shu, é visto ao seu lado e com as mãos erguidas para o alto suporta o céu, representado na forma de uma mulher cujo corpo está coberto de estrelas, a qual, na realidade, é a deusa Nut. A ilustração acima é de um papiro do Livro dos Mortos datado da XXI dinastia (c. 1070 a 945 a.C.). Na época ptolomaica (304 a 30 a.C.) Geb foi identificado com o deus grego Cronos.
Na lenda sobre Geb e Nut eles enfureceram o próprio avô, o deus-Sol, ao permanecerem, sem sua permissão, intimamente juntos fazendo amor em um abraço ininterrupto. Rá, então, chamou Shu pedindo que os separasse. Shu interveio e separou-os à força, erguendo para o alto Nut que, assim, passou a ser a abóbada estrelada do Céu, e deixando Geb, a Terra, prostrado abaixo dela. Com a criação das primeiras quatro divindades (Shu, Tefnut, Geb e Nut), estabeleceu-se o Cosmos. Por sua vez, o segundo conjunto de deuses (Osíris, Ísis, Seth e Néftis) exercia a mediação entre os seres humanos e o Cosmos.
Geb é usualmente representado na forma de um homem barbado trazendo na cabeça um ganso ou a Coroa Branca com adornos, conhecida por Coroa Ritual (atef). Também podia ser retratado simplesmente como um ganso, palavra cuja grafia em egípcio também era Geb, e essa ave era seu símbolo, seu animal sagrado e fazia parte da grafia de seu nome em hieróglifos:
Por essa associação com o ganso ele é amiúde denominado o Grande Cacarejador e sua filha Ísis às vezes recebia o epíteto de Ovo do Ganso. Geralmente surge como um homem com a pele verde ou preta, a cor das coisas vivas: a vegetação e o lodo fértil do Nilo, respectivamente. Também frequentemente era desenhado deitado de lado sobre a terra, com plantas brotando de seu corpo. Sendo o deus-terra, a terra formava o seu corpo e era chamada de A Casa de Geb, assim como o ar era chamado de A Casa de Shu, e o céu A Casa de Rá. Outra crença era a de que ele era a divindade supridora dos minerais e das pedras preciosas e, por isso, também era o deus das minas. Em síntese, era um deus provedor de tudo: pedras, alimentos, plantas que cresciam às margens do Nilo, etc. Os terremotos, acreditava-se, eram as risadas de Geb. Haja bom humor.
Em hinos e outras composições o deus Geb é denominado de erpa, ou seja, pai ou chefe hereditário dos deuses, numa alusão aos seus quatro filhos. Originalmente deus da terra e da fertilidade, mais tarde passou a ser uma divindade dos mortos já que é no seio da terra que os mortos são depositados. Nesse sentido ele desempenha papel muito importante no Livro dos Mortos. Ali ele aparece como um dos deuses que assistem à pesagem do coração do defunto no Saguão das Duas Verdades. A pessoa com integridade moral, conhecedora das palavras mágicas necessárias, seria capaz de se evadir da terra e Geb as guiava para o céu e dava-lhes alimento e bebidas. Os maus, entretanto, seriam presas fáceis de Geb, que, então, aprisionava o morto em seu próprio corpo — a Terra. Assim como a deusa Nut era representada frequentemente na tampa dos ataúdes, Geb era representado no fundo, de maneira que o defunto ficava enclausurado entre as duas divindades.
Os egípcios acreditavam que nos tempos pré-históricos o país tinha sido governado por deuses, que estavam fisicamente presentes. Algumas listas bem antigas de reis apresentam o terceiro faraó divino como tendo sido Geb. Rá e Shu gavernaram antes dele e Osíris, depois. O deus-terra teria defendido o direito de Hórus de ocupar o trono quando da luta deste contra Seth e, por isso, era entendido como divindade protetora do faraó. E já que os egípcios acreditavam que o faraó era a imagem viva de Hórus, o rei era conhecido como o Herdeiro de Geb. E ainda mais, em homenagem ao grande rei que ele havia sido e pela admiração que granjeara como soberano, o trono do faraó era conhecido pelo epíteto de O Trono de Geb. Uma estela do Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) narra como Geb se apaixonou pela própria mãe, Tefnut. Ele a desejava ardentemente e viajou por todo o Egito até que seu pai, Shu, que era o faraó reinante, morresse. Nesse dia, Geb entrou no palácio de seu pai em Mênfis, procurou Tefnut e estuprou-a violentamente. Ao que parece, ele não foi punido por isso. Tornou-se um rei poderoso e ganhou o título exclusivo de Herdeiro dos Deuses.
Não existia um distrito ou cidade dedicada especificamente a essa divindade. Não sabemos em que localidade ela foi cultuada pela primeira vez. Sabe-se, entretanto, que uma certa extensão das propriedades do templo em Apolinópolis Magna foi dedicada a esse deus e que um dos nomes da cidade de Dendera era a casa dos filhos de Geb. Mas o seu principal centro de culto parece ter sido Heliópolis, onde ele e sua esposa Nut produziram o Grande Ovo do qual se originou o deus-Sol na forma de um pássaro conhecido pelos egípcios como Ave Benu e pelos gregos como Fênix. O ovo sempre foi, para os antigos egípcios, um símbolo de renovação, simbolismo que até hoje mantemos por ocasião da páscoa.
A cidade de Heliópolis, situada poucos quilômetros a nordeste do atual Cairo, era tida como o local do nascimento dos nove deuses e onde realmente se iniciou a obra da criação do mundo. Diversos papiros ilustram o primeiro ato da criação ocorrido quando o deus-Sol apareceu no céu pela primeira vez e iluminou a Terra com seus raios. Nessa documentação Geb ocupa sempre uma posição muito proeminente. Ele aparece deitado sobre o solo, às vezes com o pênis ereto, como se tentasse manter relações sexuais com Nut, para enfatizar sua característica de deus da fertilidade, com uma das mãos voltadas para o chão e a outra estendida em direção ao céu. Um dos joelhos geralmente está flexionado, bem como um dos cotovelos, simbolizando as montanhas e vales da terra. As montanhas, a propósito, eram consideradas como sendo os ossos da divindade, ou então o resultado dos seus esforços infrutíferos de unir-se à deusa Nut. Seu pai, o deus Shu, é visto ao seu lado e com as mãos erguidas para o alto suporta o céu, representado na forma de uma mulher cujo corpo está coberto de estrelas, a qual, na realidade, é a deusa Nut. A ilustração acima é de um papiro do Livro dos Mortos datado da XXI dinastia (c. 1070 a 945 a.C.). Na época ptolomaica (304 a 30 a.C.) Geb foi identificado com o deus grego Cronos.
NUT
(Iris - Grego)
(Iris - Grego)
NUT: É a Deusa que representava o céu. Ela era mostrada em forma de uma mulher em arco com o corpo todo estrelado formando o céu celeste e seu irmão GEB, deus da terra era mostrado na parte inferior ao seu corpo, simbolizando ambos o céu e a Terra.
No meio dos dois estavam seu pai Shu, o Deus do ar, que nas representações separa ambos os irmãos. As vezes era mostrada em forma de vaca.
Nut engole a barca de Rá durante a noite, por isso Rá viaja em uma barca durante o dia. Pela manhã, Rá renasce com a barca debaixo dele e Nut some.
Nut estava associada ao deus sol Rá (Ré). Para os egípcios, a deusa era responsável por “comer” o deus sol todos os dias. Um de seus títulos era “A senhora de Heliópolis”, porque fazia parte da Enéade de Heliópolis que era dentre as cosmogonias egípcias a mais popular. Houve variações nos mitos e Nut aparece como mãe de Osíris, Ísis, Néftis e Seth e em outras versões aparece como esposa do deus sol Rá (Ré). Nos textos das pirâmides, Nut aparece como sendo uma divindade que protege o faraó.
Nut - deusa egípcia
Nut ou Nuit é uma deusa egípcia. Significa o céu que acolhe os mortos no seu império e era significativamente invocada como a mãe dos deuses. Contemporaneamente, é sincretizada com a deusa Nuit, do panteão da religião de Thelema.
É muitas vezes representada sob a forma de uma vaca que adotou alguns atributos de Hathor, por alusão a uma metamorfose por que espontaneamente teria passado.
Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar ornando sua cabeça.
Nut sempre foi vista como protetora dos mortos e eles a procuravam para conseguir comida, ajuda e proteção. Nut ajudava os mortos a renascer e os tornava capaz de acompanhar o deus Sol, todas as vezes que este nascia e a atravessar à salvo para o “Outro Mundo”. Em outro mito, Nut dava à luz ao Sol diariamente. Também dizem que o Sol navegava por suas pernas e costas, até o meio-dia, momento em que baixava por seus braços até o ocaso, para entrar na Duat, ou Mundo Inferior.
Era representada como uma mulher nua, com o corpo arqueado como o céu, revestida de estrelas.
Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a Terra. É como um abraço da deusa do céu sobre o seu irmão/marido Geb, o deus da Terra. Algumas vezes é representada como uma vaca, ou sobre o marido Geb, com o pai, tentando interferir.Também pode ser representada como uma mulher que leva um jarro de água na cabeça. Suas extremidades simbolizam os quatro pilares sobre o qual o céu se apoia.
Tradicionalmente foi consagrada a essa deusa o dia 25 de fevereiro.
O deus Khepri criou-se a partir da matéria primordial ao dizer seu próprio nome, em seguida ele procriou os deuses Shu e Tefnut, formando a primeira trindade.
De Shu e Tefnut nasceram Geb e Nut.
Nut, esposa de Geb, foi a mãe de Osíris, Hórus, Seth, Ísis e Néftis e Hathor, em um único parto.
Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth logo ficou evidente quando, ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
Filha de Shu e Tefnut, irmã-esposa de Geb, Nut é a deusa do céu, criadora do universo físico e de todos os astros. Nut e Geb, Céu e Terra, estavam permanentemente unidos e foi seu pai, Shu, quem os separou, organizando o mundo, separando as águas que estavam sobre a Terra e posicionando o Sol, entre o Céu e a Terra. Desta separação nasceram todas as coisas. Nut recebeu o título de
“A grande que dá nascimento aos deuses”. É também protetora dos mortos. Teve como filhos: Osíris, Isis, Seth, Neftis e Hórus e os chamou de filhos da desordem, devido aos problemas que deram ao crescer.
Foi muitas vezes pintada na tampa interna do sarcófago, protegendo a múmia. Havia muitos festivais para Nut ao longo do ano, incluindo o "Festival de Nut e Rá" e "Festa da Nut", e ela aparece em numerosas representações, ainda não foram encontrados templos ou centros de culto específicos ligados a ela.
No túmulo do faraó Tutancâmon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.
Foi muitas vezes pintada na tampa interna do sarcófago, protegendo a múmia. Havia muitos festivais para Nut ao longo do ano, incluindo o "Festival de Nut e Rá" e "Festa da Nut", e ela aparece em numerosas representações, ainda não foram encontrados templos ou centros de culto específicos ligados a ela.
No túmulo do faraó Tutancâmon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.
Nut, mãe dos Céus
Parte do hieróglifo que forma seu nome é um pote com água que representa o útero. Seu nome também pode ser escrito como Neuth, Nuit e Nwt. Talvez até mesmo a Deusa Neith seja um desmembramento de Nut. É de seu nome que surgiram as palavras inglesas night (noite), nocturnal (noturno), and equinox (equinócio), e a palavra francesa nuit (noite).
Representada como uma mulher com o corpo, alongado, coberto de estrelas e a pele azul, normalmente ela está nua, com os pés e mãos tocando a terra, quando com roupas, seu vestido é escuro e coberto de estrelas. Ela também pode ser representada sob a forma de uma vaca, com cada olho representando a Lua e o Sol ou carregando Rá em suas costas. Também há imagens dela como uma leitoa amamentando vários porquinhos.
Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o Deus da Terra. Seus braços e pernas são os pilares que sustentam seu corpo, o céu.
Ao ser retratada como uma mulher carregando um vaso na cabeça que, na verdade, é um pote com água com que era honrada, o mesmo pote presente em seu nome representando a água, o útero e a criação. Outra representação dela era uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.
Um símbolo sagrado de Nut era a escada, usado por Osiris para entrar em seus céus celestiais. Este símbolo foi chamado maqet e foi colocado em túmulos para proteger o falecido e invocar a ajuda do deus dos mortos.
Filha de Tefnut e Shu, esposa de Geb e mãe de Osíris, Isis, Seth, Néftis e Hathor, Nut é considerada uma das mais antigas deusas do Panteão Egípcio, com as suas origens sendo encontrado na história da criação de Heliópolis, onde se iniciou a obra da criação do mundo segundo os egípcios.
Nut era festejada no “Festival das Luzes”; nos seus inúmeros templos serviam apenas mulheres, que cuidavam dos seus altares e rituais, na esperança de que após sua morte iam brilhar como “estrelas no corpo da Deusa celeste”. Mesmo com a diminuição do poder divino feminino nas dinastias mais recentes, Nut continuou a ser reverenciada, principalmente devido à sua importância nos ritos funerários e nas representações das tampas dos sarcófagos, tanto dos reis, quanto das pessoas humildes, assegurando assim a sua proteção após a morte e a certeza do renascimento.
Shu, o pai de Nut e Geb separá-los por toda a eternidade. Como Shu era muito forte,ele ergueu sua filha para o alto e longe de seu irmão, assim ela passou a ser a abóbada estrelada do céu, deixando Geb prostrado abaixo dela. Mesmo assim, Nut e Geb conseguiram encontrar uma maneira de se unir e assim tiveram filhos.
Ao descobrir que Nut estava com as grávida, Rá ficou enfurecido. Ele pensou por muito tempo em como poderia evitar sua neta de dar à luz ao herdeiro de seu trono e assim, Ra, o Criador e Senhor de todo o Universo, decretou que não haveria um único dia dentro dos 360 dias do ano que Nut seria autorizado a dar à luz.
Atormentada, Nut tinha suplicou à Thoth, Deus da Magia e do Conhecimento, uma resposta para a sua situação. Ele ponderou o problema e disse para ela não se preocupar pois encontraria uma resposta. Thoth foi ver Khonsu, o Deus que governa as fases da lua, e jogou um jogo de tabuleiro chamado Senet em que persuadiu Khonsu a apostar um pouco de sua luz. Quanto mais o jogo durava, maiores eram as apostas. Toth, ser o mais sábio dos Deuses, ganhou partidas suficientes para formar os cinco dias necessários para Nut para dar a luz a seus cinco filhos. Thoth adicionou esses dias a mais no final do velho ano e no início do novo, dias estes que não faziam parte de nenhum dia e de nenhum ano. Graças à sabedoria de Thoth, a maldição de Ra foi anulada e Nut pariu seus filhos naqueles cinco dias antes inexistentes. Osiris foi o primeiro, sendo seguido, em ordem, por Set, Hórus, Ísis e Néftis.
Como mulher, ela se arqueia sobre seu consorte Geb, ergida pelo seu pai Shu. Todas as manhãs ela dá a luz à Rá e, a cada noite, ela o engole novamente.
Ao descobrir que Nut estava com as grávida, Rá ficou enfurecido. Ele pensou por muito tempo em como poderia evitar sua neta de dar à luz ao herdeiro de seu trono e assim, Ra, o Criador e Senhor de todo o Universo, decretou que não haveria um único dia dentro dos 360 dias do ano que Nut seria autorizado a dar à luz.
Atormentada, Nut tinha suplicou à Thoth, Deus da Magia e do Conhecimento, uma resposta para a sua situação. Ele ponderou o problema e disse para ela não se preocupar pois encontraria uma resposta. Thoth foi ver Khonsu, o Deus que governa as fases da lua, e jogou um jogo de tabuleiro chamado Senet em que persuadiu Khonsu a apostar um pouco de sua luz. Quanto mais o jogo durava, maiores eram as apostas. Toth, ser o mais sábio dos Deuses, ganhou partidas suficientes para formar os cinco dias necessários para Nut para dar a luz a seus cinco filhos. Thoth adicionou esses dias a mais no final do velho ano e no início do novo, dias estes que não faziam parte de nenhum dia e de nenhum ano. Graças à sabedoria de Thoth, a maldição de Ra foi anulada e Nut pariu seus filhos naqueles cinco dias antes inexistentes. Osiris foi o primeiro, sendo seguido, em ordem, por Set, Hórus, Ísis e Néftis.
Como mulher, ela se arqueia sobre seu consorte Geb, ergida pelo seu pai Shu. Todas as manhãs ela dá a luz à Rá e, a cada noite, ela o engole novamente.
OSÍRIS
Osíris: Irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A história de Osíris pode ser interpretada de várias maneiras: primeiramente, nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a nascer e não representa mais elementos materiais do mundo (espaço, luz, terra, céu...).
Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.
Existe um antiga lenda envolvendo Osíris. Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.
A lenda de Osíris é sobretudo conhecida em sua versão grega. Osíris é o filho primogênito de Geb (a Terra) e de Nut (o Céu). Ele sucede seu pai no trono do Egito. Ciumento, seu irmão Seth o mata e espalha por todo país os pedaços de seu cadáver. Suas irmãs, Isis e Neftis, o reencontram e com a ajuda de Anúbis devolveram-lhe a vida para permitir a Isis conceber Horus. Tendo legado a realeza terrestre a seu filho. Osíris reina no mundo subterrâneo e julga os mortos, aos quais pode cooperar com o sol em sua viagem noturna.
Osíris
Osíris (Ausar em egípcio) era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egito, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egito, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.
Marido de Ísis e pai de Hórus, era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades",
onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia.
Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egito, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).
Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egito, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar. Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egípcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.
Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egito, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).
Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egito, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar. Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egípcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.
O nome Osíris deriva do grego que por sua vez deriva da forma do idioma sírio Usire. O significado exato do nome é desconhecido. Entre os vários significados propostos pelos especialistas, encontram-se hipóteses como "Aquele que ocupa um trono", "Para criar um trono", "Lugar/Força do Olho" ou "Aquele que copula com Ísis". Contudo, a interpretação considerada mais aceitável é a que considera que Osíris significa "O Poderoso".
Osíris também era o chefe dos deuses egípcios. Osísis, cujo culto está atestado desde épocas muito antigas, seria oriundo de Busíris - nome que significa "Lugar de Osíris" ou "Domínio de Osíris - localidade na região central do Delta do Nilo (Baixo Egito). Nesta localidade julga-se que Osíris substituiu um deus local de nome Andjeti, tendo herdado as suas insígnias. Osíris era em Busíris apenas um deus da fertilidade, cuja principal função era garantir uma boa colheita, personificando o ciclo da vegetação e as águas do Nilo.
No Império Antigo Osíris adquire a vertente de deus funerário, sendo o rei defunto identificado com ele; o rei vivo era por sua vez identificado com o seu filho, o deus Hórus.
A partir do fim do Primeiro Período Intermediário e do Império Médio ocorre aquilo que se designa como "democratização" da possibilidade de uma vida no Além, ou seja, esta deixa de estar reservada ao rei para se alargar, primeiro aos altos funcionários, e depois a toda a população. Todos os homens, independentemente da sua classe social, desde que cumprissem os ritos funerários adequados, poderiam unir-se a Osíris, conquistando a imortalidade.
A representação mais antiga conhecida de Osíris data de 2300 a.C. A sua representação mais comum correspondia ao de um homem mumificado com uma barba postiça, com braços que emergem do corpo cruzados sob o peito. As suas mãos seguram os ceptros hekat e nekhakha. Na cabeça Osíris apresentava a coroa atef, isto é, uma coroa branca com duas plumas de avestruz. Em algumas representações poderia ter um uraeus (serpente) sob a coroa e uns cornos de carneiro.
Poderia também ser retratado como uma múmia deitada de cujo corpo emergiam espigas ("Osíris vegetante"). Esta representação está associada a um prática dos Egípcios que consistia em regar uma estátua do deus feita de terra e de trigo. Estas estátuas eram depois enterradas nas terras agrícolas, acreditando-se que seria a garantia de uma colheita próspera. Este costume está atestado desde a Pré-História do Egipto até à época ptolemaica.
A pele do deus poderia ser verde ou negra, cores que os Egípcios associavam à fertilidade e ao renascimento.
É muito difícil se encontrar Osíris aparentando uma forma de animal, surgindo raramente representado como um touro negro, um crocodilo ou um grande peixe.
Alguns textos egípcios, como os Textos das Pirâmides, os Textos dos Sarcófagos e Livro dos Mortos, narram vários elementos do mito, mas de uma forma fragmentária e desconexa.
Osíris é apresentado como filho de Geb e Nut, tendo como irmãos Ísis, Néftis e Seth. É portanto um dos membros da Enéade de Heliópolis. Ísis não era apenas sua irmã, mas também a sua esposa.
Osíris governou a Terra, tendo ensinado aos seres humanos as técnicas necessárias à civilização, como a agricultura e a domesticação de animais. Foi uma era de prosperidade que, contudo, chegaria ao fim.
O irmão de Osíris, Set, governava apenas o deserto, situação que não lhe agradava. Movido pela inveja, decide engendrar um plano para matar o irmão. Auxiliado por setenta e dois conspiradores, Set convidou Osíris para um banquete. No decurso do banquete, Set apresentou uma magnífica caixa-sarcófago que prometeu entregar a quem nela coubesse.
Os convidados tentar ganhar a caixa, mas ninguém cabia nesta, dado que Set a tinha preparado para as medidas de Osíris. Convidado por Set, Osíris entra na caixa. É então que os conspiradores trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até ao mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia).
Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos encontra pelo caminho. Chegada a Biblos. Ísis descobre que a caixa ficou incrustrada numa árvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egipto com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Set encontrou a caixa e furioso decide esquartejá-lo em catorze pedaços o corpo que espalha por todo o Egito; em alguns textos do período ptolemaico teriam sido dezesseis ou quarenta e duas partes. Quanto ao significado destes números, deve referir-se que o catorze é número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o quarenta era o número de províncias em que o Egito se encontrava dividido.
Ísis, auxiliada pela sua irmã Néftis, partiu à procura das partes do corpo de Osíris. Conseguiu reunir todas, com exceção do pênis, que teria sido devorado por um ou três peixes, conforme a versão. Para suprir a falta deste, Ísis criou um falo artificial com caules vegetais.
Ísis, Néftis e Anúbis procedem então à prática da primeira mumificação. Ísis transforma-se de seguida num milhafre que graças ao bater das suas asas sobre o corpo de Osíris cria uma espécie de ar mágico que acaba por ressuscitá-lo; ainda sob a forma de ave, Ísis une-se sexualmente a Osíris e desta cópula resulta um filho, o deus Hórus. Ísis deu à luz este filho numa ilha do Delta, escondida de Seth.
A partir de então, Osíris passou a governar apenas o mundo dos mortos.
Quanto ao seu filho Hórus, quando cresceu, combateu seu tio Seth e conseguiu derrotá-lo. Ao matar Seth ele passou a reinar sobre a Terra.
O símbolo mais importante associado a Osíris era o pilar ou coluna djed. Não se sabe o significado exato deste símbolo, tendo sido proposto que representaria quatro pilares vistos uns atrás dos outros, a coluna vertebral de um homem ou do próprio Osíris ou uma árvore de cedro da Síria com os ramos cortados (esta última hipótese relaciona-se no relato mítico segundo o qual a caixa-sarcófago ficou inscrustrado num cedro).
O djed era o elemento principal de uma cerimônia ritual que se celebrava durante a festa heb sed do faraó (o jubileu real), denominada como a "ereção da coluna djed" e das quais se conhecem várias representações.
A nébride, ou seja, a pele de um animal esfolado - que seria a pele de uma vaca ou então de um felino - pendurada num pau que está inserido num recipiente, era outro símbolo associado ao deus.
Osíris tinha como barca sagrada, a nechemet, na qual as Ísis e Néftis eram representadas ocupando respectivamente a proa e a popa.
O culto a Osíris encontrava-se difundido um pouco por todo o Egito, sendo os seus principais centros cultuais Abido e Busíris, localidades que os Egípcios procuravam visitar em peregrinação pelo menos uma vez na vida.
Em Abido realizava-se uma procissão todos os anos durante a qual a barca do deus era transportada, celebrando-se a vitória do deus sobre os seus inimigos. Nesta cidade o antigo túmulo do rei Djer seria identificado como o túmulo de Osíris.
Os locais onde o culto de Osíris era relevante reclamavam possuir uma das partes do corpo do deus. Assim, acreditava-se que em Abido encontrava-se inumada a cabeça do deus; em Busíris estaria a espinha dorsal; em Sebenitos estaria a parte superior e inferior da parte; em Atribis, o coração; em Heracleópolis a coxa, cabeça, dois flancos e duas pernas.
Um pouco por todo o Egito, anualmente, durante o mês egípcio de Khoaik (Outubro a Novembro) celebravam-se os "Mistérios de Osíris". Para os Egípcios tinha sido neste mês que Ísis tinha encontrado as partes do corpo de Osíris.
Foi também adorado fora do Egito em vários pontos da bacia do Mediterrâneo, mas nunca nas dimensões que alcançou o culto da sua irmã e esposa. A popularidade do deus pode ser explicada
pela ideia transmitida ao homem comum de que este poderia ter uma vida depois da morte.
A lenda de Osíris
Amon-Rá, rei do Egito, ficou velho e gasto. Toth, o mais velho e mais sábio dos deuses, tentou persuadi-lo a afastar-se dos seus deveres solares nos céus, mas ele recusou categoricamente. Toth desafiou-o profetizando que Nut, o céu, teria quatro filhos e que o primeiro a nascer haveria de reinar no Egito em seu lugar. Amon-Rá permaneceu obstinado e jurou que Nut nunca daria à luz, em nenhum dia ou noite no mês. A profecia de Toth parecia condenada ao fracasso, todavia ele tinha um plano. Khonsu, filho de Amon e da sua divina consorte Mut, ocupava agora a Lua, onde vivia sozinho, jogando senet, um jogo de tabuleiro muito antigo e apreciado no Egito que é quase idêntico ao gamão moderno. Toth desafiou Khonsu para jogar e exigiu uma parte da luz da Lua se ganhasse. Jogaram e, evidentemente, Toth ganhou.Com o luar, criou «cinco dias que não eram dias, e cinco noites que não eram noites». Os cinco dias e noites não faziam parte de um mês, pelo que eram adicionados entre o fim de um ano e antes do começo do seguinte, fazendo com que os dias do ano passassem de 360 para 365, em uma retificação do calendário.
A Lua, enfraquecida pela perda de parte da sua luz tem empalidecido um pouco todos os meses desde então, finalmente, Torh podia cumprir a sua profecia. No primeiro dia, Nut deu à luz Osíris; no segundo, uma filha ísis; no terceiro um filho, Seth; no quarto uma filha, Néftis; e no quinto ela descansou para recuperar dos estranhos e múltiplos partos. Dizia-se que quando Osíris nasceu uma voz gritou dos céus anunciando o seu nascimento.
Um Novo Rei
Osíris e Ísis cresceram em beleza e sabedoria. Ísis, conhecida como a Grande Mágica, nasceu bela e muito forte e era a protetora leal do seu belo e elegante marido Osíris. Pela sua parte, Osíris trouxe ao Egito a agricultura e a riqueza. Mas, mesmo assim, Amon-Rá recusou-se a partir, apesar das alegações de Toth e de Ísis. Por fim, Ísis enganou-o.
Dada a sua idade, quando Amon-Rá andava, babava-se. ísis apanhou a saliva, misturou-a com pó e criou uma cobra que mordeu em um calcanhar de Amon-Rá. Parecia ter ficado em perigo de vida, mas Isis só o podia curar se ele lhe dissesse o seu nome secreto. Segundo a mitologia egípcia, todos têm um nome secreto e se ele for indicado a alguém essa pessoa passa a dominar a outra completamente.
Amon-Rá sabia isto e por isso resistiu, até que, enfraquecido, não teve escolha. Disse o nome, ísis pronunciou-o e passou a estar em condições de o banir, enviando-o para a barca para ir reinar nos céus e guiar o Sol. Em seguida, ela entregou o trono ao marido, Osíris.
O Assassínio de Osíris
Osíris, então rei do Egito, era adorado por todos, enquanto Ísis, resplandecente de ouro dos pés à cabeça, estava a seu lado, a sua sempre devota e leal esposa e irmã. Tornou-se modelo pelo seu papel para todas as mulheres do Egito. Seth, porém, tornou-se feio, deformado pela ira e pela inveja do sucesso do irmão Osíris e cheio de ressentimento por, como segundo filho, não ter direito a nada. A sua vida estava cheia de ódio que ele centrava em Osíris. Uniu-se com relutância à irmã Néftis, embora ela, tal com a maior parte das pessoas, adorasse Osíris e Ísis.
Osíris afastou-se do Egito para travar uma batalha enquanto Ísis permaneceu e governou em seu lugar, o que causou grande fúria a Seth. Quando Osíris regressou triunfante, Seth juntamente com 72 amigos fiéis foram saudá-lo e dar-lhe as boas-vindas com um grande banquete que organizaram em sua honra. No fim da festa, as portas foram abertas para que entrasse um sarcófago de ouro maciço. Enquanto toda a gente se calou boquiaberta perante a sua beleza e grande peso, Seth declarou: «Deve ser para quem lá ficar melhor.» O sarcófago tinha sido feito deliberadamente para que servisse na perfeição a Osíris, que era mais alto, mais largo e mais forte que qualquer outro homem.
Todos tentaram mas nenhum cabia. Por fim, foi a vez de Osíris. Assim que subiu para dentro dele, Seth e os amigos puseram-lhe a tampa, fecharam-no, pegaram nele e correram com ele para o Nilo. Atiraram-no ao rio e assim o sarcófago com o corpo morto de Osíris foi arrastado para norte pela corrente e perdeu-se. Finalmente, as correntes levaram-no até às costas de Biblos, tendo nascido uma grande árvore à sua volta que o encerrou no seu tronco. O rei de Biblos foi ver e ficou maravilhado com o seu enorme tamanho, tendo mandado cortar a árvore para fazer uma coluna para o seu palácio. O tronco-coluna emitia luzes e sons e quem chegava perto ficava misteriosamente curado.
O Egito passou então a ser governado por Seth com uma crueldade terrível, enquanto Ísis, desolada, chorava e sofria em uma ilha secreta invisível, no delta do Nilo, chamada Chemmis. Aí ela ouviu contar estórias dos milagres de Biblos e soube de imediato o que tinha acontecido. Navegou para norte mas no caminho transformou-se por magias que ela conhecia em uma velha feia e de pele encarquilhada. Quando chegou, entrou logo no palácio e ofereceu os seus serviços ao rei e à rainha como ama do filho deles. Estes, impressionados com a idade dela e a sua evidente sabedoria, ficaram felizes por a aceitar. Ísis estipulou uma condição: deviam responsabilizá-la inteiramente pela criança e nunca questionar ou fazer observações à sua atuação. O casal concordou com relutância.
Todas as noites, saíam do quarto da criança estranhos gritos e luzes. Por fim, incapaz de continuar a controlar-se, a rainha fez um pequeno furo na porta para observar o que estava a acontecer. Foi então que viu Ísis a pronunciar palavras de poder tendo-se transformado de velha feia em uma beleza cobertas de roupas em ouro com uma capa de penas que formava grandes asas como um pássaro. A seguir ela sobrevoou a criança como um milhano em voo picado e chorando. Por fim, pegou na criança com as asas e colocou-a em um braseiro de carvão.
A rainha, aterrorizada, abriu bruscamente a porta e confrontou Ísis com o seu poder. Esta, consternada, censurou a rainha, dizendo que tinha estado a queimar a humanidade da criança, para que se tornasse imortal, mas que a entrada da rainha tinha destruído o trabalho. A mãe, desolada, ofereceu a Ísis qualquer coisa do palácio como recompensa. Imediatamente ela pediu o pilar gigante no qual o marido estava encerrado.
Ísis libertou o caixão que continha o corpo do marido e levou-o para Chemmis. Nessa noite, ela voltou a transformar-se em um milhano dourado e com as asas insuflou vida no falo de Osíris e concebeu um filho do seu espírito. Mais tarde, sob a capa da escuridão, Seth rastejou silenciosamente até lá, pegou no corpo e despedaçou-o em 14 bocados que lançou ao Nilo.
A partir desse dia, Ísis, grávida e leal até ao fim, descobriu os bocados do corpo do marido. Em Philae encontrou a cabeça, em Abydos a coluna vertebral e em cada um dos sítios onde foi encontrando pedaços foi erigido um templo. Mas o falo foi comido por um peixe e perdido para sempre. Ísis tratou de unir os bocados com ligaduras fazendo a primeira múmia que colocou em um túmulo em Abydos. Pronunciou palavras mágicas sobre o corpo do marido, as palavras de Abertura da Boca que o libertavam como um akh, um corpo ressuscitado.
E assim Osíris ressuscitou, sendo o primeiro a viajar sobre o horizonte a ocidente onde se fixou à entrada da terra dos mortos, prometendo uma vida eterna a todos os mortais a partir de então. Os cuidados dispensados aos mortos no antigo Egito eram os mesmos que foram conferidos a Osíris.
Nas cidades vizinhas de Abydos cederam os deuses locais, que passaram a fazer parte da lenda. De Assiut, o deus local Uepauauet, o deus que abria caminhos, passou a ser Anúbis, o cão guardião que estava voltado para ocidente para assegurar que nenhuma pessoa viva atravessava acidentalmente para a terra dos espíritos.
A tarefa dele consistia em inspecionar o corpo, para se certificar de que estava morto e devidamente preparado para a ressurreição. As pinturas mostram um sacerdote usando uma máscara de Anúbis ocupando-se da inspeção. Toth de Ashmunein passou a ser o registrador do Veredicto.
Osíris
Osíris (Asar, Asari, Aser, Ausar, Ausir, Wesir, Usir, Usire ou Ausare) era o deus egípcio da morte, fertilidade, renovação e ressurreição. Filho de Geb e Nut, ele era o consorte de Isis, que também era sua irmã. Seus filhos famosos foram Hórus (com Ísis) e Anúbis (com sua outra irmã, Néftis). Osíris é um dos mais emblemáticos e facilmente reconhecido de todos os antigos deuses egípcios. Ele foi descrito como um deus “humano” sem a cabeça de um animal. Sua imagem também incluiu um “osird” ou “a barba divina”, uma falsa barba trançada que era firmemente atada, entrançada e presa atrás das orelhas.Osíris é frequentemente retratado segurando o cajado e o mangual. Ele é um dos mais antigos deuses do Egito e é conhecido por seu reinado sobre os mortos, ressurreição e fertilidade. Em muitas representações encontradas dentro de túmulos e monumentos, Osíris é quase sempre visto delineado em preto e pode ser identificado através de sua pele verde. Como muitos grandes reis, Osíris usa uma coroa branca, conhecida como uma coroa Atef, com duas penas de avestruz fixadas para os lados. Sua coroa se tornou o símbolo do Alto Egito.
A Morte de Osíris
Osíris e Seth eram irmãos, cada um casado com suas irmãs Ísis e Néftis respectivamente (Ísis e Néftis eram gêmeas). Certo dia por acidente Osíris dormiu com Néftis, e dessa noite nasceu Anúbis, que por ser filho dessa noite foi rejeitado por Néftis, que o lançou no rio Nilo, e posteriormente foi encontrado e adotado por Ísis, a esposa de Osíris. Algum tempo depois disso Seth com inveja de Osíris por ser mais sábio e e querido por todos e com raiva daquela noite, secretamente tirou as medidas de Osíris e construiu uma arca com as medidas, e ofereceu uma festa em homenagem a Osíris, dizendo que daria um prêmio a quem ocupasse toda a arca com o seu corpo, quando Osíris deitou e preencheu com exatidão a arca, Seth e seus cúmplices lacraram a barca e a lançaram no Nilo.
Desolada, Ísis procurou seu marido por todo o planeta e achou a arca onde Osíris estava. Quando chegou ao seu país, Ísis escondeu a arca nos pântanos. Certa noite Seth encontrou a arca, enquanto caçava a luz do luar, e furioso despedaçou o corpo do irmão em catorze pedaços e os espalhou pelo Egito. Anúbis então tomou a forma de um chacal negro para procurar os restos de seu pai, Ísis e Anúbis em cada local que achavam um pedaço, construíam uma capela. Recomposto todo o corpo de Osíris (exceto o falo, que foi substituído por um exemplar de ouro), Ísis e ele tiveram um Filho: Hórus o deus-falcão. Depois disso Osíris se integrou ao tribunal dos mortos e Hórus ficou na Terra para derrotar Seth, que havia tomado o trono de Osíris.
Como Deus da Fertilidade e Renovação
Osíris era o deus da fertilidade, mas também muitos egípcios olhavam para ele por questões agrícolas. Acredita-se que sua pele verde simbolizava o solo fértil cheio de nutrientes que eram necessários para o cultivo. Estes nutrientes eram trazidos pela inundação anual do Nilo, e era através de Osíris que este evento anual ocorria. Para os antigos egípcios, o ciclo de inundações, plantio, colheita eram todos trazidos através da força vital de Osíris.
De acordo com o folclore egípcio, foi Osíris que civilizou todos os egípcios e os ensinou a arte da agricultura. Embora não esteja provado, os mitos alegam que, antes de ensinamentos de Osíris, os egípcios praticavam o canibalismo. Foi através da bondade de Osíris e da sua sabedoria que as coisas mudaram, pois ele mostrou-lhes como serem civilizados. Diz-se que Osíris trouxe novos princípios para os egípcios, como o renascimento da cultura e da vida.
A força vital de Osíris era importante para os antigos egípcios, tanto assim, que o processo foi muitas vezes mostrado através de “milho-múmias” trazidos para os funerais. Estas múmias simuladas não eram múmias reais, mas tijolos de barro com a forma de Osíris embutido nelas. Estes tijolos furados agiam como potes e foram preenchidos com solo umedecido e sementes deixadas para germinar, assim, mostrando as forças de Osíris dando-lhes a vida. As múmias de milho mais avançadas foram envoltas em linho e muitas levavam figuras de cera realistas de Osíris dentro delas.
Como Deus dos Mortos
A associação de Osíris com a fertilidade e ajudar a civilizar o Egito não são as únicas coisas que lhe são atribuídas. Sua principal posição icônica no Egito Antigo era o seu reinado sobre os mortos.
Como ele conseguiu essa posição permanece um mistério, no entanto, muitos egiptólogos concluem que esta posição foi nomeada a ele, devido a Osíris ser um dos primeiros deuses a morrer, pelas mãos de seu irmão Seth e depois ressuscitar através de sua esposa Ísis.
Provavelmente uma das representações mais populares de Osíris hoje vem do Livro dos Mortos. Lá, ele se senta em um trono e julga os mortos antes de sua entrada no outro mundo. Nesse trabalho, Osíris é acompanhado da deusa da justiça, Maat e de outros deuses assessores.
Provavelmente uma das representações mais populares de Osíris hoje vem do Livro dos Mortos. Lá, ele se senta em um trono e julga os mortos antes de sua entrada no outro mundo. Nesse trabalho, Osíris é acompanhado da deusa da justiça, Maat e de outros deuses assessores.
O coração do morto é colocado numa balança e é pesado contra a pena de Maat.
Se o coração está pesado com pecado, ele supera a pena de Maat, e em seguida, é jogado para a deusa do inferno, Ammit, que o devorará. Se o resultado fosse em favor do falecido, o morto seria autorizado a residir com Osíris no submundo.
O Culto de Osíris em Abido
O culto a Osiris era um movimento onde muitos egípcios faziam uma peregrinação a Abido, onde um templo foi dedicado exclusivamente a ele. Lá, muitos dos egípcios que participaram deste culto apreciavam as festividades, como rituais, celebrações e cerimônias.
Era realizado um grande festival anual que consistia na reconstituição da vida de Osíris e a jornada à Abido. Após essa primeira reconstituição, outra era realizada encenando a glorificação, o sepultamento e a ressurreição de Osíris no túmulo do rei Djer.
Era comum para os seguidores deste culto enterrar seus entes queridos ou fazer arranjos para serem enterrados no local. Se não fosse possível ser enterrado em Abido , os membros da família fariam uma cerimônia no local, e em seguida, enterravam o corpo em um outro local. Isto era praticado sob a ótica de que se Osíris fez a viagem a Abido, seus seguidores deveriam fazer o mesmo.
Um dos fatos do culto de Osíris prosperar tanto foi devido ao fato de que as pessoas comuns podiam participar dos direitos funerários que antes eram reservados para as famílias reais. Isso por si só atraiu muitos seguidores em particular, que foram capazes de construir tabuletas stelae (lápides com inscrições que marcavam os limites túmulo) proclamando os seus direitos para Osíris. E também permitiu-lhes receber as bênçãos que já foram consideradas apenas para faraós.
Outro fato foi que muitos egípcios viam a religião como atrativa, pois o foco em seus valores fundamentais da vida justificou o seu significado. Também era incorporado a fertilidade do Nilo e proclamado o renascimento para todos os indivíduos que participaram do culto.
O Culto de Osíris em Abido
O culto a Osiris era um movimento onde muitos egípcios faziam uma peregrinação a Abido, onde um templo foi dedicado exclusivamente a ele. Lá, muitos dos egípcios que participaram deste culto apreciavam as festividades, como rituais, celebrações e cerimônias.
Era realizado um grande festival anual que consistia na reconstituição da vida de Osíris e a jornada à Abido. Após essa primeira reconstituição, outra era realizada encenando a glorificação, o sepultamento e a ressurreição de Osíris no túmulo do rei Djer.
Era comum para os seguidores deste culto enterrar seus entes queridos ou fazer arranjos para serem enterrados no local. Se não fosse possível ser enterrado em Abido , os membros da família fariam uma cerimônia no local, e em seguida, enterravam o corpo em um outro local. Isto era praticado sob a ótica de que se Osíris fez a viagem a Abido, seus seguidores deveriam fazer o mesmo.
Um dos fatos do culto de Osíris prosperar tanto foi devido ao fato de que as pessoas comuns podiam participar dos direitos funerários que antes eram reservados para as famílias reais. Isso por si só atraiu muitos seguidores em particular, que foram capazes de construir tabuletas stelae (lápides com inscrições que marcavam os limites túmulo) proclamando os seus direitos para Osíris. E também permitiu-lhes receber as bênçãos que já foram consideradas apenas para faraós.
Outro fato foi que muitos egípcios viam a religião como atrativa, pois o foco em seus valores fundamentais da vida justificou o seu significado. Também era incorporado a fertilidade do Nilo e proclamado o renascimento para todos os indivíduos que participaram do culto.
ISIS
Ísis foi a mulher de Osíris e era filha do deus da Terra, Geb, e da deusa do céu, Nut. Era ainda mãe de Hórus e cunhada de Seth. Segundo a lenda, Ísis procurou o corpo de Osíris, que tinha sido despedaçado por seu irmão, Seth. Ísis, a deusa do amor e da mágica, tornou-se a deusa-mãe do Egito.
Após a morte de Osíris, ela reúne os pedaços de seus despojos, se transforma em milhafre para chorá-lo, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Hórus.
Ela defende a bico e unhas seu pequeno filho contra as agressões de seu perverso tio Seth.
Perfeita esposa e boa mãe de perfeito rei e sábio dos mortos, ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia.
Quando Osíris, seu irmão e marido, herdou o poder no Egito, ela trabalhou junto com ele para civilizar o Vale do Nilo, ensinando a costurar e a curar os doentes e introduzindo o conceito do casamento. Ela conhecia uma felicidade perfeita e governava as duas terras, o Alto e o Baixo Egito, com sabedoria enquanto Osíris viajava pelo mundo difundindo a civilização.
Até que Set, irmão de Osíris, o convidou para um banquete. Tratava-se uma cilada, pois Set estava decidido a assassinar o rei para ocupar o seu lugar. Set apresentou um caixão de proporções excepcionais, assegurando que recompensaria generosamente quem nele coubesse. Imprudentemente, Osíris aceitou o desafio, permitindo que Set e os seus acólitos pregassem a tampa e o tornassem escravo da morte.
Cometido o crime, Set, que cobiçava ocupar o trono de seu irmão, lança a urna ao Nilo (Há também uma versão que diz que Ísis ao saber o que havia ocorrido chorou profundamente e de suas lágrimas surgiu o rio Nilo), para que o rio a conduzisse até ao mar, onde se perderia. Este incidente aconteceu no décimo sétimo dia do mês Athyr, quando o Sol se encontra sob o signo de Escorpião.
Quando Ísis descobriu o ocorrido, afastou todo o desespero que a assombrava e resolveu procurar o seu marido, a fim de lhe restituir o sopro da vida. Assim, cortou uma madeixa do seu cabelo, estigma da sua desolação, e o escondeu sob as roupas peregrinando por todo o Egito, na busca do seu amado.
Por sua vez, e após a urna atingiu finalmente uma praia, perto da Babilônia, na costa do Líbano, enlaçando-se nas raízes de um jovem pé de tamarindo, e com o seu crescimento a urna ascendeu pelo mesmo prendendo-se no interior do seu tronco e fazendo a árvore alcançar o clímax da sua beleza, o que atraiu a atenção do rei desse país, que ordenou ao seu séquito que o tamarindo fosse derrubado, com o propósito de ser utilizado como pilar na sua casa.
Enquanto isso, Ísis prosseguia na sua busca pelo cadáver de seu marido e, ao escutar as histórias sobre esta árvore, tomou de imediato a resolução de ir à Babilônia na esperança de alcançar o sucesso da sua odisseia. Ao chegar ao seu destino, Ísis sentou-se perto de um poço. Ostentando um disfarce humilde, ela brindou os transeuntes que por ela passavam com um rosto lindo e cheio de lágrimas.
Tal era a sua beleza e sua triste condição que logo se espalharam boatos que chegaram ao rei da Babilônia, que, intrigado, a chamou para conhecer o motivo de seu desespero. Quando Ísis estava diante do monarca solicitou que permitisse que ela entrelaçasse os seus cabelos. Uma vez que o regente ficou perplexo pela sua beleza, não se importou com isso, assim Ísis incensou as tranças que espalharam o perfume exalado por seu lindo corpo.
Fazendo a rainha da Babilônia ficar enfeitiçada pelo irresistível aroma que seus cabelos emanavam. Literalmente inebriada por tão doce perfume dos céus, a rainha ordenou então a Ísis que a acompanhasse.
Assim, a deusa conseguiu entrar na parte íntima do palácio do rei da Babilônia, e conquistou o privilégio de tornar-se a ama do filho recém-nascido do casal régio, a quem amamentava com seu dedo, pois era proibido a Ísis ceder um dos seios, o Leite de Ísis prejudicaria a criança.
Apegando-se à criança, Ísis desejou conceder-lhe a imortalidade, para isso, todas as noites, a queimou, no fogo divino para que as suas partes mortais ardessem no esquecimento. Certa noite, durante o ritual, ela tomou a forma de uma andorinha, a fim de cantar as suas lamentações.
Maravilhada, a rainha seguiu a melopeia que escutava, entrando no quarto do filho, onde se deparou com um ritual aparentemente hediondo. De forma a tranquilizá-la, Ísis revelou-lhe a sua verdadeira identidade, e terminou o ritual, mesmo sabendo que dessa forma estaria a privar o pequeno príncipe da imortalidade que tanto desejava oferecer-lhe.
Observando que a rainha a contemplava, Ísis aventurou-se a lhe confidenciar o incidente que a fez visitar a Babilônia, conquistando assim a confiança e benevolência da rainha, que prontamente lhe cedeu a urna que continha os restos mortais de seu marido. Dominada por uma imensa felicidade, Ísis apressou-se a retirá-la do interior do pilar. Porém, o fez de forma tão brusca, que os escombros atingiram, mortalmente, o pequeno príncipe.
Com a urna, Ísis regressou ao Egito, onde a abriu, ocultando-a, nas margens do Delta. Numa noite, quando Ísis a deixou sem vigilância, Seth descobriu-a e apoderou-se, uma vez mais dela, com o intento de retirar do seu interior o corpo do irmão e cortá-lo em 14 pedaços e os arremessando ao Nilo.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, Ísis reuniu-se com a sua irmã Néftis, que também não tolerava a conduta de Seth, embora este fosse seu marido, e, juntas, recuperaram todos os fragmentos do cadáver de Osíris, à exceção, segundo Plutarco, escritor grego, do seu sexo, que fora comido por um peixe.
Novamente existe uma controvérsia, uma vez que outras fontes egípcias afirmam que todo o corpo foi recuperado.
Em seguida, Ísis organizou uma vigília fúnebre, na qual suspirou ao cadáver reconstituído de seu marido:
“Eu sou a tua irmã bem amada. Não te afastes de mim, clamo por ti! Não ouves a minha voz? Venho ao teu encontro e de ti, nada me separará!”.
“Eu sou a tua irmã bem amada. Não te afastes de mim, clamo por ti! Não ouves a minha voz? Venho ao teu encontro e de ti, nada me separará!”.
Durante horas, Ísis e Néftis, com o corpo purificado, inteiramente depilado, com perucas perfumadas e boca purificada por natrão, pronunciaram encantamentos numa câmara funerária, impregnada por incenso.
A deusa invocou então todos os templos e todas as cidades do país, para que estes se juntassem à sua dor e fizessem a alma de Osíris retornar do Além. Uma vez que todos os seus esforços revelavam-se vãos, Ísis assumiu então a forma de um falcão, cujo esvoaçar restituiu o sopro de vida ao defunto, oferecendo-lhe o apanágio da ressurreição.
Ísis em seguida amou Osíris, mantendo o vivo por magia, tempo suficiente para que este a engravidasse. Outras fontes garantem que Osíris e a sua esposa conceberam o seu filho, antes do deus ser assassinado. Após isso ela ajudou a embalsamá-lo, preparando Osíris para a viagem até seu novo reino na terra dos mortos, tendo assim ajudado a criar os rituais egípcios de enterro.
Ao retornar à terra, Ísis encontrava-se agora grávida do filho, concebendo assim Hórus, filho da vida e da morte, a quem protegeria até que este achasse-se capaz de enfrentar o seu tio, apoderando-se (como legítimo herdeiro) do trono que Seth havia usurpado.
Algum tempo antes do parto, Seth aprisionara Isis, mas Tot, vizir de Osíris, a auxiliara a libertar-se. Porém, ela ocultou-se, secretamente, no Delta, onde se preparou para o nascimento do filho, o deus-falcão Hórus. Quando este nasceu, Ísis tomou a decisão de dedicar-se inteiramente à árdua incumbência de velar por ele. Todavia, a necessidade de ir procurar alimentos, acabou deixando o pequeno deus sem qualquer proteção.
Numa dessas ocasiões, Seth transformou-se numa serpente, visando espalhar o seu veneno pelo corpo de Hórus, quando Ísis regressou encontrou o seu filho já próximo da morte. Entretanto, a sua vida não foi ceifada, devido a um poderoso feitiço executado pelo deus-sol, Rá. Ela então tomou providências para o manter Hórus em lugar secreto, até que ele pudesse ter condições de buscar a vingança em uma longa batalha, que significou o fim de Seth.
A mágica de Ísis foi fundamental para ajudar a conseguir um julgamento favorável para Osíris. Suas habilidades mágicas melhoraram muito quando ela tirou proveito da velhice de Rá para enganá-lo, fazendo-o revelar seu nome e, assim, dando a ela acesso a um pouco do seu poder.
Ísis era uma mãe e uma deusa amorosa e tudo perdoava a seus seguidores. Ísis era anterior a toda a Criação, era paciente e sábia. Como a Abençoada Virgem Maria, tão conhecida atualmente no Ocidente e no Oriente, a rainha Ísis concebera seu divino filho por meios divinos. Do morto e castrado esposo Osíris, ela extraiu por conta própria a semente viva. Com freqüência, Ísis é retratada amamentando o filho Hórus.
Muitas vezes foi retratada por pintores e escultores com o divino filho Hórus sobre o joelho. Tinha o busto nu em total inocência para alimentar o jovem deus Hórus.
Osíris, o deus do sangue, julgava o malfeitor olhando dentro do coração do malfeitor. A seu lado a Deusa mulher murmurava que o deus faria seu julgamento e aplicaria o castigo e que o sangue mau agora seria purificado e renasceria em outra pessoa e que esse sangue não o prejudicaria. Os filhos dos deuses bebedores de sangue pretendiam ser também juízes dos malfeitores, e beber apenas dos condenados, segundo as leis dos deuses.
Ísis, sob a forma de serpente, se ergue na fronte do rei para destruir os inimigos da Luz, e sob a forma da estrela Sótis anuncia e desencadeia as cheias do Nilo. Ísis era tida como deusa da harmonia e das festas, que auxiliava a arrecadar fundos para as mesmas.
Foram construídos três templos para Ísis no Egito:
Behbeit el-Hagar, no Delta, transformado numa pedreira. Conseqüentemente, Behbeit el-Hagar é na atualidade um local quase literalmente desconhecido dos turistas, pois a grandeza daquele que fora outrora um templo dedicado a uma Ísis resume-se agora a um monte de escombros e blocos de calcário ornados com cenas rituais.
Dendera, no alto Egito, onde Ísis nasceu, existe um santuário de Háthor parcialmente conservado, com um templo coberto e com o mammisi, ou seja, “templo do nascimento de Hórus", assim como com um exíguo santuário, onde a etérea Ísis nasceu, deslumbrando o mundo com sua pele rosada e revolta cabeleira negra.
Filae, ilha-templo de Ísis, que serviu de refúgio à derradeira comunidade iniciática egípcia, mais tarde (século VI d. C.) exterminada por cristãos. Ela é a deusa que mais se destaca conhecida como rainha do Egito.
Ísis (em egípcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores,artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.
Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Hórus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão,Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. Este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.
Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem “todos os começos” surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.
As origens do seu culto são incertas, mas acredita-se ser oriundo do delta do Nilo. Entretanto, ao contrário de outras divindades egípcias, não teve desse culto centralizado em nenhum ponto específico ao longo da história da sua adoração. Isto pode ser devido à ascensão tardia de seu culto. As primeiras referências a Ísis remontam à V dinastia egípcia, período em que são encontradas as primeiras inscrições literárias a seu respeito, embora o culto apenas venha a ter tido proeminência ao final da história do antigo Egito, quando se iniciou a absorção dos cultos de muitas outras deusas com centros de culto firmemente estabelecidos. Isto ocorreu quando o culto de Osíris se destacou e ela teve um papel importante nessa crença. Eventualmente, o seu culto difundiu-se além das fronteiras do Egito.
Durante os séculos de formação do cristianismo, a religião de Ísis obteve conversos de todas as partes do Império Romano. Na própria península Itálica, a fé nesta deusa egípcia era uma força dominante. Em Pompeia, as evidências arqueológicas revelam que Ísis desempenhava um papel importante. Em Roma, templos e obeliscos foram erguidos em sua homenagem. Na Grécia Antiga, os tradicionais centros de culto em Delos, Delfos e Elêusis foram retomados por seguidores de Ísis, e isto ocorreu no norte da Grécia e também em Atenas. Portos de Ísis podiam ser encontrados no mar Arábico e no mar Negro. As inscrições mostram que possuía seguidores na Gália, na Espanha, na Panónia, na Alemanha, na Arábia Saudita, na Ásia Menor, em Portugal, na Irlanda e muitos santuários mesmo na Grã-Bretanha. Ísis representa o amor, a magia e os mistérios da região.
Quando visto como deificação da esposa do faraó em mitos tardios, o proeminente papel de Ísis foi como assistente do faraó morto. Desse modo, ela ganhou uma associação funerária, com o seu nome a aparecer mais de oitenta vezes nos chamados Textos das Pirâmides, afirmando-se que ela era a mãe das quatro divindades que protegiam os vasos canopos, nomeadamente a protetora da divindade do vaso do fígado, Imset. Esta associação com a esposa do faraó também trouxe a ideia de que Ísis era considerada a esposa de Hórus (outrora visto como seu filho), que era protetor e, posteriormente, a deificação do faraó. À época do Médio Império, da XI dinastia egípcia até à XV dinastia egípcia, entre 2040 e 1640 a.C., à medida que os textos funerários começam a ser utilizados por maior número de membros da sociedade egípcia, além da família real, cresce também o seu papel de proteger os nobres e até mesmo os plebeus.
À época do Novo Império, a XVIII, a XIX e a XX dinastias, entre 1570 e 1070 a.C., Ísis adquiriu proeminência como a mãe e protetora do faraó. Durante este período, ela é descrita como amamentando o faraó e é frequentemente assim representada.
Seth: Trata-se de um estranho galgo com longas orelhas cortadas, focinho recurvado e longa cauda fendida.
Filho de Geb e Nuit, irmão e esposo de Neftis, Seth é um deus complexo e ambíguo. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras ao nascer.
Seth (ou Set) é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes.
Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito, sendo que apenas lhe foi concedido o poder de governar os desertos.
Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito , da violência, do ciúme, da inveja, da sodomia, da impureza, etc.
Seth habitava no deserto e era rei de demônios.
Seth é descrito erroneamente como uma grande serpente. Na verdade a grande serpente era uma referencia a Apep (Apopis), inimiga de Rá, e esta ironicamente era combatida por Seth.
Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.
Da proa da barca de Ré, ele trespassa com sua lança os inimigos do Sol; ele serve ao faraó combatendo com a força de seu braço. Mas é perigoso, violento, imprevisível. A lenda de Osíris mostra-o em um mau dia: assassino de seu próprio irmão, ele persegue Hórus com seu ódio, jamais Seth renuncia luta, pois ele é o necessário fomentador de problemas no mundo regido por Maát.
Seth é o deus do caos, também do deserto e das terras estrangeiras.
No Livro dos Mortos, Seth é chamado "O Senhor dos Céus do Norte" e é considerado responsável pelas tempestades e a mudança de tempo.
A história do longo conflito entre Seth e Hórus é vista por alguns como uma representação de uma grande batalha entre cultos no Egito, cujo culto vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em deus do mal.
Seth é, na verdade, a representação do supremo sacrifício em prol da justiça.
SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal.
Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro e associado a vários animais, como cachorro, crocodilo, porco, asno e escorpião.
Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa.
Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
Conta-se que Seth ficou com inveja de Osíris e trabalhou incessantemente para destruí-lo (versões contam que Néftis, esposa de Seth, fora seduzida por Osíris, o que seria uma ressalva. Anúbis teria sido concebido desta relação). Este incidente provocou a fúria de Seth contra seu irmão Osíris.
Seth invejou o reino do seu irmão Osíris e jurou usurpar-lhe o trono. Assim, Seth matou o seu irmão, esquartejando-lhe o corpo e fazendo para sempre escravo da morte. Seth ocupou o trono do seu irmão, ate que Hórus realizou a sua vingança, expulsando Seth deste mundo, exilando-o novamente nos desertos e nas tempestades.
Auxiliado por 72 conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete.
No decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago (ataúde) que prometeu entregar a quem nela coubesse.
Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas ninguém cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris. Convidado por Seth, Osíris entra na caixa.
É então que os conspiradores, sits, servos do próprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia).
Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos que encontra pelo caminho.
Chegada a Biblos Ísis descobre que a caixa ficou incrustrada numa árvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejar em 14 pedaços o corpo, que espalha por todo o Egito; segundo alguns textos do período ptolomaico, teriam sido 16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes números, deve-se referir que o 14 é o número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o número de províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.
Suas ações fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltassem contra ele, mas Seth achava que seu poder era inatacável. Hórus, filho de Ísis e Osíris, conseguiu matar Seth, que acabou identificado como um deus do mal.
Em algumas versões, Hórus castra Seth ao invés de matá-lo.
Apesar de sua ligação com o mau, o deus foi adorado por alguns faraós sendo o mais celebre deles Sethi I, segundo faraó da 19ª dinastia. Sethi I era filho de Ramsés I e pai de Ramsés II. Canalizou toda a energia brutal do deus Seth a domando para o bem do Egito, seu reinado foi um dos mais prósperos de toda a história egípcia.
Seth esta relacionado ao deserto, ao trovão e as rajadas do vento sul. É um deus mais explosivo do que perverso. O aspecto negativo é em função da seca, esterilidade, violência, a fome e o mar.
Recebeu o deserto como herança de Geb, porém com inveja do irmão, o assassinou e cortou em pedaços, por haver recebido a parte fértil do Egito.
A luta entre Seth e Osíris era a luta da fertilidade contra a seca. É o senhor do mal e das trevas, da ausência de luz, que protege as caravanas que se adentram em seus domínios mas também provoca as tormentas que fazem com que as mesmas caravanas, se percam.
No duplo papel de protetor-destrutor das terras áridas, Seth era adorado porque seu humor determinava o futuro daqueles que atravessavam seus domínios. Entretanto, não era considerado totalmente mau.
Os faraós promoveram sua imagem como um deus guerreiro, que protegia a barca de Rá durante a noite, evitando que Apófis a afundasse. No Reino Novo foi considerado um deus benéfico, patrono da guerra e da produção dos oásis.
Representado por um animal não-identificado, mistura do tamanduá, asna, de orelhas retangulares, com o focinho curvado para baixo e uma longa cauda, tinha os olhos e o pelo vermelho, como o deserto. Seus animais sagrados eram o porco, o asno, o órix, o crocodilo, o hipopótamo, a serpente e o peixe.
A mitologia egípcia mostra que ela seduziu Osíris a fim de ter um filho com ele (tentou embriaga-lo ou se passar por Ísis). Alguns mitos falam que ela adotou Anúbis, sendo assim o deus não seria filho de Osíris.
Representação de Néftis (Nephthys)
Néftis geralmente é representada como uma mulher, vestindo um longo vestido e em sua cabeça usa um Hieróglifo de seu nome como coroa. Segundo REMLER (2010, p. 131) “Ela aparece nos textos das pirâmides e no Livro dos mortos, mas talvez por ela ter um papel subordinado a Isis, não havia cultos ou templos dedicados a ela". Seu nome significa, “Senhora do Templo” que a associa com o papel de sacerdotisa.
Néftis juntamente com Ísis era vista como a representação dos dois lados (Bem e o Mal), sendo Ísis representando o lado do bem e Néftis o do Mal. Apesar disso, não parece que os egípcios a temiam como uma deusa ruim, já que foram encontrados estátuas dela na cabeceira da cama para ajudar as mães na hora do parto.
A Deusa Néftis: aspectos e definições
Embora pouco lembrada, Néftis é uma deusa da enéade da cidade de Heliópolis, e uma das principais divindades presentes no panteão dos egípcios antigos, tendo sua aparência idêntica à de sua irmã Isis. Porém, muitos de seus aspectos são misteriosos até os dias de hoje.
Na mitologia desenvolvida na cidade de Heliópolis, Néftis era esposa do deus Seth, que era estéril, e para poder conceber um filho se disfarçou de Ísis, que era casada com Osíris, e passou uma noite com o marido de sua irmã. Desse ato nasceu Anúbis, deus da mumificação.
As principais representações iconográficas da deusa aparecem em tumbas ou sarcófagos. Podemos usar para melhor entende-la os “Textos das Pirâmides” e os “Textos dos Sarcófagos”, que são um conjunto de fórmulas mágicas, encontrados nos caixões e paredes das tumbas. Seu nome significa “Senhora da Casa” ou “Senhora do Templo”, embora ainda não se tenha encontrado nenhum centro de culto dedicado a deusa.
A literatura egípcia esclarece pouco sobre o papel de Néftis, pois antes da mitologia da cidade de Heliópolis, não se conhece outro texto com citação sobre a deusa. O que sabemos é que ela está ligada com a mitologia Osiriana. Muitas vezes, Néftis aparece associada com Ísis e no contexto funerário elas protegem o morto. Ísis vai a frente do morto protegendo seus pés, Néftis vai atrás protegendo a cabeça. Segunda a mitologia, Néftis chorou com sua irmã pelo falecimento do deus Osíris. Dentro das tumbas a deusa aparece como protetora dos mortos e dos vasos canópicos. Muitos amuletos foram produzidos para a deusa principalmente durante as 22° e 26° dinastias egípcias, onde a produção desses objetos é muito comum. Infelizmente podemos saber apenas alguns aspectos e definições de Néfits, porém, ela foi largamente representada no Egito, desde o Reino Antigo chegando até a Baixa Época. Por mais que o papel da deusa não fique completamente definido, podemos concluir que ela foi muito importante para os egípcios, pois ela é a mãe do deus da mumificação, Anúbis, além de estar relacionada à crença da vida além-túmulo, pois auxiliava o morto em sua travessia para os campos de Osíris.
Quarta filha de Nut e Geb, representava as terras áridas e secas do deserto e a morte. Irmã de Osíris, Ísis e Seth, desposou este último. Após uma briga com o marido, fantasiou-se de Ísis. Osíris, pensando que era a sua mulher, teve relações com ela. Dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores. Ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu. Era representada como uma figura feminina com o seu nome em hieróglifo na sua cabeça. O seu nome significa 'Senhora da Casa' ou 'Senhora do Castelo', entende-se como casa o lugar onde Hórus vive.
O nome Néftis (Nebt-ha) significa senhora da casa, entendida no sentido físico, como a casa para onde o Sol retorna no fim do seu curso, ou seja, os céus noturnos.
É muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis: ambas são chamadas de Deusa Mãe e deusa dos céus, e ambas usam como símbolo a cabeça de abutre e o disco solar, com os chifres do sol na cabeça, ambas são as que distribuem vida plena e felicidade.
Existe mesmo confusões a respeito dos maridos: Néftis às vezes é citada como esposa de Osíris, enquanto Ísis é mencionada como esposa de Set; sendo o par Osíris-Néftis citado como os pais de Anúbis.
As lendas sobre os adultérios entre os deuses, possivelmente, são oriundas do fato de que, em localidades diferentes, os principais deuses tinham companheiros diferentes, assim, a deusa mais importante de uma determinada tribo era denominada esposa do deus, sendo as demais relegadas à posição de concubinas.
Néftis, porém, nunca teve a mesma fama ruim do seu marido Set, o deus da morte: junta de Ísis, ela lamentou o assassinato de Osíris, e ela zelou pelo corpo do deus morto. Assim, quando é denominada guardiã dos mortos, é com o significado favorável. Ela preside aos momentos finais da vida, mas para levar o falecido à vitória.
Néftis também é uma deusa da natureza: se Nu é a deusa do céu, então Ísis e Néftis são as suas duas extremidades, o leste e o oeste, ou o norte e o sul.
Ele é o deus mais importante de todos os deuses , aquele que guia as almas até o Dwat (Reino dos Mortos).
Hórus é o deus dos céus, Muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.
Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o sol e a lua. Matou Seth (O Diabo, o Mal), tanto pela vingança da morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito.
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus (anteriormente chamado de Olho de Rá), que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth.
O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da lua, o outro é o olho do sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.
Hórus, é um deus da vida e da morte, pois foi gerado pela sua mãe que é deusa da vida, e pelo seu pai um deus da fertilidade aprisionado pela morte.
A VITÓRIA DE HÓRUS
Após 40 anos de lutas, o tribunal da Enéade deu finalmente razão a Hórus. Seht e todos os perversos foram banidos e foi garantido o reino de todo o Egito a Hórus, com Ísis-Hathor a seu lado, como rainha.
A partir daqui, todos os reis eram identificados com Hórus. A coroa dupla, símbolo da união política do Egito, chegou mesmo a tomar a forma do Olho udjat. Este viria a ser a base do olho da inveja de uma lenda posterior.
ORIGENS NA HISTÓRIA
A estória das batalhas entre Hórus e Set é contada em um papiro posterior ao que conta a lenda de Osíris e não condiz totalmente com o mais antigo respeitante a Osíris e ísis. Na estória original, Hórus era o filho de ísis, concebido do espírito do marido, o que fazia com que Seth fosse tio. Na narrativa das lutas de Hórus com Seth, os dois são irmãos e Hórus luta pelo que tem direito como irmão mais velho. Os Gregos tentaram separar os dois, chamando a Hórus criança, Hor-pa-khered ou Harpocrates. Na estória que ele e Seth são irmãos, é chamado Hórus, mais Velho, Hor-wer, ou, em grego Haroeris.
O mito das lutas é uma recordação popular da guerra entre duas cidades, Nekhen e Naqada, travada para unificar o vale do Nilo nos tempos antigos antes da primeira unificação. Hórus o deus local de Nekhen, e Seth de Naqada. A supremacia militar de Nekhen, cujo líder se tornou o primeiro rei do Egito, sobre a derrotada Naqada era recordada neste mito que Hórus, finalmente, consegue vencer o perverso Seth.
Em Edfu, a casa de Hórus, todos os anos se realizavam festivais para celebrar a vitória. Existem relevos que mostram um ator a faze papel de Hórus que, publicamente e sem dúvida com grandes aplausos, caçava as criaturas associadas a Seth nas ruas da cidade. Também há imagens dos reis representados como Hórus, caçando Seth, o perverso. Na era romana, uma estátua que atualmente se encontra no British Museum representa Hórus vestido de centurião romano, montado em um cavalo e espetando uma lança em Seth, o crocodilo, atrás dele. Numa outra época, esta primeira versão tornou-se na estória de São Menas e mais tarde de São Jorge e o Dragão.
O nome egípcio de Seth, Sutekh, pode ter evoluído para a palavra Satã.
HÓRUS, COMBATENTE DE TODO O MAL
Como figura triunfante não surpreende que o poder de Hórus fosse transformado em doença terrestre. Acreditava-se que a natureza destinava que tudo fosse perfeito, segundo a Primeira Oportunidade, mas os demônios encarregavam-se de trazer doença e caos aos humanos e ao mundo. Isto tinha de ser eliminado.
Existem papiros com a relação dos sintomas da doença, um diagnóstico e um prognóstico, que era «algo contra o qual eu posso lutar» ou «algo contra o qual eu não posso fazer nada». As listas indicam remédios externos e internos, amuletos e palavras mágicas. Figuras de Hórus (cippus)
Também é a protetora da necrópole de Tebas que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos.Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte.
Hator (Hathor ou Het-Heru) era associada com Ísis e com Bast, porém, esta Hathor mais conhecida é a reformulação de uma Hathor pré-dinástica, muito mais antiga, da qual pouco foi revelado e muito foi ocultado pela classe sacerdotal. Seu poder era tão grande que, mesmo com estas reformulações e confusões, em mais de uma dinastia o faraó era considerado filho de Hathor ou seu consorte.
Personificação das forças benéficas do céu, depois de Ísis, é a mais venerada das deusas. Era prestado culto a Hathor em todo o Egito, em especial em Denderá.
Háthor é representada de várias formas ao longo da história e pré-história egípcia:
• como uma mulher com chifres na cabeça portando o disco solar;
• como uma mulher com orelhas de vaca;
• como uma mulher com cabeça de vaca portando o disco solar;
• como uma vaca, com disco solar e duas plumas entre os chifres.
Às vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.
O nome da deusa é composto de duas palavras, Hut e Hor, e traduz-se por “o templo de Hórus”. Hathor é o espaço sagrado, a matriz celeste que contém Hórus, o protetor da instituição faraônica. Hathor é o céu e é também aquela que espalha pelas superfícies celestes a esmeralda, a malaquita e a turquesa para com elas fazer estrelas. É muitas vezes chamada “a dourada”, porque é o ouro das divindades, a matéria alquímica que forma o seu corpo.
“Única e sem paralelo no céu”, Hathor encarnava numa vaca imensa, da dimensão do cosmos, que oferecia generosamente o seu leite para que as estrelas vivessem.
A deusa goza de grande popularidade em todo o Egito; a sua residência preferida era no Alto Egito, em Dendera, onde sobrevive um templo ptolomaico de grande beleza encanto. Contemplar os campos do telhado desse santuário ao sol poente, quando a paisagem se nimba de ouro celeste, é um momento inesquecível. Mãe das mães, Hathor gerava o Sol e derramava nos corações a alegria de viver. Era ela quem concedia a beleza, a juventude e o fogo do amor sob todas as suas formas, do desejo físico ao amor do divino. Favorecia os casamentos e os tornava harmoniosos, mas somente quando o homem e a mulher escutavam a sua voz.
Hathor ensina aos seus adeptos a dança e o sentido da festa, protetora dos vinhos, chama os seus fiéis à mesa do banquete divino.
Um sacerdote de Hathor que oficiava no templo de Deir el-Bahari mandou gravar na sua estátua textos que recomendavam às mulheres, ricas ou pobres, que dirigissem as suas preces a Hathor: a deusa ouviria as suas invocações e proporcionar-lhes-ia os momentos de felicidade a que aspiravam. Por isso, as egípcias optavam por nomes que fizessem referência a Hathor: “estrela dos homens”, “a deusa de ouro veio”, “ela veio”, “a perfeição acabada”, “aquela que apareceu no céu” etc.
Na sua qualidade de protetora e ama da alma dos justos, Hathor reside muitas vezes num sicômoro; com a madeira dessa árvore fabricavam sarcófagos, cujo nome egípcio é “aqueles que possuem a vida”. Essa deusa luminosa era uma mãe não apenas para os vivos, mas também para os ressuscitados. No amor de Hathor revela-se o mistério da morte e do nascimento. “Soberana do Belo Ocidente”, Hathor acolhe todos aqueles que empreendem a grande viagem para o outro mundo. Sorridente, enigmática, está na orla do deserto e tem na mão o sinal hieroglífico da vida, bem como a haste de papiro que simboliza o eterno crescimento da alma dos justos.
Para vencer as provas do Além, o homem deve tornar-se Osíris; o mesmo acontece com a mulher, que tem a vantagem de ser ao mesmo tempo Osíris e Hathor. Alimentada pelo leite da vaca celeste, a ressuscitada percorre para sempre o caminho das estrelas, dança com elas, ouve a música celeste e saboreia a sutil essência de todas as coisas.
Na época ptolomaica, os mistérios de Hathor eram celebrados nos mammisis por uma comunidade de mulheres intituladas “perfeitas, belas e puras”. Na realidade, esses ritos remontavam à Alta antiguidade, mas, como muitas outras vezes, aliás, foi o Egito crepuscular que os revelou.
As Hathor tocavam música, cantavam e dançavam depois de um passeio ritualístico pelos pântanos, onde haviam feito zumbir os papiros em honra da deusa, ritualizando assim a Criação do mundo. A cerimônia terminava com uma oferenda de vinho, líquido que abria o caminho à intuição do divino. As Hathor eram set, número sagrado e particularmente ligado à espiritualidade feminina.
Essas sete Hathor são também chamadas “as veneráveis”. Seu papel consistia em afastar o Mal, em manter a harmonia e em favorecer todos os fenômenos do nascimento. Festivas, tocam tamboril e batem palmas. Tranqüilas e recolhidas, dão-se as mãos para formar uma cadeia. Têm na fronte uma uraeus, e o seu toucado apresenta os chifres da vaca celeste emoldurando o globo solar.
A superiora das sete Hathor segurava um cetro cuja extremidade tinha a forma de uma umbela de papiro. Suas irmãs envergavam, como ela, vestidos longos, estavam enfeitadas com fitas vermelhas formando set nós nos quais o Mal ficava encerrado. Essas set filhas da divina Luz, Rá, eram responsáveis pelo tempo de vida dos humanos e pelo seu destino. Por isso presidiam simbolicamente a todos os nascimentos e vinham visitar s parturientes.
As serpentes uraeus que trazem na fronte lançam chamas ora purificadoras, ora destrutivas; tudo depende da autenticidade do ser que as enfrenta. Saber reconhecer a presença das sete Hathor e suscitar a sua benevolência é uma arte difícil. Podem conceder longevidade, estabilidade, saúde e descendência, mas também estabelecem as provas e o termo de um destino. As fadas da Europa pagã foram suas herdeiras.
Em Dendera e Edfu, as sete Hathor tocam tamboril e sistro em honra da deusa e do faraó que acabam de nascer. A superiora da confraria pronuncia palavras que sobem ao alto dos céus: Tocamos música para Hathor, para ela dançamos, senhora dos cetros, do colar e do sistro, todos os dias a celebramos, de noite à alvorada, tocamos tamboril e cantamos em cadência para a senhora da alegria, da dança, da música, a dama dos encantamentos,soberana da Casa dos Livros. Como é bela e radiosa a Dourada! Para ela, céu e estrelas dão um concerto, Sol e Lua cantam louvores.
As iniciadas nos mistérios de Hathor manejavam dez objetos sagrados, que poderiam ser executados em miniatura e em materiais preciosos: o colar da ressurreição, cujos sons recriam o mundo; a clepsidra, relógio de água associado a Thot, senhor do tempo sagrado; os dois sistros, que afastam a violência e proporcionam a tranqüilidade; o símbolo hatórico real, composto de duas asas protegem o Egito e o cosmos; o mammisi, lugar do repouso e templo onde se realiza o mistério do nascimento; um pote de leite, doce para o ka, alimento celeste que ilumina e rejuvenesce; um cântaro, que contém a bebida da embriaguez sagrada e que revela o que estava oculto; uma coroa para a fronte de Hathor, fundida por Ptah, que escolhera o ouro, a carne dos deuses; uma porta monumental fundada pelo Sol feminino, que abastece o país em oferendas e dá acesso ao templo. Esses objetos eram, de resto, representados nas paredes do templo da deusa e assim permaneceram vivos.
Hator (em egípcio antigo ḥwt-ḥr, “recinto” ou “casa de Hórus”), é uma deusa da religião do Egito Antigo que personifica os princípios do amor, beleza, música, maternidade e alegria. É uma das divindades mais importantes e populares do Egito Antigo, venerada tanto pela realeza quanto pela população comum, em cujas sepulturas é descrita como a “Senhora do Ocidente”, que recebe os mortos na próxima vida. Entre suas outras funções está a de deusa da música, dança, terras estrangeiras e fertilidade, responsável por auxiliar as mulheres durante o parto, bem como o de padroeira dos mineiros.
O culto a Hator antecede o período histórico e as raízes da veneração à deusa são, portanto, difíceis de serem apontadas, embora ele possa ter se desenvolvido a partir dos cultos pré-dinásticos à fertilidade e à natureza em geral representados em vacas. Hator costuma ser representada como uma vaca divina, com chifres sobre sua cabeça, entre os quais está um disco solar com um uraeus. Duas penas idênticas também costumam ser representadas em seus retratos posteriores, bem como um colar menat. Hator pode ser a deusa-vaca que foi representada desde tempos arcaicos na Paleta de Narmer e sobre uma urna de pedra que data da Primeira Dinastia, o que sugere seu papel como deusa celestial e uma possível relação com Hórus que, como deus-sol, faria a sua “morada” nela.
Os antigos egípcios viam a realidade como consistindo de camadas múltiplas, nas quais as divindades se misturavam por diversos motivos, mantendo atributos e mitos divergentes, mas que no entanto não eram vistos como contraditórios, e sim complementares. Numa relação complicada, Hator é por vezes mãe, filha e esposa de Rá e, assim como Ísis, por vezes é descrita como mãe de Hórus e associada a Bastet.
O culto a Osíris prometia vida eterna a todos aqueles que fossem julgados moralmente merecedores. Originalmente os mortos, tanto homens quanto mulheres, tornavam-se Osíris após o julgamento, porém, no início do período romano as mulheres mortas passaram a ser identificadas com Hator e os mortos do sexo masculino com Osíris.
Os gregos antigos identificavam Hator com a deusa Afrodite e os romanos com Vênus.
Filho de Amon, marido de Maat. Era o escriba dos deuses, o deus da aprendizagem e da sabedoria relacionada com o oculto, a magia, o sobrenatural. Sua companheira íntima, Astennu, é por vezes identificada com o próprio Toth. Tinha uma filha:. Seshat.
Também é considerado, por Edgar Cayce, como um engenheiro atlante da antiga civilização perdida de Atlântida e que terá participado na construção das piramides
Era o escriba dos deuses, o deus da aprendizagem e da sabedoria relacionada com o oculto, a magia, o sobrenatural.
Toth, (Tot, Tôt ou Thoth) é o nome em grego de Djehuty (ou Zehuti), um deus pertencente ao panteão egípcio, representado com cabeça de íbis. Deus da sabedoria um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses.
Seu centro de culto era Khemennu (Hermópolis), agora chamada El-Ashmunen, mas foi adorado por todo o Egito e na Núbia.
Os gregos associaram Thoth ao deus mensageiro Hermes, e considerado o criador do Hermetismo.
As duas divindades foram combinadas para formar Hermes Trismegisto e Khmun foi renomeada Hermópolis (“Cidade de Hermes ”). Esta versão de Thoth continua popular entre os ocultistas de hoje . Sua filiação ora é atribuída a Rá, ora a Seth. Refere-se também que seria conselheiro de Rá.
Thot é o deus egípcio da sabedoria, conhecimento e da luz. Inventor dos hieroglifos, ou seja, da escrita egípcia e por isso é considerado o arquivista dos deuses, registrando toda a sabedoria e conhecimento dos mesmos.
THOTH ou TOT: É o deus da escrita e da sabedoria. Os egípcios acreditavam que Thoth tinha criado os Hieróglifos.
Thoth era também conhecedor da matemática, astronomia, magia e representava todos os conhecimentos científicos. Sua associação mais antiga refere-se a ele como o deus da Lua que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos.
É uma divindade lunar (o deus da Lua) que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos.
Divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais: a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia.
A ele também é atribuído a revelação das disciplinas intelectuais tais como: a escrita, a aritmética, a astronomia, música, medicina, desenho, as ciências como um todo e a magia. Também possui a alcunha de “Mestre das Palavras Divinas”.
Thot preside a medida do tempo: o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites.
Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada) e por ela ter um bico parecido com a lua, o consideravam o Íbis um animal sagrado. Ele também aparece com cabeça de babuíno.
Geralmente tem em sua representação iconográfica um disco lunar, pois é tido como um deus lunar, além de ser representado como um Íbis, um homem com cabeça de Íbis ou até mesmo como um babuíno. Por ser um deus lunar, também lhe é atribuído o dom da cura. Dentro de suas lendas também lhe atribuem a criação do Tarô, pois o mesmo é como o Livro da Vida, representa toda a experiência e jornada do ser humano em formas pictográficas e simbólicas.
Maát: Esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente.É também a deusa do senso de realidade.
Maat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio.
É representada por uma mulher jovem exibindo na cabeça uma pluma. É filha de Rá, o deus do Sol e esposa de Tot, o escriba dos deuses com cabeça de ibis.
Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coração daqueles que ingressam no Dwat.
Com a pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento subterrâneo. Colocava a pluma na balança e no prato oposto o coração do falecido.
Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos da morte. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammut (deusa do Inferno, que é parte hipopótamo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado).
Os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas.
Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido.
Maat representava o mundo em equilíbrio; tudo aquilo que não era Maat era o caos, a massa confusa do nada. Era dever do faraó combater os inimigos de Kemet – país da terra negra ou Egito – a fim de garantir a ordem de Maat, ou seja, a continuação da civilização.
Na mitologia egípcia, Maat (ou Mayet) era a deusa da lei física e moral do Egito, da ordem, do equilíbrio, retidão e da verdade. Ela era filha (ou mãe) de Ra e esposa de Thoth (segundo alguns autores eles eram irmãos) e com ele teve oito filhos. O mais importante de seus filhos era o deus Amon. Estes oito filhos eram os principais deuses de Hermópolis e de acordo com os sacerdotes da cidade, eles criaram a terra e tudo que nela há .
Maat é representada na forma de uma jovem mulher com a pele cor de ocre, sentada ou em pé. Ela usa vestes longas e segura um cetro em uma mão e um ankh na outra. O símbolo de Maat era a pena de avestruz e ela é sempre mostrada usando-a em seu cabelo ou apenas portando-a. Em algumas ilustrações ela tem um par de asas ligadas a seus braços. A sua imagem é geralmente encontrada em sarcófagos, onde era utilizada afim de proteger a alma do morto. Outro símbolo de Maat é o monte primevo (ma’at), sobre o qual o deus criador estava no início dos tempos. Foi quando o mundo foi criado e caos eliminado que os princípios de Maat foram firmados no local.
Os egípcios acreditavam que sem a ordem de Maat só haveria o caos primordial e então o mundo não seria o mesmo. Era, portanto, necessário que o Faraó aplicasse e fizesse cumprir a lei, para permitir a manutenção do equilíbrio cósmico. A manutenção de Maat é tida como responsabilidade direta do faraó, no antigo Egito. O primeiro dever do faraó era defender a lei de Maat em todo o antigo Egito. É por isso que, nas paredes dos templos, o faraó é representado pela oferta de Maat a uma divindade, dizendo, em suas ações, que ele está em conformidade com os requisitos da deusa e em troca recebe dos deuses a vida e dominação (Osíris) e poder vitorioso (Hórus). Alguns faraós carregavam o título de Maat-Meri, que literalmente significa “amado de Maat”. Eles são descritos frequentemente com os valores de Maat para enfatizar o seu papel na defesa das leis do Criador. Qualquer perturbação na harmonia cósmica poderia ter consequências para o indivíduo, bem como para o Estado .
De acordo com a religião egípcia, no julgamento dos mortos, ela pesava as almas de todos que chegassem ao Maaty, o “Salão das Duas Verdades”, contra a pena da verdade. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto teria a vida eterna garantida no Duat (o submundo egípcio). Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era entregue a Ammut , que o consumiria por completo.
O último papel de Ma’at era ajudar e orientar o deus-Sol Ra conforme ele seguia sua jornada através dos céus . Era ela quem determinava o rumo que o barco tomaria nos céus a cada dia. Às vezes, dizia-se que ela realmente viajava em seu barco junto com ele, guiando sua direção.
Maat possuía uma contraparte, que era a sua irmã Isfet (o caos) que, embora fosse temida, era essencial pois ambos os aspectos, o positivo e o negativo, devem estar presentes para que o equilíbrio pode existir.
Isfet ou Asfet (siginifica "injustiça", "caos", ou "violencia"; como verbo, “fazer o mal”) é um termo egípcio antigo personificado por uma deusa de mesmo nome, também usado na filosofia, o qual complementava um ideal de dualismo religioso, social e político
Na religião egípcia, Isfet (também conhecida como Asfet) é a deusa do caos. Isfet é a oposição a Maat (deusa da justiça, da retidão, da harmonia e da ordem). De acordo com as crenças do Antigo Egito, Isfet e Maat construíram um dualismo complementar e também paradoxal: uma não poderia existir sem sua contrapartida. Isfet e Maat se equilibram. Um rei egípcio (faraó) foi nomeado para "alcançar" Maat, o que significa que ele tinha que manter e proteger a justiça e a harmonia controlando Isfet, que não poderia ser destruída pois isto desequilibraria o mundo.
A deusa invocou então todos os templos e todas as cidades do país, para que estes se juntassem à sua dor e fizessem a alma de Osíris retornar do Além. Uma vez que todos os seus esforços revelavam-se vãos, Ísis assumiu então a forma de um falcão, cujo esvoaçar restituiu o sopro de vida ao defunto, oferecendo-lhe o apanágio da ressurreição.
Ísis em seguida amou Osíris, mantendo o vivo por magia, tempo suficiente para que este a engravidasse. Outras fontes garantem que Osíris e a sua esposa conceberam o seu filho, antes do deus ser assassinado. Após isso ela ajudou a embalsamá-lo, preparando Osíris para a viagem até seu novo reino na terra dos mortos, tendo assim ajudado a criar os rituais egípcios de enterro.
Ao retornar à terra, Ísis encontrava-se agora grávida do filho, concebendo assim Hórus, filho da vida e da morte, a quem protegeria até que este achasse-se capaz de enfrentar o seu tio, apoderando-se (como legítimo herdeiro) do trono que Seth havia usurpado.
Algum tempo antes do parto, Seth aprisionara Isis, mas Tot, vizir de Osíris, a auxiliara a libertar-se. Porém, ela ocultou-se, secretamente, no Delta, onde se preparou para o nascimento do filho, o deus-falcão Hórus. Quando este nasceu, Ísis tomou a decisão de dedicar-se inteiramente à árdua incumbência de velar por ele. Todavia, a necessidade de ir procurar alimentos, acabou deixando o pequeno deus sem qualquer proteção.
Numa dessas ocasiões, Seth transformou-se numa serpente, visando espalhar o seu veneno pelo corpo de Hórus, quando Ísis regressou encontrou o seu filho já próximo da morte. Entretanto, a sua vida não foi ceifada, devido a um poderoso feitiço executado pelo deus-sol, Rá. Ela então tomou providências para o manter Hórus em lugar secreto, até que ele pudesse ter condições de buscar a vingança em uma longa batalha, que significou o fim de Seth.
A mágica de Ísis foi fundamental para ajudar a conseguir um julgamento favorável para Osíris. Suas habilidades mágicas melhoraram muito quando ela tirou proveito da velhice de Rá para enganá-lo, fazendo-o revelar seu nome e, assim, dando a ela acesso a um pouco do seu poder.
Ísis era uma mãe e uma deusa amorosa e tudo perdoava a seus seguidores. Ísis era anterior a toda a Criação, era paciente e sábia. Como a Abençoada Virgem Maria, tão conhecida atualmente no Ocidente e no Oriente, a rainha Ísis concebera seu divino filho por meios divinos. Do morto e castrado esposo Osíris, ela extraiu por conta própria a semente viva. Com freqüência, Ísis é retratada amamentando o filho Hórus.
Muitas vezes foi retratada por pintores e escultores com o divino filho Hórus sobre o joelho. Tinha o busto nu em total inocência para alimentar o jovem deus Hórus.
ÍSIS E OSÍRIS
Enquanto Osíris mandava no mundo dos mortos, seu falo jazia perdido para sempre nas águas do Nilo, onde dele corria um fluxo interminável de sêmen, fertilizando os extraordinários campos do Egito todos os anos quando o rio transbordava. O deus era um homem perfeito ao luar. Conhecia ofícios. Sabia ler a mente das pessoas.Osíris, o deus do sangue, julgava o malfeitor olhando dentro do coração do malfeitor. A seu lado a Deusa mulher murmurava que o deus faria seu julgamento e aplicaria o castigo e que o sangue mau agora seria purificado e renasceria em outra pessoa e que esse sangue não o prejudicaria. Os filhos dos deuses bebedores de sangue pretendiam ser também juízes dos malfeitores, e beber apenas dos condenados, segundo as leis dos deuses.
Ísis, sob a forma de serpente, se ergue na fronte do rei para destruir os inimigos da Luz, e sob a forma da estrela Sótis anuncia e desencadeia as cheias do Nilo. Ísis era tida como deusa da harmonia e das festas, que auxiliava a arrecadar fundos para as mesmas.
Foram construídos três templos para Ísis no Egito:
Behbeit el-Hagar, no Delta, transformado numa pedreira. Conseqüentemente, Behbeit el-Hagar é na atualidade um local quase literalmente desconhecido dos turistas, pois a grandeza daquele que fora outrora um templo dedicado a uma Ísis resume-se agora a um monte de escombros e blocos de calcário ornados com cenas rituais.
Dendera, no alto Egito, onde Ísis nasceu, existe um santuário de Háthor parcialmente conservado, com um templo coberto e com o mammisi, ou seja, “templo do nascimento de Hórus", assim como com um exíguo santuário, onde a etérea Ísis nasceu, deslumbrando o mundo com sua pele rosada e revolta cabeleira negra.
Filae, ilha-templo de Ísis, que serviu de refúgio à derradeira comunidade iniciática egípcia, mais tarde (século VI d. C.) exterminada por cristãos. Ela é a deusa que mais se destaca conhecida como rainha do Egito.
Ísis (em egípcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores,artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.
Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Hórus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão,Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. Este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.
Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem “todos os começos” surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.
As origens do seu culto são incertas, mas acredita-se ser oriundo do delta do Nilo. Entretanto, ao contrário de outras divindades egípcias, não teve desse culto centralizado em nenhum ponto específico ao longo da história da sua adoração. Isto pode ser devido à ascensão tardia de seu culto. As primeiras referências a Ísis remontam à V dinastia egípcia, período em que são encontradas as primeiras inscrições literárias a seu respeito, embora o culto apenas venha a ter tido proeminência ao final da história do antigo Egito, quando se iniciou a absorção dos cultos de muitas outras deusas com centros de culto firmemente estabelecidos. Isto ocorreu quando o culto de Osíris se destacou e ela teve um papel importante nessa crença. Eventualmente, o seu culto difundiu-se além das fronteiras do Egito.
Durante os séculos de formação do cristianismo, a religião de Ísis obteve conversos de todas as partes do Império Romano. Na própria península Itálica, a fé nesta deusa egípcia era uma força dominante. Em Pompeia, as evidências arqueológicas revelam que Ísis desempenhava um papel importante. Em Roma, templos e obeliscos foram erguidos em sua homenagem. Na Grécia Antiga, os tradicionais centros de culto em Delos, Delfos e Elêusis foram retomados por seguidores de Ísis, e isto ocorreu no norte da Grécia e também em Atenas. Portos de Ísis podiam ser encontrados no mar Arábico e no mar Negro. As inscrições mostram que possuía seguidores na Gália, na Espanha, na Panónia, na Alemanha, na Arábia Saudita, na Ásia Menor, em Portugal, na Irlanda e muitos santuários mesmo na Grã-Bretanha. Ísis representa o amor, a magia e os mistérios da região.
Quando visto como deificação da esposa do faraó em mitos tardios, o proeminente papel de Ísis foi como assistente do faraó morto. Desse modo, ela ganhou uma associação funerária, com o seu nome a aparecer mais de oitenta vezes nos chamados Textos das Pirâmides, afirmando-se que ela era a mãe das quatro divindades que protegiam os vasos canopos, nomeadamente a protetora da divindade do vaso do fígado, Imset. Esta associação com a esposa do faraó também trouxe a ideia de que Ísis era considerada a esposa de Hórus (outrora visto como seu filho), que era protetor e, posteriormente, a deificação do faraó. À época do Médio Império, da XI dinastia egípcia até à XV dinastia egípcia, entre 2040 e 1640 a.C., à medida que os textos funerários começam a ser utilizados por maior número de membros da sociedade egípcia, além da família real, cresce também o seu papel de proteger os nobres e até mesmo os plebeus.
À época do Novo Império, a XVIII, a XIX e a XX dinastias, entre 1570 e 1070 a.C., Ísis adquiriu proeminência como a mãe e protetora do faraó. Durante este período, ela é descrita como amamentando o faraó e é frequentemente assim representada.
SETH
Filho de Geb e Nuit, irmão e esposo de Neftis, Seth é um deus complexo e ambíguo. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras ao nascer.
Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito, sendo que apenas lhe foi concedido o poder de governar os desertos.
Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito , da violência, do ciúme, da inveja, da sodomia, da impureza, etc.
Seth habitava no deserto e era rei de demônios.
Seth é descrito erroneamente como uma grande serpente. Na verdade a grande serpente era uma referencia a Apep (Apopis), inimiga de Rá, e esta ironicamente era combatida por Seth.
Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.
Da proa da barca de Ré, ele trespassa com sua lança os inimigos do Sol; ele serve ao faraó combatendo com a força de seu braço. Mas é perigoso, violento, imprevisível. A lenda de Osíris mostra-o em um mau dia: assassino de seu próprio irmão, ele persegue Hórus com seu ódio, jamais Seth renuncia luta, pois ele é o necessário fomentador de problemas no mundo regido por Maát.
No Livro dos Mortos, Seth é chamado "O Senhor dos Céus do Norte" e é considerado responsável pelas tempestades e a mudança de tempo.
A história do longo conflito entre Seth e Hórus é vista por alguns como uma representação de uma grande batalha entre cultos no Egito, cujo culto vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em deus do mal.
Seth é, na verdade, a representação do supremo sacrifício em prol da justiça.
SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal.
Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro e associado a vários animais, como cachorro, crocodilo, porco, asno e escorpião.
Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa.
Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
Seth
A traição de Néftis e suposta inveja de Seth
Algumas versões contam que na verdade ele foi traído por Néftis com Osíris, daí seu assassinato. O maior defensor dos oprimidos e injustiçados, tinha fama de violento e perigoso, uma verdadeira ameaça. Conta-se que Seth ficou com inveja de Osíris e trabalhou incessantemente para destruí-lo (versões contam que Néftis, esposa de Seth, fora seduzida por Osíris, o que seria uma ressalva. Anúbis teria sido concebido desta relação). Este incidente provocou a fúria de Seth contra seu irmão Osíris.
Seth invejou o reino do seu irmão Osíris e jurou usurpar-lhe o trono. Assim, Seth matou o seu irmão, esquartejando-lhe o corpo e fazendo para sempre escravo da morte. Seth ocupou o trono do seu irmão, ate que Hórus realizou a sua vingança, expulsando Seth deste mundo, exilando-o novamente nos desertos e nas tempestades.
No decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago (ataúde) que prometeu entregar a quem nela coubesse.
Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas ninguém cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris. Convidado por Seth, Osíris entra na caixa.
É então que os conspiradores, sits, servos do próprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia).
Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos que encontra pelo caminho.
Chegada a Biblos Ísis descobre que a caixa ficou incrustrada numa árvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejar em 14 pedaços o corpo, que espalha por todo o Egito; segundo alguns textos do período ptolomaico, teriam sido 16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes números, deve-se referir que o 14 é o número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o número de províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.
Suas ações fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltassem contra ele, mas Seth achava que seu poder era inatacável. Hórus, filho de Ísis e Osíris, conseguiu matar Seth, que acabou identificado como um deus do mal.
Em algumas versões, Hórus castra Seth ao invés de matá-lo.
Apesar de sua ligação com o mau, o deus foi adorado por alguns faraós sendo o mais celebre deles Sethi I, segundo faraó da 19ª dinastia. Sethi I era filho de Ramsés I e pai de Ramsés II. Canalizou toda a energia brutal do deus Seth a domando para o bem do Egito, seu reinado foi um dos mais prósperos de toda a história egípcia.
Seth esta relacionado ao deserto, ao trovão e as rajadas do vento sul. É um deus mais explosivo do que perverso. O aspecto negativo é em função da seca, esterilidade, violência, a fome e o mar.
Recebeu o deserto como herança de Geb, porém com inveja do irmão, o assassinou e cortou em pedaços, por haver recebido a parte fértil do Egito.
A luta entre Seth e Osíris era a luta da fertilidade contra a seca. É o senhor do mal e das trevas, da ausência de luz, que protege as caravanas que se adentram em seus domínios mas também provoca as tormentas que fazem com que as mesmas caravanas, se percam.
No duplo papel de protetor-destrutor das terras áridas, Seth era adorado porque seu humor determinava o futuro daqueles que atravessavam seus domínios. Entretanto, não era considerado totalmente mau.
Os faraós promoveram sua imagem como um deus guerreiro, que protegia a barca de Rá durante a noite, evitando que Apófis a afundasse. No Reino Novo foi considerado um deus benéfico, patrono da guerra e da produção dos oásis.
Representado por um animal não-identificado, mistura do tamanduá, asna, de orelhas retangulares, com o focinho curvado para baixo e uma longa cauda, tinha os olhos e o pelo vermelho, como o deserto. Seus animais sagrados eram o porco, o asno, o órix, o crocodilo, o hipopótamo, a serpente e o peixe.
NÉFTIS
Néftis é a quarta filha de Nut e Geb e irmã de Osíris, Ísis e Seth e também esposa deste (Seth).
Néftis representava as terras áridas e secas do deserto e a morte.
Seu nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive , e ela era na verdade a rainha dos desertos, ou seja, da casa onde habitava o espírito do mal:- Seth.
Néftis era por isso deusa dos desertos e de todas as suas criaturas, assim como da noite, das trevas e da morte, ao mesmo tempo que era representada como uma belíssima mulher, uma sedutora irresistível e por vezes lasciva, que podia assumir a forma que bem quisesse para copular com quem bem desejasse, tal como fez com Osíris.
Quando Seth trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária a Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo.
Como Ísis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos e usa seu nome na cabeça: um cesto colocado em um edifício.. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.
NÉFTIS ou NEPHTHYS: É a deusa associada aos ritos funerários e a morte. Na Enéade de Heliópolis, ela é filha de Nut e Geb e irmã de Ísis, Osíris e Seth que também era seu marido. Néftis é muitas vezes vista como a mãe do deus Anúbis.Néftis representava as terras áridas e secas do deserto e a morte.
Seu nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive , e ela era na verdade a rainha dos desertos, ou seja, da casa onde habitava o espírito do mal:- Seth.
Néftis era por isso deusa dos desertos e de todas as suas criaturas, assim como da noite, das trevas e da morte, ao mesmo tempo que era representada como uma belíssima mulher, uma sedutora irresistível e por vezes lasciva, que podia assumir a forma que bem quisesse para copular com quem bem desejasse, tal como fez com Osíris.
Não gostava verdadeiramente do seu marido Seth, e chegou mesma a metamorfosear-se na figura de Isis, (sua irmã), assim enganando Osíris e copulando com ele, sendo que dessa relação nasceu Anubis, deus dos embalsamamentos e dos funerais.
Quando Seth trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária a Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo.
Como Ísis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos e usa seu nome na cabeça: um cesto colocado em um edifício.. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.
A mitologia egípcia mostra que ela seduziu Osíris a fim de ter um filho com ele (tentou embriaga-lo ou se passar por Ísis). Alguns mitos falam que ela adotou Anúbis, sendo assim o deus não seria filho de Osíris.
Representação de Néftis (Nephthys)
Néftis geralmente é representada como uma mulher, vestindo um longo vestido e em sua cabeça usa um Hieróglifo de seu nome como coroa. Segundo REMLER (2010, p. 131) “Ela aparece nos textos das pirâmides e no Livro dos mortos, mas talvez por ela ter um papel subordinado a Isis, não havia cultos ou templos dedicados a ela". Seu nome significa, “Senhora do Templo” que a associa com o papel de sacerdotisa.
Néftis juntamente com Ísis era vista como a representação dos dois lados (Bem e o Mal), sendo Ísis representando o lado do bem e Néftis o do Mal. Apesar disso, não parece que os egípcios a temiam como uma deusa ruim, já que foram encontrados estátuas dela na cabeceira da cama para ajudar as mães na hora do parto.
Embora pouco lembrada, Néftis é uma deusa da enéade da cidade de Heliópolis, e uma das principais divindades presentes no panteão dos egípcios antigos, tendo sua aparência idêntica à de sua irmã Isis. Porém, muitos de seus aspectos são misteriosos até os dias de hoje.
Na mitologia desenvolvida na cidade de Heliópolis, Néftis era esposa do deus Seth, que era estéril, e para poder conceber um filho se disfarçou de Ísis, que era casada com Osíris, e passou uma noite com o marido de sua irmã. Desse ato nasceu Anúbis, deus da mumificação.
As principais representações iconográficas da deusa aparecem em tumbas ou sarcófagos. Podemos usar para melhor entende-la os “Textos das Pirâmides” e os “Textos dos Sarcófagos”, que são um conjunto de fórmulas mágicas, encontrados nos caixões e paredes das tumbas. Seu nome significa “Senhora da Casa” ou “Senhora do Templo”, embora ainda não se tenha encontrado nenhum centro de culto dedicado a deusa.
A literatura egípcia esclarece pouco sobre o papel de Néftis, pois antes da mitologia da cidade de Heliópolis, não se conhece outro texto com citação sobre a deusa. O que sabemos é que ela está ligada com a mitologia Osiriana. Muitas vezes, Néftis aparece associada com Ísis e no contexto funerário elas protegem o morto. Ísis vai a frente do morto protegendo seus pés, Néftis vai atrás protegendo a cabeça. Segunda a mitologia, Néftis chorou com sua irmã pelo falecimento do deus Osíris. Dentro das tumbas a deusa aparece como protetora dos mortos e dos vasos canópicos. Muitos amuletos foram produzidos para a deusa principalmente durante as 22° e 26° dinastias egípcias, onde a produção desses objetos é muito comum. Infelizmente podemos saber apenas alguns aspectos e definições de Néfits, porém, ela foi largamente representada no Egito, desde o Reino Antigo chegando até a Baixa Época. Por mais que o papel da deusa não fique completamente definido, podemos concluir que ela foi muito importante para os egípcios, pois ela é a mãe do deus da mumificação, Anúbis, além de estar relacionada à crença da vida além-túmulo, pois auxiliava o morto em sua travessia para os campos de Osíris.
Quarta filha de Nut e Geb, representava as terras áridas e secas do deserto e a morte. Irmã de Osíris, Ísis e Seth, desposou este último. Após uma briga com o marido, fantasiou-se de Ísis. Osíris, pensando que era a sua mulher, teve relações com ela. Dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores. Ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu. Era representada como uma figura feminina com o seu nome em hieróglifo na sua cabeça. O seu nome significa 'Senhora da Casa' ou 'Senhora do Castelo', entende-se como casa o lugar onde Hórus vive.
O nome Néftis (Nebt-ha) significa senhora da casa, entendida no sentido físico, como a casa para onde o Sol retorna no fim do seu curso, ou seja, os céus noturnos.
É muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis: ambas são chamadas de Deusa Mãe e deusa dos céus, e ambas usam como símbolo a cabeça de abutre e o disco solar, com os chifres do sol na cabeça, ambas são as que distribuem vida plena e felicidade.
Existe mesmo confusões a respeito dos maridos: Néftis às vezes é citada como esposa de Osíris, enquanto Ísis é mencionada como esposa de Set; sendo o par Osíris-Néftis citado como os pais de Anúbis.
As lendas sobre os adultérios entre os deuses, possivelmente, são oriundas do fato de que, em localidades diferentes, os principais deuses tinham companheiros diferentes, assim, a deusa mais importante de uma determinada tribo era denominada esposa do deus, sendo as demais relegadas à posição de concubinas.
Néftis, porém, nunca teve a mesma fama ruim do seu marido Set, o deus da morte: junta de Ísis, ela lamentou o assassinato de Osíris, e ela zelou pelo corpo do deus morto. Assim, quando é denominada guardiã dos mortos, é com o significado favorável. Ela preside aos momentos finais da vida, mas para levar o falecido à vitória.
Néftis também é uma deusa da natureza: se Nu é a deusa do céu, então Ísis e Néftis são as suas duas extremidades, o leste e o oeste, ou o norte e o sul.
NETERU DA SEGUNDA GERAÇÃO
Hórus, Hator, Thot, Maat,
Anúbis, Anuket, Bast e Sokar
HÓRUS
Hórus: é representado por uma ave de rapina (falcões e águias). Hórus também é representado como “o bem” em sua batalha contra Set – “o mal”.
Filho de Osíris e Isis, Hórus tem uma infância difícil, sua mãe deve escondê-lo de seu tio Seth que cobiça o trono de seu pai Osiris. Hórus nasceu um pouco depois de Osíris renascer.
Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na Terra.
Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão sempre usando as duas coroas de rei do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do Céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o Sol e a Lua.
Com o nome de "Hórus do horizonte", assume uma das forma do Sol, a que clareia a Terra durante o dia. Criador do Universo e de todo tipo de vida, Hórus era adorado em todo lugar.
Hórus é o deus dos céus, Muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.
Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o sol e a lua. Matou Seth (O Diabo, o Mal), tanto pela vingança da morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito.
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus (anteriormente chamado de Olho de Rá), que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth.
O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da lua, o outro é o olho do sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.
Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Rá O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty . O olho de Hórus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder.
Hórus foi ocultado de Seth ate estar preparado para vingar a traição de que o seu pai Osíris foi vitima ás mãos de Seth, que o esquartejou durante um banquete que lhe havia oferecido através de 72 demônios e assim o tornou escravo da morte para lhe usurpar o torno.
Osíris combateu Seth, lutando pelo trono do seu pai. Terá perdido a luta, sendo que foi sodomizado por Seth que assim pretendeu selar e provar a sua superioridade e a sua vitória sobre Horus.
Seth depositou o seu sêmen dentro de Hórus, para depois o apresentar em tribunal aos outros deuses e confirmar diante dos olhos de todos eles a sua indisputável vitória, confirmando que Hórus se tinha transformado num seu servo por via da submissão.
Contudo, Isis usou magia para fazer o sêmen desaparecer do corpo de Hórus e aparecer no corpo de Seth.
Seth sofreu assim um rude golpe e grande humilhação, sendo que o tribunal deliberou a sua derrota e o condenou ao exílio nos desertos de onde ele tinha vindo.
Hórus recuperou o trono do seu pai Osíris, e vingou-se de Seth, castrando-o para depois o expulsar deste mundo. A religião da antiguidade Egípcia acreditava por isso que foi através de Hórus que Seth, (o mal), foi expulso deste mundo e habita apenas nos seus domínios do maligno.
Hórus recuperou o trono do seu pai Osíris, e vingou-se de Seth, castrando-o para depois o expulsar deste mundo. A religião da antiguidade Egípcia acreditava por isso que foi através de Hórus que Seth, (o mal), foi expulso deste mundo e habita apenas nos seus domínios do maligno.
Hórus (ou Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu) era o deus egípcio do céu, filho de Osíris e Ísis. Tinha cabeça de falcão e seus olhos representavam o sol e a lua. Enfrentou Seth e tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando contra seu tio Seth, que foi substituído por um amuleto, o “olho de Hórus” (anteriormente chamado de Olho de Rá), que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois de sua recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre seu tio.
Após Osíris ser afastado para a terra dos mortos, Seth continuou a reinar no Egito, embora esta herança por direito não lhe coubesse a ele mas sim a Hórus, filho de Osíris. Ísis criou o filho secretamente em Chemmis, uma ilha perto de Bhutto. Logo que o filho se tornou suficientemente crescido, Ísis, sua mãe e protetora, fê-lo jurar que se vingaria do assassínio do pai.
Hórus acabou por declarar guerra a Seth e foram travadas lutas sangrentas que duraram muitos anos. Todas elas foram ganhas por Hórus que após cada triunfo pedia à Grande Enéade (da qual ele não fazia parte, segundo este mito) a devolução da terra e do título de seu pai. A Enéade sempre prevaricou.
Seth surgia em uma grande variedade de disfarces - por vezes um porco, ou um hipopótamo, outras um crocodilo. Hórus sempre o reconhecia e o matava, inutilmente. Numa ocasião, Seth tirou o olho esquerdo de Hórus. A mãe substituiu-o pelo olho curado ou Olho udjat. Este tinha poderes e magia própria e podia ser arremessado contra os opositores, voltando sempre ao amo. Dizia-se que o olho perdido de Hórus representava a Lua e que o tempo que tinha levado a ficar curado era o mesmo de uma volta completa da Lua.
A CRIAÇÃO DE HATHOR
Hórus foi ter com a mãe e pediu-lhe que o representasse perante o tribunal da Enéade e o ajudasse a conquistar a herança. Ela, mais uma vez, instigou-o a lutar. Hórus ficou furioso e, mais tarde, nesse mesmo dia, quando Ísis adormeceu na margem ocidental de Luxor, Hórus chegou ao pé dela, cortou-lhe a cabeça e enterrou-a na areia. De um olho brotou o lótus branco e do outro o azul.
Quando acordou, procurou a cabeça, em vão, e por fim, desesperada, pegou na cabeça do único animal que pôde encontrar, uma vaca que vinha da colina, ísis transformou-se assim em Hathor e passou a ser consorte de Hórus.
Como conseqüência, Hórus passou a ter o título de Kamutef, ou «touro da própria mãe».
Uma explicação para esta invulgar estória é o fato de todos os membros da Enéade, à exceção de Hórus, terem um parceiro. Para retificar a situação, foi criada Hathor que foi assim uma adição posterior ao ciclo do mito.
Após Osíris ser afastado para a terra dos mortos, Seth continuou a reinar no Egito, embora esta herança por direito não lhe coubesse a ele mas sim a Hórus, filho de Osíris. Ísis criou o filho secretamente em Chemmis, uma ilha perto de Bhutto. Logo que o filho se tornou suficientemente crescido, Ísis, sua mãe e protetora, fê-lo jurar que se vingaria do assassínio do pai.
Hórus acabou por declarar guerra a Seth e foram travadas lutas sangrentas que duraram muitos anos. Todas elas foram ganhas por Hórus que após cada triunfo pedia à Grande Enéade (da qual ele não fazia parte, segundo este mito) a devolução da terra e do título de seu pai. A Enéade sempre prevaricou.
Seth surgia em uma grande variedade de disfarces - por vezes um porco, ou um hipopótamo, outras um crocodilo. Hórus sempre o reconhecia e o matava, inutilmente. Numa ocasião, Seth tirou o olho esquerdo de Hórus. A mãe substituiu-o pelo olho curado ou Olho udjat. Este tinha poderes e magia própria e podia ser arremessado contra os opositores, voltando sempre ao amo. Dizia-se que o olho perdido de Hórus representava a Lua e que o tempo que tinha levado a ficar curado era o mesmo de uma volta completa da Lua.
A CRIAÇÃO DE HATHOR
Hórus foi ter com a mãe e pediu-lhe que o representasse perante o tribunal da Enéade e o ajudasse a conquistar a herança. Ela, mais uma vez, instigou-o a lutar. Hórus ficou furioso e, mais tarde, nesse mesmo dia, quando Ísis adormeceu na margem ocidental de Luxor, Hórus chegou ao pé dela, cortou-lhe a cabeça e enterrou-a na areia. De um olho brotou o lótus branco e do outro o azul.
Quando acordou, procurou a cabeça, em vão, e por fim, desesperada, pegou na cabeça do único animal que pôde encontrar, uma vaca que vinha da colina, ísis transformou-se assim em Hathor e passou a ser consorte de Hórus.
Como conseqüência, Hórus passou a ter o título de Kamutef, ou «touro da própria mãe».
Uma explicação para esta invulgar estória é o fato de todos os membros da Enéade, à exceção de Hórus, terem um parceiro. Para retificar a situação, foi criada Hathor que foi assim uma adição posterior ao ciclo do mito.
A VITÓRIA DE HÓRUS
Após 40 anos de lutas, o tribunal da Enéade deu finalmente razão a Hórus. Seht e todos os perversos foram banidos e foi garantido o reino de todo o Egito a Hórus, com Ísis-Hathor a seu lado, como rainha.
A partir daqui, todos os reis eram identificados com Hórus. A coroa dupla, símbolo da união política do Egito, chegou mesmo a tomar a forma do Olho udjat. Este viria a ser a base do olho da inveja de uma lenda posterior.
ORIGENS NA HISTÓRIA
A estória das batalhas entre Hórus e Set é contada em um papiro posterior ao que conta a lenda de Osíris e não condiz totalmente com o mais antigo respeitante a Osíris e ísis. Na estória original, Hórus era o filho de ísis, concebido do espírito do marido, o que fazia com que Seth fosse tio. Na narrativa das lutas de Hórus com Seth, os dois são irmãos e Hórus luta pelo que tem direito como irmão mais velho. Os Gregos tentaram separar os dois, chamando a Hórus criança, Hor-pa-khered ou Harpocrates. Na estória que ele e Seth são irmãos, é chamado Hórus, mais Velho, Hor-wer, ou, em grego Haroeris.
O mito das lutas é uma recordação popular da guerra entre duas cidades, Nekhen e Naqada, travada para unificar o vale do Nilo nos tempos antigos antes da primeira unificação. Hórus o deus local de Nekhen, e Seth de Naqada. A supremacia militar de Nekhen, cujo líder se tornou o primeiro rei do Egito, sobre a derrotada Naqada era recordada neste mito que Hórus, finalmente, consegue vencer o perverso Seth.
Em Edfu, a casa de Hórus, todos os anos se realizavam festivais para celebrar a vitória. Existem relevos que mostram um ator a faze papel de Hórus que, publicamente e sem dúvida com grandes aplausos, caçava as criaturas associadas a Seth nas ruas da cidade. Também há imagens dos reis representados como Hórus, caçando Seth, o perverso. Na era romana, uma estátua que atualmente se encontra no British Museum representa Hórus vestido de centurião romano, montado em um cavalo e espetando uma lança em Seth, o crocodilo, atrás dele. Numa outra época, esta primeira versão tornou-se na estória de São Menas e mais tarde de São Jorge e o Dragão.
O nome egípcio de Seth, Sutekh, pode ter evoluído para a palavra Satã.
HÓRUS, COMBATENTE DE TODO O MAL
Como figura triunfante não surpreende que o poder de Hórus fosse transformado em doença terrestre. Acreditava-se que a natureza destinava que tudo fosse perfeito, segundo a Primeira Oportunidade, mas os demônios encarregavam-se de trazer doença e caos aos humanos e ao mundo. Isto tinha de ser eliminado.
Existem papiros com a relação dos sintomas da doença, um diagnóstico e um prognóstico, que era «algo contra o qual eu posso lutar» ou «algo contra o qual eu não posso fazer nada». As listas indicam remédios externos e internos, amuletos e palavras mágicas. Figuras de Hórus (cippus)
- pequenas esteias, verticais e arredondadas, talhadas com relevos de Hórus - eram usadas como tratamento de doenças. Mostram o filho de Ísis com uma serpente em cada mão, muitas vezes de pé sobre dois crocodilos, e tudo cheio de textos mágicos. Muitos deles não tinham sentido: a palavra «abracadabra» vem de um deles. Era vertida água sobre a estela para absorver o poder das palavras, que era recolhida em um prato que estava na base. A água podia então ser usada como remédio potente para expulsar o mal. Os Egípcios acreditavam nas figuras e colocavam-nas na frente da casa ou no jardim para lhes dar proteção.
Hórus, “o altivo”, é o deus dos céus, na mitologia egípcia. Filho de Isis e Osíris e marido de Hator, é considerado o iniciador da civilização egípcia, sendo por isto comparado ao deus Apolo. É representado como um homem com cabeça de falcão, com uma coroa dupla, com um sol com asas de falcão abertas.
Desde o Antigo Império, o faraó representa a manifestação de Hórus na terra, apesar de que, quando morrer se juntará ao deus criador Rá. Pertence a tríade sagrada: Osíris, Isis e Hórus. Foi educado por Thoth, que o instruiu e criou até transformá-lo em um exímio guerreiro. Lutou contra Seth para recuperar o trono do pai e o venceu, conquistando primeiro o Baixo Egito e finalmente, conquistando todo o Egito, em uma batalha difícil, onde ele perdera um olho e as duas mãos e deixara Seth sem os dois testículos. Seth havia matado Osíris e Hórus dedicou parte de sua vida para concretizar sua vingança. Seth por algum tempo, ficou apenas como governante do Alto Egito e Hórus, do Baixo Egito. Tempos depois, Hórus governou o Egito inteiro, enquanto Seth ficou sendo o deus do deserto e dos povos estrangeiros. Hórus, tempos após a batalha, recuperou seu olho e o ofereceu como um talismã ao pai. Este mito representa a luta entre a fertilidade do Vale do Nilo (Osíris) e a aridez do deserto (Seth). Ele é protetor de Osíris no submundo e mediador dos mortos durante o julgamento de Osíris. É também senhor da montanha por onde desperta o Sol e desempenha um papel primordial como deus de cura. Seus animais de sacrifício durante a infância eram os touros, cabras e porcos.
Hórus, “o altivo”, é o deus dos céus, na mitologia egípcia. Filho de Isis e Osíris e marido de Hator, é considerado o iniciador da civilização egípcia, sendo por isto comparado ao deus Apolo. É representado como um homem com cabeça de falcão, com uma coroa dupla, com um sol com asas de falcão abertas.
Desde o Antigo Império, o faraó representa a manifestação de Hórus na terra, apesar de que, quando morrer se juntará ao deus criador Rá. Pertence a tríade sagrada: Osíris, Isis e Hórus. Foi educado por Thoth, que o instruiu e criou até transformá-lo em um exímio guerreiro. Lutou contra Seth para recuperar o trono do pai e o venceu, conquistando primeiro o Baixo Egito e finalmente, conquistando todo o Egito, em uma batalha difícil, onde ele perdera um olho e as duas mãos e deixara Seth sem os dois testículos. Seth havia matado Osíris e Hórus dedicou parte de sua vida para concretizar sua vingança. Seth por algum tempo, ficou apenas como governante do Alto Egito e Hórus, do Baixo Egito. Tempos depois, Hórus governou o Egito inteiro, enquanto Seth ficou sendo o deus do deserto e dos povos estrangeiros. Hórus, tempos após a batalha, recuperou seu olho e o ofereceu como um talismã ao pai. Este mito representa a luta entre a fertilidade do Vale do Nilo (Osíris) e a aridez do deserto (Seth). Ele é protetor de Osíris no submundo e mediador dos mortos durante o julgamento de Osíris. É também senhor da montanha por onde desperta o Sol e desempenha um papel primordial como deus de cura. Seus animais de sacrifício durante a infância eram os touros, cabras e porcos.
HATOR
(Afrodite - Grego)
Hator: personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. As mulheres solteiras oravam para ela enfeitiçar seus espelhos de metal. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. é a "dama da embriaguez" em honra de quem bebe vinho e toca música.
Também é a protetora da necrópole de Tebas que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos.Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte.
É adorada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, de apenas uma mulher com cabeça de vaca ou simplesmente uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. Um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas, às vezes basta para invocá-la.
Hator
Deusa do feminino, da fertilidade, da sexualidade, do amor, da embriaguez, da prostituição, da felicidade, da prosperidade material e boas bênçãos aos humanos. Era uma das deusas mais reverenciadas na antiguidade e o seu templo um dos mais belos do antigo Egito. O seu culto era realizado não só através de devoção espiritual, mas também através de rituais sexuais, nomeadamente através da prostituição sagrada.
Hator era a consorte dos faraós e acreditava-se que era ela que escolhia quem ocupava esse cargo divino, pois apenas um seu escolhido e amante seria elevado á condição de faraó. Por isso, embora todo o faraó possuísse esposas humanas, ele teria igualmente de ser amante desta deusa. Os sacerdotes de Hator, ao contrário do que sucedia com outros os deuses, mantiveram os conhecimentos sobre esta deusa em grande segredo, transmitindo apenas iniciaticamente de mestres para discípulos, pelo que mais saber sobre esta deusa se perdeu nos tempos.
É a legítima portadora do sistro (era feito em geral em bronze, mas também existiam exemplares em madeira e em faiança. Os sistros estavam particularmente associados ao culto da deusa Hathor, mas poderiam também ser empregues no de Ísis, Bastet e Amon. Os Egípcios acreditavam que o som produzido pelo instrumento poderia aplacar o deus em questão. Quando o culto de Ísis se difundiu na bacia do Mediterrâneo, o sistro tornou-se um instrumento popular entre os romanos).
Personificação das forças benéficas do céu, depois de Ísis, é a mais venerada das deusas. Era prestado culto a Hathor em todo o Egito, em especial em Denderá.
Háthor é representada de várias formas ao longo da história e pré-história egípcia:
• como uma mulher com chifres na cabeça portando o disco solar;
• como uma mulher com orelhas de vaca;
• como uma mulher com cabeça de vaca portando o disco solar;
• como uma vaca, com disco solar e duas plumas entre os chifres.
Às vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.
O nome da deusa é composto de duas palavras, Hut e Hor, e traduz-se por “o templo de Hórus”. Hathor é o espaço sagrado, a matriz celeste que contém Hórus, o protetor da instituição faraônica. Hathor é o céu e é também aquela que espalha pelas superfícies celestes a esmeralda, a malaquita e a turquesa para com elas fazer estrelas. É muitas vezes chamada “a dourada”, porque é o ouro das divindades, a matéria alquímica que forma o seu corpo.
“Única e sem paralelo no céu”, Hathor encarnava numa vaca imensa, da dimensão do cosmos, que oferecia generosamente o seu leite para que as estrelas vivessem.
A deusa goza de grande popularidade em todo o Egito; a sua residência preferida era no Alto Egito, em Dendera, onde sobrevive um templo ptolomaico de grande beleza encanto. Contemplar os campos do telhado desse santuário ao sol poente, quando a paisagem se nimba de ouro celeste, é um momento inesquecível. Mãe das mães, Hathor gerava o Sol e derramava nos corações a alegria de viver. Era ela quem concedia a beleza, a juventude e o fogo do amor sob todas as suas formas, do desejo físico ao amor do divino. Favorecia os casamentos e os tornava harmoniosos, mas somente quando o homem e a mulher escutavam a sua voz.
Hathor ensina aos seus adeptos a dança e o sentido da festa, protetora dos vinhos, chama os seus fiéis à mesa do banquete divino.
Um sacerdote de Hathor que oficiava no templo de Deir el-Bahari mandou gravar na sua estátua textos que recomendavam às mulheres, ricas ou pobres, que dirigissem as suas preces a Hathor: a deusa ouviria as suas invocações e proporcionar-lhes-ia os momentos de felicidade a que aspiravam. Por isso, as egípcias optavam por nomes que fizessem referência a Hathor: “estrela dos homens”, “a deusa de ouro veio”, “ela veio”, “a perfeição acabada”, “aquela que apareceu no céu” etc.
Na sua qualidade de protetora e ama da alma dos justos, Hathor reside muitas vezes num sicômoro; com a madeira dessa árvore fabricavam sarcófagos, cujo nome egípcio é “aqueles que possuem a vida”. Essa deusa luminosa era uma mãe não apenas para os vivos, mas também para os ressuscitados. No amor de Hathor revela-se o mistério da morte e do nascimento. “Soberana do Belo Ocidente”, Hathor acolhe todos aqueles que empreendem a grande viagem para o outro mundo. Sorridente, enigmática, está na orla do deserto e tem na mão o sinal hieroglífico da vida, bem como a haste de papiro que simboliza o eterno crescimento da alma dos justos.
Para vencer as provas do Além, o homem deve tornar-se Osíris; o mesmo acontece com a mulher, que tem a vantagem de ser ao mesmo tempo Osíris e Hathor. Alimentada pelo leite da vaca celeste, a ressuscitada percorre para sempre o caminho das estrelas, dança com elas, ouve a música celeste e saboreia a sutil essência de todas as coisas.
Na época ptolomaica, os mistérios de Hathor eram celebrados nos mammisis por uma comunidade de mulheres intituladas “perfeitas, belas e puras”. Na realidade, esses ritos remontavam à Alta antiguidade, mas, como muitas outras vezes, aliás, foi o Egito crepuscular que os revelou.
As Hathor tocavam música, cantavam e dançavam depois de um passeio ritualístico pelos pântanos, onde haviam feito zumbir os papiros em honra da deusa, ritualizando assim a Criação do mundo. A cerimônia terminava com uma oferenda de vinho, líquido que abria o caminho à intuição do divino. As Hathor eram set, número sagrado e particularmente ligado à espiritualidade feminina.
Essas sete Hathor são também chamadas “as veneráveis”. Seu papel consistia em afastar o Mal, em manter a harmonia e em favorecer todos os fenômenos do nascimento. Festivas, tocam tamboril e batem palmas. Tranqüilas e recolhidas, dão-se as mãos para formar uma cadeia. Têm na fronte uma uraeus, e o seu toucado apresenta os chifres da vaca celeste emoldurando o globo solar.
A superiora das sete Hathor segurava um cetro cuja extremidade tinha a forma de uma umbela de papiro. Suas irmãs envergavam, como ela, vestidos longos, estavam enfeitadas com fitas vermelhas formando set nós nos quais o Mal ficava encerrado. Essas set filhas da divina Luz, Rá, eram responsáveis pelo tempo de vida dos humanos e pelo seu destino. Por isso presidiam simbolicamente a todos os nascimentos e vinham visitar s parturientes.
As serpentes uraeus que trazem na fronte lançam chamas ora purificadoras, ora destrutivas; tudo depende da autenticidade do ser que as enfrenta. Saber reconhecer a presença das sete Hathor e suscitar a sua benevolência é uma arte difícil. Podem conceder longevidade, estabilidade, saúde e descendência, mas também estabelecem as provas e o termo de um destino. As fadas da Europa pagã foram suas herdeiras.
Em Dendera e Edfu, as sete Hathor tocam tamboril e sistro em honra da deusa e do faraó que acabam de nascer. A superiora da confraria pronuncia palavras que sobem ao alto dos céus: Tocamos música para Hathor, para ela dançamos, senhora dos cetros, do colar e do sistro, todos os dias a celebramos, de noite à alvorada, tocamos tamboril e cantamos em cadência para a senhora da alegria, da dança, da música, a dama dos encantamentos,soberana da Casa dos Livros. Como é bela e radiosa a Dourada! Para ela, céu e estrelas dão um concerto, Sol e Lua cantam louvores.
As iniciadas nos mistérios de Hathor manejavam dez objetos sagrados, que poderiam ser executados em miniatura e em materiais preciosos: o colar da ressurreição, cujos sons recriam o mundo; a clepsidra, relógio de água associado a Thot, senhor do tempo sagrado; os dois sistros, que afastam a violência e proporcionam a tranqüilidade; o símbolo hatórico real, composto de duas asas protegem o Egito e o cosmos; o mammisi, lugar do repouso e templo onde se realiza o mistério do nascimento; um pote de leite, doce para o ka, alimento celeste que ilumina e rejuvenesce; um cântaro, que contém a bebida da embriaguez sagrada e que revela o que estava oculto; uma coroa para a fronte de Hathor, fundida por Ptah, que escolhera o ouro, a carne dos deuses; uma porta monumental fundada pelo Sol feminino, que abastece o país em oferendas e dá acesso ao templo. Esses objetos eram, de resto, representados nas paredes do templo da deusa e assim permaneceram vivos.
O culto a Hator antecede o período histórico e as raízes da veneração à deusa são, portanto, difíceis de serem apontadas, embora ele possa ter se desenvolvido a partir dos cultos pré-dinásticos à fertilidade e à natureza em geral representados em vacas. Hator costuma ser representada como uma vaca divina, com chifres sobre sua cabeça, entre os quais está um disco solar com um uraeus. Duas penas idênticas também costumam ser representadas em seus retratos posteriores, bem como um colar menat. Hator pode ser a deusa-vaca que foi representada desde tempos arcaicos na Paleta de Narmer e sobre uma urna de pedra que data da Primeira Dinastia, o que sugere seu papel como deusa celestial e uma possível relação com Hórus que, como deus-sol, faria a sua “morada” nela.
Os antigos egípcios viam a realidade como consistindo de camadas múltiplas, nas quais as divindades se misturavam por diversos motivos, mantendo atributos e mitos divergentes, mas que no entanto não eram vistos como contraditórios, e sim complementares. Numa relação complicada, Hator é por vezes mãe, filha e esposa de Rá e, assim como Ísis, por vezes é descrita como mãe de Hórus e associada a Bastet.
O culto a Osíris prometia vida eterna a todos aqueles que fossem julgados moralmente merecedores. Originalmente os mortos, tanto homens quanto mulheres, tornavam-se Osíris após o julgamento, porém, no início do período romano as mulheres mortas passaram a ser identificadas com Hator e os mortos do sexo masculino com Osíris.
Os gregos antigos identificavam Hator com a deusa Afrodite e os romanos com Vênus.
THOT
(HERMES - GREGO)
(HERMES - GREGO)
Também é considerado, por Edgar Cayce, como um engenheiro atlante da antiga civilização perdida de Atlântida e que terá participado na construção das piramides
Era o escriba dos deuses, o deus da aprendizagem e da sabedoria relacionada com o oculto, a magia, o sobrenatural.
Toth, (Tot, Tôt ou Thoth) é o nome em grego de Djehuty (ou Zehuti), um deus pertencente ao panteão egípcio, representado com cabeça de íbis. Deus da sabedoria um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses.
Os gregos associaram Thoth ao deus mensageiro Hermes, e considerado o criador do Hermetismo.
As duas divindades foram combinadas para formar Hermes Trismegisto e Khmun foi renomeada Hermópolis (“Cidade de Hermes ”). Esta versão de Thoth continua popular entre os ocultistas de hoje . Sua filiação ora é atribuída a Rá, ora a Seth. Refere-se também que seria conselheiro de Rá.
Sua concepção é polêmica, alguns citam que ele é filho do deus Rá e outros de Set (ou Seth). Seu santuário principal era na cidade de Hermópolis, na região do Delta do Nilo. É o autor do Livro dos Mortos Egípcio.
Thoth era também conhecedor da matemática, astronomia, magia e representava todos os conhecimentos científicos. Sua associação mais antiga refere-se a ele como o deus da Lua que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos.
É uma divindade lunar (o deus da Lua) que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos.
Divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais: a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia.
A ele também é atribuído a revelação das disciplinas intelectuais tais como: a escrita, a aritmética, a astronomia, música, medicina, desenho, as ciências como um todo e a magia. Também possui a alcunha de “Mestre das Palavras Divinas”.
Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada) e por ela ter um bico parecido com a lua, o consideravam o Íbis um animal sagrado. Ele também aparece com cabeça de babuíno.
Geralmente tem em sua representação iconográfica um disco lunar, pois é tido como um deus lunar, além de ser representado como um Íbis, um homem com cabeça de Íbis ou até mesmo como um babuíno. Por ser um deus lunar, também lhe é atribuído o dom da cura. Dentro de suas lendas também lhe atribuem a criação do Tarô, pois o mesmo é como o Livro da Vida, representa toda a experiência e jornada do ser humano em formas pictográficas e simbólicas.
A importância desta divindade era notória, até porque o ciclo lunar era determinante em vários aspectos da atividade civil e religiosa da sociedade egípcia.
A ele ainda é atribuído a invenção da contagem dos dias e a criação do calendário com 365 dias, muito semelhante ao que usamos ainda hoje e achavam que o deus tinha uma capacidade enorme de conhecer todas as fórmulas do universo, já que em muitos mitos aparece utilizando de magia para ajudar outros deuses.
Thoth aparece em muitos mitos do antigo Egito. Em uma das versões do mito entre Hórus e Seth, o deus da escrita cura o olho de Hórus que tinha sido arrancado por Seth. Ele ensinou feitiços a Ísis permitido que ela trouxesse Osíris a vida. Já na interminável batalha do deus sol Rá contra a serpente Apópis, Thoth é também visto como um ser que ajudou nessa luta. No tribunal de Osíris, Thoth anota o resultado da vida de quem estava sendo julgado e as entrega para Osíris.
Os antigos egípcios tinham a mais elevada veneração por Thot, que para eles era o Deus criador desde que trouxera para a Terra o uso da Escrita Hieroglífica, da alquimia, da matemática, da arquitetura, da medicina, da magia, da alquimia, enfim a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo nível de conhecimento. Segundo Platão foi Hermes (Thot) o pai da geometria, revelador do uso dos números, da geometria, astronomia e as letras. Deixou mais de dois mil livros escritos quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria.
Thot compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que há no “Livro dos Mortos” do Egito ele representa o advogado da humanidade e conforme a lenda de Osíris, Thot representa o advogado a favor da família de Ísis.
Toth não tinha mãe, afinal os egípcios, quando falavam dele diziam que ele não era nascido de uma mulher, pouco se sabe sobre a família de Toth, o que se pode dizer de sua família é que ele tinha uma filha chamada Seshat, e alguns diziam que Rá era seu pai, mas não se tem muita certeza.
O bico curvo de Toth era dito com um símbolo da lua, sua face era de um pássaro chamado Íbis, que era seu animal sagrado.
Dizem que Toth participou de três lutas épicas a de Rá contra Apep, a de Osíris contra Seth e a de Hórus contra Seth.
Deus da sabedoria um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses.
Thoth (Tehuti, Djehuty, Tahuti, Tehuti, Zehuti, Techu, Tetu) foi um dos primeiros deuses egípcios. Ele era popular em todo o Egito, mas foi particularmente venerado na cidade de Khnum (Hermópolis Magna), onde foi adorado como parte da Ogdóade. Como o poder de seu culto cresceu, o mito foi reescrito para tornar Thoth o deus criador.
De acordo com esta variante do mito, Thoth (na forma de um íbis, um dos seus animais sagrados) pôs um ovo a partir do qual Ra (Atum, Nefertum ou Khepri) nasceu. Outros mitos sugerem que Thoth se auto-criou através do poder da linguagem (em um interessante paralelo com a frase do Evangelho segundo São João: “no princípio era o Verbo , e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”).
Thot no Egito
Os antigos egípcios tinham a mais elevada veneração por Thot, que para eles era o Deus criador desde que trouxera para a Terra o uso da Escrita Hieroglífica, da alquimia, da matemática, da arquitetura, da medicina, da magia, da alquimia, enfim a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo nível de conhecimento. Segundo Platão foi Hermes (Thot) o pai da geometria, revelador do uso dos números, da geometria, astronomia e as letras. Deixou mais de dois mil livros escritos quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria.
Thot compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que há no “Livro dos Mortos” do Egito ele representa o advogado da humanidade e conforme a lenda de Osíris, Thot representa o advogado a favor da família de Ísis.
Em muitas pinturas é representado Anúbis ao lado da balança na qual era pesada a alma do morto ante o tribunal do julgamento, onde ele aparece diante da balança na qual era pesado o coração do morto. De um lado, num dos pratos da balança, era posto uma pena simbolizando a verdade, e do outro lado o Ib simbolizando o coração do morto. Cabia a Thot examinar a mente e determinar a dignidade do morto.
No grande tribunal está Thot de pé diante da balança do julgamento dos homens penetrando na mente para julgar os sentimentos e propósitos. O escriba que nas gravuras está representado na presença de Osíris diante do julgamento das almas. Egípcios antigos acreditavam que antes do morto entrar no Além, primeiramente o coração dele deveria ser pesado na presença de Osíris. No mínimo o coração do morto deveria ter o peso de uma pena. O escriba Thot anotava criteriosamente o resultado de cada julgamento, assinalando se aquele que estava sendo pesado havia ou não se conduzido bem, se tivera uma vida digna e honrada.
Por isto os egípcios diziam que Thot era o escriba confidencial do deus Osíris, o secretário de todos os deuses e fora ele quem trouxera para a Terra, entre inúmeras outras coisas, a música, assim como a instituição de um calendário anual constante de 365 dias, semelhante ao que somente muito depois foi oficializado e é utilizado na atualidade.
No mito simbólico da morte de Osíris, diz a Tradição egípcia que Thot ensinou à deusa Ísis a conjurar encantos contribuindo assim decisivamente para que aquela deusa pudesse reconstituir totalmente o corpo do seu irmão Osíris que havia sido desfeito em pedacinhos. Por isto, segundo consta, toda a magia egípcia fora ensinada por Thot.
Os egípcios se referiam a Thot como sendo a mente e a língua de Rá. Também representava a mente e a palavra falada de Rá. A palavra constituía o poder com que Rá objetivava suas idéias.
No antigo Egito existiu uma casta de sacerdotes seguidores de Thot, constituída pelos maiores conhecedores das ciências da época, especialmente da aritmética. Aqueles sacerdotes afirmavam que toda inspiração que tinham provinha de Thot.
Toth é deus da sabedoria, é secretário e arquivista dos deuses, assim como Ísis, é uma divindade lunar, sendo um deus da lua lhe cabe dons como a sabedoria, a escrita, a magia, a aprendizagem, a medição do tempo, a ciência e vários outros dons, Toth é considerado a voz a língua, os pensamentos, a palavra e o poder de Rá.No grande tribunal está Thot de pé diante da balança do julgamento dos homens penetrando na mente para julgar os sentimentos e propósitos. O escriba que nas gravuras está representado na presença de Osíris diante do julgamento das almas. Egípcios antigos acreditavam que antes do morto entrar no Além, primeiramente o coração dele deveria ser pesado na presença de Osíris. No mínimo o coração do morto deveria ter o peso de uma pena. O escriba Thot anotava criteriosamente o resultado de cada julgamento, assinalando se aquele que estava sendo pesado havia ou não se conduzido bem, se tivera uma vida digna e honrada.
Por isto os egípcios diziam que Thot era o escriba confidencial do deus Osíris, o secretário de todos os deuses e fora ele quem trouxera para a Terra, entre inúmeras outras coisas, a música, assim como a instituição de um calendário anual constante de 365 dias, semelhante ao que somente muito depois foi oficializado e é utilizado na atualidade.
No mito simbólico da morte de Osíris, diz a Tradição egípcia que Thot ensinou à deusa Ísis a conjurar encantos contribuindo assim decisivamente para que aquela deusa pudesse reconstituir totalmente o corpo do seu irmão Osíris que havia sido desfeito em pedacinhos. Por isto, segundo consta, toda a magia egípcia fora ensinada por Thot.
Os egípcios se referiam a Thot como sendo a mente e a língua de Rá. Também representava a mente e a palavra falada de Rá. A palavra constituía o poder com que Rá objetivava suas idéias.
No antigo Egito existiu uma casta de sacerdotes seguidores de Thot, constituída pelos maiores conhecedores das ciências da época, especialmente da aritmética. Aqueles sacerdotes afirmavam que toda inspiração que tinham provinha de Thot.
Toth não tinha mãe, afinal os egípcios, quando falavam dele diziam que ele não era nascido de uma mulher, pouco se sabe sobre a família de Toth, o que se pode dizer de sua família é que ele tinha uma filha chamada Seshat, e alguns diziam que Rá era seu pai, mas não se tem muita certeza.
O bico curvo de Toth era dito com um símbolo da lua, sua face era de um pássaro chamado Íbis, que era seu animal sagrado.
Dizem que Toth participou de três lutas épicas a de Rá contra Apep, a de Osíris contra Seth e a de Hórus contra Seth.
Deus da sabedoria um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses.
Thoth (Tehuti, Djehuty, Tahuti, Tehuti, Zehuti, Techu, Tetu) foi um dos primeiros deuses egípcios. Ele era popular em todo o Egito, mas foi particularmente venerado na cidade de Khnum (Hermópolis Magna), onde foi adorado como parte da Ogdóade. Como o poder de seu culto cresceu, o mito foi reescrito para tornar Thoth o deus criador.
De acordo com esta variante do mito, Thoth (na forma de um íbis, um dos seus animais sagrados) pôs um ovo a partir do qual Ra (Atum, Nefertum ou Khepri) nasceu. Outros mitos sugerem que Thoth se auto-criou através do poder da linguagem (em um interessante paralelo com a frase do Evangelho segundo São João: “no princípio era o Verbo , e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”).
Sua canção teria criado as oito divindades da Ogdóade (os deuses Nun , Heh, Kuk e Amun e as deusas Nunet , Hauhet , Kuaket e Amaunet) .
Thoth era mais frequentemente representado como um homem com a cabeça de um íbis. Ele costuma segurar uma palheta e um ponteiro, mas também pode ser representado segurando um ankh (representando a vida) e um cetro (representando o poder). Thoth, por vezes, usava uma lua crescente em sua cabeça, mas também era retratado vestindo a coroa Atef, e a dupla coroa do Alto e do Baixo Egito . Quando ele estava agindo como a “voz de Ra”, ele portava o “Olho de Ra ” (um símbolo do poder do sol).
A lua e o sol foram inicialmente pensados como sendo os olhos esquerdo e direito de Hórus. Segundo a lenda, o olho esquerdo de Hórus (a Lua), foi ferido em uma luta contra Set e foi restaurado por Thoth (tornando-se Wadjet, o “olho de Hórus”). No entanto, com o passar do tempo a lua veio a ser associada a Thoth, possivelmente porque a lua crescente se assemelha com o bico de um Ibis. Durante o Período Tardio do Egito, Thoth ganhou destaque quando Khnum se tornou a capital. Os arqueólogos encontraram milhares de ibis mumificados que foram enterrados com honras em seu nome.
Apesar de Osíris e Ísis serem geralmente creditados por trazerem a civilização para a humanidade, Thoth também era creditado com a invenção da escrita, medicina, magia e práticas civis e religiosas do Egito. Ele foi ainda creditado com a invenção da música, que era mais freqüentemente associada a Hathor.
Thoth era o patrono dos escribas e da palavra escrita. Ele era também o escriba do submundo, que gravava o veredito sobre os mortos na sala de Maat, e recebeu os epítetos “Quem Equilibra”, “Deus do Equilíbrio” e “Mestre da Balança”. Thoth guardava a biblioteca dos deuses com a ajuda da deusa Seshat. Ele era o escriba dos deuses, e foi muitas vezes descrito como o “Senhor do Corpo Divino”, “Escriba de Companhia dos Deuses”, a “Voz de Ra” ou “Conselheiro de Ra”, que (juntamente com Maat) permanecia na barca-sol ao lado de Ra em sua viagem à noite no céu.
Ele também era conhecido como um bom conselheiro e palestrante persuasivo. Em uma versão de um antigo mito, Thoth e Shu foram enviados por Ra para convencer o “Olho de Ra ” (nesta versão na forma da deusa Tefnut) a voltar para casa, quando ela deixou o Egito por Núbia.
De acordo com o mito, toda a preciosa água deixou o Egito junto com ela, fazendo com que a terra se tornasse árida e seca. Enquanto isso, ela estava promovendo desordens ao redor de Nubia, matando animais e seres humanos e bebendo seu sangue.
Thoth e Shu se disfarçaram de babuínos e começaram sua busca pela deusa caprichosa. No entanto, quando eles a encontraram, descobriram que ela se recusava a voltar para casa porque ela estava muito feliz nesse lugar.
Thoth disse a ela que o Egito sentia a sua falta terrivelmente e que toda a terra estava sofrendo em sua ausência e lhe prometeu grandes procissões e celebrações se ela voltasse para casa. Eventualmente, ela concordou,e então os três voltaram ao Egito acompanhados por músicos da Núbia, dançarinos e babuínos . Eles viajaram até o Nilo de cidade em cidade, trazendo de volta a água, e houve muita alegria.
Ele era dito ser o marido (ou às vezes o pai) de Seshat, uma antiga deusa da sabedoria. Conforme o tempo passou, ele gradualmente absorveu a maioria dos papéis de Seshat, e ela era vista em grande parte como o seu aspecto feminino. Eles tiveram um filho chamado Hornub. Em Khnum (Hermópolis), ele era o marido de Nehmauit (Nahmauit, Nehmetaway), deusa da proteção. Seu filho era o deus Neferhor.
Ele também foi considerado às vezes ser o marido de Maat. Por ele poder assumir a forma de um babuíno, ele às vezes era descrito como o parceiro de Astennu (um dos babuínos machos que vivia no submundo), embora também fosse afirmado que Astennu era simplesmente um aspecto de Thoth.
Seshat geralmente é representada vestida com pele de leopardo, uma veste que simboliza o ofício sacerdotal. O adorno sobre sua cabeça consiste em uma flor de sete pétalas ou estrela de sete pontas – a interpretação desses aspectos é variada -, contornada por um objeto que pode ser um par de chifres invertido ou duas serpentes. O símbolo que há sobre sua cabeça se pronuncia
Thoth era mais frequentemente representado como um homem com a cabeça de um íbis. Ele costuma segurar uma palheta e um ponteiro, mas também pode ser representado segurando um ankh (representando a vida) e um cetro (representando o poder). Thoth, por vezes, usava uma lua crescente em sua cabeça, mas também era retratado vestindo a coroa Atef, e a dupla coroa do Alto e do Baixo Egito . Quando ele estava agindo como a “voz de Ra”, ele portava o “Olho de Ra ” (um símbolo do poder do sol).
A lua e o sol foram inicialmente pensados como sendo os olhos esquerdo e direito de Hórus. Segundo a lenda, o olho esquerdo de Hórus (a Lua), foi ferido em uma luta contra Set e foi restaurado por Thoth (tornando-se Wadjet, o “olho de Hórus”). No entanto, com o passar do tempo a lua veio a ser associada a Thoth, possivelmente porque a lua crescente se assemelha com o bico de um Ibis. Durante o Período Tardio do Egito, Thoth ganhou destaque quando Khnum se tornou a capital. Os arqueólogos encontraram milhares de ibis mumificados que foram enterrados com honras em seu nome.
Apesar de Osíris e Ísis serem geralmente creditados por trazerem a civilização para a humanidade, Thoth também era creditado com a invenção da escrita, medicina, magia e práticas civis e religiosas do Egito. Ele foi ainda creditado com a invenção da música, que era mais freqüentemente associada a Hathor.
Thoth era o patrono dos escribas e da palavra escrita. Ele era também o escriba do submundo, que gravava o veredito sobre os mortos na sala de Maat, e recebeu os epítetos “Quem Equilibra”, “Deus do Equilíbrio” e “Mestre da Balança”. Thoth guardava a biblioteca dos deuses com a ajuda da deusa Seshat. Ele era o escriba dos deuses, e foi muitas vezes descrito como o “Senhor do Corpo Divino”, “Escriba de Companhia dos Deuses”, a “Voz de Ra” ou “Conselheiro de Ra”, que (juntamente com Maat) permanecia na barca-sol ao lado de Ra em sua viagem à noite no céu.
Ele também era conhecido como um bom conselheiro e palestrante persuasivo. Em uma versão de um antigo mito, Thoth e Shu foram enviados por Ra para convencer o “Olho de Ra ” (nesta versão na forma da deusa Tefnut) a voltar para casa, quando ela deixou o Egito por Núbia.
De acordo com o mito, toda a preciosa água deixou o Egito junto com ela, fazendo com que a terra se tornasse árida e seca. Enquanto isso, ela estava promovendo desordens ao redor de Nubia, matando animais e seres humanos e bebendo seu sangue.
Thoth e Shu se disfarçaram de babuínos e começaram sua busca pela deusa caprichosa. No entanto, quando eles a encontraram, descobriram que ela se recusava a voltar para casa porque ela estava muito feliz nesse lugar.
Thoth disse a ela que o Egito sentia a sua falta terrivelmente e que toda a terra estava sofrendo em sua ausência e lhe prometeu grandes procissões e celebrações se ela voltasse para casa. Eventualmente, ela concordou,e então os três voltaram ao Egito acompanhados por músicos da Núbia, dançarinos e babuínos . Eles viajaram até o Nilo de cidade em cidade, trazendo de volta a água, e houve muita alegria.
Ele era dito ser o marido (ou às vezes o pai) de Seshat, uma antiga deusa da sabedoria. Conforme o tempo passou, ele gradualmente absorveu a maioria dos papéis de Seshat, e ela era vista em grande parte como o seu aspecto feminino. Eles tiveram um filho chamado Hornub. Em Khnum (Hermópolis), ele era o marido de Nehmauit (Nahmauit, Nehmetaway), deusa da proteção. Seu filho era o deus Neferhor.
Ele também foi considerado às vezes ser o marido de Maat. Por ele poder assumir a forma de um babuíno, ele às vezes era descrito como o parceiro de Astennu (um dos babuínos machos que vivia no submundo), embora também fosse afirmado que Astennu era simplesmente um aspecto de Thoth.
SECHTAT
Sechat ou Seshat, filha de Tot e Maat era uma deusa da mitologia egípcia originária da região do Delta do Nilo associada à escrita, à astronomia, à arquitetura e à matemática. Era a deusa das bibliotecas e dos escritos, protetora dos livros e do conhecimento. Seu nome significa “Aquela que Escreve” e preside a “Casa da Vida”, onde eram guardados todos os conhecimentos dos antigos egípcios.Recebia também os títulos de "Senhora dos Livros".
Nos “Textos das Pirâmides” é chamada de “Senhora dos Construtores” e considerada patrona da arquitetura.
Seshat é uma das deusas mais antigas do Egito e já temos evidências dela durante a I Dinastia (c.2900 a.C).
Trata-se de uma deusa antiga, presente no panteão desde a época tinita. Na II Dinastia surge na cerimônia da fundação dos templos e em particular no ato ritual de "esticar a corda", durante o qual se acreditava que a deusa, através de um sacerdote, ajudava nos cálculos necessários à construção de um novo templo, graças aos conhecimentos que possuía sobre estrelas e matemática.
A partir do Império Antigo surge representada a registar os animais (vacas, ovelhas, macacos...) que os reis capturam como saque durante as campanhas militares ou que lhes são entregues como tributo, como se pode ver no templo de Sesóstris I em Licht.
No Império Novo Sechat surge associada à celebração do jubileu do monarca, registrando nas folhas da árvore sagrada de Heliópolis os anos de reinado. Está representada nos templos de Karnak e Abidos realizando esta função. Nesta época surge uma deusa parecida com Sechat, que realiza funções semelhantes e que se denominada Sefekhetabui.
Representada como uma mulher vestida com uma pele de leopardo, vestimenta usada pelos sacerdotes nos ritos funerários, tinha sobre a sua cabeça um objecto apoiado numa vara, que representa uma folha de cannabis por estimular as idéias quando fumada. A interpretação deste símbolo varia: para alguns seria um planta de papiro estilizada ou então uma estrela. Nas suas mãos tinha uma cana e uma paleta, dois instrumentos usados pelos escribas no seu trabalho.
Era vista como companheira ou filha de Tot, divindade também associada à escrita e ao conhecimento. Enquanto que Tot representava o conhecimento oculto, Sechat representava o conhecimento visível, que se concretizava. Tinha uma irmã chamada Mafdet que estava associada à justiça. Mafdet, filha de Tot e Maat, era tal como a sua mãe, uma deusa associada á Justiça
Nos “Textos das Pirâmides” é chamada de “Senhora dos Construtores” e considerada patrona da arquitetura.
Seshat é uma das deusas mais antigas do Egito e já temos evidências dela durante a I Dinastia (c.2900 a.C).
Trata-se de uma deusa antiga, presente no panteão desde a época tinita. Na II Dinastia surge na cerimônia da fundação dos templos e em particular no ato ritual de "esticar a corda", durante o qual se acreditava que a deusa, através de um sacerdote, ajudava nos cálculos necessários à construção de um novo templo, graças aos conhecimentos que possuía sobre estrelas e matemática.
A partir do Império Antigo surge representada a registar os animais (vacas, ovelhas, macacos...) que os reis capturam como saque durante as campanhas militares ou que lhes são entregues como tributo, como se pode ver no templo de Sesóstris I em Licht.
No Império Novo Sechat surge associada à celebração do jubileu do monarca, registrando nas folhas da árvore sagrada de Heliópolis os anos de reinado. Está representada nos templos de Karnak e Abidos realizando esta função. Nesta época surge uma deusa parecida com Sechat, que realiza funções semelhantes e que se denominada Sefekhetabui.
Representada como uma mulher vestida com uma pele de leopardo, vestimenta usada pelos sacerdotes nos ritos funerários, tinha sobre a sua cabeça um objecto apoiado numa vara, que representa uma folha de cannabis por estimular as idéias quando fumada. A interpretação deste símbolo varia: para alguns seria um planta de papiro estilizada ou então uma estrela. Nas suas mãos tinha uma cana e uma paleta, dois instrumentos usados pelos escribas no seu trabalho.
Era vista como companheira ou filha de Tot, divindade também associada à escrita e ao conhecimento. Enquanto que Tot representava o conhecimento oculto, Sechat representava o conhecimento visível, que se concretizava. Tinha uma irmã chamada Mafdet que estava associada à justiça. Mafdet, filha de Tot e Maat, era tal como a sua mãe, uma deusa associada á Justiça
Seshat
Seu nome, Seshat, quer dizer “a escriba|” (*), pois sesh significa escriba e o sufixo et (ou at) indica o gênero feminino. Outro nome atribuído à deusa é Sefkhet-Abwy, referente aos emblemas característicos colocados sobre a cabeça da deusa. Ela também pode ser chamada de a primeira de per-medjat “a casa dos livros”, a primeira de per-ankh “casa da vida”, biblioteca do templo, senhora da escrita, dos anos, dos construtores ou weret-hekau, que significa “a grande da magia” – título dado também a outras deusas.Seshat geralmente é representada vestida com pele de leopardo, uma veste que simboliza o ofício sacerdotal. O adorno sobre sua cabeça consiste em uma flor de sete pétalas ou estrela de sete pontas – a interpretação desses aspectos é variada -, contornada por um objeto que pode ser um par de chifres invertido ou duas serpentes. O símbolo que há sobre sua cabeça se pronuncia
[ s’sh’t ] e é o hieróglifo da deusa. Normalmente, ela aparece segurando um instrumento para marcar a passagem do tempo e seus eventos, além do tempo previsto para o Faraó na sua jornada terrena, bem como instrumentos específicos da atividade de escriba – como o filete de junco utilizado para escrever e a paleta. Em dados momentos, a deusa Seshat é identificada com aspectos semelhantes aos da deusa Néftis e ocasionalmente também pode ser associada à deusa Háthor.
As primeiras aparições da deusa na mitologia egípcia datam ainda do Reino Antigo (a partir de 2920 a.C.), pois há indícios do culto à Seshat na Segunda Dinastia (2770 a.C. – 2649 a.C.). Não se tem conhecimento de nenhum templo dedicado exclusivamente à deusa, mas ela é sempre referenciada como a patrona da construção dos edifícios sagrados e é representada no interior de diversos templos, como os de Abydos, Edfu, Dendera, Karnak e Luxor.
Também é possível encontrar representações suas nas paredes do templo de Abu Simbel, assim como no templo do deus Toth, em Hermópolis ou Khemenu. O culto à deusa prolongou-se até as épocas tardias na cidade de Alexandria, onde foi construída a famosa biblioteca de mesmo nome, visto que Seshat é a deusa da sabedoria e protetora das bibliotecas.
Na mitologia egípcia, Seshat ocupa um papel que a coloca como a deusa das escrituras e dos projetos arquitetônicos, padroeira também da astronomia e matemática pois era a deusa que media e registrava o mundo. Seshat é a páredra do deus Toth, ou seja, uma contraparte feminina do deus da sabedoria e do conhecimento. Ela e Toth fixavam a duração do reinado de um rei gravando seu nome sobre as folhas da árvore ished em Heliópolis. Como deusa da escrita, Seshat era a guardiã dos registros reais e das genealogias. Ela também é mostrada fazendo a gravação do espólio adquirido pelos reis nas batalhas, talvez como um lembrete de que uma parte é devida aos deuses. Logo a partir da Segunda Dinastia, ela foi mostrada ajudando os reis a colocar as bases para construção dos templos e a alinhá-los com as estrelas e planetas. Em alguns textos dos sarcófagos, Toth e Seshat “trazem escritos para um homem no reino dos mortos”. Estes escritos eram os feitiços que poderiam ajudar a pessoa morta a vencer os terrores do submundo e tornar-se um espírito poderoso.
Infelizmente, pela escassez de registros sobre essa deusa, Seshat não é tão conhecida atualmente como as deusas Ísis, Bastet ou Maat. Contudo, pelos vários significados atribuídos à deusa, percebemos que Seshat tinha valor e notoriedade para os egípcios antigos, visto que foi reverenciada até os períodos mais tardios da civilização faraônica.
(*) Por mais que Seshat seja a senhora da escrita e carregue os instrumentos de um escriba, a deusa não é representada escrevendo e não é recorrente nas fontes que mulheres exercessem o papel de escribas na sociedade egípcia.
As primeiras aparições da deusa na mitologia egípcia datam ainda do Reino Antigo (a partir de 2920 a.C.), pois há indícios do culto à Seshat na Segunda Dinastia (2770 a.C. – 2649 a.C.). Não se tem conhecimento de nenhum templo dedicado exclusivamente à deusa, mas ela é sempre referenciada como a patrona da construção dos edifícios sagrados e é representada no interior de diversos templos, como os de Abydos, Edfu, Dendera, Karnak e Luxor.
Também é possível encontrar representações suas nas paredes do templo de Abu Simbel, assim como no templo do deus Toth, em Hermópolis ou Khemenu. O culto à deusa prolongou-se até as épocas tardias na cidade de Alexandria, onde foi construída a famosa biblioteca de mesmo nome, visto que Seshat é a deusa da sabedoria e protetora das bibliotecas.
Na mitologia egípcia, Seshat ocupa um papel que a coloca como a deusa das escrituras e dos projetos arquitetônicos, padroeira também da astronomia e matemática pois era a deusa que media e registrava o mundo. Seshat é a páredra do deus Toth, ou seja, uma contraparte feminina do deus da sabedoria e do conhecimento. Ela e Toth fixavam a duração do reinado de um rei gravando seu nome sobre as folhas da árvore ished em Heliópolis. Como deusa da escrita, Seshat era a guardiã dos registros reais e das genealogias. Ela também é mostrada fazendo a gravação do espólio adquirido pelos reis nas batalhas, talvez como um lembrete de que uma parte é devida aos deuses. Logo a partir da Segunda Dinastia, ela foi mostrada ajudando os reis a colocar as bases para construção dos templos e a alinhá-los com as estrelas e planetas. Em alguns textos dos sarcófagos, Toth e Seshat “trazem escritos para um homem no reino dos mortos”. Estes escritos eram os feitiços que poderiam ajudar a pessoa morta a vencer os terrores do submundo e tornar-se um espírito poderoso.
Infelizmente, pela escassez de registros sobre essa deusa, Seshat não é tão conhecida atualmente como as deusas Ísis, Bastet ou Maat. Contudo, pelos vários significados atribuídos à deusa, percebemos que Seshat tinha valor e notoriedade para os egípcios antigos, visto que foi reverenciada até os períodos mais tardios da civilização faraônica.
(*) Por mais que Seshat seja a senhora da escrita e carregue os instrumentos de um escriba, a deusa não é representada escrevendo e não é recorrente nas fontes que mulheres exercessem o papel de escribas na sociedade egípcia.
MAÁT
Maat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio.
É representada por uma mulher jovem exibindo na cabeça uma pluma. É filha de Rá, o deus do Sol e esposa de Tot, o escriba dos deuses com cabeça de ibis.
Com a pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento subterrâneo. Colocava a pluma na balança e no prato oposto o coração do falecido.
Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos da morte. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammut (deusa do Inferno, que é parte hipopótamo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado).
Os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas.
Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido.
É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Ela cuida dos tribunais e também possui templos.
Na mitologia egípcia, Maat (ou Mayet) era a deusa da lei física e moral do Egito, da ordem, do equilíbrio, retidão e da verdade. Ela era filha (ou mãe) de Ra e esposa de Thoth (segundo alguns autores eles eram irmãos) e com ele teve oito filhos. O mais importante de seus filhos era o deus Amon. Estes oito filhos eram os principais deuses de Hermópolis e de acordo com os sacerdotes da cidade, eles criaram a terra e tudo que nela há .
Maat é representada na forma de uma jovem mulher com a pele cor de ocre, sentada ou em pé. Ela usa vestes longas e segura um cetro em uma mão e um ankh na outra. O símbolo de Maat era a pena de avestruz e ela é sempre mostrada usando-a em seu cabelo ou apenas portando-a. Em algumas ilustrações ela tem um par de asas ligadas a seus braços. A sua imagem é geralmente encontrada em sarcófagos, onde era utilizada afim de proteger a alma do morto. Outro símbolo de Maat é o monte primevo (ma’at), sobre o qual o deus criador estava no início dos tempos. Foi quando o mundo foi criado e caos eliminado que os princípios de Maat foram firmados no local.
Os egípcios acreditavam que sem a ordem de Maat só haveria o caos primordial e então o mundo não seria o mesmo. Era, portanto, necessário que o Faraó aplicasse e fizesse cumprir a lei, para permitir a manutenção do equilíbrio cósmico. A manutenção de Maat é tida como responsabilidade direta do faraó, no antigo Egito. O primeiro dever do faraó era defender a lei de Maat em todo o antigo Egito. É por isso que, nas paredes dos templos, o faraó é representado pela oferta de Maat a uma divindade, dizendo, em suas ações, que ele está em conformidade com os requisitos da deusa e em troca recebe dos deuses a vida e dominação (Osíris) e poder vitorioso (Hórus). Alguns faraós carregavam o título de Maat-Meri, que literalmente significa “amado de Maat”. Eles são descritos frequentemente com os valores de Maat para enfatizar o seu papel na defesa das leis do Criador. Qualquer perturbação na harmonia cósmica poderia ter consequências para o indivíduo, bem como para o Estado .
De acordo com a religião egípcia, no julgamento dos mortos, ela pesava as almas de todos que chegassem ao Maaty, o “Salão das Duas Verdades”, contra a pena da verdade. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto teria a vida eterna garantida no Duat (o submundo egípcio). Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era entregue a Ammut , que o consumiria por completo.
O último papel de Ma’at era ajudar e orientar o deus-Sol Ra conforme ele seguia sua jornada através dos céus . Era ela quem determinava o rumo que o barco tomaria nos céus a cada dia. Às vezes, dizia-se que ela realmente viajava em seu barco junto com ele, guiando sua direção.
Maat possuía uma contraparte, que era a sua irmã Isfet (o caos) que, embora fosse temida, era essencial pois ambos os aspectos, o positivo e o negativo, devem estar presentes para que o equilíbrio pode existir.
ISFET
Na religião egípcia, Isfet (também conhecida como Asfet) é a deusa do caos. Isfet é a oposição a Maat (deusa da justiça, da retidão, da harmonia e da ordem). De acordo com as crenças do Antigo Egito, Isfet e Maat construíram um dualismo complementar e também paradoxal: uma não poderia existir sem sua contrapartida. Isfet e Maat se equilibram. Um rei egípcio (faraó) foi nomeado para "alcançar" Maat, o que significa que ele tinha que manter e proteger a justiça e a harmonia controlando Isfet, que não poderia ser destruída pois isto desequilibraria o mundo.
Os princípios da oposição entre Isfet e Maat são exemplificados em um conto popular do Reino Médio, chamado de "lamentos dos beduínos":
Aqueles que destroem a mentira promovem Maat;
Aqueles que promovem o bem apagará o mal.
Como a plenitude elimina o apetite,
Como roupas cobrem o nu e
Como o céu se apaga depois de uma tempestade.
Aos olhos dos egípcios o mundo era sempre ambíguo; as ações e os julgamentos de um rei foram pensados para simplificar esses princípios, a fim de manter Maat, separando a ordem do caos ou o bem do mal.
Aos olhos dos egípcios o mundo era sempre ambíguo; as ações e os julgamentos de um rei foram pensados para simplificar esses princípios, a fim de manter Maat, separando a ordem do caos ou o bem do mal.
ANÚBIS
(Hades - Grego)
Na língua egípcia, Anúbis era conhecido como Inpu (também grafado Anup, Anpu e Ienpw). A menção mais antiga a Anúbis está nos Textos das Pirâmides do Império Antigo, onde frequentemente é associado com o enterro do Faraó. Na época, Anúbis era o deus dos mortos mais importante, porém durante o Império Médio, Osíris, passou a ter a função de deus primordial dos mortos, enquanto que Anúbis tinha funções menores como por exemplo o preparo do corpo e embalsamento dos mortos, além disso era o protetor do processo de mumificação.
Assume nomes ligados ao seu papel fúnebre, como Aquele que está sobre a sua montanha, que ressalta sua importância como protetor dos mortos e de suas tumbas, e o título Aquele que está no local do embalsamamento, associando-o com o processo de mumificação. Como muitas divindades egípcias, Anúbis assumiu diversos papéis em vários contextos, e nenhuma procissão pública no Egito era realizada sem uma representação de Anúbis marchando em seu início.
A esposa de Anúbis é a deusa Anput, seu aspecto feminino, e a sua filha é a deusa Kebechet.
Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto o coração dele era pesado numa balança e a Pena da Verdade (que pertencia à consorte de Toth, Maat, a deusa da verdade). Caso o coração fosse mais pesado que a pena o defunto era comido por Ammit (um demônio cujo corpo era composto por partes híbridas de leão, hipopótamo e crocodilo), mas caso fosse mais leve a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso ou a alma voltaria ao corpo. Anúbis era quem guiava a alma dos mortos.
Mumificação
Após ser despedaçado pelo irmão, Seth, Osíris tem seu corpo embalsamado por Anúbis, tornando-o a primeira múmia, e fazendo com que se torne o deus do embalsamento. Os sacerdotes de Anúbis, chamados stm, usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel.
O papel funerário de Anúbis, é muito importante, pois depois da mumificação os egípcios acreditavam, que o coração era entregue ao deus Anúbis, ele pesava-o em conjunto com a Pena da Verdade, se o coração fosse mais pesado que a pena, era pesado de maldade e Ammit, o deus leão, comia-o, mas se fosse leve de bondade, Anúbis levava-o num barco a atravessar o rio Nilo para ir ter com o deus Osíris, deus da morte e do submundo, ao mundo dos mortos, para viver a "vida depois da morte"
Chacal
A associação de Anúbis com chacais ou cães provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados. Apesar de muitas vezes identificado como sab, o chacal, e não como iwiw, o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente. Alguns egiptólogos se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.
Família
A sua mãe é Néftis, que durante uma briga com o marido Seth passou-se por Ísis e teve relações com Osíris.Anúbis é pai de Qeb-hwt, também conhecido como Kebechet. Em épocas mais tardias, Anúbis foi combinado com o deus grego Hermes,surgindo assim Hermanúbis.
Anúbis
Filho de Seth Neftis , é o deus dos funerais, mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, É também o deus guardião dos cemitérios, e a entidade que conduz as almas dos mortos ao tribunal denominado «Amenti», onde as almas dos falecidos serão julgadas por Osíris e Maat.
Entre os antigos egípcios, era um importante deus dos infernos e condutor de almas.Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que frequentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos.
No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osíris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut.
No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osíris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut.
Seu principal centro de adoração era Cinópolis, que em grego quer dizer cidade do cão. Como o cão ou chacal era seu animal sagrado, Anúbis era muitas vezes representado na forma de um cachorro ou de um chacal agachado.
Anúbis, também conhecido como Anupu, ou Anupo e cujo nome hieroglífico é traduzido mais propriamente como Anpu, é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles e das tumbas.
Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade (como podemos ver em muitas gravuras egípcias). Caso o coração fosse mais pesado que a pena, sua alma era destruída para todo sempre, mas caso fosse mais leve, a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso. Anubis era quem guiava a alma dos mortos no Além.
Anúbis, também conhecido como Anupu, ou Anupo e cujo nome hieroglífico é traduzido mais propriamente como Anpu, é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles e das tumbas.
Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade (como podemos ver em muitas gravuras egípcias). Caso o coração fosse mais pesado que a pena, sua alma era destruída para todo sempre, mas caso fosse mais leve, a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso. Anubis era quem guiava a alma dos mortos no Além.
Os sacerdotes de Anúbis, chamados "stm", usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel.
A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. O Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados.
Apesar de muitas vezes identificado como "sab", o chacal, e não como "iwiw", o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente.
Alguns egiptologistas se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava.Anúbis tinha a cabeça dum cão da raça Pharaoh Hound. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.
A sua mãe é Néftis, que durante uma briga com o marido Seth passou-se por Isis e teve relações com Osíris. Anúbis é pai de Qeb-hwt, também conhecido como Kebechet.
Em épocas mais tardias, Anúbis foi combinado com o deus grego Hermes, surgindo assim Hermanúbis.
"Nós, os Chacais, sacerdotes de Anúbis, somos os guardiães de suas tumbas gloriosas ou sepulturas humildes. Somos os guardiães dos mortos. Somos os servos de Anúbis. Somos a Cinópolis." Capítulo dos Mortos, Livro de Maat.
A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. O Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados.
Apesar de muitas vezes identificado como "sab", o chacal, e não como "iwiw", o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente.
Alguns egiptologistas se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava.Anúbis tinha a cabeça dum cão da raça Pharaoh Hound. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.
A sua mãe é Néftis, que durante uma briga com o marido Seth passou-se por Isis e teve relações com Osíris. Anúbis é pai de Qeb-hwt, também conhecido como Kebechet.
Em épocas mais tardias, Anúbis foi combinado com o deus grego Hermes, surgindo assim Hermanúbis.
"Nós, os Chacais, sacerdotes de Anúbis, somos os guardiães de suas tumbas gloriosas ou sepulturas humildes. Somos os guardiães dos mortos. Somos os servos de Anúbis. Somos a Cinópolis." Capítulo dos Mortos, Livro de Maat.
Suas funções eram semelhantes às de Osíris, o deus supremo dos infernos, e às de Tot, outro auxiliar de Osíris. Era dever de Anúbis assistir à preparação ritual dos corpos, pesar o coração de cada homem na balança da justiça e julgar os atos bons e maus de sua vida terrena.
Anúbis é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É mesmo o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias: a de Osíris. Todo egípcio espera beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia.
Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cachorro deitado em uma capela ou caixão. É representado como homem com cabeça de cachorro ou forma de um cachorro ou na forma de um cachorro selvagem. Este animal que frequenta as necrópoles lhe é associado.
Anúbis
De acordo com a antiga religião do Egito, Anúbis era o deus dos mortos, da mumificação e do submundo. Guardião dos túmulos e juiz dos mortos, ele era representado com o corpo de homem e a cabeça de um chacal, sendo considerado ainda a primeira múmia do Egito Antigo. A origem de seu nome parece ser uma derivação de “inep”, que significa “purificar”, ou “apodrecer”. De fato, na língua egípcia antiga, seu nome era “Anpu” ou “inpu”, e Anúbis nada mais é que a versão do nome convertida para a língua grega.A ideia de mostrá-lo com a cabeça de um chacal pode ter nascido da observação do comportamento dos animais selvagens, rondando os cemitérios, retirando e desmembrando os corpos das sepulturas construídas com pouca profundidade. Do mesmo modo, os egípcios acreditavam que, caso um corpo não fosse devidamente preparado e mumificado conforme as indicações usuais, este seria devorado pelo deus com cabeça de chacal.
Por isso mesmo, a Anúbis é creditada a invenção do embalsamamento, o que o tornou associado à mumificação. Os adeptos da antiga religião egípcia acreditavam que Anúbis presidia as seções de mumificação, por ser o guardião de tais técnicas. Outra de suas funções era a de ser o guardião das tumbas, bem como ser o juiz dos mortos e o condutor das almas ao pós-vida.
Dentro da mitologia egípcia, Anúbis era o filho de Néftis, a deusa dos desertos com o deus Osíris. Sua filha era Kebechet. O deus-chacal teria sido responsável por embalsamar o corpo de Osíris, sendo um dos 42 juízes (número correspondente às províncias do Egito Antigo) que compunha o tribunal responsável pelo julgamento do recém-morto. Anúbis seria o responsável por conduzir os falecidos à presença de Osíris e presidia a cerimônia da "pesagem do coração", que decidiria o destino da alma de seu dono.
São raras as ocasiões em que aparece representado sob a forma totalmente humana, tal como se vê, por exemplo, na capela do templo de Ramsés II em Abidos. A cor de sua face é invariavelmente negra, o que se especula ser uma referência à cor do cadáver em meio ao processo de mumificação. Seu culto está patente nas necrópoles, nas quais estão registrados preces e hinos que evocam sua proteção, além das paredes das mastabas (túmulo egípcio) mais antigas. Os principais centros de culto de Anúbis no Egito foram a décima sétima província, em especial sua capital Cinópolis, além de Licópolis (atual Asyut).
Anúbis
Anúbis é um deus egípcio geralmente retratado como um homem com cabeça de chacal, ou um chacal negro em posição de esfinge (este último geralmente guardando algo ou alguém) Anúbis, o Juiz dos Mortos também conhecido como Anupu, ou Anpu, é o antigo deus egípcio dos mortos e do submundo.
Anúbis no Egito
Anúbis é filho de uma união extraconjugal entre Nephtys e Osíris, onde a primeira, esposa do terrível deus Set, faz-se passar por Ísis, a verdadeira esposa de Osíris para poder desfrutar de seu amor incondicional. Temendo a vingança cruel de Seth ao descobrir sobre sua gravidez, Néftis, também mãe de Sebek (o deus com cabeça de crocodilo) esconde o bebê Anúbis em um pântano, onde mais tarde Ísis, sua tia, o encontra e cria longe do alcance maléfico de seu tio Seth.Anúbis então crescido adquire inúmeras tarefas como deus da morte e do submundo, e todos seus aspectos relacionados, como o julgamento, ritos de passagem e as tarefas de embalsamamento. Mais tarde, com a morte de Osíris por seu tio Seth, após Ísis e Néftis terem reunido os pedaços esquartejados de Osíris Anúbis se voluntaria para trazê-lo de volta a “vida”, através das práticas de mumificação e de seu infinito conhecimento sobre a pós-vida, tendo sido assim criada a primeira múmia do Egito e do mundo.
Após este ato Osíris, que originalmente era um deus da agricultura, por seu status morto-vivo e seu status de divindade maior, “usurpa” então os aspectos de Anúbis, de deus da morte e do submundo.
Anúbis então passa a se dedicar aos outros aspectos relacionados a Morte. Ele passaria a guiar as almas através do submundo, até os salões do julgamento, onde ele também pesaria o coração da alma contra a pena de Maat, a deusa da justiça, do equilíbrio e da verdade, em um tribunal presidido por Osíris, Toth e perante 42 deuses menores, cada um incumbido de julgar uma das 42 confissões que a alma deveria fazer.
Também era o patrono da cidade de Cinópolis, o patrono dos embalsamares e dos conhecimentos obscuros.
Anúbis fora do Egito
Após as invasões Gregas em 332a.c. e Romanas em 31a.c., onde apenas um ano mais tarde o Egito tornaria-se um estado vassalo de Roma, muitos de seus deuses foram "exportados", entre eles Ísis, Toth e Anúbis, que mais tarde, formaria junto com Hermes um híbrido conhecido como Hermanúbis. E as mumificações e necrópoles tornaram-se muito mais populares e espalhadas pelos impérios Grego e Romano, até hoje surpreendendo arqueólogos com seu estilo diferenciado.
Anúbis
O Senhor do Embalsamamento
A divindade representativa da mumificação, Anúbis, é o senhor do embalsamamento, seu nome vem do grego Ἄνουβις (Anupu), mas o povo egípcio o chamava de Inpw que significa abridor dos caminhos, era representado na sua forma antropozoomórfica com cabeça de chacal e corpo de homem ou um chacal deitado. De acordo com a crença egípcia, o falecido depois de mumificado, renasceria no mundo dos mortos e passaria a eternidade com os deuses.Os mitos e lendas do Egito Antigo se referem a Anúbis com a forma de canídeo, uma espécie de “cão”, pois observavam que essa espécie de cachorro, o chamado “chacal”, habitava a região desértica ocidental do vale do Nilo, próxima as necrópoles, locais destinados as tumbas e sepultamentos. O deus Anúbis poderia ser representado inclinado sobre pavilhões, atuando como protetor das múmias dentro das tumbas, guardando-as contra as forças que tentassem prejudicar a pessoa morta. O deus da mumificação está presente em objetos, amuletos, entalhes ou pinturas nas paredes de tumbas e sarcófagos.
Como deus da fertilidade, Osíris poderia ter filhos, diferente de seu irmão, que era casado com Néftis. Após uma briga, a deusa teve uma ideia, se disfarçou de Ísis, sua irmã gêmea e esposa de Osíris, e foi aos aposentos desse deus. Néftis acabou engravidando, dando à luz a Anúbis, o que aumentou o ódio de Seth pelo seu irmão mais velho.
Seth tomado pelo ódio fez com que seu irmão caísse em uma armadinha, trancou-o em uma caixa e o jogou no Nilo.
Após o assassinato, Ísis sabendo do ocorrido, partiu em busca do corpo de Osíris, encontrando-o no palácio do rei da cidade de Biblos, na Fenícia. Conseguindo recuperar o corpo, voltou ao Egito, aonde tentou através de magia, ressuscitar o deus. Ao falhar, a deusa escondeu Osíris em um pântano de papiro, e viajou a fim de aprender a magia necessária. Entretanto, Seth encontrou o cadáver do irmão durante uma caça. Resolveu esquarteja-lo em quatorze partes que foram espalhadas por todo o Egito. Na companhia de alguns deuses, Ísis foi em busca das partes de Osíris. Ao reuni-las, Ísis tentou novamente devolver-lhe a vida, mas sem êxito.
Então, Anúbis ficou responsável pela guarda do corpo do pai, o embalsamou, transformando Osíris na primeira múmia. Por conta dessa história, o povo egípcio aderiu a ideia de que era necessária a conservação do corpo para garantir a vida além-túmulo. Osíris embalsamado, portanto, tornou-se o soberano do outro mundo. Segundo o Livro dos Mortos, no tribunal de Osíris, Anúbis auxiliava na pesagem do coração da pessoa morta. O coração simbolizava o que a pessoa fez de bom e de ruim durante sua vida terrena.
É difícil atribuir o início do culto ao deus Anúbis, mas sabe-se que havia uma divindade chamada Kbentiamentiu cuja fisionomia era muito semelhante à de Anúbis. Ao mesmo tempo, Kbentiamentiu também possuía semelhanças com o deus Osíris, por ser também representado como uma múmia. Era comum no Egito a mumificação de animais ligados as divindades, como cães e chacais em honra ao deus Anúbis, algumas foram encontradas na necrópole de Saqqara, em Mênfis.
Com a presença greco-macedônica e romana no Egito, verifica-se que Anúbis foi helenizado, sendo associado à Hermes, transformando-se em Hermanubis. Seu culto era bastante forte no período romano, mas ao longo do tempo, com a cristianização dos povos habitantes do Império, o culto foi abandonado. Suas representações eram com corpo humano, cabeça de chacal e portando o caduceu, um bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas e com a cabeça do deus egípcio na sua forma canídea.
Anúbis
Deus dos mortos, segundo a mitologia egípcia, Anúbis era considerado o inventor do embalsamento e estava associado à mumificação. O guardião dos túmulos e juiz dos mortos era representado iconograficamente como um animal da família dos Canídeos, ou sob a forma humana com cabeça de chacal. Em raras ocasiões aparece representado sob a forma totalmente humana, tal como surge, por exemplo, na capela do templo de Ramsés II em Abido. É geralmente representado com a cor negra, que pode simbolizar a cor que o corpo do defunto adquire na fase da mumificação,devido às substâncias usadas durante o processo, ou a renascença (Osíris) ou a fertilidade (Nilo). Etimologicamente o seu nome parece derivar de inep , que significa "putrificar" ou "apodrecer", estando, deste modo,diretamente associado à decomposição dos corpos.
A sua representação como um cão ou como um chacal pode ter nascido da observação dos animais selvagens rondando os cemitérios, retirando e desmembrando os corpos das campas pouco profundas, o que levou a eleger Anúbis como guardião dos mortos, cemitérios e túmulos. A questão relativa à filiação de Anúbis é pouco clara: algumas crenças apontam-no como filho de vários casais divinos (Néftis e Ré, Néftis e Osíris ou Néftis e Seth) ou como filho de Ísis, da vaca celestial Hesat ou de Bastet.
O culto de Anúbis está patente nas necrópoles, onde surgem preces e hinos, evocando a sua proteção, nas paredes das mastabas mais antigas. Segundo a mitologia,teria sido Anúbis quem embalsamou o corpo de Osíris. O deus dos mortos seria um dos 42 juízes (número correspondente às províncias do Egito Antigo) que compunha o tribunal responsável pelo julgamento do defunto.Anúbis seria o responsável por conduzir o morto à presença de Osíris e presidia à cerimônia da "pesagem do coração", verificando o bom funcionamento da balança. A tutela da 17.ª província do Alto Egito, cuja capital era Cinópolis, era de sua responsabilidade.
Testemunham o seu culto a necrópole de cães mumificados, animais sagrados de Anúbis,encontrada na localidade de Charuna, e as duas capelas a si dedicadas,inseridas no templo de Hatchepsut. Também venerado em Mênfis, Abido e Dendere, o culto de Anúbis adquiriu uma grande importância durante o Império Novo, aparecendo frequentemente representado em pinturas nos túmulos privados e nas vinhetas dos papiros funerários. Surge na sua forma humana com cabeça de cão (ut, o sacerdote que desempenhava a sua função no contexto funerário, usava uma máscara de cão selvagem durante a cerimônia) ou na versão canina, deitado ou em pé sobre as múmias, sarcófagos, tal como nas vinhetas dos papiros funerários e em amuletos, como invocação da sua proteção, enquanto guardião do túmulo (tal como é possível constatar, por exemplo, no túmulo de Tutankhamon).
A sua função protetora pode também ser vislumbrada nos vasos canópicos (que se destinavam a guardar os órgãos dos defuntos) alusivos a Duamutef, filho de Hórus e guardião do estômago do defunto, cuja tampa tem a forma da cabeça de um cão selvagem. Anúbis é também referido como Khentiamentiu ("O que está à frente dos Ocidentais"), Khentisehnetjer ("O que está à frente do pavilhão de deus"), Tepidjuef ("Oque está no topo da montanha", isto é, o que guarda os mortos),Nebtadjeser ("Senhor da Terra Sagrada", isto é da necrópole) e Imiut ("Oque está no sítio do embalsamento"). O culto de Anúbis perdurou até à época Greco-Romana, onde se transforma numa divindade cósmica, sendo frequentemente identificado com Hermes, na mitologia grega, e reinando sobre a Terra e sobre o Céu.
Anput
Anput é a deusa dos funerais e da mumificação na mitologia egípcia. Ela é também conhecida como Input, Inpewt e Yineput. Seu nome é escrito em hieróglifo como inpwt.
Ela é esposa do deus Anúbis e mãe da deusa Kebechet. E em alguns relatos,ela é mãe de Ammit também.
Anput era representada como uma mulher vestindo um padrão encimado por um chacal, ou um grande cachorro preto ou chacal. Provavelmente o exemplo mais notável é a tríade de Menkaure, Hator e Anput.
Como muitas divindades egípcias, Anput assumiu diversos papéis em vários contextos, e nenhuma procissão pública no Egito era realizada sem uma representação de Anúbis marchando em seu início
Kebechet
Kebechet (também conhecida como Qebehet, Kebehut, Qebehut e Kabechet) a deusa do frescor e da purificação.
Ela era a filha de Anúbis, deus egípcio da morte e dos moribundos e sua consorte Anput, que é apenas o seu aspecto feminino. Sua casa é Duat e acreditava-se que ela ajudava seu pai em seu papel como o deus do embalsamamento.Nos Textos das Pirâmides, Kebechet é referida como uma serpente que "refresca e purifica" o faraó.
Na mitologia Egípcia, Kebechet (escrito em hieróglifos como Qeb-a hwt, e também transliterado como Khebhut, Kebehut, Qébéhout, Kabehchet e Kebehwet) é uma deusa, uma deificação particularmente associada com o fluído de embalsamento líquido utilizado durante o processo de mumificação. Ela era vista como a deusa do frescor e purificação através da água que lavou as entranhas dos mortos e trouxe a água sagrada para Anubis para suas tarefas. Seu nome significa água de resfriamento.
Ela era a filha de Anúbis, deus egípcio da morte e dos moribundos e sua consorte Anput, que é apenas o seu aspecto feminino. Sua casa é Duat e acreditava-se que ela ajudava seu pai em seu papel como o deus do embalsamamento.Nos Textos das Pirâmides, Kebechet é referida como uma serpente que "refresca e purifica" o faraó.
Na mitologia Egípcia, Kebechet (escrito em hieróglifos como Qeb-a hwt, e também transliterado como Khebhut, Kebehut, Qébéhout, Kabehchet e Kebehwet) é uma deusa, uma deificação particularmente associada com o fluído de embalsamento líquido utilizado durante o processo de mumificação. Ela era vista como a deusa do frescor e purificação através da água que lavou as entranhas dos mortos e trouxe a água sagrada para Anubis para suas tarefas. Seu nome significa água de resfriamento.
Kebechet foi pensado dar água aos espíritos dos mortos enquanto esperavam a mumificação até à conclusão do processo.
Ela foi, provavelmente, relacionada com a mumificação, onde iria fortalecer o corpo contra a corrupção, por isso, iria continuar fresco para a reanimação pelo falecido ka.
Ela foi pensada para dar água para os espíritos dos mortos enquanto esperavam para o processo de mumificação para ser concluído.
Ela foi, provavelmente, relacionada com a mumificação, onde iria fortalecer o corpo contra a corrupção, por isso, iria continuar fresco para a reanimação pelo falecido ka.
Ela foi pensada para dar água para os espíritos dos mortos enquanto esperavam para o processo de mumificação para ser concluído.
Seu nome inclui a raiz da antiga palavra egípcia "kbch", que significa "oferecer libações" ou "purificar" e a raiz da palavra "wt" que se refere ao local de embalsamamento (e aparece em um dos epítetos de Anúbis, "imy wt"-"aquele que está no local de embalsamamento").
No entanto, seu nome também se assemelha a palavra "qebeshu", que significa "água fria". Como resultado, seu nome é geralmente traduzido como "água de resfriamento".
No entanto, seu nome também se assemelha a palavra "qebeshu", que significa "água fria". Como resultado, seu nome é geralmente traduzido como "água de resfriamento".
Kebechet foi muitas vezes descrita como uma serpente, ás vezes com um corpo de estrelas.
Ela também foi retratada como uma mulher com cabeça de serpente.
Ocasionalmente, ela assume a forma de um avestruz,ligando-a à deusa Ma'at, que representava a justiça ou equilíbrio e estava envolvida no julgamento dos mortos.
Ela também foi retratada como uma mulher com cabeça de serpente.
Ocasionalmente, ela assume a forma de um avestruz,ligando-a à deusa Ma'at, que representava a justiça ou equilíbrio e estava envolvida no julgamento dos mortos.
ANUKET
(Héstia - grego)
Deusa egípcia do Nilo e da água
Anuket (ou Anukis na versão grega do nome) era uma deusa egípcia inicialmente uma divindade ligada à água, tanto que construíam barcas com seu nome, dizendo que eram as barcas de Anuket. Depois de um tempo foi considerada a deusa da sexualidade, seu nome significa "abraçar", o que da a ideia de que ela seja uma deusa bondosa.
O seu culto estava centrada na região da primeira catarata do Nilo, mas especificamente na ilha de Sehel. Em Elefantina era agrupada com Khnum (considerado como o seu marido) e com Satis. A deusa adquiriu grande popularidade em períodos durantes os quais o Egipto dominava regiões situadas para além da primeira catarata.
Anuket era representada por uma mulher com uma coroa feita de plumas e vegetais, também surgia como uma gazela, que era considerado o animal sagrado da deusa.
Durante o Novo Império, o culto de Anuket em Elefantina incluiu uma procissão fluvial da deusa durante o primeiro mês de Shemu. Inscrições mencionam o festival de Khnum e Anuket durante este período de tempo.
Cerimonialmente, quando o Nilo iniciava a sua cheia anual, o Festival de Anuket começava. As pessoas jogavam moedas, joias de ouro, e dons preciosos no rio, em agradecimento para a água que dá vida e devolve benefícios derivados da riqueza fornecida por sua fertilidade para a deusa. O tabu realizado em várias partes do Egito, era contra a ingestão de certos peixes que eram considerados sagrados, o que sugere que uma espécie de peixe do Nilo era um totem para Anuket e que eles foram consumidos como parte do ritual de seu grande festival religioso.
Os gregos associaram-na à sua deusa Héstia.
Deusa Anuket
DEUSA DAS CATARATAS DO NILO
Anuket é uma Deusa muito antiga, que acredita-se ter sido importada da Núbia, considerada como sendo a personificação da fonte do rio Nilo, que nascia do seu ventre. O Egito é "a dádiva do rio Nilo", sem ele, a terra teria sido infecunda. Foi o rio, que fez desde o início do Egito uma nação agrícola.Os egípcios não tinham necessidade de olhar ansiosamente para o céu à procura de chuva, pois todos anos no verão, o Nilo proporcionava a irrigação necessária. A cheia anual, que renovava a vida, nunca deixava de chegar quando o calor se aproximava, irrigando a terra dos faraós e fazendo do Egito uma das mais prósperas nações do mundo antigo e alimentando uma civilização que atravessou milênios de história.O rio Nilo nasce no coração da África, no lago Vitória, e deságua no Mediterrâneo formando um grande delta. Em seu trajeto, corta todo o território egípcio no sentido sul-norte. Foi ao longo de seu percurso que floresceram as culturas agrícola-urbanas. Os egípcios reverenciavam o grande rio como uma divindade protetora e fertilizadora e, embora suas cheias destruíssem moradias e afogassem homens e animais, eram tidas como uma grande benção.
Anuket era conhecida também, pelos nomes: Anukis, Anqet, Anket, "Senhora da Núbia", "Senhora de Sehel" e "Senhora da Núbia". A Núbia tornou-se uma província do Egito no Novo Império. A Baixa Núbia situava-se entre Assuã e a segunda catarata. A Alta Núbia, estendia-se da segunda catarata às proximidades da quinta.
Como Deusa da água era Anuket (Aquela que Aperta), portanto, com seu abraço que durante a inundação fertilizava os campos. Assim como outras Deusas hermafroditas, acreditava-se que Anuket havia-se originado por si própria, por isso era representada, algumas vezes, com quatro braços, que representavam a união dos princípios masculinos e femininos.
Anuket era uma Deusa nutridora não só da terra, mas também do faraó. Foi retratada amamentando o jovem Ramsés II, transmitindo-lhe poder, saúde e muita alegria. Os egípcios antigos, a julgar pelas pinturas dos túmulos, era um povo muito alegre e o gosto pela vida não era limitado somente aos ricos. Até os humildes, foram mostrados pelos artistas, aparentando despreocupação e muito bom humor.
A Deusa Anuket, segundo alguns registros, foi a segunda esposa do deus Khnemu (deus lunar), possuindo morada especial na ilha de Seheil. Deu forma a uma tríade com Khenmu e Satis (filha-mãe) e em épocas muito antigas foi identificada com Neftis. A tríade egípcia sempre era formada por um elemento feminino, um elemento masculino e um elemento formado pela união de ambos. Visualizamos na tríade a grande importância da família para o antigo egípcio. Na ilha de Elefantina, Anuket forma outra tríade com Jnun (deus cabeça carneiro), um deus local de Hípselis e Esna, cuja lenda conta que foi quem modelou o homem em sua olaria às margens do rio. Acompanhando-s encontramos a Deusa Satis (levava a coroa do Alto Egito), uma divindade da primeira catarata do Nilo que é representada adornada com chifre de antílope. Neste caso, Anuket cumpre a função de filha do casal formado por Jnun e Satis.
Só para esclarecer, a primeira catarata do Nilo é um dos seis afloramentos de granito que obstruíam o Nilo na Antiguidade e era também a tradicional fronteira meridional do Egito. O Egito estendia-se desde a quinta catarata do Nilo até o rio Eufrates, na Ásia Ocidental.
Anuket era ainda, uma Deusa da caça, cujo animal sagrado era a gazela e estava também associada a água. A ligação das Deusas da água com a gazela era provavelmente porque os egípcios sempre viam estes animais em torno da água.
Provavelmente, pelo status de Deusa da Fertilidade, Anuket, transformou-se em Deusa da Luxúria e foi relacionada com a natureza sexual. Seu símbolo, com estes atributos era vulva, usado em vários países como amuleto para a fertilidade, renascimento, cura, poder mágico ou boa sorte. Sempre Anuket que era chamada para dar as boas-vindas aos recém-nascidos ou filhotes de animais. Ela era chamada de Doadora de Vida, tanto de humanos como dos animais. Suas bênçãos se tornam eficazes nas primeiras formas da Lua Crescente.
Adorada no Reino Novo em Elefantina, onde se encontrava o seu santuário mais importante. Em Filé havia outro templo, onde era identificada com Ísis. Era representada como uma mulher vestindo uma grande coroa com plumas de avestruz, que conduzia um cetro de papiro. Como é de origem africana, suas vestes são muito ornamentadas. Sua imagem pode ser vista no templo de Ramsés II em Abu Simbel. Em 1963 e 1968, o templo
foi transferido para longe do lago Nasser, criado pela barragem de Assuã.
Segundo algumas fontes compulsadas, Anuket, também conhecida por Anka, deu origem à palavra ankh, "A Chave da Vida", antigo símbolo feminino da Grande Deusa e da imortalidade dos deuses. Mais tarde, a ankh ficou conhecida como "A Chave do Nilo", reproduzindo a união mística de Ísis e Osíris, que provocava a inundação anual do rio.
Anuket é uma Deusa Mãe Protetora que deu vida ao faraó, à Terra e ao próprio Egito.
ARQUÉTIPO DA DEUSA VIRGEM
A Deusa Anuket está associada à Lua Crescente e a característica da Deusa desta fase é ser virgem. Mas virgem, no sentido de ser essencialmente uma-em-si-mesma. Isto explica o porquê de ser considerada uma Deusa andrógina. Ela não é, portanto, a contraparte feminina de um deus masculino. Ao contrário, ela tem um papel próprio. Ela é a mais Antiga e Eterna, a Mãe do deus Rá e Mãe de todas as coisas.Da mesma forma, a mulher contemporânea que incorpora o arquétipo de Anuket é "virgem" em sua conotação psicológica. Uma mulher que é dependente do que outras pessoas pensam, que a faz dizer e fazer coisas que realmente não aprova, não é virgem no sentido do termo. A mulher virgem é livre para ser como deseja. Ela é o que é. Mas romper leis convencionais, não pode levá-la ao egocentrismo, pois deste modo a cura se tornaria pior que a doença.
Mas, como pode então a mulher libertar-se de sua orientação egocêntrica? Quando buscar objetivos não pessoais e relacionar-se corretamente com sua Deusa Interior, terá como resultado a liberação do egotismo e do egoísmo. Ela deixará então de ser vista como uma egoísta, para consolidar uma personalidade de significação mais profunda. Para tanto, deve ser conhecedora dos ensinamentos antigos da Deusa. É entendendo a concepção primitiva das deidades lunares, que eram tanto provedoras da fertilidade, como destruidoras da vida, que poderemos incorporar os princípios femininos das Deusas, nos tornando então, "virgens", uma-em-si mesmas.
BASTET
A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado.
Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, um colar e um cesto onde colocava suas crias. Podia também ser representada como um simples gato.
Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa.
Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência.
A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. O que acabou originando a deusa Bastet.
Era a esposa de Ptah, com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. A esta deusa é tradicionalmente consagrado o dia 15 de abril.
O seu centro de culto estava na cidade de Bubastis, na região oriental do Delta do Nilo.
Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível.
Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.
Bastet
Deusa de cabeça de gato, doce e bondosa, cujo templo mais conhecido ergue-se em Bubástis (seu centro de culto), cujo nome em egípcio – Per Bast – significa “a casa de Bastet”. No Egito, o gato foi venerado como um animal delicado e útil, o favorito da deusa Bastet – a protetora dos lares, das mães e das crianças.
No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto.
No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas.
Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas, os machos pretos eram a personificação do diabo.
Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.
Bastet
Bastet (Basthet, Bast) era uma divindade solar da mitologia egípcia, adorada também como deusa lunar após a chegada da influência grega na sociedade egípcia. Ela se tornou a deusa lunar por causa de sua associação pelos gregos com a sua deusa Ártemis. Sendo uma das mais antigas das deusas egípcias (seu culto teria surgido por volta de 3500 a.C), Bastet é descrita como uma mulher esbelta, e que possui a cabeça de um gato doméstico. Originalmente era retratada como uma gata selvagem ou uma leoa, tornando-se associada ao felino doméstico em torno de 1000 a.C. Às vezes ela é mostrada segurando um sistro, um chocalho usado como instrumento musical nos tempos antigos. Ágil e flexível, Bastet foi reconhecida como a deusa da música e da dança.Bastet era também adorada como a deusa do fogo, dos gatos, da casa e das mulheres grávidas. Segundo um mito, era a personificação da alma de Ísis . Ela também foi chamada de “Senhora do Leste”. Tal como o seu homólogo Sekhmet, a “Senhora do Oeste”, Bastet parecia ter dois lados de sua personalidade , dóceis e agressivas . Seu lado dócil e gentil foi exibido em seus deveres como uma protetora do lar e das mulheres grávidas. Sua natureza agressiva e cruel foi exposta nas histórias de batalhas em que o faraó disse ter massacrado o inimigo conforme Bastet aniquilava suas vítimas.
Originalmente, Bastet era vista como a deusa protetora do Baixo Egito. Como protetora, ela foi vista como defensora do faraó e, conseqüentemente, mais tarde da divindade chefe masculina Rá, que também era uma divindade solar, o que a fez receber também os títulos de “Senhora das Chamas” e “Olhos de Rá”. Seu papel no panteão egípcio tornou-se diminuído conforme Sekhmet tornou-se mais dominante na cultura unificada do Baixo e Alto Egito.
O culto da deusa era centrado em Bubástis (localizada na região do delta, próximo a moderna Zagazig) e lá era realizado um festival anual regado a orgias e a bebidas. Bubástis foi a capital do Egito por uma dinastia, e alguns reis tomaram seu nome em seus títulos reais. Bubástis ficou famoso pelo viajante Heródoto, no século 4 a.C., quando ele descreveu em seus anais um dos festivais que era realizado em honra a Bastet. Escavações nas ruínas de Tell-Basta (a antiga Bubástis) renderam muitas descobertas, incluindo um cemitério com gatos sagrados mumificados. O santuário de Bastet em Bubástis, formado a partir de blocos de granito rosa e da longa entrada ladeada de árvores enormes, foi considerado um dos mais belos templos do mundo.
Bastet é apontada como a mãe do deus com cabeça de leão Mihos (que também era adorado em Bubástis, juntamente com Thoth). Como os gregos equiparavam Bastet a Diana e Ártemis e Hórus com Apolo, Bastet foi adotada no mito de Osíris-Isis como sua filha (esta associação, no entanto, nunca foi feita antes da chegada da influência helenística no Egito). Essa associação se dava pois Bastet era tida também como deusa da fertilidade e era protetora das mulheres e crianças.
SOKAR
Sokar ,Seker ou Sokaris (sendo esta última forma oriunda da versão grega do nome, Σωχαρης Soc'haris) era um deus funerário da mitologia egípcia. O seu nome significa "o que está encerrado".
Era representado como um falcão ou como um homem mumificado com cabeça de falcão com uma coroa atef (coroa branca do Alto Egito com duas plumas).
Era o deus de Sakara, a necrópole da cidade de Mênfis, uma das várias capitais que o Antigo Egipto teve. Já era adorado nesta região na época pré-dinástica, acreditando-se que nestes tempos teria associações com a fertilidade.
Desde a V dinastia (Império Antigo) foi identificado com Ptah, deus principal de Mênfis, dando origem a uma fusão das duas divindades conhecida como Ptah-Sokar.
Foi também associado a Osíris; os Textos das Pirâmides mostram que Sokar era visto como uma forma de Osíris após este ter sido assassinado pelo seu irmão Set.
Na Época Baixa um deus sincrético, que era a fusão dos três deuses, Ptah-Sokar-Osíris, foi bastante popular. Esta sincrética apareceu, contudo, na época do Império Médio, como revelam várias estelas em Abidos.
Sokar era também visto como o patrono dos artesãos, talvez por influência da sua identificação com Ptah. Acreditava-se que o deus fazia os ossos do soberano, bem como os perfumes utilizados nas cerimônias dedicadas aos deuses.
Guardava a porta do mundo subterrâneo e habitava numa caverna chamada Imhet, alimentando-se do coração dos defuntos. O deus era o grande responsável pela transformação destes.
Na cidade de Mênfis em todos os anos ocorria um grande festival dedicado ao deus que tinha lugar no dia 26 de Khoiak (Outubro/Novembro). O deus era transportado na sua barca sagrada, cujo nome era “henu”, aos ombros de dezesseis sacerdotes. Esta barca tinha uma forma peculiar, com uma proa na qual se encontrava representada a cabeça de um antílope ou de um boi, e onde também figuravam o peixe e as aves; na popa existiam dois ou três pequenos remos.
Na cidade de Tebas acontecia também uma grande celebração, como atestam os relevos do templo de Ramsés III no complexo funerário de Medinet Habu, que se julga ter rivalizado com o grande festival local de Opet.
O deus tinha uma versão feminina, Sokaret, que tinha as mesmas funções funerárias. Poderia também ter como consorte a deusa Sekhemet.
MAFEDT
Nos primórdios da mitologia egípcia Mafdet era uma deusa associada à justiça e ao poder real. O seu nome significa provavelmente "a corredora".
Era representada como um animal que ainda não foi possível identificar, sendo talvez uma pantera, um gato almiscarado (civeta ou mangusto) subindo por um bastão onde havia uma lâmina amarrada por uma corda .Este instrumento era usado na aplicação da justiça, estando assim Mafdet ligada ao aspecto punitivo da justiça.
É provável que esta tenha sido a arma usada para decapitação nos primórdios. Em cenas do Novo Império ela é vista como o carrasco das criaturas malignas.
Mafdet era a deusa da justiça legal ou possivelmente da execução, mas também era associada à proteção dos aposentos do rei e de outros locais sagrados, e ainda com a proteção contra animais venenosos, que eram vistos como transgressores da lei de Ma´at. É uma deusa bastante antiga, que já era adorada no tempo da I Dinastia (Época Tinita).
Nos Textos das Pirâmides (meados do III milénio a.C.), assassina com as suas garras a serpente Apofis. Acreditava-se que a deusa combatia os escorpiões e as serpentes com as suas garras afiadas.
Para além deste aspecto feroz, Mafdet tinha igualmente um lado benéfico, sendo invocada para afastar as picadas dos escorpiões e das serpentes.
Era por isso chamada de "Senhora da Casa da Vida", uma referência ao local onde se curavam os doentes no Antigo Egito. A deusa era também encarada como protetora do faraó.
Essa deusa foi muito importante durante o reinado do faraó Den, da primeira dinastia, sua figura aparece em fragmentos de vasos de pedra da tumba deste faraó e é mencionada numa introdução dedicatória na Pedra de Palermo.
Nos Textos das Pirâmides do Antigo Império ela é mencionada como protetora do deus sol Rá, contra cobras venenosas e também ajudava Rá na luta contra a serpente Apep, tanto que ela é dita assassinando Apep com suas garras.
Artísticamente, Mafdet é mostrada como um felino, uma mulher com cabeça de felino ou um felino com cabeça de mulher, algumas vezes com os cabelos trançados cujas pontas terminam em caudas de escorpião. Algumas vezes ela é representada com um enfeite de cabeça feito de cobras.
Também temos Mafdet como um felino correndo ao lado do grupo responsável por uma execução. Era dito que Mafdet arrancava o coração dos malfeitores, colocando-os aos pés do faraó, da mesma forma que os gatos domésticos fazem quando deixam aos pés do dono, roedores ou pássaros que caçaram.
Durante o Novo Império, Mafdet podia ser vista no salão dos julgamentos em Duat, onde os inimigos do faraó eram decapitados pelas garras de Mafdet.
Seu culto foi substituído, mais tarde, pelo de Bast, outra deusa-gato e uma guerreira leoa, Sekhemet, que era vista como protetora do faraó. Sua imagem felina permaneceu associada com os faraós, inclusive em seus bens pessoais e até mesmo na cama sobre a qual sua múmia era colocada.
Mafdet
Mafdet, descrita com a cabeça de pantera, ou uma pantera.Foi a deusa que protegia contra cobras e escorpiões do deserto. Portava no lugar de sua cabeça, uma Pantera, e outras vezes felinos desconhecidos.
Empunhava um bastão pontiagudo com uma corda amarrada, sua arma para decapitar os seres malignos, assim, era vista como um carrasco do bem. Ela também arrancava o coração dos mal feitores quando invocada por alguém que clamava por sua ajuda.
No final do trabalho, Mafdet trazia o coração do mundano e dava de presente ao seu adorador, costume que os gatos aprenderam trazendo suas caças para dentro da casa de seu dono.
Mafdet é muito associada com Bastet, à deusa protetora dos gatos.
Ela era chamada para ser um tipo de carrasco quando inimigos eram aprisionados e jogados para as garras de Mafdet, ela os rasgava até que morressem, tendo a alma levada para Anúbis, para que houvesse a pesagem no Salão do Julgamento.
NEKHBET
NEKHBET
A DEUSA ABUTRE
Nekhbet (Nekhebet, Nechbet) era a deusa símbolo e padroeira do Alto Egito, seu animal sagrado era o abutre e por isso ela era representada como um abutre com a coroa branca ou também uma mulher com cabeça de abutre, ou uma cobra com a coroa branca. Nekhbet aparecia como uma das “Duas Senhoras”, ao lado da deusa serpente Wadjet. Nekhbet simbolizava o Alto Egito, enquanto Wadjet simbolizava Baixo Egito. Ela também era protetora das crianças da realeza e mais tarde de todas as crianças pequenas e grávidas.Há referências a Nekhbet nos Textos das Pirâmides (5ª dinastia) onde a deusa assume o papel criador, sendo citada como “O pai dos pais, a mãe das mães, quem tem existido desde o princípio e é a criadora deste mundo”. A partir da quarta dinastia, Nekhbet era representada no Nemes do faraó como um abutre, para a grande esposa real, Nekhbet era representada como uma coroa na forma da mesma ave.
A primeira vista o abutre pode parecer um animal esquisito para simbolizar uma deusa maternal, porém os egípcios viam tais aves como modelos de maternidade, já que eram animais muito cuidadosos com os filhotes. Devido à semelhança dos abutres machos e fêmeas, os antigos egípcios também acreditavam que todos os abutres fossem fêmeas, com o poder de se reproduzir sem a ajuda dos machos.
Com o passar do tempo a deusa Nekhbet foi “suprimida” por outras divindades como Mut, Ísis e Hathor por exemplo, as quais também eram descritas usando o diadema de abutre, símbolo dos atributos maternais de Nekhbet. As rainhas e mulheres nobres do Egito Antigo também adotaram o mesmo adereço. Nekhbet era conhecida como a esposa do deus Hapi.
Apesar de ser uma deusa maternal, Como toda deidade egípcia Nekhbet também possuía seu “lado sombrio”. Era uma das deusas associadas ao olho do Rá, em uma das batalhas de Seth e Hórus, Nekhbet e Wadjet assumem a forma de duas serpentes aladas que escoltam o deus Hórus enquanto ele persegue os seguidores de Seth. Esse mito lhe confere uma grande associação solar, porém Nekhbet também é chamada de “olho saudável de Hórus” (a lua) e também recebe o nome de “senhora dos céus”.
Originária da cidade de Nekheb no Alto Egipto, a actual El-Kab (o nome da deusa significa "Aquela de Nekheb"). Quando esta cidade se uniu à cidade próxima de Nekhen, tornou-se a deusa tutelar desta última cidade. Adquiriu também o papel de deusa de todo o Alto Egipto e era também uma das deusas protectoras da realeza egípcia.
A deusa protegia os nascimentos, em especial o nascimento dos reis. Junto com Uadjit poderia ser representada no toucado dos faraós, acreditando-se que estas poderiam repelir os inimigos do soberano.
Era representada como um abutre, como uma mulher com cabeça de abutre ou como uma mulher com a coroa branca do Alto Egipto (hedjet). Mais frequentemente figurava como um abutre que usa a coroa branca, agarrando com as suas patas o ceptro uas ou o anel chen. Surge muitas vezes ao lado da deusa Uadjit, padroeira do Baixo Egipto.
Entre os vários epítetos utilizados para se referir à deusa encontram-se "Regente das Duas Terras" (o Alto e o Baixo Egito) ou "Senhora dos Céus".
Tanto o Baixo quanto o Alto Egito tinham suas divindades tutelares. Enquanto que a do Baixo Egito era a deusa Wadjit, a do Alto Egito era Nekhbet, uma deusa abutre de origem pré-dinástica que ajudava nos nascimentos reais e divinos. Seu nome também pode ser grafado Nekhebet ou Nechbet e significa aquela de Nekheb. Ela aparece representada como um abutre usando a coroa branca do Alto Egito, com as asas abertas num gesto protetor e segurando em suas garras o símbolo em forma de anel que representa o conceito de eternidade. É dessa maneira que a vemos nesse peitoral encontrado sob as bandagens da múmia de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.). Mas ela também pode ser mostrada como uma mulher portando a mesma coroa ou um toucado em forma de abutre; como uma mulher com cabeça de abutre e, finalmente, como uma serpente com a coroa branca na cabeça.
Seus principais centro de culto eram duas cidades do sul do Alto Egito: Nekheb, a Eileithiyáspolis dos gregos, moderna el-Kab, situada na margem oriental do Nilo, e Nekhen, a Hieracômpolis dos gregos, atual Kom el-Ahmar, do lado oposto do rio, as quais foram povoações muito importantes durante os períodos pré-dinástico e dinástico primitivo. Esse fato refletiu-se na elevação da deusa do local a divindade protetora da soberania dos faraós, fazendo com que ela apareça, às vezes, no diadema real ao lado da serpente Wadjit. Esse é o caso da máscara mortuária de ouro maciço de Tutankhamon. A Branca de Nekhen, como também era chamada, sendo talvez este seu mais importante epíteto, era tida como guardiã de mães e crianças e, juntamente com Wadjit, era uma das duas damas do faraó que apareciam no nome nebty do rei. Esse último título surge pela primeira vez no reinado de Adjib, um faraó da I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.). Aliás, essas duas divindades costumavam aparecer geralmente aos pares.
Por sua ligação com o faraó e a coroa, Nekhbet aparecia frequentemente em cenas nas quais o rei guerreava ou fazia oferenda aos deuses. Em tais casos é mostrada como um abutre sobrevoando a cabeça do faraó e trazendo em suas garras o símbolo de eternidade, a pena da deusa Maat e o mangual real. Também aparecia às vezes como a mãe da natureza divina do rei, amamentando-o. Nesse papel era conhecida como A Grande Vaca Branca de Nekheb, representada com tetas pendentes e vista como deusa protetora do faraó desde sua infância até a morte. Por sua função protetora, era frequentemente representada como um abutre de asas abertas no teto dos templos. Venerada como deusa do nascimento e vista como protetora e nutriz tanto de faraós quanto de deuses, justamente em função desse seu vínculo com o soberano não foi uma divindade muito popular no início da história egípcia. Foi apenas durante o Império Novo
(c. 1550 a 1070 a.C.) que o povo começou a adorá-la como protetora de mães, crianças e da hora do parto. Até então ela era especificamente a protetora do faraó.
Assim como Wadjit era tida no baixo Egito como esposa de Hapi, o deus do Nilo, Nekhbet tinha o mesmo papel no Alto Egito. Outra associação da divindade era feita com a deusa Mut, deusa mãe de Tebas e esposa de Amon, a qual também assumia a forma de abutre. Era o abutre fusco (Gyps fulvus) a espécie particular do animal que usualmente era vinculado às deusas e à realeza. Na lenda que conta as batalhas entre Hórus e Seth, a exemplo do que acontecia com a deusa Wadjit, quando Hórus usou o disco solar alado para procurar e derrotar os aliados de seu inimigo, a deusa Nekhbet o acompanhou sob a forma de uma serpente coroada. Ao ser representada sob a forma de serpente, a divindade também recebia o título de O Olho de Rá.
Em Nekheb foi erguido um templo dedicado a Nekhbet o qual englobava a casa do nascimento da deusa (mammisi), outros pequenos templos, um lago sagrado e cemitérios. Embora as primeiras construções sejam de um período primitivo, os maiores projetos foram desenvolvidos durante a XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.). Foi também a partir dessa época que aquela divindade começou a ser representada como protetora das mulheres reais e muitas das rainhas principais passaram a usar coroas nas quais se viam pequenas cabeças de abutre, o que identificava a soberana não apenas com Nekhbet mas também com a deusa mãe Mut. As ruínas que ainda restam do templo pertencem ao período da XXIX (399 a 380 a.C.) e XXX (380 a 343 a.C.) dinastias, o que mostra que a divindade ali foi venerada por todo o decorrer da história egípcia. Como protetora pessoal do faraó ela tornou-se símbolo da realeza. A joia retratada parcialmente ao lado foi encontrada no túmulo de Tutankhamo
Sobek um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, eram protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.
Sobek é o deus crocodilo do Egito, mas foi chamado pelos gregos de Suchos, o que lembra os servos de Sobek, os chamados Petsuchos.
Sobek é muito visto como um deus bom, sendo deus da fertilidade, da vegetação e da vida, ele é dito como o criador do rio Nilo, que foi criado a partir de seu suor.
Sobek nem sempre foi considerado um deus bondoso, quando ele surgiu das águas primordiais do caos como "o senhor das águas", era temido por seu aspecto maligno, e era chamado de demônio de Duat (local onde Osíris julga os mortos), acabou se associando com Seth, pois causava muito perigo e desordem, também é dito que depois de Seth matar Osíris, ele se escondeu num corpo de crocodilo, para não receber castigo pelo seu crime, e o crocodilo se tornou Sobek.
Como o eram em Kom Ombo e em todo o Alto Egito, surgindo vários santuários dedicados ao culto de Sobek. Além daqueles dois centros principais, recordemos também Esna, Gebelein e Gebel el-Silsila. Nestes templos existia anexamente, muitas vezes, um tanque com crocodilos sagrados, além de mumificações dos mesmos, como ainda hoje se pode ver em Kom Ombo, por exemplo. Sobek estava ligado ao culto do rio Nilo, da divinização da água, tendo por isso clero e rituais próprios. O seu culto foi particularmente ativo e predominante nas XII eXIII dinastias, na transição do Império Médio para o Segundo Período Intermédio, por volta dos séculos XVIII e XVII a. C., com vários faraós comonomástica dedicada ao deus, como Sobek-hotep III e IV (XIII dinastia, c. 1795-c. 1650 a. C.) ou Sobek-neferu. Sobek-hotep significa, curiosamente, em antigo egípcio, “Sobek está satisfeito” ou Sobek-Neferu, “É belo Sobek”.
Originalmente Sebek era considerado um demônio, já que os crocodilos eram temidos em uma nação tão dependente do Nilo, seu culto começou como uma tentativa de pacificá-los, para que não mais atacassem barcos, gado e mesmo pessoas.
Gradualmente Sebek começou a simbolizar a produtividade do Nilo, a fertilidade que vinha do rio à terra, o que foi tornando-o um deus cada vez mais ambíguo. Algumas vezes Sebek podia ser visto como patrono do exército do faraó, devido à sua força e ferocidade.
Seu culto floreceu na época da décima-segunda dinastia. Originalmente “nativo” de Al Fayum, onde ainda há alguns templos ainda em pé, seu culto logo foi se espalhando para outros centros, como Tebas e Kom Ombo. Esta área (Al Fayum) era tão associada a Sebek que Arsinoe, uma de suas cidades (conhecida pelos Gregos como “Crocodilópolis”) mantinha crocodilos domesticados, ornamentados com jóias e alimentados à mão. Os gregos chamavam estas criaturas de “Petsuchos” ou “aquele pertencente a Suchos” (Sobek para os gregos). Os Petsuchos eram vistos como encarnações de Sebek.
A natureza ambígua de Sebek levaram alguns a especular que ele era um reparado do mal que havia sido feito, diferente de uma estritamente boa, indo até o Duat restaurar o mal feito aos mortos. Também era conhecido como um dos deuses invocados para proteger as pessoas, efetivamente mantendo os perigos distantes delas. Desta forma ele era visto como um deus mais primitivo, eventualmente tido como avatar de outro deus primitivo: Amon. Logo após Amon ser considerado o deus líder e mais tarde se fundir com Rá (criando a entidade Amon-Rá), Sebek, como um avatar de Amon-Rá, ficou conhecido como Sebek-Rá. Quando se tornou Sebek-Rá, ele era mostrado com o símbolo solar: Um disco solar sobre sua cabeça.
Sebek era descrito como um crocodilo comum ou um homem com cabeça de crocodilo segurando um Ankh, pela sua capacidade de desfazer o mal e curar doenças.
Sobek era o deus crocodilo do rio Nilo. O povo do Egito temia e respeitava o poder dos crocodilos, então Sobek logo veio a ser visto como um patrono dos militares e o protetor dos faraós. Quando considerado patrono do exército do faraó, ele era mostrado com o símbolo da autoridade real: O Uraeus. Ele também era um deus que restauraria as almas danificadas na batalha ou na morte de sua saúde física anterior, incluindo sua visão e seus sentidos. Em alguns textos egípcios antigos, ele era um deus criador, e acredita-se que ele criou a Terra. Enquanto ele estava criando, seu suor escorria pela testa e voltou em um fluxo que mais tarde se tornou o rio Nilo.
Nos mitos Ogdoades que apareceram em um período mais tardio no Egito, Sebek foi creditado por capturar os quatro filhos de Hórus em uma rede, quando eles emergiram do Nilo em uma flor de Lótus. Os filhos de Horus eram os protetores de: o fígado, o estômago, os pulmões e os intestinos. Ele geralmente estava intimamente associado a Horus. Às vezes, ele era mencionado como tendo ajudado a entregar Horus quando nasceu; Ele também foi associado com Horus porque Horus se transformou em um crocodilo para recuperar os pedaços de seu pai, Osiris, quando Set espalhou-os pela Terra.
Mentu ou Montu foi um deus da mitologia egípcia oriundo do nomo tebano e associado à guerra.
Era representado como um homem com uma cabeça de falcão, tendo na cabeça duas plumas altas e um disco solar com uraeus (serpente) duplo. Nas suas mãos poderia segurar vários objectos, como um machado, setas e arcos. Poderia também ser representado como quatro cabeças que vigiam os pontos cardeais. Na Época Baixa foi representado com a cabeça de um boi.
De início Montu era um deus solar, associado a Rá (Montu-Ré), sendo considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol. Foi no tempo da XI dinastia que Montu adquiriu características associadas à vitória e à guerra.
Era conhecido como o "senhor de Tebas", situando-se o seu principal centro de culto em Hermontis. Outras cidades associadas ao deus eram Medamud e Tod. Em Medamud existia um santuário mandado edificar por Senuseret III, ampliado durante a época do Império Novo e posteriormente na Época greco-romana. Em Karnak existia igualmente um templo dedicado a Montu, que possuía um lago sagrado.
Vários reis da XI dinastia tinham como nome de nascimento Mentuhotep ("Montu está satisfeito"), o que representava uma referência a esta divindade e atestando a sua importância durante este período.
Montu é referido nas Aventuras de Sinué, uma obra da literatura do Antigo Egito, cuja acção se desenrola no tempo da XII dinastia. O seu protagonista, o fugitivo Sinué, realiza um acto de louvor a Montu, depois de derrotar um inimigo de origem síria.
Durante o Império Novo o deus Amon relegou Montu para um segundo plano, tornando-se o deus mais importante do panteão, ao mesmo tempo que assimilou as características guerreiras de Montu.
Assim como Wadjit era tida no baixo Egito como esposa de Hapi, o deus do Nilo, Nekhbet tinha o mesmo papel no Alto Egito. Outra associação da divindade era feita com a deusa Mut, deusa mãe de Tebas e esposa de Amon, a qual também assumia a forma de abutre. Era o abutre fusco (Gyps fulvus) a espécie particular do animal que usualmente era vinculado às deusas e à realeza. Na lenda que conta as batalhas entre Hórus e Seth, a exemplo do que acontecia com a deusa Wadjit, quando Hórus usou o disco solar alado para procurar e derrotar os aliados de seu inimigo, a deusa Nekhbet o acompanhou sob a forma de uma serpente coroada. Ao ser representada sob a forma de serpente, a divindade também recebia o título de O Olho de Rá.
Em Nekheb foi erguido um templo dedicado a Nekhbet o qual englobava a casa do nascimento da deusa (mammisi), outros pequenos templos, um lago sagrado e cemitérios. Embora as primeiras construções sejam de um período primitivo, os maiores projetos foram desenvolvidos durante a XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.). Foi também a partir dessa época que aquela divindade começou a ser representada como protetora das mulheres reais e muitas das rainhas principais passaram a usar coroas nas quais se viam pequenas cabeças de abutre, o que identificava a soberana não apenas com Nekhbet mas também com a deusa mãe Mut. As ruínas que ainda restam do templo pertencem ao período da XXIX (399 a 380 a.C.) e XXX (380 a 343 a.C.) dinastias, o que mostra que a divindade ali foi venerada por todo o decorrer da história egípcia. Como protetora pessoal do faraó ela tornou-se símbolo da realeza. A joia retratada parcialmente ao lado foi encontrada no túmulo de Tutankhamo
SERKET
Serket a deusa escorpião da mitologia egípcia. O seu nome é uma abreviação da expressão Serket-Hetyt que significa "Aquela que faz respirar a garganta" ou, de acordo com outra interpretação, "Aquela que facilita a respiração na garganta"; no primeiro caso aludia-se ao facilitar da respiração dos récem-nascidos e no segundo ao seu papel benéfico na cura de picadas de escorpião (sendo um dos efeitos destas picadas a sensação de sufoco). É também conhecida como Selchis, Selkhet, Selkis, Selkhit, Selkit, Selqet, Serkhet, Serket-Hetyt, Serqet e Serquet.
A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida (ou seja estava pronto a picar). Em representações mais raras, surgia como um escorpião com cabeça de mulher ou como serpente. Na XXI dinastia foi representada como uma mulher com cabeça de leoa, tendo a nuca protegida por um crocodilo.
A referência mais antiga que se conhece à deusa data do tempo da I dinastia (estela de Merika em Sakara). Segundo alguns autores, o chamado Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do Baixo Egito, embora não se conheça exatamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egipto.
Junto com as deusas Ísis, Néftis e Neit guardava as vísceras do defunto colocadas nos vasos canópicos. Em concreto, Serket protegia o deus Kebehsenuef (um dos quatro Filhos de Hórus) que vigiava os intestinos. Também se lhe atribui a capacidade de cegar a serpente Apopi cujo objectivo era evitar a viagem diária de Ré na barca solar. Era de resto apresentada como filha deste deus. Recebia também o epíteto de "Senhora da Bela Mansão", sendo esta mansão a estrutura onde se realizava o processo de embalsamento.
De início não possuía as características benéficas que adquire mais tarde. Era a mãe (ou esposa) do deus serpente Nehebkau, cuja função era proteger a realeza e que vivia no mundo dos defuntos. Devido a esta associação, Serket era vista como guardiã de uma das quatro portas do mundo subterrâneo, prendendo os mortos com correntes. Quando Nehebkau tornou-se um divindade benéfica, Serket seguiu o mesmo caminho. Junto com as deusas Ísis, Néftis e Neit guardava as vísceras do defunto colocadas nos vasos canópicos.
Em concreto, Serket protegia o deus Kebehsenuef (um dos quatro Filhos de Hórus) que vigiava os intestinos. Também se lhe atribui a capacidade de cegar a serpente Apopis cujo objetivo era evitar a viagem diária de Rá na barca solar. Era de resto apresentada como filha deste deus. Recebia também o epíteto de "Senhora da Bela Mansão", sendo esta mansão a estrutura onde se realizava o processo de embalsamento. Era por vezes identificada com as deusas Sechat e Ísis.
O Egito abrigava dois tipos de escorpiões: um mais escuro e relativamente inofensivo e outro mais claro, mais venenoso. A deusa Selkis tomava justamente a forma de um desses animais e, apesar da periculosidade do bicho, era uma divindade protetora e curadora que defendia contra a picada desses artrópodes. Seu nome no idioma egípcio era Serket-Heru, que significa aquela que faz a garganta respirar ou a que facilita a respiração na garganta, já que a picada do escorpião produz asfixia. Essa denominação também se relaciona com a ajuda que a deusa prestava para que o recém-nascido ou o defunto, em seu renascimento, pudessem respirar. Nos textos funerários surge como a mãe dos defuntos, aos quais amamenta. No além-túmulo ela ajudava no processo de renascimento do falecido e o orientava e dava-lhe o sopro da vida. Foram os gregos que lhe deram o nome de Selkis, nome que também aparece grafado como Serqet, Serket, Selqet, Selket, Selkit ou Selchis.
Quando assumia a forma de m escorpião, o animal às vezes era mostrado sem cabeça e sem cauda, pois desta maneira ele perdia seu veneno e se tornava inofensivo, podendo ser representado dentro do túmulo sem perigo. E assim era porque os egípcios acreditavam que todos os seres vivos representados nas tumbas poderiam ganhar vida se as fórmulas mágicas adequadas fossem pronunciadas. Portanto, era importante neutralizar o perigo de certas imagens reduzindo-as à impotência. Essa deusa-escorpião se identificava com o calor abrasador do Sol e era uma das quatro divindades protetoras de ataúdes reais e dos vasos canopos , dos quais ela guardava aquele que continha os intestinos.
Trata-se de uma divindade que já aparece no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) como guardiã do trono real e vem rodeada de simbologia mágica. Ela protegia das picadas venenosas de escorpiões, serpentes ou outros animais peçonhentos e curava as pessoas que, acidentalmente, tivessem sido atacadas por esses animais, sobretudo quando se tratasse de crianças e mulheres grávidas. Mas também poderia punir os ímpios com esses mesmos venenos, levando-os à morte.
Também era deusa da união conjugal e ajudava as mulheres na hora do parto. Era filha de Rá e cuidava para que a serpente Apófis não escapasse do mundo inferior. Nos textos conhecidos modernamente como Livro de Him no Inferno vem descrito o que acontece no além-túmulo. O deus-Sol tem as 12 horas do período noturno para renascer. A cada hora corresponde um estágio de sua jornada no além. Apófis tenta engolir o deus-Sol durante essa jornada e representa uma grande ameaça. Na sétima hora Selkis aparece para combater a serpente Apófis. Rá em seu barco assiste a captura da serpente. Finalmente Selkis, com ajuda de outra divindade, capturam o demônio e subjugam a cabeça e a cauda do monstro e trespassam com punhais a cabeça e o corpo da cobra. Selkis desempenha, também, um papel importante na lenda de Ísis e Osíris, pois enviou sete dos seus escorpiões para protegerem Ísis do deus Seth que a perseguia.
As relações de parentesco se Selkis não eram bastante claras. Podia ser considerada mãe ou filha de Rá, razão pela qual sua ira era considerada como o causticante sol do meio-dia. Entretanto, em algumas lendas locais de Edfu era tida como esposa de Hórus e mãe de Rá-Harakhti, o Hórus no Horizonte. Os Textos das Pirâmides afirmam que ela era mãe de Nehebkau, uma serpente de três cabeças que evoluiu de uma posição maléfica a protetora do faraó contra picada de cobras, enquanto outras fontes dizem que ela era esposa dessa divindade.
Protetora de vivos e mortos, essa deusa não dispunha de um lugar de culto em particular. Sendo originariamente adorada no delta do Nilo, seu culto se espalhou por todo o Egito e isso pode ser considerado natural uma vez que as cobras e escorpiões eram abundantes no país e o povo precisava de uma proteção mágica contra eles. Embora tivesse sacerdotes dedicados ao seu culto, aos quais ela protegia e delegava seus poderes mágicos, até hoje não foi encontrado qualquer templo que lhe fosse consagrado. Ela figurava sobretudo nas fórmulas mágicas ou nas paredes das tumbas com o objetivo de proteger o defunto de qualquer ataque. As pessoas usavam amuletos com a forma do escorpião para se protegerem contra as perigosas picadas do animal e até mesmo curá-las.
Os sacerdotes de Selkis eram verdadeiros médicos e magos ou curandeiros, dedicados à cura de picadas de animais venenosos. Suas habilidades de encantadores de escorpiões e de serpentes eram muito requisitadas, a julgar pelo enorme número de encantamentos para repelir tais animais e para curar suas picadas que aparecem nos papiros egípcios. Isso indica a extensão do problema, o qual ainda é comum no Egito Moderno. Esses homens eram chamados de Kherep Selket, literalmente, aquele que tem poder sobre a deusa escorpião. No Antigo Egito um Sacerdote Leitor e um doutor poderiam também ter o título de Kherep Selket. O título de Sunu, que significa doutor ou médico, era atribuído a pessoas que prescreviam remédios tanto médicos quanto mágicos. Hoje em dia os encantadores de serpente usam técnicas práticas para enlaçar suas presas, mas eles também ainda confiam em cantos mágicos.
Essa divindade podia ser representada de diversas maneiras:
- Como uma linda mulher com um escorpião na cabeça, como nesta graciosa estatueta em madeira dourada que vemos acima, descoberta no túmulo de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.);
- como uma mulher com cabeça de escorpião;
- mais raramente, como um escorpião com cabeça e braços femininos e tendo como toucado chifres de vaca e o disco solar, como vemos na ilustração abaixo, a qual reproduz um bronze de 7 centímetros de altura por 10 centímetros de profundidade pertencente ao Museu do Louvre;
- como um escorpião;
Na XXI dinastia (c. 1070 a 945 a.C.) podia aparecer com cabeça de leoa, cuja nuca era protegida por um crocodilo.
Quando assumia a forma de m escorpião, o animal às vezes era mostrado sem cabeça e sem cauda, pois desta maneira ele perdia seu veneno e se tornava inofensivo, podendo ser representado dentro do túmulo sem perigo. E assim era porque os egípcios acreditavam que todos os seres vivos representados nas tumbas poderiam ganhar vida se as fórmulas mágicas adequadas fossem pronunciadas. Portanto, era importante neutralizar o perigo de certas imagens reduzindo-as à impotência. Essa deusa-escorpião se identificava com o calor abrasador do Sol e era uma das quatro divindades protetoras de ataúdes reais e dos vasos canopos , dos quais ela guardava aquele que continha os intestinos.
Trata-se de uma divindade que já aparece no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) como guardiã do trono real e vem rodeada de simbologia mágica. Ela protegia das picadas venenosas de escorpiões, serpentes ou outros animais peçonhentos e curava as pessoas que, acidentalmente, tivessem sido atacadas por esses animais, sobretudo quando se tratasse de crianças e mulheres grávidas. Mas também poderia punir os ímpios com esses mesmos venenos, levando-os à morte.
Também era deusa da união conjugal e ajudava as mulheres na hora do parto. Era filha de Rá e cuidava para que a serpente Apófis não escapasse do mundo inferior. Nos textos conhecidos modernamente como Livro de Him no Inferno vem descrito o que acontece no além-túmulo. O deus-Sol tem as 12 horas do período noturno para renascer. A cada hora corresponde um estágio de sua jornada no além. Apófis tenta engolir o deus-Sol durante essa jornada e representa uma grande ameaça. Na sétima hora Selkis aparece para combater a serpente Apófis. Rá em seu barco assiste a captura da serpente. Finalmente Selkis, com ajuda de outra divindade, capturam o demônio e subjugam a cabeça e a cauda do monstro e trespassam com punhais a cabeça e o corpo da cobra. Selkis desempenha, também, um papel importante na lenda de Ísis e Osíris, pois enviou sete dos seus escorpiões para protegerem Ísis do deus Seth que a perseguia.
As relações de parentesco se Selkis não eram bastante claras. Podia ser considerada mãe ou filha de Rá, razão pela qual sua ira era considerada como o causticante sol do meio-dia. Entretanto, em algumas lendas locais de Edfu era tida como esposa de Hórus e mãe de Rá-Harakhti, o Hórus no Horizonte. Os Textos das Pirâmides afirmam que ela era mãe de Nehebkau, uma serpente de três cabeças que evoluiu de uma posição maléfica a protetora do faraó contra picada de cobras, enquanto outras fontes dizem que ela era esposa dessa divindade.
Protetora de vivos e mortos, essa deusa não dispunha de um lugar de culto em particular. Sendo originariamente adorada no delta do Nilo, seu culto se espalhou por todo o Egito e isso pode ser considerado natural uma vez que as cobras e escorpiões eram abundantes no país e o povo precisava de uma proteção mágica contra eles. Embora tivesse sacerdotes dedicados ao seu culto, aos quais ela protegia e delegava seus poderes mágicos, até hoje não foi encontrado qualquer templo que lhe fosse consagrado. Ela figurava sobretudo nas fórmulas mágicas ou nas paredes das tumbas com o objetivo de proteger o defunto de qualquer ataque. As pessoas usavam amuletos com a forma do escorpião para se protegerem contra as perigosas picadas do animal e até mesmo curá-las.
Os sacerdotes de Selkis eram verdadeiros médicos e magos ou curandeiros, dedicados à cura de picadas de animais venenosos. Suas habilidades de encantadores de escorpiões e de serpentes eram muito requisitadas, a julgar pelo enorme número de encantamentos para repelir tais animais e para curar suas picadas que aparecem nos papiros egípcios. Isso indica a extensão do problema, o qual ainda é comum no Egito Moderno. Esses homens eram chamados de Kherep Selket, literalmente, aquele que tem poder sobre a deusa escorpião. No Antigo Egito um Sacerdote Leitor e um doutor poderiam também ter o título de Kherep Selket. O título de Sunu, que significa doutor ou médico, era atribuído a pessoas que prescreviam remédios tanto médicos quanto mágicos. Hoje em dia os encantadores de serpente usam técnicas práticas para enlaçar suas presas, mas eles também ainda confiam em cantos mágicos.
SOBEK
Sobek é o deus crocodilo do Egito, mas foi chamado pelos gregos de Suchos, o que lembra os servos de Sobek, os chamados Petsuchos.
Sobek é muito visto como um deus bom, sendo deus da fertilidade, da vegetação e da vida, ele é dito como o criador do rio Nilo, que foi criado a partir de seu suor.
Sobek nem sempre foi considerado um deus bondoso, quando ele surgiu das águas primordiais do caos como "o senhor das águas", era temido por seu aspecto maligno, e era chamado de demônio de Duat (local onde Osíris julga os mortos), acabou se associando com Seth, pois causava muito perigo e desordem, também é dito que depois de Seth matar Osíris, ele se escondeu num corpo de crocodilo, para não receber castigo pelo seu crime, e o crocodilo se tornou Sobek.
Sobek ou Sebek é o deus-crocodilo, no Antigo Egito, por vezes identificado com Ré ou Set e tido como filho de Seth com Neith.
Oriundo das regiões do Faium, este deus está associado à astúcia, paciência e à crise, à tudo que interrompe o curso natural das coisas. Por exemplo, ele é a crise que provoca a morte.
Sobek era o deus-crocodilo dos Antigos Egípcios, sendo representado ora como um crocodilo (colocado num altar ou santuário) ou então como um homem com cabeça de crocodilo, muitas vezes, neste caso, ostentando uma coroa com duas grandes plumas, o disco solar e uma ou mais uraeus (serpentessagradas). Os seus principais centros de culto no Antigo Egito eram dois: Fayum e Kom Ombo. Fayum, antes Shedjet, ficou até conhecida como Crocodilopolis (“cidade do crocodilo”, em grego, junto a Medinet el-Fayum), junto ao lago com o mesmo nome a Oeste do Nilo, numa região onde aqueles répteis eram extremamente abundantes no Egito faraónico.Como o eram em Kom Ombo e em todo o Alto Egito, surgindo vários santuários dedicados ao culto de Sobek. Além daqueles dois centros principais, recordemos também Esna, Gebelein e Gebel el-Silsila. Nestes templos existia anexamente, muitas vezes, um tanque com crocodilos sagrados, além de mumificações dos mesmos, como ainda hoje se pode ver em Kom Ombo, por exemplo. Sobek estava ligado ao culto do rio Nilo, da divinização da água, tendo por isso clero e rituais próprios. O seu culto foi particularmente ativo e predominante nas XII eXIII dinastias, na transição do Império Médio para o Segundo Período Intermédio, por volta dos séculos XVIII e XVII a. C., com vários faraós comonomástica dedicada ao deus, como Sobek-hotep III e IV (XIII dinastia, c. 1795-c. 1650 a. C.) ou Sobek-neferu. Sobek-hotep significa, curiosamente, em antigo egípcio, “Sobek está satisfeito” ou Sobek-Neferu, “É belo Sobek”.
Originalmente Sebek era considerado um demônio, já que os crocodilos eram temidos em uma nação tão dependente do Nilo, seu culto começou como uma tentativa de pacificá-los, para que não mais atacassem barcos, gado e mesmo pessoas.
Gradualmente Sebek começou a simbolizar a produtividade do Nilo, a fertilidade que vinha do rio à terra, o que foi tornando-o um deus cada vez mais ambíguo. Algumas vezes Sebek podia ser visto como patrono do exército do faraó, devido à sua força e ferocidade.
Seu culto floreceu na época da décima-segunda dinastia. Originalmente “nativo” de Al Fayum, onde ainda há alguns templos ainda em pé, seu culto logo foi se espalhando para outros centros, como Tebas e Kom Ombo. Esta área (Al Fayum) era tão associada a Sebek que Arsinoe, uma de suas cidades (conhecida pelos Gregos como “Crocodilópolis”) mantinha crocodilos domesticados, ornamentados com jóias e alimentados à mão. Os gregos chamavam estas criaturas de “Petsuchos” ou “aquele pertencente a Suchos” (Sobek para os gregos). Os Petsuchos eram vistos como encarnações de Sebek.
A natureza ambígua de Sebek levaram alguns a especular que ele era um reparado do mal que havia sido feito, diferente de uma estritamente boa, indo até o Duat restaurar o mal feito aos mortos. Também era conhecido como um dos deuses invocados para proteger as pessoas, efetivamente mantendo os perigos distantes delas. Desta forma ele era visto como um deus mais primitivo, eventualmente tido como avatar de outro deus primitivo: Amon. Logo após Amon ser considerado o deus líder e mais tarde se fundir com Rá (criando a entidade Amon-Rá), Sebek, como um avatar de Amon-Rá, ficou conhecido como Sebek-Rá. Quando se tornou Sebek-Rá, ele era mostrado com o símbolo solar: Um disco solar sobre sua cabeça.
Sebek era descrito como um crocodilo comum ou um homem com cabeça de crocodilo segurando um Ankh, pela sua capacidade de desfazer o mal e curar doenças.
Sobek era o deus crocodilo do rio Nilo. O povo do Egito temia e respeitava o poder dos crocodilos, então Sobek logo veio a ser visto como um patrono dos militares e o protetor dos faraós. Quando considerado patrono do exército do faraó, ele era mostrado com o símbolo da autoridade real: O Uraeus. Ele também era um deus que restauraria as almas danificadas na batalha ou na morte de sua saúde física anterior, incluindo sua visão e seus sentidos. Em alguns textos egípcios antigos, ele era um deus criador, e acredita-se que ele criou a Terra. Enquanto ele estava criando, seu suor escorria pela testa e voltou em um fluxo que mais tarde se tornou o rio Nilo.
Nos mitos Ogdoades que apareceram em um período mais tardio no Egito, Sebek foi creditado por capturar os quatro filhos de Hórus em uma rede, quando eles emergiram do Nilo em uma flor de Lótus. Os filhos de Horus eram os protetores de: o fígado, o estômago, os pulmões e os intestinos. Ele geralmente estava intimamente associado a Horus. Às vezes, ele era mencionado como tendo ajudado a entregar Horus quando nasceu; Ele também foi associado com Horus porque Horus se transformou em um crocodilo para recuperar os pedaços de seu pai, Osiris, quando Set espalhou-os pela Terra.
MERETSEGER
Meretseger: Ela é a dama da necrópole tebana, a deusa do cimo mais elevado que domina o maciço montanhoso. Sua notoriedade ultrapassa muito pouco o plano local, mas nestes limites é muito venerada, particularmente pelos operários do Túmulo.
Meretseger possui capelas em sua cidade, até mesmo nas casas, assim como um pequeno templo cavado na rocha perto do Vale das Rainhas onde está associada à Ptah. Protege os mortos e pode punir os maldosos.
Representada mais freqüentemente como uma serpente, às vezes com cabeça humana, ela pode também ser uma mulher com cabeça de serpente.
MERETSEGER
Meretseguer ou Meretseger era uma deusa-cobra da mitologia egípcia. O seu nome significa
"a que ama o silêncio" ou "amada pelo silêncio".
Era representada como simples cobra, como uma mulher com cabeça de cobra ou como uma cobra com cabeça de mulher. Tinha por vezes um toucado constituído por disco solar e cornos. Em representações mais raras surge como cobra com três cabeças (uma de mulher, outra de cobra e outra de abutre) ou como escorpião com cabeça de mulher.
As informações mais antigas sobre a deusa datam da época do Império Médio. Durante a época do Império Novo a deusa tornou-se guardiã dos túmulos das necrópoles de Tebas (Vale dos Reis), acreditando-se que atacava aqueles que tentavam pilhá-los.
Segundo as fontes vivia numa montanha com forma de pirâmide perto de Deir el-Medina, a aldeia onde habitavam os homens que construíram os túmulos reais durante o Império Novo. Por esta razão era também denominada pelos habitantes de Deir el-Medina como "Dehenet Imentet", o que significa "Montanha do Oeste".
Várias estelas encontradas revelam a devoção dos artesãos de Deir el-Medina pela deusa, detentora de uma certa ambiguidade: atacava os trabalhadores que cometiam crimes ou mentiam, castigando-os com a cegueira ou através de picadas venenosas, mas ao mesmo tempo poderia curar os que se mostrassem arrependidos.
Perto do Vale das Rainhas tinha um pequeno templo cavado na rocha onde era adorada junto com o deus Ptah. Quando se abandonou o Vale dos Reis como necrópole real, na XXI dinastia, o seu culto (que nunca ultrapassou o âmbito local) entrou em decadência.
IAH
Iah ou Aah era o deus da lua na mitologia egípcia.
As primeiras presenças do nome "Iah" referem-se à lua enquanto satélite do planeta Terra. Mais tarde, a palavra passaria a designar uma divindade.
A nível iconográfico este deus era representado, na sua forma antropomórfica, com um disco solar e crescente da lua nova sobre a sua cabeça, onde também tinha uma trança lateral característica das crianças egípcias. Por vezes tinha na mão uma folha de palmeira ou um olho de Hórus. Poderia também se manifestar como um íbis, falcão ou como o crescente da lua nova. Este últimos atributos estavam também associados a Tot e a Khonsu.
O deus não tinha nenhuma cidade associada ao seu culto. Alcançou grande popularidade na época que se seguiu ao Império Médio, ou seja, na época de dominação do Egito pelos Hicsos, um povo oriundo da Palestina. É possível que Iah seja o corresponde ao deus acádico Sin, que também era um deus lunar. O nome Iah surge na fórmula CX do Livro dos Mortos.
Curiosamente, vários membros da família real tebana, responsável pela expulsão dos Hicsos do Egito, levaram este nome como Iah-hotep I ("Iah está satisfeito"), mãe de Iahmés ("Iah nasceu"), fundador da XVIII dinastia egípcia. A esposa deste rei, Iahmés-Nefertari ("nascida da lua, a mais bela das mulheres"), também integrava a divindade no seu nome.
O culto a Iah parece ter decaído com o Império Novo. No túmulo do faraó Tutmés III encontra-se representada uma cena na qual o faraó encontra-se acompanhado pela sua mãe e por três rainhas, incluindo Sit-Iah, "filha do deus lua".
MONTU
Era representado como um homem com uma cabeça de falcão, tendo na cabeça duas plumas altas e um disco solar com uraeus (serpente) duplo. Nas suas mãos poderia segurar vários objectos, como um machado, setas e arcos. Poderia também ser representado como quatro cabeças que vigiam os pontos cardeais. Na Época Baixa foi representado com a cabeça de um boi.
De início Montu era um deus solar, associado a Rá (Montu-Ré), sendo considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol. Foi no tempo da XI dinastia que Montu adquiriu características associadas à vitória e à guerra.
Era conhecido como o "senhor de Tebas", situando-se o seu principal centro de culto em Hermontis. Outras cidades associadas ao deus eram Medamud e Tod. Em Medamud existia um santuário mandado edificar por Senuseret III, ampliado durante a época do Império Novo e posteriormente na Época greco-romana. Em Karnak existia igualmente um templo dedicado a Montu, que possuía um lago sagrado.
Vários reis da XI dinastia tinham como nome de nascimento Mentuhotep ("Montu está satisfeito"), o que representava uma referência a esta divindade e atestando a sua importância durante este período.
Montu é referido nas Aventuras de Sinué, uma obra da literatura do Antigo Egito, cuja acção se desenrola no tempo da XII dinastia. O seu protagonista, o fugitivo Sinué, realiza um acto de louvor a Montu, depois de derrotar um inimigo de origem síria.
Durante o Império Novo o deus Amon relegou Montu para um segundo plano, tornando-se o deus mais importante do panteão, ao mesmo tempo que assimilou as características guerreiras de Montu.
Montu foi muito comparado com o deus grego Apolo devido as suas características solares e guerreiras, também foi muito confundido com o deus Khonsu que é uma divindade lunar.
Não se sabe muito a respeito dos pais de Montu o que se sabe é que ele seria filho adotado da deusa Mut, mulher de Amon, mais tarde Montu foi combinado com o deus Rá formando assim o deus Montu-Rá, não chegou a fazer muito sucesso.
Houve uma época em que o deus Montu era representado com quatro cabeças cada uma apontando para um lado para vigiar os pontos cardeais.
BÉS
BÉS
Bés era uma antiga divindade egípcia representada por um anão robusto e monstruoso. Era o bobo dos deuses, senhor do prazer e da alegria.Sua aparência era de um anão gordo e barbudo, feio a ponto de se tornar cômico. Ele é muitas vezes representado com a língua de fora e segurando um chocalho. Quando esculpido ou pintado na parede, ele nunca aparece de perfil, mas sempre de frente, o que é único na arte egípcia. Também existem representações de Bes com características felinas ou leoninas.
Bes é um deus pouco vulgar. Ele não parece ser egípcio, mas de onde ele vem é desconhecido. Ele parece-se com deuses encontrados na África central e do sul. Bes era inicialmente o protetor do parto. Durante o nascimento, Bes dançava à volta do quarto, abanando o seu chocalho e gritando para assustar demônios que de outro modo poderiam amaldiçoar a criança.
Depois da criança nascer, Bes ficava ao lado do berço entretendo o bebé. Quando a criança ria ou sorria sem motivo aparente, acreditava-se que Bes estava algures no quarto a fazer caretas.
Embora existisse devoção popular para com os grandes deuses do panteão egípcio, o povo preferia cultuar divindades mais rústicas que, provavelmente, poderiam atender melhor às suas modestas aspirações. O deus Bes, de origem africana ou semítica, era uma delas. Apesar de sua aparência medonha, era inteiramente inofensivo. Tinha o aspecto de um pequeno gnomo barbado que exibia seu corpo nu e disforme e mostrava a língua de maneira provocante. Com rosto em forma de máscara, de cabelos desgrenhados e dotado de cauda, frequentemente estava coberto com peles de leão. Devotava-se a distrair e proteger os homens contra todos os malefícios.
Sua face repulsiva e grotesca punha em fuga as forças malignas e fazia rir aquele a quem ele amparava. Sendo uma divindade doméstica, protegia o dia-a-dia das pessoas, afastava o mau-olhado e era muito popular entre os egípcios. Considerado o patrono da música, da boa mesa, do divertimento, das mulheres grávidas e dos partos, era também o protetor da família e companheiro de folguedos das crianças. A origem dessa divindade familiar é obscura e não deixou traços na literatura religiosa. Em compensação ela está constantemente presente em objetos domésticos como pés ou cabeceiras de cama e artigos de toalete de todo tipo. Após a morte do indivíduo, Bes continuava protegendo o falecido em sua nova morada e prosseguia na função benéfica de repelir as forças maléficas.
O egiptólogo Alan W. Shorter assim descreve esse deus:
Bes é representado como um anão manco, sendo sua cabeça às vezes coberta por uma fileira de penas. Parece ter assumido originariamente a forma de um leão ou de algum outro membro selvagem da tribo dos felídeos, pois muitas vezes é figurado com orelhas, juba e rabo semelhantes aos dessas criaturas; já em outras versões o artista interpreta esses elementos como pertencentes a uma pele que o deus usa sobre o corpo. Esse deus era bastante popular, a julgar pela infinidade de berloques e amuletos confeccionados com sua figura. Especialmente associado aos prazeres humanos de toda espécie, sua figura cordial costumava adornar os pés das camas de casal, ou então era representado a tocar um pandeiro, incentivando seus adoradores a cantarem e a se divertirem. Nas figuras talhadas em alguns cetros mágicos de marfim, ele é mostrado no ato de estrangular e devorar serpentes, a fim de proteger a humanidade desses répteis nocivos.
Bes frequentemente é representado tocando vários instrumentos musicais, especialmente um tambor ou um pandeiro. Parece lógico estando ele associado à gravidez e ao parto, uma vez que a música é importante na celebração de um nascimento feliz. Vários fragmentos de pintura mural encontrados nas residências de Deir el-Medina mostram este deus dançando e tocando. Sem dúvida o papel mais importante atribuído a ele era a proteção da mãe e da criança durante o perigoso momento do parto. Um encantamento para evitar as complicações do nascimento deveria ser recitado quatro vezes diante de uma figura de barro da divindade colocada na cabeça da mulher em trabalho de parto. De acordo com um mito, ele apaziguara a enfurecida deusa Hátor numa ocasião em que ela, amuada, se refugiara em Philae, tocando pandeiro e harpa para ela e, em função disso, ele é visto tocando os dois instrumentos nas colunas do templo daquela deusa em Philae. Também existem várias representações de Bes portando uma faca, com a qual lutava contra as forças malignas.
HAPI
Hapi era uma divindade da mitologia egípcia que personificava as águas do rio Nilo durante a inundação anual a que o Antigo Egito estava sujeito entre meados de Julho e Outubro.
Hapi não tinha templos a si dedicados, mas era associado à região da primeira catarata do Nilo (ilha de Biga, onde se dizia que residia) ou ao vértice do Delta do Nilo, perto da cidade do Cairo. Apesar disso, o deus era popular um pouco por todo o Egito.
Era por vezes representado de forma duplicada no símbolo do sema-taui, onde surge a atar as duas plantas heráldicas do Alto Egito e do Baixo Egito, o lótus e o papiro (cyperus papirus).
Apenas o faraó Siptah mencionou o deus Hapi na sua titulação: o seu nome de Hórus apresenta-o como "amado de Siptah".
Hapi era representado como um homem com ventre proeminente e com seios, que veste a cinta dos pescadores e barqueiros. Na sua cabeça tinha o lótus e o papiro ou segurava estas plantas nas suas mãos. A sua pele poderia ser pintada de azul ou verde, duas cores associadas entre os antigos Egípcios à fertilidade. Era também representado a derramar água de jarros ou a levar mesas e bandejas com alimentos.
Hapi era associado ao deus Osíris, outra divindade com características relacionadas com a fecundidade. Enquanto que Hapi personificava as águas do Nilo, Osíris era a força fertilizante destas águas. Teria sido também Hapi a alimentar no seu seio Osíris, ajudando desta forma na ressurreição do deus.
A sua esposa era a deusa Sekhmet. Outros deuses relacionados com Hapi eram Ísis (cujas lágrimas eram vistas como a causa da inundação do Nilo) e Khnum (divindade ligada às cataratas do Nilo).
Os egípcios personificavam o rio Nilo como o deus Hapi. Sua figura é a de um homem barbado, com seios pendentes de mulher, indicativo de sua fertilidade, e uma barriga avantajada, de quem está bem alimentado, amparada por um cinturão. Freqüentemente aparece pintado em azul e às vezes calça sandálias, o que é um sinal de riqueza. Usa plantas aquáticas na cabeça. Suas mãos espalham o símbolo da vida e seguram uma bandeja com alimentos (peixes, patos, ramos de flores e de espigas) ou despejam água de jarros. Era chamado o pai dos deuses e várias cidades tinham o seu nome.
Tão dependentes que eram das cheias do Nilo, é compreensível que os egípcios tivessem esse deus como objeto constante de suas preces. Pequenos amuletos representando o deus Hapi eram fabricados aos milhares em ouro, prata, cobre, chumbo, turquesa, lápis-lazúli, faiança ou, ainda, outros materiais. Por ocasião das cheias, oferendas eram apresentadas ao deus em vários templos egípcios.
Khnum (Khnemu, Khenmu, Khenmew, Chnum) foi um dos mais antigos deuses do Egito, sendo originalmente um deus da água, que se acreditava governar sobre toda a água, incluindo os rios e lagos do submundo. Ele foi descrito como um carneiro, um homem com a cabeça de um carneiro ou um homem com os chifres de um carneiro e por vezes tendo uma jarra ou coroa dupla sobre os cornos.
Ele era (muito raramente) representado com a cabeça de um falcão, indicando sua conexão com o deus Rá. Ele muitas vezes usa a coroa de plumas brancas do Alto Egito e era por vezes, representado segurando um jarro com água fluindo para fora. Ocasionalmente, Khnum é representado com quatro cabeças de carneiro (representando o deus sol Rá, o deus do ar Shu, o deus da terra Geb e Osíris, o deus do submundo). Nesta forma, ele era conhecido como Sheft -hat.
KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios.
O seu nome significa 'o modelador'. É um deus com origens antigas, que possivelmente remontam à época pré-dinástica.
Segundo a lenda, o deus Khnum, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, por estar ligado à criação dos seres humanos, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer.
No seu torno formava não só a carne dos humanos, mas também o seu "ka" (alma). Por esta razão, era também representado no ato da criação dos novos seres.
Em alguns mitos, Khnum é responsável pela criação da raça humana e de todos os outros deuses , devido à sua grande habilidade na roda do oleiro, onde ele cuidadosamente criava e moldava cada ser.
Também é atribuída a ele a criação do “Ovo Primordial”, a partir do qual Rá surgiu, que por sua vez gerou os outros deuses. Logo depois, Khnum começou a esculpir as crianças do mundo mortal, a criação de ambos os seus corpos e espírito de barro, e abençoando-as para serem saudáveis.
Do ponto de vista geográfico, encontrava-se ligado à zona sul do Egito e à Núbia. Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egito estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola.
Khnum era uma divindade associada ao rio Nilo, e fazia com que a sua inundação depositasse lodo preto suficiente nas margens do rio para torná-las férteis. O lodo também formava o barro, a matéria-prima necessária para fazer cerâmica. Como resultado, ele estava intimamente associado com a arte da cerâmica.
Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas, e onde Khnum formava uma tríade (agrupamento de três deuses) com as deusas Satis e Anuket. Na cidade de Esna formava uma tríade com Satis e Neit.
Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati (a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.
Uma tradição afirma que o faraó Djoser estava preocupado com uma fome de sete anos que se tinha abatido sobre o Egito. O rei compreende que esta situação esta associada ao fato de Khnum não permitir a circulação das águas do Nilo, que prende com as suas sandálias. O rei decide então realizar oferendas à divindade, que surge num sonho a pedir que continue a honrá-lo convenientemente. Esta história encontra-se gravada numa estela da época ptolomaica, conhecida como a "estela da fome" e é provável que tenha pouco valor histórico, dado longo período de tempo que decorre entre Djoser e a era ptolomaica.
Khnum também era uma divindade protetora dos mortos, semelhante à Anúbis. Magias invocando a ajuda de Khnum podem ser encontradas no Livro dos Mortos e em muitas das coração- escaravelhos enterrados com os mortos, porque acreditava-se que ele poderia ajudar o falecido a obter uma sentença favorável no Julgamento de Ma’at .
Khnum é um dos deuses que auxiliavam Rá em sua jornada noturna através do submundo. Ele teria criado o barco que transportava Rá e ajudou a defender o deus do sol contra a serpente Apep. No entanto, ele às vezes era considerado o “ba” de Rá, porque a palavra para ”carneiro” em egípcio também foi “ba”. Quando Khnum foi fundido com Ra para formar a divindade composta Khnum-Ra, esta divindade foi associada à Nun (que representava as águas primevas), e recebeu o epíteto Hap-ur (”grande Nilo ” ou ” Nilo do céu “)
Neith (também denominada de Nit, Net e Neit) é, na mitologia egípcia, a deusa da guerra e da caça, criadora de homens e deuses, divindade funerária e deusa inventora.
Ela também é chamada Tehenut, sendo uma antiga deusa egípcia cujo culto provém do período pré-dinástico, na qual tinha forma de escaravelho, depois passou à deusa da guerra, da caça e deusa inventora. Platão afirmou que em Saís, Atena fundia-se com Neith, pelos atributos da guerra e da tecelagem, e tinham a coruja como o mesmo animal simbólico.
Em seu aspecto funerário, é a deusa protetora dos mortos: ela inventou o tecido (se converte em patrona dos tecelões) que oferece tanto às vendas, quanto o sudário aos mortos.
É representada como uma mulher com coroa vermelha do Baixo Egito, com arco e duas flechas. Também foi representada como coruja, escaravelho, abelha, vaca, peixe, com cabeça de leoa, e às vezes dando de mamar a um crocodilo (Sobek).
Neith: É a mais antiga deusa citada pelos textos, talvez a protetora do Baixo Egito bem antes da unificação do país. Venerada principalmente em Sais, no Delta, ela é representada como uma mulher que usa a coroa vermelha do Baixo Egito. Seu nome se escreve com duas flechas ou dois arcos, o que a designa bem como uma deusa guerreira.
Também é protetora, com Duramulef, do vaso canopo do estômago, ela parece ser uma divindade que basta a si própria, um dos raros princípios criadores femininos entre os deuses egípcios.
NEITH: Era a deusa da guerra e da caça, tinha duas personalidades como a maioria dos deuses, as vezes era feroz e as vezes uma deusa boa. É mencionada no textos das pirâmides junto com Ísis, Néftis e Serket. Seu símbolo era duas setas cruzadas sobre um escudo e também identificava a cidade de Sais (como protetora de Sais). Neith é mostrada como uma mulher usando a coroa vermelha do baixo Egito.
Também era a padroeira da tecelagem. No reino novo, Neith era considerada como a mãe de Rá, a primeira a dar a luz. Associada como esposa de Seth e mãe de Sobek (talvez por isso ela as vezes era associada como uma deusa feroz). Muitas retratações mostram ela dando de mamar a um crocodilo bebê. Ela também aparece como árbitra na disputa entre Hórus e Seth.
Era no Egito a deusa mãe, que se tinha auto-criado das águas primordiais (Nun). Foi ela que originou os seres humanos e os deuses, entre os quais se encontram monstros, como Sobek, o crocodilo, e a serpente do caos, Apep.
Sendo também deusa da caça e da guerra, além de protetora do Norte do Egito, um dos seus atributos era um escudo sobre duas flechas cruzadas.
Foi o atributo que usava na cabeça que originou a coroa vermelha que representava o Baixo Egito, usada pelos faraós. Muitas das mulheres de reis usaram nomes formados com o desta deusa (como por exemplo o da rainha Meret-Neith, a amada de Neith , casada com o rei Djet).
Esta divindade era identificada igualmente com a política e o poder, o que se reflete no fato de ter arbitrado a luta de Set e Hórus pela posse do trono do Egito. Aos pedidos de conselho que as divindades lhe endereçaram ela respondeu que o trono devia ficar para Hórus, sendo Set compensado pelo casamento com duas deusas estrangeiras, Astarte e Anat, explicando-se deste modo a introdução destas no panteão egípcio.Este facto pode também refletir a inferioridade de Set, ao não ser considerado digno de casar com divindades autóctones. No entanto, a deusa aparece por vezes como mulher de Set.
Esta deusa pode também aparecer representada sob a forma de um bovino.
O seu centro inicial de veneração era no Delta do Nilo, no santuário de Sais. Passou depois a haver um em Mênfis, quando Neith se tornou mais importante.
Surgia também depois da morte, já que estava presente na chamada "Sala das Duas Verdades" onde os seres humanos eram julgados pelos atos que tinham praticado durante a vida, informando sobre o que a pessoa tinha feito. Estava presente no momento em que o coração era pesado e simbolicamente assistia ao novo nascimento da pessoa, caso a esta lhe fosse atribuída uma existência no paraíso.
No Papiro Westcar a deusa surge como ajudante no nascimento de três reis da V Dinastia, Userkaf, Sahurê e Neferirkaré, assegurando que cada um deles seria rei. No templo de Hatchepsut em Deir el-Bahari, a deusa surge proferindo uma fórmula mágica que visa afastar o mal da rainha no momento do seu nascimento.
Meskhenet era a esposa do deus Herichef, sendo adorada em Mênfis e em Heracleópolis Magna; nesta última cidade tomava a forma de Ísis. Em alguns textos referem-se quatro deusas Meskhenet, que dançavam e celebravam os nascimentos, sendo consideradas esposas do deus Chai.
Representada como uma cobra, uma mulher com cabeça de cobra ou uma cobra com cabeça de mulher. Companheira da deusa Meskhenet.
Renenutet (também conhecida como Termuthis, Ernutet, Renenet) era uma deusa cobra da área do Delta. Ela era uma poderosa deusa, cujo olhar destruiu seus inimigos. No entanto, os antigos egípcios não tinham motivos para temê-la, pois ela lhes oferecia proteção em muitas áreas de sua vida.
Ela era descrita como uma mulher, uma cobra ou uma mulher com a cabeça de uma cobra usando um cocar de plumas duplas ou o disco solar. Ela também foi retratada com uma cabeça de leão, como Hathor em sua forma do "Olho de Rá". No submundo, ela se tornou uma espantosa cobra que cuspia fogo e podia matar com um olhar.
Seu nome pode derivar das palavras "rnn" (para educar, ou enfermeira) e "wtt" (cobra), mas outros sugerem que "rnnt" pode significar "fortuna" ou "riquezas". Outra possibilidade é que a primeira sílaba seja "rn", traduzida como "nome". Isso certamente se encaixaria em seu papel na nomeação de crianças, mas aqueles que apoiam essa visão tendem a traduzir seu nome como "Ela que está no nome", que não se encaixa realmente no resto dos hieróglifos. Isso nos leva a uma outra possibilidade. Algumas fontes referem-se a uma deusa separada da serpente chamada Renenet, que era uma deusa da amamentação. Eles podem muito bem ser um e o mesmo, ou poderiam ter se fundido ao longo do tempo, mas também é possível que os dois tenham simplesmente se tornado confusos pelos historiadores.
Renenutet era às vezes considerada a esposa de Geb (o deus da Terra) e a mãe de Nehebkau
Hapi não tinha templos a si dedicados, mas era associado à região da primeira catarata do Nilo (ilha de Biga, onde se dizia que residia) ou ao vértice do Delta do Nilo, perto da cidade do Cairo. Apesar disso, o deus era popular um pouco por todo o Egito.
Era por vezes representado de forma duplicada no símbolo do sema-taui, onde surge a atar as duas plantas heráldicas do Alto Egito e do Baixo Egito, o lótus e o papiro (cyperus papirus).
Apenas o faraó Siptah mencionou o deus Hapi na sua titulação: o seu nome de Hórus apresenta-o como "amado de Siptah".
Hapi era representado como um homem com ventre proeminente e com seios, que veste a cinta dos pescadores e barqueiros. Na sua cabeça tinha o lótus e o papiro ou segurava estas plantas nas suas mãos. A sua pele poderia ser pintada de azul ou verde, duas cores associadas entre os antigos Egípcios à fertilidade. Era também representado a derramar água de jarros ou a levar mesas e bandejas com alimentos.
Hapi era associado ao deus Osíris, outra divindade com características relacionadas com a fecundidade. Enquanto que Hapi personificava as águas do Nilo, Osíris era a força fertilizante destas águas. Teria sido também Hapi a alimentar no seu seio Osíris, ajudando desta forma na ressurreição do deus.
A sua esposa era a deusa Sekhmet. Outros deuses relacionados com Hapi eram Ísis (cujas lágrimas eram vistas como a causa da inundação do Nilo) e Khnum (divindade ligada às cataratas do Nilo).
Tão dependentes que eram das cheias do Nilo, é compreensível que os egípcios tivessem esse deus como objeto constante de suas preces. Pequenos amuletos representando o deus Hapi eram fabricados aos milhares em ouro, prata, cobre, chumbo, turquesa, lápis-lazúli, faiança ou, ainda, outros materiais. Por ocasião das cheias, oferendas eram apresentadas ao deus em vários templos egípcios.
Ele era (muito raramente) representado com a cabeça de um falcão, indicando sua conexão com o deus Rá. Ele muitas vezes usa a coroa de plumas brancas do Alto Egito e era por vezes, representado segurando um jarro com água fluindo para fora. Ocasionalmente, Khnum é representado com quatro cabeças de carneiro (representando o deus sol Rá, o deus do ar Shu, o deus da terra Geb e Osíris, o deus do submundo). Nesta forma, ele era conhecido como Sheft -hat.
KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios.
O seu nome significa 'o modelador'. É um deus com origens antigas, que possivelmente remontam à época pré-dinástica.
Segundo a lenda, o deus Khnum, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, por estar ligado à criação dos seres humanos, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer.
No seu torno formava não só a carne dos humanos, mas também o seu "ka" (alma). Por esta razão, era também representado no ato da criação dos novos seres.
Em alguns mitos, Khnum é responsável pela criação da raça humana e de todos os outros deuses , devido à sua grande habilidade na roda do oleiro, onde ele cuidadosamente criava e moldava cada ser.
Também é atribuída a ele a criação do “Ovo Primordial”, a partir do qual Rá surgiu, que por sua vez gerou os outros deuses. Logo depois, Khnum começou a esculpir as crianças do mundo mortal, a criação de ambos os seus corpos e espírito de barro, e abençoando-as para serem saudáveis.
Do ponto de vista geográfico, encontrava-se ligado à zona sul do Egito e à Núbia. Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egito estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola.
Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas, e onde Khnum formava uma tríade (agrupamento de três deuses) com as deusas Satis e Anuket. Na cidade de Esna formava uma tríade com Satis e Neit.
Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati (a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.
Uma tradição afirma que o faraó Djoser estava preocupado com uma fome de sete anos que se tinha abatido sobre o Egito. O rei compreende que esta situação esta associada ao fato de Khnum não permitir a circulação das águas do Nilo, que prende com as suas sandálias. O rei decide então realizar oferendas à divindade, que surge num sonho a pedir que continue a honrá-lo convenientemente. Esta história encontra-se gravada numa estela da época ptolomaica, conhecida como a "estela da fome" e é provável que tenha pouco valor histórico, dado longo período de tempo que decorre entre Djoser e a era ptolomaica.
Khnum também era uma divindade protetora dos mortos, semelhante à Anúbis. Magias invocando a ajuda de Khnum podem ser encontradas no Livro dos Mortos e em muitas das coração- escaravelhos enterrados com os mortos, porque acreditava-se que ele poderia ajudar o falecido a obter uma sentença favorável no Julgamento de Ma’at .
Khnum é um dos deuses que auxiliavam Rá em sua jornada noturna através do submundo. Ele teria criado o barco que transportava Rá e ajudou a defender o deus do sol contra a serpente Apep. No entanto, ele às vezes era considerado o “ba” de Rá, porque a palavra para ”carneiro” em egípcio também foi “ba”. Quando Khnum foi fundido com Ra para formar a divindade composta Khnum-Ra, esta divindade foi associada à Nun (que representava as águas primevas), e recebeu o epíteto Hap-ur (”grande Nilo ” ou ” Nilo do céu “)
NEITH
Neith (também denominada de Nit, Net e Neit) é, na mitologia egípcia, a deusa da guerra e da caça, criadora de homens e deuses, divindade funerária e deusa inventora.
Ela também é chamada Tehenut, sendo uma antiga deusa egípcia cujo culto provém do período pré-dinástico, na qual tinha forma de escaravelho, depois passou à deusa da guerra, da caça e deusa inventora. Platão afirmou que em Saís, Atena fundia-se com Neith, pelos atributos da guerra e da tecelagem, e tinham a coruja como o mesmo animal simbólico.
Em seu aspecto funerário, é a deusa protetora dos mortos: ela inventou o tecido (se converte em patrona dos tecelões) que oferece tanto às vendas, quanto o sudário aos mortos.
É representada como uma mulher com coroa vermelha do Baixo Egito, com arco e duas flechas. Também foi representada como coruja, escaravelho, abelha, vaca, peixe, com cabeça de leoa, e às vezes dando de mamar a um crocodilo (Sobek).
Neith: É a mais antiga deusa citada pelos textos, talvez a protetora do Baixo Egito bem antes da unificação do país. Venerada principalmente em Sais, no Delta, ela é representada como uma mulher que usa a coroa vermelha do Baixo Egito. Seu nome se escreve com duas flechas ou dois arcos, o que a designa bem como uma deusa guerreira.
Também é protetora, com Duramulef, do vaso canopo do estômago, ela parece ser uma divindade que basta a si própria, um dos raros princípios criadores femininos entre os deuses egípcios.
NEITH: Era a deusa da guerra e da caça, tinha duas personalidades como a maioria dos deuses, as vezes era feroz e as vezes uma deusa boa. É mencionada no textos das pirâmides junto com Ísis, Néftis e Serket. Seu símbolo era duas setas cruzadas sobre um escudo e também identificava a cidade de Sais (como protetora de Sais). Neith é mostrada como uma mulher usando a coroa vermelha do baixo Egito.
Também era a padroeira da tecelagem. No reino novo, Neith era considerada como a mãe de Rá, a primeira a dar a luz. Associada como esposa de Seth e mãe de Sobek (talvez por isso ela as vezes era associada como uma deusa feroz). Muitas retratações mostram ela dando de mamar a um crocodilo bebê. Ela também aparece como árbitra na disputa entre Hórus e Seth.
Era no Egito a deusa mãe, que se tinha auto-criado das águas primordiais (Nun). Foi ela que originou os seres humanos e os deuses, entre os quais se encontram monstros, como Sobek, o crocodilo, e a serpente do caos, Apep.
Sendo também deusa da caça e da guerra, além de protetora do Norte do Egito, um dos seus atributos era um escudo sobre duas flechas cruzadas.
Foi o atributo que usava na cabeça que originou a coroa vermelha que representava o Baixo Egito, usada pelos faraós. Muitas das mulheres de reis usaram nomes formados com o desta deusa (como por exemplo o da rainha Meret-Neith, a amada de Neith , casada com o rei Djet).
Esta deusa pode também aparecer representada sob a forma de um bovino.
O seu centro inicial de veneração era no Delta do Nilo, no santuário de Sais. Passou depois a haver um em Mênfis, quando Neith se tornou mais importante.
Meskhenet
Meskhenet (também chamada Mesenet, Meskhent e Meshkent) é uma deusa da mitologia egípcia associada ao parto. O seu nome significa "o lugar onde a pessoa se agacha", pelo fato das mulheres egípcias darem à luz em posição agachada com os pés posicionados sobre tijolos.
Meskhenet moldava o KA dos seres, assegurava o nascimento destes em segurança e decidia o destino de cada um deles.
É representada como um tijolo com cabeça de mulher ou como uma mulher com dois objetos verticais sobre a cabeça que se enroscavam para o exterior e que alguns consideram tratar-se do útero de uma vaca. Também surgia como vaca com uraeus (serpente sagrada) na testa.
Surgia também depois da morte, já que estava presente na chamada "Sala das Duas Verdades" onde os seres humanos eram julgados pelos atos que tinham praticado durante a vida, informando sobre o que a pessoa tinha feito. Estava presente no momento em que o coração era pesado e simbolicamente assistia ao novo nascimento da pessoa, caso a esta lhe fosse atribuída uma existência no paraíso.
No Papiro Westcar a deusa surge como ajudante no nascimento de três reis da V Dinastia, Userkaf, Sahurê e Neferirkaré, assegurando que cada um deles seria rei. No templo de Hatchepsut em Deir el-Bahari, a deusa surge proferindo uma fórmula mágica que visa afastar o mal da rainha no momento do seu nascimento.
Meskhenet era a esposa do deus Herichef, sendo adorada em Mênfis e em Heracleópolis Magna; nesta última cidade tomava a forma de Ísis. Em alguns textos referem-se quatro deusas Meskhenet, que dançavam e celebravam os nascimentos, sendo consideradas esposas do deus Chai.
RENENUTET
Renenutet, Renenet ou Ernutet era uma deusa que protegia os seres humanos das picadas de cobras e outros animais peçonhentos. Era a deusa das cobras, das crianças e da fertilidade. Seu culto estava centrado na cidade de Terenuthis. É a mãe de Nehebkau, filho que teve com Seb.Representada como uma cobra, uma mulher com cabeça de cobra ou uma cobra com cabeça de mulher. Companheira da deusa Meskhenet.
Renenutet
Renenutet (também conhecida como Termuthis, Ernutet, Renenet) era uma deusa cobra da área do Delta. Ela era uma poderosa deusa, cujo olhar destruiu seus inimigos. No entanto, os antigos egípcios não tinham motivos para temê-la, pois ela lhes oferecia proteção em muitas áreas de sua vida.
Ela era descrita como uma mulher, uma cobra ou uma mulher com a cabeça de uma cobra usando um cocar de plumas duplas ou o disco solar. Ela também foi retratada com uma cabeça de leão, como Hathor em sua forma do "Olho de Rá". No submundo, ela se tornou uma espantosa cobra que cuspia fogo e podia matar com um olhar.
Seu nome pode derivar das palavras "rnn" (para educar, ou enfermeira) e "wtt" (cobra), mas outros sugerem que "rnnt" pode significar "fortuna" ou "riquezas". Outra possibilidade é que a primeira sílaba seja "rn", traduzida como "nome". Isso certamente se encaixaria em seu papel na nomeação de crianças, mas aqueles que apoiam essa visão tendem a traduzir seu nome como "Ela que está no nome", que não se encaixa realmente no resto dos hieróglifos. Isso nos leva a uma outra possibilidade. Algumas fontes referem-se a uma deusa separada da serpente chamada Renenet, que era uma deusa da amamentação. Eles podem muito bem ser um e o mesmo, ou poderiam ter se fundido ao longo do tempo, mas também é possível que os dois tenham simplesmente se tornado confusos pelos historiadores.
Renenutet era às vezes considerada a esposa de Geb (o deus da Terra) e a mãe de Nehebkau
(o deus serpente que guardava a entrada do submundo e protegia Rá enquanto passava por todas as noites), mas outras tradições afirmavam que ela era casada. para Sobek ou Shai, o deus do destino. Ela era a mãe de Nepri, a personificação do milho, que estava intimamente associada a Osíris. No entanto, como um exemplo de maternidade perfeita, ela se fundiu com Isis (esposa de Osiris) como Isermithis ou Thermouthis.
Para os antigos egípcios, nomes eram palavras de grande poder. Como a Deusa da amamentação, Renenutet deu a cada bebê recém-nascido um nome secreto junto com o leite de sua mãe. Neste papel, ela recebeu o epíteto "She Who Rears". Ela também protegia crianças de maldições. Na verdade, a criança foi dito ter "Renenutet em seu ombro desde o primeiro dia". Nesse papel, ela estava ligada a Meskhenet, uma deusa do parto, que na verdade supervisionava o trabalho de parto.
Os antigos egípcios acreditavam que, para uma pessoa desfrutar da vida eterna, sua imagem e seu nome devem sobreviver. Como Renenutet deu a cada pessoa seu nome, ela estava ligada a Shai, como uma deusa do destino. Ramsses II afirmou que ele era o "Senhor de Shai e Criador de Renentet" como uma indicação de seu poder para controlar seu próprio destino. Renenutet e Shai eram freqüentemente representados com Thoth e às vezes eram chamados de "as mãos de Thoth". Na Ladainha de Re (Novo Reino) ela aparece no submundo como a "Senhora da Justificação", associando-a com a deusa Maat.
Min é uma divindade egípcia itifálica, que além de proteger as caravanas, promovia a fertilidade.
O culto a Min teve origem no Período Pré-dinástico (4 milênio a.C). Ele era representado em muitas formas diferentes, mas foi muitas vezes representado em forma humana do sexo masculino, com um pênis ereto e no braço direito segurando um mangual. Era o deus da fertilidade; como Khnum, ele foi o criador de todas as coisas.
Seu culto foi mais forte em Coptos e Akhmim (Panópolis), onde em sua homenagem foram realizados grandes festivais celebrando seu "surgimento" com uma procissão pública e
apresentação de ofertas. Suas outras associações incluem o deserto oriental. Flinders Petrie escavou duas grandes estátuas de Min em Qift que estão agora no Museu Ashmolean, e são consideradas por alguns do período pré-dinástico. Apesar de não ser mencionado pelo nome uma referência a "aquele cujo braço é levantado no Oriente" nos textos da pirâmide acredita-se referir a Min.
Sua importância cresceu no Império Médio, quando ele se tornou ainda mais intimamente ligado com Hórus como a divindade Min-Hórus. Até o Império Novo ele também foi fundido com Amon na divindade Min-Amen-kamutef (Min-Amen - touro de sua mãe).
Como a divindade central da fertilidade e ritos orgiásticos possivelmente Min tornou-se identificado pelos gregos com o deus Pan. Uma característica da adoração a Min foi o espinhoso alface selvagem Lactuca virosa e Lactuca serriola que é a versão doméstica Lactuca sativa que tem qualidades afrodisíacas e produzi látex quando cortado, possivelmente identificado com o sêmen. Ele também tinha ligações com Núbia. No entanto, seus principais centros de culto foram Qift (Coptos) e Akhmim (Khemmis).
Como um deus da potência sexual masculina, ele foi homenageado durante os ritos de coroação do Império Novo, quando o faraó era esperado para semear a sua semente - geralmente acredita-se com sementes de plantas, embora tenha havido sugestões polêmicas que o faraó era esperado para demonstrar que ele podia ejacular - e, assim, garantir a inundação anual do Nilo. No início da safra, a sua imagem era colocada fora do templo e trazida aos campos no festival da partida de Min, quando abençoava a colheita.
Na arte egípcia, Min foi descrito como sendo coberto com mortalhas, usando uma coroa com penas, e, muitas vezes segurando seu pênis ereto na mão esquerda e um mangual (referindo-se à sua autoridade), em sua mão direita virada para cima. Em torno de sua testa, Min usa uma fita vermelha que arrasta no chão, que muitos acreditam representar a energia sexual. Os símbolos de Min eram o touro branco, uma seta farpado, e uma alface, que os egípcios acreditavam ser afrodisíaco e, como alface egípcio era alto, em linha reta, e lançava uma substância leitosa - quando friccionada, características superficialmente semelhante ao pênis.
APEDEMAK: Deus do sul da Núbia (atual Sudão) e considerado o patrono da guerra.
Descrito com a cabeça de um leão e o corpo de humano.
Para os antigos egípcios, nomes eram palavras de grande poder. Como a Deusa da amamentação, Renenutet deu a cada bebê recém-nascido um nome secreto junto com o leite de sua mãe. Neste papel, ela recebeu o epíteto "She Who Rears". Ela também protegia crianças de maldições. Na verdade, a criança foi dito ter "Renenutet em seu ombro desde o primeiro dia". Nesse papel, ela estava ligada a Meskhenet, uma deusa do parto, que na verdade supervisionava o trabalho de parto.
Os antigos egípcios acreditavam que, para uma pessoa desfrutar da vida eterna, sua imagem e seu nome devem sobreviver. Como Renenutet deu a cada pessoa seu nome, ela estava ligada a Shai, como uma deusa do destino. Ramsses II afirmou que ele era o "Senhor de Shai e Criador de Renentet" como uma indicação de seu poder para controlar seu próprio destino. Renenutet e Shai eram freqüentemente representados com Thoth e às vezes eram chamados de "as mãos de Thoth". Na Ladainha de Re (Novo Reino) ela aparece no submundo como a "Senhora da Justificação", associando-a com a deusa Maat.
De acordo com os Textos da Pirâmide, Renenutet era a deusa da abundância e da boa sorte. As cobras eram frequentemente vistas nos campos perto da época da colheita, caçando os roedores que ameaçavam a colheita. Como resultado, Renenutet foi considerado para proteger a colheita e recebeu os epítetos "Deusa do Celeiro Duplo", a "Senhora dos Campos Férteis" e a "Senhora dos Celeiros". Amenemhet III e Amenemhet IV dedicaram um templo a Renenutet, Sobek e Horus em Dja (conhecido pelos gregos como Narmouthis ou Harmounthis e agora chamado Medinet Madi) que foi expandido durante o Período Ptolomaico. Neste templo, um festival anual de colheita foi realizado em sua honra, durante o qual uma quantidade dos produtos de melhor qualidade foi dedicada a ela, e em todo o Egito, santuários para ela foram construídos em áreas onde o vinho era fabricado. Ela também estava ligada à chegada da inundação e, no período posterior, presidiu o oitavo mês do antigo calendário egípcio que nos é conhecido pelo nome grego "Parmutit".
Desde o início, ela era vista como protetora do faraó no mundo dos mortos, com o epíteto de "Serpente Nutritiva". Ela imbuiu sua roupa com poder que repeliu seus inimigos. Pelo Novo Império seu poder estendeu-se ao ritual de mumificação durante o qual ela impregnou os envoltórios de múmia com poder mágico, e no Período Ptolomaico este papel foi honrado com o epíteto "A Dama dos Vestidos".
Desde o início, ela era vista como protetora do faraó no mundo dos mortos, com o epíteto de "Serpente Nutritiva". Ela imbuiu sua roupa com poder que repeliu seus inimigos. Pelo Novo Império seu poder estendeu-se ao ritual de mumificação durante o qual ela impregnou os envoltórios de múmia com poder mágico, e no Período Ptolomaico este papel foi honrado com o epíteto "A Dama dos Vestidos".
MIN
Tinha a forma de um homem com gorro, duas plumas e fita, mumiforme, braço direito levantado com chicote e pênis ereto.
Seu culto foi mais forte em Coptos e Akhmim (Panópolis), onde em sua homenagem foram realizados grandes festivais celebrando seu "surgimento" com uma procissão pública e
apresentação de ofertas. Suas outras associações incluem o deserto oriental. Flinders Petrie escavou duas grandes estátuas de Min em Qift que estão agora no Museu Ashmolean, e são consideradas por alguns do período pré-dinástico. Apesar de não ser mencionado pelo nome uma referência a "aquele cujo braço é levantado no Oriente" nos textos da pirâmide acredita-se referir a Min.
Sua importância cresceu no Império Médio, quando ele se tornou ainda mais intimamente ligado com Hórus como a divindade Min-Hórus. Até o Império Novo ele também foi fundido com Amon na divindade Min-Amen-kamutef (Min-Amen - touro de sua mãe).
Como a divindade central da fertilidade e ritos orgiásticos possivelmente Min tornou-se identificado pelos gregos com o deus Pan. Uma característica da adoração a Min foi o espinhoso alface selvagem Lactuca virosa e Lactuca serriola que é a versão doméstica Lactuca sativa que tem qualidades afrodisíacas e produzi látex quando cortado, possivelmente identificado com o sêmen. Ele também tinha ligações com Núbia. No entanto, seus principais centros de culto foram Qift (Coptos) e Akhmim (Khemmis).
Como um deus da potência sexual masculina, ele foi homenageado durante os ritos de coroação do Império Novo, quando o faraó era esperado para semear a sua semente - geralmente acredita-se com sementes de plantas, embora tenha havido sugestões polêmicas que o faraó era esperado para demonstrar que ele podia ejacular - e, assim, garantir a inundação anual do Nilo. No início da safra, a sua imagem era colocada fora do templo e trazida aos campos no festival da partida de Min, quando abençoava a colheita.
Na arte egípcia, Min foi descrito como sendo coberto com mortalhas, usando uma coroa com penas, e, muitas vezes segurando seu pênis ereto na mão esquerda e um mangual (referindo-se à sua autoridade), em sua mão direita virada para cima. Em torno de sua testa, Min usa uma fita vermelha que arrasta no chão, que muitos acreditam representar a energia sexual. Os símbolos de Min eram o touro branco, uma seta farpado, e uma alface, que os egípcios acreditavam ser afrodisíaco e, como alface egípcio era alto, em linha reta, e lançava uma substância leitosa - quando friccionada, características superficialmente semelhante ao pênis.
Mesmo algumas deusas da guerra foram retratados com o corpo de Min (incluindo o falo), e isso levou também a representações, ostensivamente de Min, com a cabeça de um leão. Porque geralmente Min era retratado em um estilo itifálico (com um ereto falo), os cristãos rotineiramente desfiguravam seus monumentos em templos e egiptólogos vitorianos apenas fotografavam da cintura para cima, ou encontravam maneiras para cobrir o pênis saliente. No entanto, para os antigos egípcios, Min não era uma questão de escândalo - eles tinham padrões muito relaxado de nudez: em seu clima quente, agricultores, funcionários e artistas trabalharam muitas vezes parcial ou completamente nus, e as crianças não usavam nenhuma roupa até atingissem a maioridade.
APEDEMAK
Descrito com a cabeça de um leão e o corpo de humano.
A relação entre Egito e a Núbia fez como que ambos absorvessem deuses para seus panteões. O templo de Apedemak na Núbia é coberto de hieróglifos egípcios que o elogiam.
Desde o começo do Reino Antigo, as contas de espólios de guerra são realizadas sob a proteção de Sesjat. Desta forma, ela registra os rebanhos capturados de gado em performances. Do Reino do Meio, ela também observa os nomes dos prisioneiros estrangeiros. No Novo Reino, Sesjat aparece em performances muito diferentes. Ela muitas vezes tem uma costela de uma folha de palmeira na mão. Ela então registra os anos de governo do faraó com um pincel. Esta costela de palma está em um girino, o símbolo hieroglífico para o número cem mil. O girino é, por sua vez, um shen-ring, o símbolo hieroglífico do infinito. Com este desempenho, Seshat desejou ao rei um número infinito de anos de reinado. Em outras fotos você pode ver como Sesjat está nas folhas da sagrada persea ou isjed tree os anos de reinado e o nome do faraó celebrante.
Seshat raramente é associado a outros deuses, exceto com Thot, o deus da sabedoria e dos escritores. Ela é então chamada de consorte, irmã ou filha de Thot. Seshat era a deusa dos escritos e edifícios oficiais e raramente aparece fora deste contexto nas imagens. Provavelmente nunca há um templo construído que fosse dedicado apenas a ela. Também é desconhecido se houve uma certa área onde ela foi homenageada. A deusa, no entanto, era a amante ou protetora de construtores e escritores. Como Sesjat estava envolvida na criação de muitos edifícios religiosos, a maioria de suas imagens pode ser encontrada nesses santuários.
Satet (também conhecida como Setet, Shatit,Satit, Sati, Setis ou Satis) era uma deusa arqueira egípcia, associada á guerra,á caça e ás plantações. Ela também é uma das divindades associadas ã inundação do rio Nilo, e por conta disso também é considerada uma deusa da fertilidade.
Seu nome vem do vebo "sentar"(para atirar,para ejetar,a derramar,para jogar), muitas vezes traduzido como "Aquela que Atira (flechas)" em relação ao seu aspecto como uma deusa da caça, ou "Aquela que Derrama", com referência ao seu papel na inundação e sua tutela sobre as cataratas do Nilo.
Satet é geralmente retratada como um antílope ou gazela, ou mais comumente uma mulher vestindo a coroa branca do Alto Egito (Hedjet), decorada com plumas de avestruz, (Coroa Atef) ou com chifres de antílope/gazela. Outras ilustrações mostram-la com a Coroa Vermelha do Alto Egito ou uma longa peruca. Ocasionalmente,Satet empunha um arco e flechas, mas geralmente estes são substituídos por um cetro e um ankh (símbolo da vida).
Satet era uma deusa guerreira, considerada a guardiã da fronteira sul do Antigo Egito e acreditava-se que ela atirava suas setas contra qualquer um que tentasse passar por lá. Nos Textos das Pirâmides, Satet é relacionada com a guerra e a ilha de Elefantina, cumprindo uma função associada à purificação dos mortos.
seu papel mais importante era como uma das divindades da inundação, sendo uma das divindades responsáveis pela enchente anual do Nilo. de acordo com o mito,durante a "Noite de Lágrimas", a deusa Ísis derramava uma única lágrima, que era capturada por Satet e então despejada sobreo Nilo, causando a sua inundação.
Como muitas outras deusas, acreditava-se que Satet fosse uma das filhas se Rá e foi por vezes considerada a consorte de Montu (o deus da guerra de Tebas). durante o Império Novo, ela passou a ser considerada consorte de Khnum e mãe ou irmã de Anuket, e juntos formavam a tríade de Abu (Elefantina). Na cidade de Esna, Satet formava uma tríade com Khnum e Neith. Como Khnum era associado à Osíris,e Anuket associada à Néftis, Satet tornou-se associada á Ísis. Ela também era associada com Hathor, como deusa da fertilidade humana e do amor.
Na mitologia egípcia, Heka (do egípcio: magia) é o deus da magia.
Companheiro de Rá no momento da criação, juntamente com Sia e Hu. Esses três deuses eram essenciais em qualquer forma de magia: Sia significando o Conhecimento, e Hu significando a Sabedoria.
Heka significa literalmente Magia, do encanto ou do poder da expressão criadora. Os sacerdotes de Mênfis associavam esses três deuses com a criação do mundo por meio da palavra divina de Ptah.
Na mitologia egípcia, Onúris (também escrito Anhur, Onouris, An-Her, Anhuret, Han-Her, Inhert) era originalmente um deus da guerra, que era adorado na região egípcia de Abydos, e particularmente em Thinis. Os mitos dizem que trouxe sua esposa, Menhit, que era sua contraparte feminina, a partir da Núbia, e seu nome reflete isso - significando "Aquele que nos guia de volta a alguém distante".
SESJAT
Seshat era a deusa das contagens, administrações e arquivos. Portanto, não é de surpreender que ela tenha se tornado padroeira das bibliotecas do templo e de outros arquivos. Sesjat significa literalmente "o escritor feminino". Ela foi intitulada "o principal da casa dos livros". A deusa era frequentemente retratada com uma pele de leopardo por cima do vestido. Seus atributos eram um pincel e uma paleta de escritor. Ela usava uma bandana ao redor da peruca de cabelo. No meio, uma estrela de sete pontas estava presa em um pequeno suporte, meio cercado por dois chifres virados para cima. Este símbolo composto é também o sinal hieroglífico do seu outro nome, sefechet-aboey: "ela que solta os dois chifres". Sesjat foi, no entanto, também associado ao sistema de medição. Por causa disso, ela estava envolvida na cerimônia de fundação de todos os santuários. Este evento também foi chamado de 'alongamento da corda'. Nesta cerimônia, o rei estabeleceu a planta do santuário com a ajuda da deusa. Eles determinaram as dimensões do edifício e, por assim dizer, atingiram a primeira pilha. Já a partir dos 2a dinastia é conhecida que Seshat ajudou o faraó nisso.Desde o começo do Reino Antigo, as contas de espólios de guerra são realizadas sob a proteção de Sesjat. Desta forma, ela registra os rebanhos capturados de gado em performances. Do Reino do Meio, ela também observa os nomes dos prisioneiros estrangeiros. No Novo Reino, Sesjat aparece em performances muito diferentes. Ela muitas vezes tem uma costela de uma folha de palmeira na mão. Ela então registra os anos de governo do faraó com um pincel. Esta costela de palma está em um girino, o símbolo hieroglífico para o número cem mil. O girino é, por sua vez, um shen-ring, o símbolo hieroglífico do infinito. Com este desempenho, Seshat desejou ao rei um número infinito de anos de reinado. Em outras fotos você pode ver como Sesjat está nas folhas da sagrada persea ou isjed tree os anos de reinado e o nome do faraó celebrante.
Seshat raramente é associado a outros deuses, exceto com Thot, o deus da sabedoria e dos escritores. Ela é então chamada de consorte, irmã ou filha de Thot. Seshat era a deusa dos escritos e edifícios oficiais e raramente aparece fora deste contexto nas imagens. Provavelmente nunca há um templo construído que fosse dedicado apenas a ela. Também é desconhecido se houve uma certa área onde ela foi homenageada. A deusa, no entanto, era a amante ou protetora de construtores e escritores. Como Sesjat estava envolvida na criação de muitos edifícios religiosos, a maioria de suas imagens pode ser encontrada nesses santuários.
Seu nome vem do vebo "sentar"(para atirar,para ejetar,a derramar,para jogar), muitas vezes traduzido como "Aquela que Atira (flechas)" em relação ao seu aspecto como uma deusa da caça, ou "Aquela que Derrama", com referência ao seu papel na inundação e sua tutela sobre as cataratas do Nilo.
Satet é geralmente retratada como um antílope ou gazela, ou mais comumente uma mulher vestindo a coroa branca do Alto Egito (Hedjet), decorada com plumas de avestruz, (Coroa Atef) ou com chifres de antílope/gazela. Outras ilustrações mostram-la com a Coroa Vermelha do Alto Egito ou uma longa peruca. Ocasionalmente,Satet empunha um arco e flechas, mas geralmente estes são substituídos por um cetro e um ankh (símbolo da vida).
Satet era uma deusa guerreira, considerada a guardiã da fronteira sul do Antigo Egito e acreditava-se que ela atirava suas setas contra qualquer um que tentasse passar por lá. Nos Textos das Pirâmides, Satet é relacionada com a guerra e a ilha de Elefantina, cumprindo uma função associada à purificação dos mortos.
seu papel mais importante era como uma das divindades da inundação, sendo uma das divindades responsáveis pela enchente anual do Nilo. de acordo com o mito,durante a "Noite de Lágrimas", a deusa Ísis derramava uma única lágrima, que era capturada por Satet e então despejada sobreo Nilo, causando a sua inundação.
Como muitas outras deusas, acreditava-se que Satet fosse uma das filhas se Rá e foi por vezes considerada a consorte de Montu (o deus da guerra de Tebas). durante o Império Novo, ela passou a ser considerada consorte de Khnum e mãe ou irmã de Anuket, e juntos formavam a tríade de Abu (Elefantina). Na cidade de Esna, Satet formava uma tríade com Khnum e Neith. Como Khnum era associado à Osíris,e Anuket associada à Néftis, Satet tornou-se associada á Ísis. Ela também era associada com Hathor, como deusa da fertilidade humana e do amor.
Satet foi uma deusa popular no Alto Egito,sendo adorada em particular na ilha de Sehel, localizada ao sul de Assuão e de Elefantina.
Alguns artefatos encontrados em Saqqara sugerem que satet também foi uma deusa popular no Baixo Egito desde tempos antigos.
Ela permaneceu popular através da história egípcia e seu templo em Elefantina foi um dos principais santuários do Egito.
Alguns artefatos encontrados em Saqqara sugerem que satet também foi uma deusa popular no Baixo Egito desde tempos antigos.
Ela permaneceu popular através da história egípcia e seu templo em Elefantina foi um dos principais santuários do Egito.
HEKA
Na mitologia egípcia, Heka (do egípcio: magia) é o deus da magia.
Companheiro de Rá no momento da criação, juntamente com Sia e Hu. Esses três deuses eram essenciais em qualquer forma de magia: Sia significando o Conhecimento, e Hu significando a Sabedoria.
Heka significa literalmente Magia, do encanto ou do poder da expressão criadora. Os sacerdotes de Mênfis associavam esses três deuses com a criação do mundo por meio da palavra divina de Ptah.
Na mitologia egípcia, Onúris (também escrito Anhur, Onouris, An-Her, Anhuret, Han-Her, Inhert) era originalmente um deus da guerra, que era adorado na região egípcia de Abydos, e particularmente em Thinis. Os mitos dizem que trouxe sua esposa, Menhit, que era sua contraparte feminina, a partir da Núbia, e seu nome reflete isso - significando "Aquele que nos guia de volta a alguém distante".
Deus egípcio da guerra e da caça, bem como deus solar de Abydos. Filho e leal escudeiro de Rá, foi chamado de “assassino dos inimigos”. Maneja uma poderosa lança que massacrava os inimigos. Corajoso, formidável, e, sobretudo, inteligente, Anhur defendeu a embarcação de Rá com sua lança e sagacidade.
Vestia uma túnica e um cocar de quatro penas. Manejava uma lança e tinha cabeça de leão (que representa força e poder). A esposa se chamava Menhit; a irmã Bastet (seria a 11ª colocada).
Anhur esmagava a corrupção e conduzia as pessoas à liberdade; é astuto e inteligente. Devido a sua posição como um deus da guerra, ele era patrono do exército egípcio antigo, e a personificação de guerreiros reais.
Um de seus títulos era "Assassino de Inimigos". Onúris foi retratado como um homem barbudo vestindo uma túnica e um cocar com quatro penas e segurando uma lança, ou, ocasionalmente, como um deus com cabeça de leão (que representava força e poder). Em algumas representações, o manto era mais semelhante a um kilt.
Devido a sua posição como um deus da guerra, ele era o patrono do antigo exército egípcio, e a personificação de guerreiros reais. Em festivais em sua homenagem, simulações de batalhas eram encenadas. Durante a era romana, o imperador Tibério foi retratado nas paredes dos templos egípcios vestindo a coroa de quatro plumas distintivos de Onúris.
Vestia uma túnica e um cocar de quatro penas. Manejava uma lança e tinha cabeça de leão (que representa força e poder). A esposa se chamava Menhit; a irmã Bastet (seria a 11ª colocada).
Anhur esmagava a corrupção e conduzia as pessoas à liberdade; é astuto e inteligente. Devido a sua posição como um deus da guerra, ele era patrono do exército egípcio antigo, e a personificação de guerreiros reais.
Um de seus títulos era "Assassino de Inimigos". Onúris foi retratado como um homem barbudo vestindo uma túnica e um cocar com quatro penas e segurando uma lança, ou, ocasionalmente, como um deus com cabeça de leão (que representava força e poder). Em algumas representações, o manto era mais semelhante a um kilt.
Devido a sua posição como um deus da guerra, ele era o patrono do antigo exército egípcio, e a personificação de guerreiros reais. Em festivais em sua homenagem, simulações de batalhas eram encenadas. Durante a era romana, o imperador Tibério foi retratado nas paredes dos templos egípcios vestindo a coroa de quatro plumas distintivos de Onúris.
ANIMAIS SAGRADOS
Ápis, Ammit, Mnévis e Benu
ÁPIS
Ápis (ou Hapi-ankh) é a personificação da terra. O "morto-vivo" (Osíris) encarnou num touro branco sagrado. Era o touro de Mênfis. Simbolicamente representado como um touro negro com um triângulo branco na testa.
O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos e
está associado com Ptah. O local onde eram enterrados os seus bois sagrados levava o nome de Serapeum.
está associado com Ptah. O local onde eram enterrados os seus bois sagrados levava o nome de Serapeum.
Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.
Na mitologia egípcia, Ápis (Hap, Hapi ou Hape) era um touro sagrado venerado em Mênfis. O boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. De acordo com um mito, Ápis era a encarnação viva de Ptah , enquanto ele vivia e de Osiris quando ele morria. Representava-se este touro com um amuleto em forma de cobra na testa e com um círculo solar sobre a cabeça, entre os chifres. A mãe de um touro Ápis recebia o título de ”Vaca de Ísis“. Só podia existir um touro Ápis de cada vez. A busca por um touro substituto começaria com a morte do Ápis atual. O novo Ápis era transportado para Mênfis em um barco decorado construído especificamente para a ocasião.
Ápis era intimamente relacionado ao mito do ciclo de morte e regeneração de Osíris. Diodoro da Sicília disse que quando Osíris morreu, sua alma passou para o primeiro touro Ápis e depois foi preservada em cada novo touro. Sendo parte animal, parte deus, Ápis foi escolhido para culto devido ao seu invulgar conjunto de marcas: um triângulo branco na testa, padrões alados brancos nos ombros e nas ancas, uma silhueta de escaravelho na língua e pelos duplos na ponta da cauda. Durante a vida, era mantido num santuário especial, apaparicado por sacerdotes, enfeitado com ouro e jóias e adorado pelas multidões.
Ao passar os vinte e cinco anos de idade, o touro era morto por afogamento e substituído por outro mais novo. Se morresse antes dessa idade era mumificado e enterrado em Sakara (necrópole das primeiras dinastias reais, perto do Cairo) com toda a pompa. O luto por este animal durava setenta dias, período no qual era realizada a mumificação do animal e também cerimônias sem fim. No dia do enterro do boi, a população corria às ruas para participar nesta cerimônia de luto nacional. Carpindo-se e arrancando os cabelos, amontoavam-se junto à estrada que conduzia ao deserto, à catacumba atualmente conhecida como Serapeum, na necrópole de Sakara. Formando uma procissão, sacerdotes, cantores do templo e altos funcionários depositavam a múmia numa rede de galerias subterrâneas escavadas na rocha calcária. Ali, sepultavam a múmia num sarcófago de madeira ou granito.Pensava-se que ao morrer, a sua essência divina se transferia para outro boi quando morria, iniciando-se então a busca de um novo animal. Entretanto, o corpo do falecido era transportado para o templo. Quando um novo boi tomava o lugar do antigo, eram também grandiosas as festas em sua honra.
De acordo com Plutarco, acreditava-se que cada touro Ápis era gerado milagrosamente pela luz da lua. Heródoto, por outro lado, diz que o touro Ápis era concebido por um raio lançado por Ísis. Ápis era tido como um símbolo a fertilidade e força. Heródoto também relatou que um touro Apis do século VI a.C. foi esfaqueado até a morte pelo rei persa Cambises . Dizem que o rei foi levado à loucura como uma punição por este ato sacrílego. Plutarco também se refere a uma lenda sobre o abate do touro Apis por Cambises . ele diz que que, depois de o touro foi morto, seu corpo foi jogado para fora do templo. Nenhum carniceiro podia chegar perto do animal sagrado, exceto os cães. Ao devorar o corpo do touro Ápis, os cães perderam seu lugar de honra na religião egípcia e tornaram-se animais “impuros”.
O culto do touro era muito difundido nas civilizações da Antiguidade, e Ápis foi igualmente alvo de devoção pelos gregos e romanos. Durante o Período Ptolemaico, um novo deus chamado Serápis foi concebido para tentar unir o povo grego e egípcio. Serápis absorvia alguns dos atributos de Zeus, Asclépio, e Dionisio e fundiu -los com alguns atributos de Osíris e alguns dos atributos de Ápis. No entanto, embora os colonos gregos gostassem desse deus híbrido, Serápis nunca foi realmente aceito pelos egípcios nativos .
Ammit, o devorador dos mortos.
Aparência de um chacal sem olhos, com três bocas ou um animal com o "traseiro" de um hipopótamo, corpo de um leão e a cabeça de um crocodilo.Na Mitologia Egípcia, Ammit (também pronunciado Ammut, Amut e Ahemait) é a personificação da retribuição divina para todos os males realizados em vida. Não é apenas um deus. É a punição para aqueles que não foram aceitos em Amenti.
Ao final da jornada, a alma do morto deve passar pela pesagem do seu coração, ritual presidido por Osíris; Maat, a deusa da justiça e da ordem coloca em um dos lados da balança uma de suas penas e do outro lado o coração do morto, caso os pecados sejam demasiados pesados frente à pena da justiça, a alma do morto é condenada à aniquilação eterna, sendo devorada por Ammit. Caso a o peso do coração se equivalha à da pena da justiça, é permitida a entrada dessa alma no Amenti, o local do descanso eterno.
Segundo algumas histórias antigas, Ammit era o cão do salão do julgamento dos mortos que, por sua vezes, após a morte eram julgados sua bondade por meio do seu coração na balança de Osíris e dado o peso equivalente a seus atos em vida .
Ammit vive no Duat, e se assenta sob a balança da justiça de Ma’at, a deusa da justiça. No Salão das Duas Verdades, Anúbis pesa o coração de uma pessoa (onde os egípcios acreditavam que a alma habitava) contra a pena de Ma’at. Se o coração pesasse igual a pena de Ma’at, a alma ganhava a vida eterna em Aaru, o paraíso egípcio. Se o coração estivesse carregado de pecados, ele pesaria mais que a pena de Ma’at, e o coração do falecido é entregue à Ammit, que o devora juntamente com sua alma, condenando-a à morte eterna. Em algumas versões, Ammit devora não só o coração, mas todo o corpo do condenado.
Era um dos primeiros seres a existir e era um dos seres mais temidos de todo o Egito. Existem papiros de autores desconhecidos que contêm orações para deixá-lo longe na hora sono.
Ele era filho do Universo e da Essência,e era o Ser divino mais temido de todo o Egito.
Ammit é uma espécie de Fenrir egípcio. Poucas criaturas entre as mitologias existentes colocam pavor nos Deuses. Ammit era uma dessas! Não se sabe ao certo qual era o domínio dos deuses sobre Ammit, sabe-se porém que temiam sua fúria, tal como Zeus temia o despertar dos Titãs e os nórdicos a ascensão de Fenrir.
MNÉVIS
Mnévis ou Merur era um boi negro adorado como divindade na cidade de Heliópolis.À semelhança de Ápis, Mnévis era um dos bois sagrados do Antigo Egipto, encontrando-se associado ao deus Ré-Atum (Ápis estava por sua vez associado a Ptah). Foi também associado ao deus Osíris.
O seu culto foi instituído na II dinastia, embora seja provável que tenha sido adorado desde tempos pré-dinásticos. Foi cultuado por todos os reis, inclusive por Akhenaton, que tinha declarado Aton como único deus a ser adorado. A razão pela qual Akhenaton continuou com o culto de Mnévis encontra-se relacionada com a sua crença de que Aton se manifestaria neste boi.
Nas representações artísticas aparece com o disco solar e o ureus (serpente) entre os seus cornos.
Os sacerdotes de Heliópolis escolhiam um boi da região que levavam para o templo, onde este era adorado. Só poderia existir um Mnévis de cada vez. Os movimentos que o animal descrevia eram usados como um oráculo. Depois da sua morte, o touro era mumificado, sendo os seus órgãos colocados nos vasos canopos, e sepultado numa necrópole perto de Heliópoli
BENU
BENU
(Fênix)
Segundo um mito egípcio, uma gansa, conhecida como a "Grande Grasnadora", põe o primeiro ovo, do qual saiu o Benu (o facto de uma gansa colocar um ovo de garça é uma mera confusão dos antigos Egípcios).(Fênix)
Os antigos Gregos identificaram este animal com a fênix. Segundo Heródoto o Benu surgia apenas cada quinhentos anos, trazendo o corpo do pai falecido. De acordo com o autor grego, a ave criava um fogueira na qual perecia e a partir da qual surgia uma nove ave. Esta história não tem contudo qualquer relação com a mitologia egípcia
Nas representações artísticas, o Benu tinha sobre a cabeça a coroa branca do Alto Egito acompanhada por duas plumas altas, formando a coroa atef.
O pássaro Benu foi um grande pássaro imaginário se assemelha a uma garça. O pássaro pode ser modelado na garça cinzenta (Ardea cinera) ou o maior Goliath Heron (Ardea goliath) que vive no litoral do Mar Vermelho. Arqueólogos descobriram os restos de uma garça muito maior do que viveu na região do Golfo Pérsico 5.000 anos atrás. Existe alguma especulação que esta ave pode ter sido visto por turistas egípcios e provocou a lenda de uma garça muito grande visto uma vez a cada 500 anos no Egito.
Tinha um dois longas penas na crista de sua cabeça e muitas vezes foi coroado com a coroa de Osíris Atef (a coroa branca com duas plumas de avestruz de cada lado) ou com o disco do sol.
Benu (do verbo egípcio ueben, "brilhar", "erguer") era na mitologia egípcia um animal mitológico parecido com uma garça real (Ardea cinerea ou Ardea purpurea). "subir" ou "brilhar".
Não se sabe muito sobre o culto ao Benu, exceto que estava centrado em Heliópolis.
O Bennu era o pássaro sagrado de Heliópolis. O Bennu foi associado com o sol e representou o ba, ou alma do deus do sol, Re. No Período Tardio, o hieróglifo do pássaro era usado para representar esta divindade diretamente. Como um símbolo do nascer e pôr do sol, o Bennu também foi o senhor do jubileu real.
O Bennu também foi associada com as inundações do Nilo e da criação. Estando sozinho em rochas de ilhas isoladas de terreno elevado durante as cheias a garça representou a vida primeiro a aparecer no monte primordial que se levantou do caos aquoso na primeira criação. Este monte foi chamado o ben-ben. Era o grito do pássaro Benu's na criação do mundo, que marcou o início dos tempos. O bennu assim foi o tem do tempo e suas divisões - hora, dia, noite, semana e ano.
O Bennu também foi considerada uma manifestação do Osíris ressuscitado e o pássaro foi muitas vezes demonstrado pirched em que a árvore sagrada.
O Bennu era conhecido como o lendário Phoenix para os gregos. Heródoto, o historiador grego, diz o seguinte sobre o Bennu:
"Um outro pássaro sagrado é o (Fênix) Phoenix, eu não vi uma Phoenix mim mesmo, salvo em quadros, pois é muito raro e só visita o país (assim eles dizem em Heliópolis), apenas em intervalos de quinhentos anos, por ocasião do morte da ave mãe."
Heródoto continua a registar que o pássaro Benu veio do Brasil a cada 500 anos carregando o corpo embalsamado de seu pai em um ovo de mirra. Esta ave da Arábia, porém, foi dito que lembram uma águia de ouro com brilhantes e plumagem vermelha. Antes da Phoenix morreu construiu um ninho de galhos de incenso e nela previstas e morreu. De seu corpo um pequeno verme-se que o calor do sol transformou-se no novo Phoenix.
Outra história diz que o Phoenix ressurgiu das queimadas e decomposição de restos de seu corpo velho e levou estes a Heliópolis, onde os queimaram.
O planeta Vênus era chamada de "estrela" do navio da Bennu-Asar (Asar é o nome egípcio de Osíris). O Bennu também foi associado às vezes com o Alto Egito.
Nas representações artísticas, o Benu tinha sobre a cabeça a coroa branca do Alto Egito acompanhada por duas plumas altas, formando a coroa atef.
O pássaro Benu foi um grande pássaro imaginário se assemelha a uma garça. O pássaro pode ser modelado na garça cinzenta (Ardea cinera) ou o maior Goliath Heron (Ardea goliath) que vive no litoral do Mar Vermelho. Arqueólogos descobriram os restos de uma garça muito maior do que viveu na região do Golfo Pérsico 5.000 anos atrás. Existe alguma especulação que esta ave pode ter sido visto por turistas egípcios e provocou a lenda de uma garça muito grande visto uma vez a cada 500 anos no Egito.
Tinha um dois longas penas na crista de sua cabeça e muitas vezes foi coroado com a coroa de Osíris Atef (a coroa branca com duas plumas de avestruz de cada lado) ou com o disco do sol.
Benu (do verbo egípcio ueben, "brilhar", "erguer") era na mitologia egípcia um animal mitológico parecido com uma garça real (Ardea cinerea ou Ardea purpurea). "subir" ou "brilhar".
Não se sabe muito sobre o culto ao Benu, exceto que estava centrado em Heliópolis.
O Bennu era o pássaro sagrado de Heliópolis. O Bennu foi associado com o sol e representou o ba, ou alma do deus do sol, Re. No Período Tardio, o hieróglifo do pássaro era usado para representar esta divindade diretamente. Como um símbolo do nascer e pôr do sol, o Bennu também foi o senhor do jubileu real.
O Bennu também foi associada com as inundações do Nilo e da criação. Estando sozinho em rochas de ilhas isoladas de terreno elevado durante as cheias a garça representou a vida primeiro a aparecer no monte primordial que se levantou do caos aquoso na primeira criação. Este monte foi chamado o ben-ben. Era o grito do pássaro Benu's na criação do mundo, que marcou o início dos tempos. O bennu assim foi o tem do tempo e suas divisões - hora, dia, noite, semana e ano.
O Bennu também foi considerada uma manifestação do Osíris ressuscitado e o pássaro foi muitas vezes demonstrado pirched em que a árvore sagrada.
O Bennu era conhecido como o lendário Phoenix para os gregos. Heródoto, o historiador grego, diz o seguinte sobre o Bennu:
"Um outro pássaro sagrado é o (Fênix) Phoenix, eu não vi uma Phoenix mim mesmo, salvo em quadros, pois é muito raro e só visita o país (assim eles dizem em Heliópolis), apenas em intervalos de quinhentos anos, por ocasião do morte da ave mãe."
Heródoto continua a registar que o pássaro Benu veio do Brasil a cada 500 anos carregando o corpo embalsamado de seu pai em um ovo de mirra. Esta ave da Arábia, porém, foi dito que lembram uma águia de ouro com brilhantes e plumagem vermelha. Antes da Phoenix morreu construiu um ninho de galhos de incenso e nela previstas e morreu. De seu corpo um pequeno verme-se que o calor do sol transformou-se no novo Phoenix.
Outra história diz que o Phoenix ressurgiu das queimadas e decomposição de restos de seu corpo velho e levou estes a Heliópolis, onde os queimaram.
O planeta Vênus era chamada de "estrela" do navio da Bennu-Asar (Asar é o nome egípcio de Osíris). O Bennu também foi associado às vezes com o Alto Egito.
BABUÍNO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães.
No Antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito.
Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.
TUÉRIS
Tueris, "A Grande", era a deusa da fertilidade e protetora das embarcações e das grávidas.
A deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Também foi uma deusa celeste, a "Misteriosa do horizonte" na mitologia egípcia.
Nomes egípcio: Taueret, Taurt, Ipy, Ipet, Apet, Opet, Reret.
Nomes grego: Tueris, Toeris.
Figura grávida, de pele negra, cabeça de hipopótamo ou de mulher, com chifres e disco solar, patas de leão, cauda de crocodilo e seios muito grandes. Também como uma porca.
Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.
Muito venerada em Karnak, Heliópolis, Abu Simbel e Gebel Silsileh.
Era filha de Ré e a mão direita de Isis e Osíris.
Ajudou a Horus en sua luta contra Seth.
HEKET
É representada em forma de uma rã ou uma mulher com cabeça de rã.
Por ser a deusa do parto ela dividia seu espaço com Bes e Tauret, que também eram considerados deus e deusa do parto. Muitos amuletos em forma de sapo eram utilizados por mulheres grávidas que precisavam de proteção para seu recém-nascido. Um templo dedicado a Heket foi encontrado no alto Egito em Qus. Na décima oitava dinastia representações de Heket podem ser vista na cena “Nascimento Divino” do templo Deir el-Bahar.
É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem.
As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.
Aqui está uma das criaturas sinistras as quais fazem até os deuses tremerem as canelinhas, tal como algumas outras que você irá ver nessa lista.
Na mitologia egípcia, Apep (ou Apophis, em grego. Também conhecida como Apófis), é uma criatura em forma de serpente que combatia o deus Rá ao cair de cada noite, sendo sempre morta temporariamente e sempre ressuscitando no dia seguinte devido a sua natureza imortal. Também chamada de Apepi ou Aapep.
Apep é a personificação do caos no submundo e um inimigo jurado dos deuses (principalmente Rá). Ele é a personificação do próprio caos, destruição e do mal na mitologia Faraônica (Egípcia). Já deu de ver não é amigo, “personificação da destruição, do caos e da maldade”, com certeza, o ser mais gente boa que você poderia querer encontrar por aí!
Apep surge como uma serpente gigantesca, com 30m de comprimento. É servido por hordas de demônios, a maioria possuindo qualidades de serpente do fogo. Para os egípcios, quando havia um Eclipse, era o corpo gigantesco de Apep, cobrindo a luz do Sol, enquanto tentava destruir a barca de Rá e devorá-lo (motivo pelo qual o Eclipse trazia pânico as massas). Apep se encontrava no ultimo dos 12 portões do Submundo, onde era o maior desafio de Rá.
Um dos últimos grandes feitos de Rá foi prender Apep nas profundezas do Duat, junto com Bastet. Conta a Lenda que as duas entidades batalham pela eternidade, num ciclo de morte e renascimento sem fim nas profundezas do Duat.
ÍBIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o Ibis branco, ou Ibis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth.Na mitologia egípcia, Apep (ou Apophis, em grego. Também conhecida como Apófis), é uma criatura em forma de serpente que combatia o deus Rá ao cair de cada noite, sendo sempre morta temporariamente e sempre ressuscitando no dia seguinte devido a sua natureza imortal. Também chamada de Apepi ou Aapep.
Apep é a personificação do caos no submundo e um inimigo jurado dos deuses (principalmente Rá). Ele é a personificação do próprio caos, destruição e do mal na mitologia Faraônica (Egípcia). Já deu de ver não é amigo, “personificação da destruição, do caos e da maldade”, com certeza, o ser mais gente boa que você poderia querer encontrar por aí!
Apep surge como uma serpente gigantesca, com 30m de comprimento. É servido por hordas de demônios, a maioria possuindo qualidades de serpente do fogo. Para os egípcios, quando havia um Eclipse, era o corpo gigantesco de Apep, cobrindo a luz do Sol, enquanto tentava destruir a barca de Rá e devorá-lo (motivo pelo qual o Eclipse trazia pânico as massas). Apep se encontrava no ultimo dos 12 portões do Submundo, onde era o maior desafio de Rá.
Um dos últimos grandes feitos de Rá foi prender Apep nas profundezas do Duat, junto com Bastet. Conta a Lenda que as duas entidades batalham pela eternidade, num ciclo de morte e renascimento sem fim nas profundezas do Duat.
Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra.
O historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.) afirma que uma das causas pelas quais os egípcios adoravam essa ave residia no fato de a variedade, disposição e mescla de suas plumas negras e brancas oferecerem a imagem da Lua arredondada, quando a vemos na dimensão de seus três quartos, o que pode fazer sentido quando lembramos que Thoth era uma divindade lunar. Outro motivo seria o serviço que o íbis prestava destruindo gafanhotos, lagartas e répteis de mordida mortal. Um homem com cabeça de íbis era outra das representações daquele deus.
De acordo com a teologia de Mênfis, o deus Ptah seria o criador de todas as coisas. Com forma humana, esse deus concebeu em seu coração todas as formas visíveis e depois as nomeou para lhes dar vida, graças ao verbo criador, manifestado na forma do deus Thoth, o íbis com bico longo cacarejador. As palavras da boca do divino cacarejador fazem existir todos os seres animados, as forças vivas e a organização social. Assim, Ptah, o coração, e Thoth, a palavra, são duas realidades de um mesmo princípio criador. Os gritos naturais do íbis ao nascer e ao pôr do Sol, enquanto permanece ereto sobre as patas, como que em oração, eram interpretados como um sinal de adoração.
Em Hermópolis, a capital do 15.º nomo do Alto Egito e na qual o deus Thoth era venerado, os íbis, vindos de todo o país, eram mumificados depois de mortos. Nessa localidade foram encontrados os alicerces de um templo consagrado aos Íbis e aos Babuínos, os dois animais sagrados do deus Thoth. Por trás de seu santuário havia uma espécie de parque zoológico no qual um tanque da era greco-romana devia servir de habitat para as aves sagradas. Arqueólogos descobriram ainda uma necrópole desses animais, profundamente escondida sob a terra.
De acordo com a teologia de Mênfis, o deus Ptah seria o criador de todas as coisas. Com forma humana, esse deus concebeu em seu coração todas as formas visíveis e depois as nomeou para lhes dar vida, graças ao verbo criador, manifestado na forma do deus Thoth, o íbis com bico longo cacarejador. As palavras da boca do divino cacarejador fazem existir todos os seres animados, as forças vivas e a organização social. Assim, Ptah, o coração, e Thoth, a palavra, são duas realidades de um mesmo princípio criador. Os gritos naturais do íbis ao nascer e ao pôr do Sol, enquanto permanece ereto sobre as patas, como que em oração, eram interpretados como um sinal de adoração.
Em Hermópolis, a capital do 15.º nomo do Alto Egito e na qual o deus Thoth era venerado, os íbis, vindos de todo o país, eram mumificados depois de mortos. Nessa localidade foram encontrados os alicerces de um templo consagrado aos Íbis e aos Babuínos, os dois animais sagrados do deus Thoth. Por trás de seu santuário havia uma espécie de parque zoológico no qual um tanque da era greco-romana devia servir de habitat para as aves sagradas. Arqueólogos descobriram ainda uma necrópole desses animais, profundamente escondida sob a terra.
Uma escada monumental com 120 degraus leva à vasta sala de embalsamamento. De todos os lados, estendendo-se por várias centenas de metros, estavam depositadas as urnas contendo os íbis mumificados, num labirinto de corredores perfurados de nichos. Mais de quatro milhões de tais urnas foram encontradas. Algo realmente fantástico! Num desses corredores, que se aprofundam até 34 metros sob a terra, erguem-se altares consagrados ao deus Thoth por Ptolomeu I (304 a 284 a.C.) e por Alexandre IV (316 a 304 a.C.), filho de Alexandre, o Grande (332 a 323 a.C.). Uma única tumba humana foi encontrada nesse imenso labirinto, a de um sumo sacerdote chamado Ankh-Hor. Grandes íbis de madeira dourada parecem guardar a porta desse sepulcro.
BUKHIS
Bukhis de Armant que, contrariamente ao suposto no mito, tem aqui o corpo de cor vulgar alaranjada, o que não será estranho num deus da cor boi quando foge ou muda constantemente de cor.
Bukhis, Buchis, Bacis ou Bka era um boi sagrado da cidade de Hermontis, no Antigo Egito. Em Hermontis acreditava-se que Bukhis era a encarnação do deus patrono da cidade, Montu (divindade da guerra). Foi também identificado com Osíris e com Ré.
Era um boi preto ou branco (as fontes contradizem-se neste aspecto). Dizia-se também que a cor do seu pelo ia variando ao longo do dia. Os antigos Egípcios consideravam-no um boi combativo e feroz.
Na arte egípcia era representado com o disco solar na cabeça e com um ureus (serpente) e duas plumas. Em algumas ocasiões aparecia a cheirar uma flor de lótus.
Em Hermontis um boi era escolhido e identificado como Bukhis, passando a partir daquele momento a receber culto como divindade. À semelhança de outros bois sagrados, como Ápis e Mnévis, era também mumificado, porém através de um processo diferente: Os órgãos do animal eram retirados pelo ânus, usando-se instrumentos de bronze e recorrendo-se a enemas. Na sua cara colocava-se uma máscara de ouro e duas plumas sobre a cabeça.
As vacas que tinham parido estes bois eram também mumificadas (estas vacas eram conhecidas como as "Vacas Mães de Bukhis").
A necrópole onde os bois eram sepultados ficou conhecida como Bucheum. Os trabalhos arqueológicos revelaram que estes bois foram sepultados desde o tempo do rei Nectanebo II (meados do século IV a.C.) até à época do imperador romano Diocleciano.
KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol.
Bukhis, Buchis, Bacis ou Bka era um boi sagrado da cidade de Hermontis, no Antigo Egito. Em Hermontis acreditava-se que Bukhis era a encarnação do deus patrono da cidade, Montu (divindade da guerra). Foi também identificado com Osíris e com Ré.
Era um boi preto ou branco (as fontes contradizem-se neste aspecto). Dizia-se também que a cor do seu pelo ia variando ao longo do dia. Os antigos Egípcios consideravam-no um boi combativo e feroz.
Na arte egípcia era representado com o disco solar na cabeça e com um ureus (serpente) e duas plumas. Em algumas ocasiões aparecia a cheirar uma flor de lótus.
Em Hermontis um boi era escolhido e identificado como Bukhis, passando a partir daquele momento a receber culto como divindade. À semelhança de outros bois sagrados, como Ápis e Mnévis, era também mumificado, porém através de um processo diferente: Os órgãos do animal eram retirados pelo ânus, usando-se instrumentos de bronze e recorrendo-se a enemas. Na sua cara colocava-se uma máscara de ouro e duas plumas sobre a cabeça.
As vacas que tinham parido estes bois eram também mumificadas (estas vacas eram conhecidas como as "Vacas Mães de Bukhis").
A necrópole onde os bois eram sepultados ficou conhecida como Bucheum. Os trabalhos arqueológicos revelaram que estes bois foram sepultados desde o tempo do rei Nectanebo II (meados do século IV a.C.) até à época do imperador romano Diocleciano.
KHEPRA
Khepri (também Kheper, Khepera, Khepra, Khepre, Khepere) é o nome de uma divindade egípcia.
Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos.
Associados à ideia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.
Khepri gradualmente veio a ser considerado como uma encarnação do próprio Sol, e por isso tornou-se uma das formas do Deus do Sol. Segundo a Religião Egípcia, ele era responsável por “rolar” o sol para fora do Duat no final da sua jornada, também representava o renascimento diário de Rá.
O deus Khepera criou-se a partir da matéria primordial ao dizer seu próprio nome, em seguida ele procriou os deuses Shu e Tefnut, formando a primeira trindade. De Shu e Tefnut nasceram Geb e Nut.
Khepri gradualmente veio a ser considerado como uma encarnação do próprio Sol, e por isso tornou-se uma das formas do Deus do Sol. Segundo a Religião Egípcia, ele era responsável por “rolar” o sol para fora do Duat no final da sua jornada, também representava o renascimento diário de Rá.
Nut, esposa de Geb, foi a mãe de Osíris, Horus, Seth, Ísis e Néftis, em um único parto.
Como o escaravelho deixa os ovos nos corpos mortos de vários animais, incluindo outros escaravelhos, e no esterco, daí emergindo para o nascimento, os antigos egípcios acreditavam que os escaravelhos estavam carregados da substância da morte.
Por isso, associavam ainda Khepri ao renascimento (ou reencarnação), renovação e ressurreição. De fato, o símbolo do escaravelho Khepri em egípcio antigo significa tornar-se. Como resultado disso, quando o culto do deus-Sol rival Rá alcançou significado, Khepri foi identificado como uma variante de Rá (o aspecto do Sol na manhã ou madrugada).
Consequentemente, quando Rá Amon se tornou a identidade de um mesmo deus (Amon-Rá), determinou-se que Khepri era a forma de Rá quando jovem, em conflito com Nefertum, que era o Atum jovem. Isto tudo gerou uma cosmogonia onde Rá, como Khepri, foi resultado da atividade da Ogdóade e emergiu de uma flor de lótus azul apenas para ser imediatamente transformado em Nefertum que, depois de crescer, gerou a Enéade (conjunto de nove deuses que formaram a cosmogonia de Heliópolis criada pelos sacerdotes desta cidade. Formam parte dela as seguintes divindades: Atum, Shu, Tefnut, Nut, Geb, Isis, Osiris, Neftis e Seth).
UREOS
UREOS é a Naja, símbolo da realeza e da luz. Consagrado à deusa Wadejet e ao deus Rá, do qual se considerava olho.Uraeus (Ureus) é uma deusa-serpente, originária da cidade de Buto, no Delta. Significa "aquela que se ergue", que está em posição de ataque. Utilizado assim como um ornamento dos "tocados y coronas" reais. Símbolo de realeza e autoridade divina.
É uma das facetas da terrível serpente Naja.
Seu surgimento deve-se a deusa Wadjet. Patrona do Baixo Egito. Seu nome significa "A Verde".
Pode ser representada como uma mulher com cabeça de naja, com uma naja alada, e mais raramente na forma de uma leoa.
Em textos mitológicos representa o olho esquerdo de Rá.
Como forma de proteger o rei, a serpente se ergue e jorra seu veneno contra o inimigo e forma um par com a deusa abutre Nekhbet.
SERPENTE URAEUS
O ornamento constante tanto nos monumentos como nos adereços usados pelos Faraós, a SERPENTE URAEUS, simboliza uma cobra pronta para o ataque, com o pescoço dilatado, e foi dada aos homens pelo DEUS-SOL.Os Faraós ao levarem em seu diadema a imagem dessa SERPENTE, o faziam com a certeza de que ela representava o símbolo da invencibilidade de seu poder, já que os Egípcios encaravam a cobra como símbolo de soberania.
A COBRA NAJA de peito estufado que o Faraó trazia representada na fronte, sobre a coroa, simbolizava o Olho de Rá e visava aterrorizar os inimigos, ao mesmo tempo em que protegia o rei, expelindo fogo. Por sua associação com o DEUS-SOL era considerada uma divindade do calor e do fogo, o que aumentava seu papel como deusa protetora, já que podia usar não apenas veneno, mas também labaredas contra os inimigos do Faraó.
Mas a SERPENTE URAEUS também podia ser protetora das crianças e da hora do parto, bem como protetora da natureza. Nos Textos das Pirâmides, é afirmado que a planta do papiro emerge da SERPENTE URAEUS, que pessoalmente teria criado os pântanos de papiro.
A ela, SERPENTE URAEUS é dedicado um culto diário para abrandar seu humor. Esse símbolo permanece como marca dos Faraós durante todo o período dinástico e data provavelmente do longo reinado do Faraó Den, da Primeira Dinastia.
Enquanto URAEUS significa aquela que se ergue, seu nome significa Aquela que é Verde, ou Aquela do Papiro. Na proteção ao Faraó ela se erguia em sua fronte pronta para injetar veneno em seus inimigos e formava par com a Deusa Abutre Nekhbet, divindade do Alto Egito, que aparece no diadema encontrado no túmulo de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.).
A partir da XVIII Dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.), a divindade Wadjit, como ficou conhecida a SERPENTE URAEUS, começou a ser representada como protetora das mulheres reais e muitas rainhas importantes passaram a usar coroas com várias pequenas URAEUS.
Esta utilização da SERPENTE pela realeza Egípcia criou um mito em torno dela e passou até os tempos atuis, onde se atribui negatividade ao réptil, que por seu aspecto não muito amigável, tornou-se temida pela sua peçonha.
Na realidade ocorre o contrário, pois a SERPENTE é um ímã protetor para quem o sabe usar, como era o caso dos Faraós. Sua energia é poderoso repelente aos ambientes e pessoas negativas, neutralizando essas forças contrárias, para que não atinjam que sabiamente sabe usar o amuleto.
Algumas outras deusas-serpentes
Qebehut, considerada filha de Anúbis
Upset, deusa que se converte em Uraeus, filha de Anúbis, destilando fogo aos inimigos de Rá
Renenutet, deusa protetora das crianças lactentes
Nenemut, deusa leoa ou cobra
Neter-Ankh, defensora das regiões do infra-mundo e do barco solar contra os ataques
Hetepes, deusa cobra que aniquila os inimigos de Osíris
Sata, serpente representada com pernas e pés humanos
Mehen, a que se enrosca divina contraria/rival de Apófis
Nak, combatia o sol nascente
In Dief, membro do Tribunal de Osíris. Vivia na Necrópolis
Afu Tem, serpente e um deus sentado, devoradora de almas dos inimigos de Deus
Ankh-Ta, serpente na barca, precedida por uma procissão de 12 deuses
Cada local do Universo tem sua vibração. Linhas energéticas eram vistas no chão. Era como se 'serpenteassem'. Talvez seja a partir daí que surgiu o culto à Serpente.
HUMANOS DEIFICADOS
Amen-hotep e Imhotep
AMENHOTEP OU AMENÓFIS
Nasceu em Athribis, uma cidade da região do Delta do Nilo, sendo de origem humilde. Começou a sua carreira como escriba, antes de alcançar o título de vizir.
Entre as obras que supervisionou encontram-se os Colossos de Memnon, nome que os gregos deram a duas estátuas de pedra do faraó Amenófis III.
O faraó dedicou-lhe uma estátua no seu templo de Karnak, um feito raro na época, dado que o seu vizir não tinha origem real. Morreu com oitenta anos, tendo o seu túmulo sido escavado na rocha, na margem ocidental do Nilo, em Tebas.
A deificação da sua pessoa só se desenvolve verdadeiramente na era ptolemaica (mil anos depois da sua morte), quando Ptolomeu IV construiu um templo em Deir el-Medina em volta da sua campa. Nesta era ele foi considerado como uma divindade detentora de poderes curativos, sendo associado a Osíris e a Amon-Ré. Era representado como um homem segurando um rolo de papiro.
IMOTEPH
Sabe-se com certeza que essa divindade foi na verdade um homem: um grande sábio que
apareceu misteriosamente no reinado do Faraó Djozer, rei da Terceira Dinastia, na função de vizir ou chanceler do faraó e sumo-sacerdote do deus-sol Rá, em Heliópolis. É considerado o primeiro arquiteto, engenheiro e médico da história antiga, embora dois outros médicos, Hesy-Ra e Merit-Ptah, tenham sido contemporâneos seus.
Encontrar a sua tumba - se é que ela existe! - é o sonho dourado de todos os egiptólogos. As antigas tradições dizem que aquele deus após cumprir sua missão na Terra retornou à companhia dos deuses.
Nut: A deusa que representava o céu, era significativamente invocada como "A MÃE DOS DEUSES". Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.
No túmulo de Tutancamon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: "Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas".
É o primeiro arquiteto cujo nome é conhecido por meio de documentos históricos escritos. Viveu no século XXVII d.e.c., tendo sido vizir ou ministro-chefe de Djoser, o segundo rei da terceira dinastia egípcia. Imhotep , o homem responsável pela construção da primeira pirâmide e maior pirâmide do Egito - a pirâmide de Sakara, com seis enormes degraus, e que atinge aproximadamente 62 metros.
Imhotep, arquiteto genial, médico, sacerdote, mágico, escritor e primeiro ministro do faraó Djoser. Infelizmente, poucas informações chegaram até nós sobre essa misteriosa personalidade histórica, mas seu legado foi inesquecível. O estudioso britânico Sir. William Osler (séc. XIX) disse sobre Imhotep: a primeira figura de um médico a surgir claramente das névoas da antiguidade.
Prova disso está no fato de que sua vida foi celebrada por três mil anos, desde a época da construção da pirâmide de degraus até o período greco-romano, o que, historicamente, ocorreu com poucos homens. Durante toda a história egípcia, a era de Imhotep foi considerada como uma época de grande sabedoria. Ele foi o primeiro grande herói nacional do Egito.
Era tido em tão alta consideração pelos egípcios como médico e sábio que, 23 séculos após sua morte, acabou sendo deificado como deus tutelar da medicina, identificando-o a Esculápio , deus da medicina. Os gregos, por sua vez, deram-lhe o nome de Imuthes e identificaram-no com Asclépio, filho de Apolo, o Esculápio dos romanos, deus da ciência médica, mas Imhotep é somente um humano que morreu há muito tempo atrás. Em egípcio arcaico significa "aquele que veio em paz".
Ele também era considerado pelos egípcios como o maior dos escribas e escreveu tratados de medicina e de astronomia e uma obra de provérbios que, infelizmente, não foi encontrada pelos arqueólogos. Quando se tornou lendário, os escribas lhe prestavam homenagem derrubando algumas gotas de seu godé em honra do antigo escrevente antes de começarem seu trabalho. Durante o reinado de Djoser ocupou a segunda posição na hierarquia faraônica e na base da estátua daquele rei, encontrada em sua pirâmide, o nome e títulos de Imhotep aparecem no mesmo lugar de honra que os do faraó.
Os seus títulos eram muitos: Chanceler do Faraó do Baixo Egito, Primeiro após o Faraó do Alto Egito, Administrador do Grande Palácio, Médico, Nobre Hereditário, Sumo Sacerdote de Anu (On ou Heliópolis), Arquiteto-Chefe do Faraó Djoser, Escultor e Fabricante de Recipientes de Pedra. No Período Tardio lhe era prestado um culto em uma das capelas do complexo de Saqqara, local para onde afluíam os coxos de todo o país em busca de cura.
A tradição diz que Imhotep era filho de uma mulher chamada Khreduankh e do deus Ptah. Seus pais deviam ser membros da aristocracia, como indica o título de Nobre Hereditário.
apareceu misteriosamente no reinado do Faraó Djozer, rei da Terceira Dinastia, na função de vizir ou chanceler do faraó e sumo-sacerdote do deus-sol Rá, em Heliópolis. É considerado o primeiro arquiteto, engenheiro e médico da história antiga, embora dois outros médicos, Hesy-Ra e Merit-Ptah, tenham sido contemporâneos seus.
Encontrar a sua tumba - se é que ela existe! - é o sonho dourado de todos os egiptólogos. As antigas tradições dizem que aquele deus após cumprir sua missão na Terra retornou à companhia dos deuses.
Nut: A deusa que representava o céu, era significativamente invocada como "A MÃE DOS DEUSES". Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.
No túmulo de Tutancamon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: "Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas".
É o primeiro arquiteto cujo nome é conhecido por meio de documentos históricos escritos. Viveu no século XXVII d.e.c., tendo sido vizir ou ministro-chefe de Djoser, o segundo rei da terceira dinastia egípcia. Imhotep , o homem responsável pela construção da primeira pirâmide e maior pirâmide do Egito - a pirâmide de Sakara, com seis enormes degraus, e que atinge aproximadamente 62 metros.
Imhotep, arquiteto genial, médico, sacerdote, mágico, escritor e primeiro ministro do faraó Djoser. Infelizmente, poucas informações chegaram até nós sobre essa misteriosa personalidade histórica, mas seu legado foi inesquecível. O estudioso britânico Sir. William Osler (séc. XIX) disse sobre Imhotep: a primeira figura de um médico a surgir claramente das névoas da antiguidade.
Era tido em tão alta consideração pelos egípcios como médico e sábio que, 23 séculos após sua morte, acabou sendo deificado como deus tutelar da medicina, identificando-o a Esculápio , deus da medicina. Os gregos, por sua vez, deram-lhe o nome de Imuthes e identificaram-no com Asclépio, filho de Apolo, o Esculápio dos romanos, deus da ciência médica, mas Imhotep é somente um humano que morreu há muito tempo atrás. Em egípcio arcaico significa "aquele que veio em paz".
Ele também era considerado pelos egípcios como o maior dos escribas e escreveu tratados de medicina e de astronomia e uma obra de provérbios que, infelizmente, não foi encontrada pelos arqueólogos. Quando se tornou lendário, os escribas lhe prestavam homenagem derrubando algumas gotas de seu godé em honra do antigo escrevente antes de começarem seu trabalho. Durante o reinado de Djoser ocupou a segunda posição na hierarquia faraônica e na base da estátua daquele rei, encontrada em sua pirâmide, o nome e títulos de Imhotep aparecem no mesmo lugar de honra que os do faraó.
A tradição diz que Imhotep era filho de uma mulher chamada Khreduankh e do deus Ptah. Seus pais deviam ser membros da aristocracia, como indica o título de Nobre Hereditário.
Provavelmente foi educado por um escriba a partir dos 12 anos e teria começado sua carreira ainda jovem. Deve ter ingressado na vida sacerdotal, sendo que a função de Sumo Sacerdote de Heliópolis só podia ser ocupada após extensa educação nas artes e nas ciências.
A grande engenhosidade e perícia desse homem consistiu em incorporar a um monumento de pedra todos os métodos artísticos e de engenharia que durante décadas haviam sido aplicados a construções de madeira, feixes de caniços e talos e tijolos de limo secos ao sol, obtendo como resultado final um extraordinário complexo funerário.
A grande engenhosidade e perícia desse homem consistiu em incorporar a um monumento de pedra todos os métodos artísticos e de engenharia que durante décadas haviam sido aplicados a construções de madeira, feixes de caniços e talos e tijolos de limo secos ao sol, obtendo como resultado final um extraordinário complexo funerário.
As inovações introduzidas por Imhotep foram muitas: a coluna estriada e não estriada, os pórticos, os propileus, os pilares, os capitéis nas mais variadas formas, baixos-relevos cheios de realismo e de vida, obras de olaria envernizadas ou esmaltadas. Usando uma linha leve e elegante ergueu pequenos templos, edículas e pavilhões. A ele também se deve o hábito de orientar rigorosamente as pirâmides para o norte. Por tudo isso, ele tem sido considerado o gênio criador da arquitetura.
ELEMENTOS
ANKH
Ankh, a cruz ansata, era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida.
Conhecido também como símbolo da vida eterna. Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte. Hoje, é usada como símbolo pelos neopagãos.
A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça de formato oval. Em algumas representações primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.
Há muitas especulações para o surgimento e para o significado do ankh, mas ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia.
Quanto ao seu significado, há várias teorias. Muitas pessoas vêem o ankh como símbolo da ressurreição.
A alça oval que compõe o ankh sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida.
Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia.
A linha vertical que desce exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.
Atribuem-se que os símbolos Ankh, Djed e Was têm uma base biológica derivados da cultura de criação de gado do antigo Egito - ligado á crença egípcia de que o sêmen era criado na coluna vertebral- , conforme a descrição abaixo:
O Ankh, símbolo da vida, vértebra torácica de um touro (visto em corte transversal);
O Djed, símbolo da estabilidade, a coluna vertebral de um touro;
O Was, símbolo do poder e dominação - o pênis seco de um touro símbolo da deusa Wosret ou Wasret.
Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas.
Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o ankh (por sua semelhança com a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.
No final do século XIX, o ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam, além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60.
É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega.
O ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do Céu e a Terra.
Em outras situações, está associado aos vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade.
Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente o ciclo vital da natureza.
Ankh no Brasil:
O ankh popularizou-se no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa.
O selo dessa sociedade possuía um ankh adaptado com dois degraus na haste inferior, simbolizando os "Degraus da Iniciação", ou a chave que abre todas as portas.
Numa outra interpretação, representa o laço da sandália do peregrino, ou seja, aquele que quer caminhar, aprender e evoluir.
O Lado Negro do Ankh:
Na cultura pop, ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catherine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue.
Há uma cena em que a dupla, usando ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi's Dead, do Bauhaus.
Assim, elementos como a figura do vampiro, o ankh e a banda Bauhaus podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a sub-cultura gótica.
Possivelmente, através deste filme, o ankh foi inserido na sub-cultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral.
Mais tarde a personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop relacionando o ankh e a subcultura gótica.
Desse modo, vemos que o ankh não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associado a várias culturas diferentes. Mesmo assim lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem a sua origem e significados reais, associando este símbolo, erradamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.
O sistro é um instrumento de percussão que produz um som achocalhado.O instrumento já existia na Suméria do ano 2500 a.C.
No Antigo Egito recebia o nome de sechechet e era utilizado por mulheres da nobreza e pelas sacerdotisas.
Era feito em geral em bronze, mas também existiam exemplares em madeira e em faiança.
Os sistros estavam particularmente associados ao culto da deusa Hathor, mas poderiam também ser empregues no de Ísis, Bastet e Amon.
Os sistros estavam particularmente associados ao culto da deusa Hathor, mas poderiam também ser empregues no de Ísis, Bastet e Amon.
Os Egípcios acreditavam que o som produzido pelo instrumento poderia aplacar o deus em questão.
Quando o culto de Ísis se difundiu na bacia do Mediterrâneo, o sistro tornou-se um instrumento popular entre os Romanos.
A sua forma mais comum era a de um cabo com um arco, onde se colocavam pequenas barras com discos de metal que quando agitadas produziam o som.
Em alguns casos poderiam ter uma forma de capela. Entre o cabo e o arco era comum a representação de Hathor.
Em alguns casos poderiam ter uma forma de capela. Entre o cabo e o arco era comum a representação de Hathor.
São hoje em dia utilizados nas cerimônias da Igreja Copta da Etiópia, sendo conhecidos como sanasel ou tsenatsil.
Duas tribos de índios da América do Norte também utilizam o sistro.
Uma das indispensáveis etapas para que o processo de mumificação tivesse sucesso consistia na retirada dos órgãos internos do cadáver. Por outro lado, era igualmente importante, para a continuidade do bem-estar do morto no além-túmulo, que tais órgãos fossem cuidadosamente preservados. Assim, desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), era costume retirar as vísceras do organismo, embebê-las em substâncias adstringentes e betume, envolvê-las em ataduras e coloca-las em quatro vasos, atualmente chamados de vasos canopos, como estes em calcário, de cerca de 1000 anos a.C., pertencentes ao acervo do Museu Britânico de Londres.
No começo - esclarece o egiptólogo Wallis Budge - representavam os quatro suportes do céu, mas não tardou que cada qual fosse considerado como o deus de um dos quatro quartos da Terra e também do quarto do Céu que ficava acima dele.
Como o desejo constante do falecido, expresso em suas orações, era poder ir aonde bem entendesse, tanto na terra quanto no céu, tornava-se absolutamente necessário ao seu bem-estar que ele propiciasse esses deuses e se colocasse debaixo da sua proteção, o que só poderia ser conseguido mediante a recitação de palavras de poder diante das imagens deles ou diante de jarros fabricados para representá-los.
Duamutef era mostrado como uma múmia com cabeça de cão ou de chacal e representava o leste. Hapi era uma figura mumiforme, com cabeça de mono cinocéfalo e representava o norte. Imset aparecia como um homem barbado em forma de múmia e representava o sul. Finalmente, Qebehsenuf surgia com uma cabeça de falcão e corpo mumiforme e representava o oeste.
Os vasos em si eram identificados com as quatro divindades protetoras femininas: Selkis, Neith, Néftis e Ísis, chamadas as quatro carpideiras divinas. Suas tampas, inicialmente simples, durante o Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) passaram a ter a forma de cabeças humanas, o que perdurou até o final da XVIII dinastia (c. 1307 a.C.).
Daí em diante cada vaso passou a ter uma tampa esculpida na forma da cabeça do seu gênio protetor correspondente: para Qebehsenuf uma cabeça de falcão, para Duamutef uma cabeça de chacal, para Hapi uma cabeça de babuíno e para Imset uma cabeça humana.
Como o vaso era oco e sua tampa tinha a forma da cabeça do deus correspondente, e como as inscrições feitas no recipiente tornavam-no a habitação do deus, era possível afirmar que o órgão do falecido fora colocado no interior da própria divindade.
Durante a XXI dinastia (c. 1070 a 945 a.C.), quando era costume recolocar os órgãos dentro do corpo acompanhados de uma figura do correspondente filho de Hórus, ainda assim, por mero formalismo, permanecia a prática de incluir um conjunto de vasos canopos ao lado da múmia. Os órgãos internos foram colocados novamente em vasos canopos durante a XXVI dinastia (664 a 525 a.C.). Em dinastias posteriores, tais órgãos eram embrulhados e postos entre as pernas do defunto e os vasos vazios continuaram a ser usados com propósitos simbólicos.
Por sua vez, imitações sólidas destes vasos foram usadas durante o período ptolomaico (304 a 30 a.C.), quando o processo de mumificação tornou-se grosseiro e as vísceras eram frequentemente deixadas dentro do corpo.
Olho de Hórus ou 'Udyat' é um símbolo, proveniente do Egito Antigo, que significa proteção e poder, relacionado à divindade Hórus. Era um dos mais poderosos e mais usados amuletos no Egito em todas as épocas.
Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o deus Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após a morte, contra o infortúnio do Além.
O Olho de Hórus e a grande serpente Anaconda que foi encontrada no rio nilo proveniente da amazonia na grande divisão da pangea, cuja serpente simbolizavam poder real tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma. Este símbolo aparece no reverso do Grande selo dos Estados Unidos da América,sendo também um símbolo frequentemente usado e relacionado a Maçonaria.
Amuleto com o olho de Hórus, no Museu do Louvre, França.O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.
Hoje em dia, o Olho de Hórus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a ideia de trazer proteção, vigor e saúde.
OS FILHOS DE HÓRUS
HAPI, IMSETI, DUAMUTEF e KEBEHSENUEF
Uma das indispensáveis etapas para que o processo de mumificação tivesse sucesso consistia na retirada dos órgãos internos do cadáver. Por outro lado, era igualmente importante, para a continuidade do bem-estar do morto no além-túmulo, que tais órgãos fossem cuidadosamente preservados. Assim, desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), era costume retirar as vísceras do organismo, embebê-las em substâncias adstringentes e betume, envolvê-las em ataduras e coloca-las em quatro vasos, atualmente chamados de vasos canopos, como estes em calcário, de cerca de 1000 anos a.C., pertencentes ao acervo do Museu Britânico de Londres.
O termo canopo, embora a rigor seja incorreto, foi criado pelos primeiros egiptólogos que viram nesses vasos, com tampas em forma de cabeças humanas, confirmação da história narrada pelos escritores clássicos a respeito de Canopo, piloto de Menelau, da guerra de Tróia, que foi enterrado na cidade de Canopo, situada no noroeste do delta do Nilo, onde era venerado sob a forma de um vaso com cabeça humana.
Tais vasos, feitos de madeira, alabastro, calcário, porcelana, cerâmica ou faiança, tinham tampas de madeira pintada, vinham às vezes acondicionados em estojos também de madeira e eram depositados no túmulo junto ao caixão. As vísceras armazenadas nos quatro vasos eram protegidas por quatro divindades menores, os filhos de Hórus, o antigo (Haroéris).
Seus nomes eram Qebehsenuf, Duamutef, Hapie Imset, os quais tinham a importante missão de proteger, respectivamente, os intestinos, o estômago, os pulmões e o fígado do morto.
Eles eram deuses solares, nascidos de uma flor de lótus e resgatados das águas primordiais por Sebek, o deus crocodilo, por ordem de Rá. Eram divindades dos quatro pontos cardeais, pois haviam anunciado nas quatro direções, ou seja, aos quatro ventos, a vitória do pai sobre o deus Seth. Eram protetores do corpo de Osíris e diariamente glorificavam o seu ba.
Os quatro filhos de Hórus também estavam presentes no Saguão das Duas Verdades, presidindo, juntamente com Osíris, o julgamento e a pesagem das almas dos defuntos. Nesse caso aparecem em pé, emergindo de uma flor de lótus, e ajudam Anúbis na cerimônia de abertura da boca. Foi no decorrer do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) que as quatro deidades passaram a ser representadas nos vasos canopos.
Filhos de Hórus Órgãos Deusas Tampas Ponto Cardeal
Qebehsenuf intestinos Selkis falcão oeste
Duamutef estômago Neith chacal leste
Hapi pulmões Néftis babuíno norte
Imset fígado Ísis homem sul
Seus nomes eram Qebehsenuf, Duamutef, Hapie Imset, os quais tinham a importante missão de proteger, respectivamente, os intestinos, o estômago, os pulmões e o fígado do morto.
Eles eram deuses solares, nascidos de uma flor de lótus e resgatados das águas primordiais por Sebek, o deus crocodilo, por ordem de Rá. Eram divindades dos quatro pontos cardeais, pois haviam anunciado nas quatro direções, ou seja, aos quatro ventos, a vitória do pai sobre o deus Seth. Eram protetores do corpo de Osíris e diariamente glorificavam o seu ba.
Os quatro filhos de Hórus também estavam presentes no Saguão das Duas Verdades, presidindo, juntamente com Osíris, o julgamento e a pesagem das almas dos defuntos. Nesse caso aparecem em pé, emergindo de uma flor de lótus, e ajudam Anúbis na cerimônia de abertura da boca. Foi no decorrer do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) que as quatro deidades passaram a ser representadas nos vasos canopos.
Como o desejo constante do falecido, expresso em suas orações, era poder ir aonde bem entendesse, tanto na terra quanto no céu, tornava-se absolutamente necessário ao seu bem-estar que ele propiciasse esses deuses e se colocasse debaixo da sua proteção, o que só poderia ser conseguido mediante a recitação de palavras de poder diante das imagens deles ou diante de jarros fabricados para representá-los.
Duamutef era mostrado como uma múmia com cabeça de cão ou de chacal e representava o leste. Hapi era uma figura mumiforme, com cabeça de mono cinocéfalo e representava o norte. Imset aparecia como um homem barbado em forma de múmia e representava o sul. Finalmente, Qebehsenuf surgia com uma cabeça de falcão e corpo mumiforme e representava o oeste.
Os vasos em si eram identificados com as quatro divindades protetoras femininas: Selkis, Neith, Néftis e Ísis, chamadas as quatro carpideiras divinas. Suas tampas, inicialmente simples, durante o Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) passaram a ter a forma de cabeças humanas, o que perdurou até o final da XVIII dinastia (c. 1307 a.C.).
Daí em diante cada vaso passou a ter uma tampa esculpida na forma da cabeça do seu gênio protetor correspondente: para Qebehsenuf uma cabeça de falcão, para Duamutef uma cabeça de chacal, para Hapi uma cabeça de babuíno e para Imset uma cabeça humana.
Como o vaso era oco e sua tampa tinha a forma da cabeça do deus correspondente, e como as inscrições feitas no recipiente tornavam-no a habitação do deus, era possível afirmar que o órgão do falecido fora colocado no interior da própria divindade.
Durante a XXI dinastia (c. 1070 a 945 a.C.), quando era costume recolocar os órgãos dentro do corpo acompanhados de uma figura do correspondente filho de Hórus, ainda assim, por mero formalismo, permanecia a prática de incluir um conjunto de vasos canopos ao lado da múmia. Os órgãos internos foram colocados novamente em vasos canopos durante a XXVI dinastia (664 a 525 a.C.). Em dinastias posteriores, tais órgãos eram embrulhados e postos entre as pernas do defunto e os vasos vazios continuaram a ser usados com propósitos simbólicos.
Por sua vez, imitações sólidas destes vasos foram usadas durante o período ptolomaico (304 a 30 a.C.), quando o processo de mumificação tornou-se grosseiro e as vísceras eram frequentemente deixadas dentro do corpo.
Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o deus Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após a morte, contra o infortúnio do Além.
O Olho de Hórus e a grande serpente Anaconda que foi encontrada no rio nilo proveniente da amazonia na grande divisão da pangea, cuja serpente simbolizavam poder real tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma. Este símbolo aparece no reverso do Grande selo dos Estados Unidos da América,sendo também um símbolo frequentemente usado e relacionado a Maçonaria.
Amuleto com o olho de Hórus, no Museu do Louvre, França.O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.
Hoje em dia, o Olho de Hórus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a ideia de trazer proteção, vigor e saúde.
Como o transporte mais usado pelos egípcios era o barco, eles acreditavam que o Sol também usasse um.
Os barcos dos Faraós eram alojados junto aos túmulos. As velas viriam bem depois mas já eram conhecidas em Alexandria, fundada por Alexandre Magno, terra da Rainha Cleópatra.
Dada a importância do barco no rio, foi descoberta enterrada ao sul da pirâmide de Keops a Barca Solar na qual sua múmia teria sido conduzida pelo Nilo até a Pirâmide, após sua morte. No túmulo de Tutankhamon, o único descoberto praticamente intacto, havia pelo menos 5 barcos na câmara de tesouros.
Acredita-se que ela desabrocha aqui na Terra somente depois de ter nascido no mundo espiritual, simbolizando por isso a flor da espiritualidade.
A Flor de Lótus é a mais admirada de todas as flores, por suas qualidades beleza e longevidade: a semente de Lótus pode, por exemplo, ficar mais 5.000 anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar.
Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes, isto é, têm a propriedade de repelir microrganismos e poeiras.
É também a única planta que regula seu calor interno, mantendo-o por volta de 35º, a mesma temperatura do corpo humano. O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam.
Essa flor tão especial, geralmente é utilizada para ornamentação e oferenda nos oráculos, mas também já foi empregada pelos antigos na fabricação de pão e uma espécie de bebida. Algumas vezes, servia como alimento ao povo da Líbia.
De acordo com algumas lendas gregas seu suco teria a propriedade de gerar nos estrangeiros a vontade de permanecer na terra e não regressar.
Na África setentrional existia um povo que se alimentava desta planta.
É identificada na cultura brasileira como "vitória-régia", também da família das Ninfáceas, nativa da região da Amazônia. Algumas espécies florescem nessa região, existindo relatos de lendas indígenas sobre a sua relação com o mundo espiritual.
Uma dessas lendas conta como Jaci, a Lua criou a "vitória-régia":
"As lagoas e os lagos amazônicos são os espelhos naturais da vaidosa Jaci, a lua". As cunhãs e as caboclas ao vê-la refletida sentiam toda a inspiração para o amor. Elas acreditavam que se ficassem no alto das colinas esperando pelo aparecimento da lua e se conseguissem tocá-la, o amor redentor chegaria e transformadas em estrelas, subiriam aos céus.
Um belo dia, uma linda cabocla resolveu que era chegado o momento de transformar-se em estrela. E com este intuito subiu a mais alta colina, esperando poder tocar a lua Jaci e assim concretizar o seu desejo. Mas, ao chegar ao topo da colina viu Jaci, a lua refletida na grande lagoa e pensou que estava a banhar-se. Na ânsia de tocar Jaci para realizar o seu sonho de amor, a bela cabocla lançou-se às águas da lagoa e, ao que pensar tocá-la, afundou, desaparecendo nas águas profundas da lagoa.
Então Jaci, a lua, compadecida com o infortúnio de tão bela jovem e não podendo satisfazer seu desejo de levá-la para o céu em forma de estrela, transformou-a na bela estrela das águas, a linda planta aquática, a Vitória Régia, cuja beleza e perfume são inconfundíveis.
No interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito, a Flor de Lótus também é representada como planta sagrada pertencente ao mundo dos deuses.
Como na Índia, também no Egito a Flor de Lótus testemunha a criação do universo.
Um dos mais interessantes relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que num tempo muito distante, quando o Universo ainda não existia, um cálice de lótus com as pétalas fechadas flutuava nas trevas:
“E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.
Entediada com o vazio, a flor pediu ao deus-Sol Atum-Ré (divindade andrógina, simultaneamente masculina e feminina) que criasse o Universo.
Tendo Atum-Ré criado o Universo, a Flor de Lótus, agradecida pelo desejo realizado, passou a abrigar o deus-Sol em suas pétalas durante a noite de onde ele sai ao amanhecer para iluminar a sua criação.
CONCEITOS
Princípio Cósmico
Cosmologia e criação
No princípio emergiu das águas uma ilha, e nela havia um ovo, do qual saiu Rá, iluminando todas as coisas. Todos os outros deuses seriam filhos de Rá (Nut, Chu e Geb).
A deusa Nut se casou com Geb em segredo. Depois de algum tempo, Rá descobriu o que tinha acontecido, e ficou furioso com Nut. Como castigo tornou Nut estéril. Com isso Nut usou sua criatividade desafiando Thot, em um jogo de dados. Com sua vitória, consegui que Thot acrescentasse cinco novos dias ao calendário de 360 dias. Com os novos dias, que não eram vigiados por Rá, teve seus filhos: Osíris, Ísis, Set e Néftis.
O princípio do universo é a formação única de Deus, que não se fez do nada, e sim, autocriou seus aspectos. Os aspectos de Deus, como dito anteriormente, chamam-se neteru (no singular: neter no masculino e netert no feminino). Tudo vem a início de um líquido infinito cósmico chamado Nun (Nu ou Ny), este é o ser subjetivo. Quando esse líquido se auto-cria e torna-se real, é Atum, o ser objetivo.
Essa passagem é semelhante a passagem de inconsciente para consciente do ser humano. Atum criou uma massa única universal, que deu origem há uma explosão (Big Bang), porém pré-planejada. Mas o universo era formado apenas por nêutrons, sem elétrons ou prótons.
Os próximos neteru a serem gerados eram Geb e Nut, que criaram os dois ambientes da Terra: o Céu e a Terra (plana). Estes também deram origem aos quatro neteru da vida: Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Osíris criou a vida no além e todo o processo de jornada até o Céu. Ísis é responsável por todos os seres vivos. Seth representa os opostos, mas também coisas más, como ódio e caos. Néftis representa o deserto, a orientação, e o ato de morte.
A história desses quatro neteru é a origem do próximo a ser gerado. Lembrando que as próximas histórias são semelhantes aos humanos porque esses neteru eram de espécies bem próximas aos humanos. Existem milhares de versões, no geral a história é a seguinte: Osíris era o neter que criou o ciclo de vida e morte, por isso governava a Terra. Seth, movido a inveja, resolveu armar uma forma de matá-lo. Então, de forma incerta, provavelmente mostrando outra intenção, o trancafiou em um caixão e jogou no Nilo para se perder e ninguém nunca achar. Néftis percebeu isso e avisou Ísis, quando começaram a procurar e encontraram um caixão, e recuperaram Osíris. Seth como era uma forma do mal, esquartejou a forma material de Osíris em 40 pedaços e espalhou-os por todo o deserto e no Nilo. Ísis, depois de muito tempo, conseguiu encontrar todos eles, exceto o pênis, que foi devorado por três peixes.
Então, Osíris uniu-se a Ísis e gerou um filho, a primeira ideia de "imaculada concepção", ela ficou conhecida com "Virgem Ísis". O filho era Hórus, o herdeiro que então lutou contra Seth, perdendo um olho na batalha, mas consegui vencê-lo. Esse olho ficou conhecido como "Olho de Hórus", que foi reconhecido como símbolo de proteção pelos egípcios.Hórus também era conhecido como o "salvador da humanidade". Depois disso, Seth se tornou um neter menor. Também há histórias dizendo que Hórus encarnou na terra e mostrou ensinamentos à humanidade. Ele seria guiado pela estrela Sirius e presenteado em seu nascimento por três reis, que seriam representados pelas Três Marias. Também fez milagres na terra, como andar sobre as águas do Nilo. Em outra versão, teria ressuscitado um homem chamado El-Azar-Us. Foi morto pelo faraó (por inveja deste) e também teria ressuscitado alguns dias depois. Fora da terra, teria se casado com Hathor.
O Ovo Cósmico
O principal deus desse nomo era a divindade lunar Thot, também deus dos escribas, mas Thot não toma parte na criação do mundo. E nem sequer seus adoradores observam algum tipo de doutrina nesse sentido.
Dizia-se que, em Jemenu, em princípio haviam oito deuses, dos quais se têm pouca certeza quem eram, e com um demiurgo, que em alguns textos é Shu, e em outros, Atón Rá; ela, entretanto, foi, indiscutivelmente a característica matricial do panteão de Jemenu. Ao mesmo tempo, funcionam como uma divindade autônoma, composta por oito deuses que agem sempre de forma igual, de forma distinta da Enéade de Iunu.
Muito pouco se conhece ou se especula da Ogdoáde de Jemenu, uma das mais misteriosas congregações de divindades do antigo Egito, talvez originária de uma agregação de crenças antigas das várias doutrinas de Tebas, Iunu e do Fayun. Paralela a Enéade, ela é formada por oito deuses, chamados conjuntamente de “Hehu”, organizados em quatro casais divinos.
Seu culto, entretanto, é muito remoto, sendo inclusive o nome da cidade – Jemenu – dado em homenagem a essas entidades: significa “cidade dos oito”. Ao contrário da Enéade de Iunu, esses deuses formavam uma entidade única, que apesar da diversidade tinha apenas uma vontade, uma vez que eles sempre estavam em uníssono.
Os quatro pares de deuses da ogdoáde são representados, via de regra, com corpos de homem e cabeça de rã, e as mulheres com corpo de mulher e cabeça de serpente. Se considerarmos que a possibilidade de essa ogdoáde dar origem e ter relações com outros sistemas divinos, é possível inferir que há uma mudança conforme muda o sistema, ou seja, a cosmogonia, apesar de ser a mesma divindade – ou antes, ter o mesmo nome.
Os quatro pares de deuses são:
- Nun e Naunet, representando o oceano primordial;
- Heh e Hehet, cujo aspecto é um tanto obscuro, mas seria algo relacionado ao caminho que as águas percorrem quando á cheia;
- Kek e Keket parecem estar ligadas ás trevas;
- Amon e Amaunet, relacionados ao desconhecido, e seriam deuses não cognoscíveis.
- Niau e Niaunet, que personificariam o vazio, a ausência da totalidade.
A cosmogonia de Iunu admitia a existência e dizia ser a Ogdoáde uma emanação de Rá, que era divindade suprema, numa espécie de sincretismo.
Nas leituras mais antigas e puramente relacionadas á cosmogonia de Jemenu, Rá existia, mas não como divindade suprema; ele era, inclusive filho dos membros da Ogdoáde.
Dizia-se que nesta era primordial, uma ilha se ergueu do oceano primitivo, e foi nesta ilha que os deuses rãs e deusas serpente colocaram um ovo. Desse ovo nasceu o Sol, que deveria criar o mundo e ordenar a criação.
Não há uma concordância nos textos e hinos de Jemenu quanto á origem desse ovo. As explicações que são dadas, além de muito pouco exatas, tendem a conter a influência de uma outra cosmogonia, via de regra a tebana. Não há sequer concordância sobre que ave teria botado o ovo, hora um ganso, hora um falcão.
Enfim, não se sabe exatamente que Deus se ocultava na casca – não no interior, note-se – do ovo cósmico. Algumas possibilidades, corroboradas por textos da época, apontam para o deus Shu, já que o sopro de vida desse Deus era universal.
Os sacerdotes de Jemenu não tinham uma ideia muito clara da origem desse ovo, e suas explicações revelam a influência de outros sistemas teológicos, em especial o Tebano.
Os textos religiosos mais antigos não estão de acordo nem, sequer, na atribuição de que ave teria posto o ovo. Às vezes a ave parece ser um ganso, outras vezes parece ser um falcão; e o livro dos mortos parece, às vezes, referir-se ao ovo de um pássaro macho.
Ao final não se sabe quem é o demiurgo que se oculta na casca do ovo cósmico. Talvez venha a ser Shu, o deus do ar, "o que separa a terra dos céus", e a casca do ovo tenha sido o receptáculo do sopro de vida universal. Essa poderia ser, ao menos, uma explicação que faria sentido para os egípcios, já que "casca" (suhet) e "sopro do ar" (suh) eram, em sua língua, palavras muito próximas, que derivavam da mesma raiz.
Segundo o sistema de Iunu shu seria a primeira criatura do demiurgo Rá, e, por sua vez, o criador dos deuses da Enéade. Do mesmo modo, a passagem de número 76 do texto dos sarcófagos proclama Shu como o pai dos deuses, e, concretamente, da Ogdoáde de Jemenu.
Mas há uma contradição com a passagem de número 226 do texto dos sarcófagos, em que Shu nasce sim do ovo, mas justamente daquele que os oito membros da Ogdoáde de teriam depositado na colina de Jemenu. Dessa maneira, seriam os pais, e não os filhos de Shu.
Os sacerdotes não souberam como evitar essas contradições, quando tentaram realizar a "integração" do mito de Jemenu com os sistemas cosmogônicos em vigor.
A confusão seria cada vez maior com o tempo: um texto da época Lágida dirá que Ptah, o deus da Terra, criou o ovo que saiu do caos, (Num), e deste ovo vieram à existência os deuses da Ogdoáde. Outro mito diz que Rá, e toda a humanidade teriam saído daquele ovo.
Um hino de inspiração tebana disse que no interior do ovo se encontrava o demiurgo, e ele é identificado com o deus solar Rá e o deus nacional do novo império, Amon. Shu, deus do ar, havia perdido, logo, o papel de Demiurgo.
Neter
Neter é uma palavra em egípcio sem tradução exata. A antiga religião egípcia, diferente do que muitos pensam, cultua apenas um único Deus.
Sendo este supremo, eterno, imortal, onisciente, onipresente e onipotente.
Mas este Deus aparece de várias formas e aspectos, os Neteru (plural de Neter no masculino e Netrit no feminino).
Um exemplo para compreender melhor isso é a água, que sendo líquida, sólida ou gasosa continua sendo água.
Dessa forma os Neteru têm sua própria personalidade, ações e são cultuados.
Os neteru também podem ser ditos como informações ou pistas para conhecer Deus.
Por exemplo: se é nos informado apenas o nome de alguém não tem o mínimo conhecimento desses, mas quanto mais pistas e informações sobre ele, melhor o conhecemos.
Desse modo os arqueólogos e egiptólogos que estudaram sobre a antiga religião egípcia, traduziram neteru como Deuses e Deusas, dando totalmente a informação errônea de que tais são forças independentes.
Sendo este supremo, eterno, imortal, onisciente, onipresente e onipotente.
Mas este Deus aparece de várias formas e aspectos, os Neteru (plural de Neter no masculino e Netrit no feminino).
Um exemplo para compreender melhor isso é a água, que sendo líquida, sólida ou gasosa continua sendo água.
Dessa forma os Neteru têm sua própria personalidade, ações e são cultuados.
Os neteru também podem ser ditos como informações ou pistas para conhecer Deus.
Por exemplo: se é nos informado apenas o nome de alguém não tem o mínimo conhecimento desses, mas quanto mais pistas e informações sobre ele, melhor o conhecemos.
Desse modo os arqueólogos e egiptólogos que estudaram sobre a antiga religião egípcia, traduziram neteru como Deuses e Deusas, dando totalmente a informação errônea de que tais são forças independentes.
Neter é certamente um dos seres mais interessantes da mitologia egípcia, pelo mistério que o envolve. Em geral, os investigadores modernos centram-se no seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.
Neter tem poucas aparições na escrita egípcia, porém, com o pouco que se sabe sobre esse ser mitológico podemos levantar certas hipóteses. Apenas hipóteses, não é possível afirmar nada.
Neter é uma palavra em egípcio sem tradução exata. Sabe-se entretanto que no inicio do Antigo Egito havia apenas um deus:- Neter.
Talvez Neter seja o único deus verdadeiro, sabendo que entre os deuses egípcios, ele era o único que tem suas menções acompanhadas por seus características divinas, Sendo este supremo, eterno, imortal, onipresente, onisciente e onipotente. Mas este deus aparece de várias formas e aspectos, os Neteru (plural de Neter no masculino e Netert no feminino).
Os demais deuses seriam ramificações de suas vontades ou mesmo, suas criações. Não é conhecido como Neter iniciou a vida dos deuses ou se ele se transformou em parte Amon, pois em algumas passagens a menção de que Amon era resultado de Neter e devoto à ele. Hipóteses e mais hipóteses.
Um exemplo para compreender melhor isso é a água, que sendo líquida, sólida ou gasosa continua sendo água. Dessa forma os Neteru tem sua própria personalidade, ações e são cultuados.
Os Neteru também podem ser ditos como informações ou pistas para conhecer Deus. Por exemplo: se é nos informado apenas o nome de alguém, não temos o mínimo conhecimento desse, mas quanto mais pistas e informações sobre ele, melhor o conhecemos. Desse modo os arqueólogos e egiptólogos que estudaram sobre a antiga religião egípcia, traduziram Neteru como deuses e deusas, dando totalmente a informação errônea de que tais são forças independentes.
Alguns historiadores acreditam que Neter é uma denominação aos deuses primordiais egípcio mesmo que este hora apareça personificado em entidade nos antigos escritos.
Outros porém afirmam que Neter é uma raça, a raça dos deuses.
Há ainda aqueles que dizem que Neter é referente a emanação. Os deuses seriam seres que habitariam o universo real e quando habitavam esse mundo através de emanações de seus seres recebiam o nome de Neteru.
O KA, o BA e o Akh são as vezes traduzidos como o Duplo, a Alma e o Espírito, mas isso não explica todas as nuances que estão implícitas nesses conceitos.
Nota:
Khab, segundo Crowley, é a "estrela" ou "Luz íntima", é a essência original, individual, eterna.
O Ka então passa a seguir a pessoa como uma sombra ou um duplo, durante toda a vida, mas quando a pessoa morre, o Ka retorna para sua morada celeste.
A preservação do corpo, as oferendas de comida, sejam reais ou apenas gravadas nas paredes da tumba, propiciavam energia ao Ka.
Não que ele comesse, mas assim como as estátuas dos deuses, o Ka assimilava energia.
Os egípcios acreditavam que os animais, plantas, água e as pedras, por exemplo, todos possuíam seu próprio Ka.
O Ka humano até podia habitar uma planta, enquanto a pessoa a quem ele pertencia, dormia.
O Ka podia se manifestar, como um fantasma para outras pessoas, tanto fazia se a pessoa a quem ele pertencia estivesse viva ou morta.
Podia até apavorar as pessoas que por acaso tivessem feito algum mal para seu possuidor – se, por exemplo, a família não tivesse feito as oferendas devidas, o Ka faminto e sedento, os assombraria até que corrigissem seu erro.
A função mais importante do Ba era tornar possível que o morto, abandonasse a tumba para se reunir ao seu Ka, de modo que pudesse viver para sempre e se tornar um Akh, um ancestral.
O conceito de Ba era mais ligado ao corpo físico e não como alma ou espírito.
É a parte imortal, o ser radiante que vive dentro do Sahu. Significa o intelecto, os desejos e intenções do falecido.
O Akh se transfigura na morte, e sobe aos céus para viver com os deuses entre as estrelas.
Neter é uma palavra em egípcio sem tradução exata. Sabe-se entretanto que no inicio do Antigo Egito havia apenas um deus:- Neter.
Talvez Neter seja o único deus verdadeiro, sabendo que entre os deuses egípcios, ele era o único que tem suas menções acompanhadas por seus características divinas, Sendo este supremo, eterno, imortal, onipresente, onisciente e onipotente. Mas este deus aparece de várias formas e aspectos, os Neteru (plural de Neter no masculino e Netert no feminino).
Os demais deuses seriam ramificações de suas vontades ou mesmo, suas criações. Não é conhecido como Neter iniciou a vida dos deuses ou se ele se transformou em parte Amon, pois em algumas passagens a menção de que Amon era resultado de Neter e devoto à ele. Hipóteses e mais hipóteses.
Um exemplo para compreender melhor isso é a água, que sendo líquida, sólida ou gasosa continua sendo água. Dessa forma os Neteru tem sua própria personalidade, ações e são cultuados.
Os Neteru também podem ser ditos como informações ou pistas para conhecer Deus. Por exemplo: se é nos informado apenas o nome de alguém, não temos o mínimo conhecimento desse, mas quanto mais pistas e informações sobre ele, melhor o conhecemos. Desse modo os arqueólogos e egiptólogos que estudaram sobre a antiga religião egípcia, traduziram Neteru como deuses e deusas, dando totalmente a informação errônea de que tais são forças independentes.
Alguns historiadores acreditam que Neter é uma denominação aos deuses primordiais egípcio mesmo que este hora apareça personificado em entidade nos antigos escritos.
Outros porém afirmam que Neter é uma raça, a raça dos deuses.
Há ainda aqueles que dizem que Neter é referente a emanação. Os deuses seriam seres que habitariam o universo real e quando habitavam esse mundo através de emanações de seus seres recebiam o nome de Neteru.
ALMA EGÍPCIA
Alma egípcia, Ka e Ba
As divisões do ser humano
Ao contrário da civilização ocidental, cujas concepções religiosas dividiram o ser humano em corpo e alma, os Egípcios consideravam que os humanos eram constituídos por várias partes, umas materiais e outras imateriais.
O ka era a energia vital do indivíduo, que era criada na mesma altura em que se criava o corpo físico. Depois da morte, habitava no corpo mumificado do defunto ou em estátuas que o representavam de forma idealizada, necessitando de comida e de bebida para continuar a existir, sendo por isso necessário que os vivos realizassem oferendas. Na arte, era geralmente representado como uns braços que se levantavam para cima.
O akh (plural: akhu) era uma espécie de força luminosa gerada depois da morte pela união do ka e do ba, embora alguns investigadores considerem que poderia gerar-se através da união do ba e do corpo. Seja como for, este elemento gerava-se após o julgamento de Osíris, sendo uma espécie de transfiguração do ser. Este conceito era representado como um íbis de poupa. Os deuses também tinham o seu akh.
O ba, por vezes traduzido como "alma", era representado como um falcão com cabeça humana. No momento da morte o ba deixava o corpo, podendo visitar os locais que o defunto conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo. Devido ao fato de poder deslocar-se o ba levava ao ka a energia que se encontrava nas oferendas. Os deuses também tinham o seu ba; em alguns casos determinado deus era o ba de outro deus.
O nome (em língua egípcia, ren) era um elemento importante da personalidade humana, como atesta o esforço feito pelos Egípcios em registrar os nomes de deuses, faraós ou altas personalidades em inscrições feitas sobre todo o tipo de suportes. Quando se queria eliminar simbolicamente as ações praticadas por alguém visto como inimigo do estado mandava-se apagar todas as inscrições que tivessem o nome próprio da pessoa, como aconteceu com a rainha Hatchepsut e Akhenaton.
A sombra, representada como uma figura humana pintada completamente a negro, era considerada como um duplo do ser humano, que se caracterizava pela rapidez e pela proteção que concedia à pessoa (se estiver no clima abrasador do Egito, facilmente se compreende a associação da sombra a algo benéfico e protetor). Os egípcios deram-lhe o nome de "chut".
Por último, o sekem era a energia e o poder da pessoa falecida.
O ka era a energia vital do indivíduo, que era criada na mesma altura em que se criava o corpo físico. Depois da morte, habitava no corpo mumificado do defunto ou em estátuas que o representavam de forma idealizada, necessitando de comida e de bebida para continuar a existir, sendo por isso necessário que os vivos realizassem oferendas. Na arte, era geralmente representado como uns braços que se levantavam para cima.
O akh (plural: akhu) era uma espécie de força luminosa gerada depois da morte pela união do ka e do ba, embora alguns investigadores considerem que poderia gerar-se através da união do ba e do corpo. Seja como for, este elemento gerava-se após o julgamento de Osíris, sendo uma espécie de transfiguração do ser. Este conceito era representado como um íbis de poupa. Os deuses também tinham o seu akh.
O ba, por vezes traduzido como "alma", era representado como um falcão com cabeça humana. No momento da morte o ba deixava o corpo, podendo visitar os locais que o defunto conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo. Devido ao fato de poder deslocar-se o ba levava ao ka a energia que se encontrava nas oferendas. Os deuses também tinham o seu ba; em alguns casos determinado deus era o ba de outro deus.
O nome (em língua egípcia, ren) era um elemento importante da personalidade humana, como atesta o esforço feito pelos Egípcios em registrar os nomes de deuses, faraós ou altas personalidades em inscrições feitas sobre todo o tipo de suportes. Quando se queria eliminar simbolicamente as ações praticadas por alguém visto como inimigo do estado mandava-se apagar todas as inscrições que tivessem o nome próprio da pessoa, como aconteceu com a rainha Hatchepsut e Akhenaton.
A sombra, representada como uma figura humana pintada completamente a negro, era considerada como um duplo do ser humano, que se caracterizava pela rapidez e pela proteção que concedia à pessoa (se estiver no clima abrasador do Egito, facilmente se compreende a associação da sombra a algo benéfico e protetor). Os egípcios deram-lhe o nome de "chut".
Por último, o sekem era a energia e o poder da pessoa falecida.
Alma egípcia
Alma egípcia é um conceito metafísico egípcio de alma-coração, o princípio de sete almas que seria levado durante toda a vida.
Para os antigos egípcios, a religião focava a imortalidade. Portanto, a vida futura era altamente desejável. Isso pressupõe a crença de que havia uma alma imortal que viveria após a morte do corpo físico e essa alma, para nós, atualmente, é um conceito bastante complexo.
A alma, seu ser, era composta de partes diversas.
Não existia apenas a forma física, e sim, havia oito partes imortais ou semi divinas, que sobreviviam à morte. Portanto as oito partes imortais mais o corpo completariam as nove partes do ser humano.
O significado exato de KA, BA, Akh, Sekhem, e outras expressões não são ainda muito claras para nós. Os estudiosos partem do principio de comparar a cultura egípcia antiga com a nossa e assim ficamos mais confusos porque as idéias são diferentes.
Nas tumbas, o Livro dos Mortos, que na verdade tem o nome de Saída para a Luz do Dia, é uma coleção de textos que aborda toda a viagem do morto rumo a vida pós morte. Através da leitura desses textos é possível tentar entender os conceitos dos antigos egípcios.
Na verdade não era um livro e sim uma coletânea de textos creditados ao deus Thoth e seu objetivo era ajudar a alma do morto a enfrentar e vencer os obstáculos, num caminho muito difícil.
Para chegar ao Amenti, era preciso cruzar os 21 pilares, passar pelas 15 entradas, cruzar 7 salas para chegar ao Saguão das Duas Verdades onde seu coração, frente a Osíris e aos 42 juízes vai ser pesado.
Caso o julgamento fosse favorável ao morto, Hórus o conduzia ao trono de Osíris que indicava seu lugar no reino além da morte. Se o morto estivesse cheio de pecados, seria comido pelo Ammut, o devorador de mortos, então adeus vida eterna.
Para os antigos egípcios, a religião focava a imortalidade. Portanto, a vida futura era altamente desejável. Isso pressupõe a crença de que havia uma alma imortal que viveria após a morte do corpo físico e essa alma, para nós, atualmente, é um conceito bastante complexo.
A alma, seu ser, era composta de partes diversas.
Não existia apenas a forma física, e sim, havia oito partes imortais ou semi divinas, que sobreviviam à morte. Portanto as oito partes imortais mais o corpo completariam as nove partes do ser humano.
O significado exato de KA, BA, Akh, Sekhem, e outras expressões não são ainda muito claras para nós. Os estudiosos partem do principio de comparar a cultura egípcia antiga com a nossa e assim ficamos mais confusos porque as idéias são diferentes.
Nas tumbas, o Livro dos Mortos, que na verdade tem o nome de Saída para a Luz do Dia, é uma coleção de textos que aborda toda a viagem do morto rumo a vida pós morte. Através da leitura desses textos é possível tentar entender os conceitos dos antigos egípcios.
Na verdade não era um livro e sim uma coletânea de textos creditados ao deus Thoth e seu objetivo era ajudar a alma do morto a enfrentar e vencer os obstáculos, num caminho muito difícil.
Para chegar ao Amenti, era preciso cruzar os 21 pilares, passar pelas 15 entradas, cruzar 7 salas para chegar ao Saguão das Duas Verdades onde seu coração, frente a Osíris e aos 42 juízes vai ser pesado.
Caso o julgamento fosse favorável ao morto, Hórus o conduzia ao trono de Osíris que indicava seu lugar no reino além da morte. Se o morto estivesse cheio de pecados, seria comido pelo Ammut, o devorador de mortos, então adeus vida eterna.
IB
(coração)
A parte mais importante da alma egípcia era o Ib (jb) ou coração.
O Ib, ou coração metafísico, era concebido como uma gota do coração da mãe para a criança durante a concepção.
Achados arqueológicos retratam esta concepção com a imagem de uma pessoa que é encaminhada pela deusa Maat após a morte.
O termo ab ou ib foi usado também pelos hebreus para denominar a divindade máxima da religião monoteísta, Deus.
Segundo esta etimologia ab são as duas primeiras letras do alfabeto hebraico e grego, respectivamente: a=Aleph e alpha ou no hebraico pai; e b=bet e beta ou no hebraico útero ou casa e é uma palavra feminina.
A união destas compõe a própria palavra alfabeto ou A Palavra, o Verbo, segundo a Bíblia, o próprio Deus ou ainda, dentro de uma concepção hebraica, pai e mãe; numa concepção egípcia o coração da deusa.
O Ib, ou coração metafísico, era concebido como uma gota do coração da mãe para a criança durante a concepção.
Achados arqueológicos retratam esta concepção com a imagem de uma pessoa que é encaminhada pela deusa Maat após a morte.
O termo ab ou ib foi usado também pelos hebreus para denominar a divindade máxima da religião monoteísta, Deus.
Segundo esta etimologia ab são as duas primeiras letras do alfabeto hebraico e grego, respectivamente: a=Aleph e alpha ou no hebraico pai; e b=bet e beta ou no hebraico útero ou casa e é uma palavra feminina.
A união destas compõe a própria palavra alfabeto ou A Palavra, o Verbo, segundo a Bíblia, o próprio Deus ou ainda, dentro de uma concepção hebraica, pai e mãe; numa concepção egípcia o coração da deusa.
As partes da alma egípcia
Khab
A forma física, o corpo que pode se desintegrar após a morte, a parte externa dos mortais que pode ser preservada apenas pela mumificação.O KA, o BA e o Akh são as vezes traduzidos como o Duplo, a Alma e o Espírito, mas isso não explica todas as nuances que estão implícitas nesses conceitos.
Nota:
Khab, segundo Crowley, é a "estrela" ou "Luz íntima", é a essência original, individual, eterna.
KA
Imagine que o deus criador Khnum, criou o Ka da pessoa quando criou essa pessoa em sua roda de oleiro.O Ka então passa a seguir a pessoa como uma sombra ou um duplo, durante toda a vida, mas quando a pessoa morre, o Ka retorna para sua morada celeste.
A preservação do corpo, as oferendas de comida, sejam reais ou apenas gravadas nas paredes da tumba, propiciavam energia ao Ka.
Não que ele comesse, mas assim como as estátuas dos deuses, o Ka assimilava energia.
Os egípcios acreditavam que os animais, plantas, água e as pedras, por exemplo, todos possuíam seu próprio Ka.
O Ka humano até podia habitar uma planta, enquanto a pessoa a quem ele pertencia, dormia.
O Ka podia se manifestar, como um fantasma para outras pessoas, tanto fazia se a pessoa a quem ele pertencia estivesse viva ou morta.
Podia até apavorar as pessoas que por acaso tivessem feito algum mal para seu possuidor – se, por exemplo, a família não tivesse feito as oferendas devidas, o Ka faminto e sedento, os assombraria até que corrigissem seu erro.
O BA e a múmia
Na vida diária, ao dar comida e bebida para alguém, os antigos egípcios costumavam usar a frase Para o seu Ka, para desejar energia vital do Ka.
BA
O Ba podia assumir a forma que desejasse, em geral ele se apresenta na forma de um pássaro com cabeça humana, que flutua em torno da tumba durante o dia, alimentando o falecido com água e comida.A função mais importante do Ba era tornar possível que o morto, abandonasse a tumba para se reunir ao seu Ka, de modo que pudesse viver para sempre e se tornar um Akh, um ancestral.
O conceito de Ba era mais ligado ao corpo físico e não como alma ou espírito.
Akh (Akhu, Khu, Ikhu)
É o resultado da união do BA e do kA.É a parte imortal, o ser radiante que vive dentro do Sahu. Significa o intelecto, os desejos e intenções do falecido.
O Akh se transfigura na morte, e sobe aos céus para viver com os deuses entre as estrelas.
Nota:
Khu, segundo Crowley, é a vestimenta mágica que o Khab tece para si mesmo, uma "forma" para seu Ente Além-da-Forma, pelo uso da qual ele ganha experiência através de autoconsciência. O Khu é o primeiro véu, muito mais sutil que mente e corpo, e mais verdadeiro; pois sua forma simbólica depende da natureza de sua Estrela.
.
Para compreender melhor, basta saber que o deus criador (em Mênfis) Ptah, criou o mundo dizendo o nome de todas as coisas.
Um recém nascido, devia receber um nome imediatamente senão estaria vivendo uma existência incompleta.
As cerimônias de nomeação eram secretas, de modo que, uma pessoa podia viver toda sua vida usando um apelido para que ninguém descobrisse seu nome verdadeiro.
Destruir ou apagar o nome de uma pessoa podia certamente trazer a desgraça.
Muitos sequer pronunciavam o nome verdadeiro de um deus, usavam sinônimos em seu lugar, como Yinepu (Anúbis) era sempre chamado: “Aquele que está de frente para a tenda divina, que significava a casa da mumificação".
Desse modo o nome verdadeiro do deus ficava escondido e protegido.
Os egípcios acreditavam que aquele cujo nome fosse falado, vivia. Assim sendo, fazer oferendas e dizer o nome de um falecido amado, significava que aquela pessoa vivia entre os iluminados.
A única pessoa que podia destruir os poderes dos demônios, era aquela que soubesse seus nomes. Ao viajar através do mundo subterrâneo, se usava dizer: eu conheço você e sei seus nomes.
Assim, a sombra era vista também como uma entidade que podia se separar do corpo, participar das oferendas funerárias e viajar com grande velocidade.
Enquanto o Khab descansa na tumba, pronto para ser reanimado pelo KA, o BA pode estar viajando com no mundo subterrâneo com Ra.
Enquanto o Ab está com os deuses, a Shwt (sombra) pode estar com Ba na barca, ou na tumba comendo as oferendas. Ao mesmo tempo, o Akh, Sekhem e Sahu podem estar felizes vivendo entre as estrelas, olhando para a Terra lá embaixo.
Khu, segundo Crowley, é a vestimenta mágica que o Khab tece para si mesmo, uma "forma" para seu Ente Além-da-Forma, pelo uso da qual ele ganha experiência através de autoconsciência. O Khu é o primeiro véu, muito mais sutil que mente e corpo, e mais verdadeiro; pois sua forma simbólica depende da natureza de sua Estrela.
.
Sahu
É o corpo espiritual. Caso o morto se saia bem no Julgamento de Osíris, o Sahu sobe aos céus saindo do corpo físico, como todas as habilidades mentais de um ser humano vivas.
Sekhem
É a personificação incorpórea da força vital do homem, que passa a viver entre as estrelas junto com o Akh, após a morte física.
Ab (Ib)
O coração, esta é a fonte do bem e do mal dentro de uma pessoa. É o caráter e o centro dos pensamentos, que pode abandonar o corpo de acordo com sua vontade, e viver junto com os deuses após a morte, ou ser engolida por Ammut, assim tendo a morte final, quando os pratos da balança de Ma´at não se equilibram.
Ren
O nome verdadeiro. É a parte vital do homem em sua jornada através da vida e do pós vida.Para compreender melhor, basta saber que o deus criador (em Mênfis) Ptah, criou o mundo dizendo o nome de todas as coisas.
Um recém nascido, devia receber um nome imediatamente senão estaria vivendo uma existência incompleta.
As cerimônias de nomeação eram secretas, de modo que, uma pessoa podia viver toda sua vida usando um apelido para que ninguém descobrisse seu nome verdadeiro.
Destruir ou apagar o nome de uma pessoa podia certamente trazer a desgraça.
Muitos sequer pronunciavam o nome verdadeiro de um deus, usavam sinônimos em seu lugar, como Yinepu (Anúbis) era sempre chamado: “Aquele que está de frente para a tenda divina, que significava a casa da mumificação".
Desse modo o nome verdadeiro do deus ficava escondido e protegido.
Os egípcios acreditavam que aquele cujo nome fosse falado, vivia. Assim sendo, fazer oferendas e dizer o nome de um falecido amado, significava que aquela pessoa vivia entre os iluminados.
A única pessoa que podia destruir os poderes dos demônios, era aquela que soubesse seus nomes. Ao viajar através do mundo subterrâneo, se usava dizer: eu conheço você e sei seus nomes.
Shwt
Num país como o Egito, com um sol escaldante, é possível fazer uma analogia com a proteção e a benção que é sombra.Assim, a sombra era vista também como uma entidade que podia se separar do corpo, participar das oferendas funerárias e viajar com grande velocidade.
Os campos de Junco
Era o local onde o morto passaria sua pós vida, também poderia ser dito, entre as estrelas ou nas Terras do Oeste.Enquanto o Khab descansa na tumba, pronto para ser reanimado pelo KA, o BA pode estar viajando com no mundo subterrâneo com Ra.
Enquanto o Ab está com os deuses, a Shwt (sombra) pode estar com Ba na barca, ou na tumba comendo as oferendas. Ao mesmo tempo, o Akh, Sekhem e Sahu podem estar felizes vivendo entre as estrelas, olhando para a Terra lá embaixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário