terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A GRÉCIA ANTIGA


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GRECIA

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 A GRÉCIA ANTIGA
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Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.

Mapa da Grécia Antiga

Política
Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado. Na verdade eram um conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis. No entanto, muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
De todos as maneiras, no Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude desenvolvendo as arte da música, pintura, arquitetura, escultura, etc.
Dessa maneira, acreditavam que os cidadãos seriam capazes de contribuir para o bem-comum. Estava lançada, assim, a democracia.
Sociedade
Cada polis tinha sua própria organização social. Algumas, como Atenas, admitiam a escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez, Esparta, tinha poucos escravos, mas possuíam os servos estatais, que pertencia ao governo espartano.
Ambas cidades tinham uma oligarquia que os governava que também eram os proprietários das terras cultiváveis.
Também em Atenas verificamos a figura dos estrangeiros chamados metecos. Só era cidadão quem nascia na cidade e por isso, os estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da polis.
Economia
A economia grega se baseava em produtos artesanais, a agricultura e o comércio.
Os gregos faziam produtos em coro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas.Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de animais de pequeno porte.
O comércio estava presente e afetava toda sociedade grega. Para realizar as trocas comerciais se usava a moeda "dracma".
Havia tanto o pequeno comércio do agricultor, que levava sua colheita ao mercado local, quanto o grande comerciante, que possuía barcos que faziam toda rota do Mediterrâneo.
Religião
A religião da Grécia Antiga era politeísta. Ao receber a influência de vários povos, os gregos foram adotando deuses de outros lugares até constituir o panteão de deuses, ninfas, seres humanos que alcançavam a imortalidade e deuses que perdiam sua condição imortal.
As estórias dos deuses serviam de ensinamento moral à sociedade, e também para justificar atos de guerra e de paz. Os deuses também interferiam na vida cotidiana e, praticamente, havia uma deidade para cada função.
Cultura
A cultura grega está intimamente ligada à religião. A literatura, a música e o teatro contavam os feitos dos heróis e de sua relação com os deuses que viviam no Olimpo.
As peças teatrais eram muito populares e todas as cidades tinham seu palco onde eram encenadas as tragédias e comédias.
A música era importante para alegrar banquetes civis e acompanhar atos religiosos. Os principais instrumentos eram a flauta, tambores e harpas. Esta última era utilizada para ajudar os poetas a recitarem suas obras.
Igualmente, os esportes faziam parte do cotidiano grego. Por isso, para celebrar a aliança entre as diferentes polis, organizavam-se competições nos tempos de paz.
A primeira delas foi realizada em 776 a.C, na cidade de Olímpia e daí seria conhecida como Jogos Olímpicos, ou simplesmente, Olimpíadas.

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Resumo da História

A história da Grécia Antiga está dividida em quatro períodos:
- Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.)
- Homérico (séculos XII - VIII a.C.)
- Arcaico (séculos VIII - VI a.C.)
- Clássico (séculos V - IV a.C.)

Período Pré-Homérico 
(séculos XX - XII a.C.)
O período pré-homérico corresponde a primeira fase da Grécia Antiga que ocorreu durante os anos de 2000 a.C e 1200 a.C..

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O primeiro período de formação da Grécia é chamado de  período pré-homérico.

A Grécia antiga se formou da miscigenação dos povos Indo-Europeus ou arianos (aqueus, jônios, eólios, dórios). Eles migraram para a região situada no sul da península Balcânica, entre os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu.
Acredita-se que por volta de 2000 a.C. chegaram os aqueus, que viviam num regime de comunidade primitiva.
Depois de estabelecerem contato com os cretenses, de quem adotaram a escrita, se desenvolveram, construíram palácios e cidades fortificadas.
Organizaram-se em vários reinos liderados pela cidade de Micenas. Daí o nome Civilização Aqueia de Micenas.

Depois de aniquilarem a civilização cretense, dominaram várias ilhas do Mar Egeu. Destruíram Troia, cidade rival.
Porém, no século XII a.C. foi destruída pelos dórios, que impuseram um violento domínio sobre toda a região, arrasaram as cidades da Hélade e provocaram a dispersão da população, o que favoreceu a formação de várias colônias. Este fato é conhecido como a 1ª diáspora grega.

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Características do Período Pré-homérico 
Resumo:
O período pré-homérico origina o desenvolvimento da civilização grega que fora constituída pela miscigenação de diversos povos da antiguidade que invadiram a região: cretenses, aqueus, jônios, eólios e dórios. Corresponde a uma fase inicial de povoamento da Grécia.

Assim, com a influência cultural desses povos surge a cultura grega, num período de quase 100 anos, marcando essencialmente, as invasões de diversos povos indo-europeus (arianos).
Inicialmente, esses povos foram conquistando áreas próximas ao sul da península Balcânica, entre os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu e, nesse período, ocorreu a primeira diáspora grega, ou seja, a dispersão da população grega em diversas partes.

Os aqueus foram os primeiros a chegar e dominar parte dos povos que habitavam tais regiões, fundando a cidade de Micenas, um importante centro político, econômico e cultural da época.

Além de Micenas, Argos e Tirinto tiveram um papel preponderante na história. Os aqueus representavam uma civilização muito belicosa que, aos poucos, foi conquistando diversos locais.

Assim, conquistaram a ilha de Creta invadindo a cidade de Cnossos e derrotaram a cidade de Troia. Por esse motivo, a civilização que se desenvolve durante esse período é denominada de "civilização creto-micênica", com a união da cultura cretense (minoica) e dos aqueus.
Com a chegada de outros povos, a civilização desenvolvida pelos aqueus se miscigenou com a dos jônios e eólios, mantendo uma relação pacífica.

Mais tarde, os dórios, povos de tradição belicosa e militar que detinham as técnicas do metal, invadiram e destruíram diversas cidades da região da Hélade, na parte continental da Grécia.
Esse fato gerou o que ficou conhecido como a “primeira diáspora grega”, com a migração de diversos povos, pondo fim ao período pré-homérico e dando início ao período homérico. Isso favoreceu a formação de várias colônias gregas em diversas regiões.


Período Homérico 
(séculos XII - VIII a.C.)
O Período Homérico corresponde ao segundo período de desenvolvimento da civilização grega que ocorreu após o período pré-homérico, entre os anos de 1150 a.C. a 800 a.C..
O nome dado a esta fase, está relacionado com o poeta grego Homero, autor dos poemas épicos “A Ilíada” e a “Odisseia”.

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As invasões dóricas provocaram um retrocesso das relações sociais e comerciais entre os gregos.
Em algumas regiões surgiram o genos – comunidade formada por numerosas famílias, descendentes de um mesmo ancestral.
Nessas comunidades, os bens eram comuns a todos, o trabalho era coletivo, criavam gado e cultivavam a terra.

Tudo era dividido entre eles, que dependiam das ordens do chefe comunitário, chamado Pater, que exercia funções religiosas, administrativas e jurídicas.
Com o aumento da população e o desequilíbrio entre a população e o consumo, os genos começaram a desagregar.
Muitos começaram a deixar o genos e procurar melhores condições de sobrevivência, iniciando o movimento colonizador por boa parte do Mediterrâneo.

Esse movimento que marca a desintegração do sistema gentílico é chamado de 2ª diáspora grega.
Esse processo resultou na fundação de diversas colônias, entre elas:
Bizâncio, mais tarde Constantinopla, e atual Istambul;
Marselha e Nice, hoje na França;
Nápoles, Tarento, Síbaris, Crotona e Siracusa, conhecidas em conjunto como Magna Grécia, no sul da atual Itália e na Sicília.


Características do Período Homérico
Resumo:
Com a invasão dos povos dórios nas regiões gregas, a sociedade da época sofreu no período anterior a diáspora grega (dispersão de diversos povos), visto a maneira violenta que eles tomaram e destruíram diversas cidades da Hélade grega.
Após esse evento, que pôs fim ao período anterior (pré-homérico), a sociedade grega passa por uma fase de reestruturação, que tem início com o período homérico.

Assim, diversas colônias gregas são fundadas e surgem os genos, um tipo de organização social familiar desenvolvido a partir desse período. Em outras palavras, essa fase marcou a substituição da cultura micênica pela gentílica (dos genos).

As principais características dos genos eram: sistema fechado, autônomo e autossuficiente (independência econômica), de forma que o trabalho coletivo era realizado por membros da mesma família.
Eles eram comandados pelo Pater, o chefe e autoridade máxima dessas organizações que possuía autoridade política, militar e religiosa. Assim, os genos eram sociedades patriarcais, cujos membros compartilhavam laços consanguíneos.

Nos genos, os bens eram comuns a todos os habitantes, ou seja, era baseado numa sociedade igualitária, donde seus membros (os gens) cultivavam as terras e criavam animais para o sustento de todos.
No entanto, esse sistema de organização econômica e social entrou em decadência, levando a “segunda diáspora grega”.

A desestruturação das comunidades gentílicas ocorreu porque a população foi crescendo e almejou melhores condições de vida. Assim, com o passar do tempo, o trabalho nos genos não suportava alimentar toda a população.

Da mesma forma que ocorreu na primeira diáspora grega, ou seja, a fundação de diversas colônias, no período homérico esse fator também é propulsionado com a dispersão de diversos povos, dando origem a importantes cidades-estado como Bizâncio, Marselha, Nápoles, Siracusa, dentre outras.
Além disso, a decadência dos genos possibilitou uma fragmentação social e econômica tendo em conta a proximidade com os chefes dessas organizações, que por fim, levou a uma nova estrutura social dividida em: eupátridas (bem-nascidos), georgóis (agricultores) e thetas (marginais).
Surge, portanto, as classes sociais e a propriedade privada na Grécia Antiga, pondo fim ao período homérico e dando início ao período arcaico.

Período Arcaico 
(séculos VIII - VI a.C.)
O período arcaico corresponde ao terceiro período da Grécia Antiga, que começa após o período homérico, entre os anos de 800 a.C. e 500 a.C..

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O Período Arcaico se inicia com a decadência da comunidade gentílica. Nesse momento, os aristocratas resolvem se unir criando as frátrias (irmandades formadas por indivíduos de vários genos).
Estas se uniram formando tribos. As tribos construíram, em terrenos elevados, as cidades fortificadas chamadas acrópoles. Estavam nascendo as cidades – estados (pólis) gregas.

Atenas e Esparta serviram de modelo para as demais polis grega Esparta era uma cidade aristocrática, fechada às influências estrangeiras e uma cidade agrária.
Os espartanos valorizavam a autoridade, a ordem e a disciplina. Tornou-se um Estado militarista e foi uma cidade de escassa realização intelectual.

Por sua vez, Atenas dominou durante muito tempo o comércio entre gregos e, em sua evolução política, conheceu várias formas de governo: monarquia, oligarquia, tirania e democracia. Atenas simbolizou o esplendor cultural da Grécia Antiga.


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Características 
Resumo:
Com o fim do período homérico e do declínio das comunidades patriarcas dos genos, a expansão das cidades-estado dominou esse período da história grega, que esteve marcado sobretudo, pelo desenvolvimento da cultura, política, economia e dos aspectos sociais.

Surge assim, o conceito de sociedade privada na sociedade grega, a qual era comandada pelos proprietários de terra.
Foi a partir desse período que os antigos genos foram transformados em unidade políticas maiores chamadas de polis ou cidade-estado.

Controladas por uma aristocracia proprietária de terras, esses núcleos urbanos, aos poucos se tornaram importantes centros comerciais do mundo grego. Cada uma delas possuía autonomia e independência das quais destacam-se Esparta e Atenas.
Além disso, de uma economia agropastoril que predominou o período anterior, o comércio passa a ser uma das mais importantes fontes econômicas. Começa a despontar a democracia, principalmente na cidade de Esparta, e também a surgir uma sistematização das legislações.

Nessa fase, as artes e a cultura grega atingem grande apogeu com a construção de templos, a expansão da pintura, da escultura e do artesanato (sobretudo dos objetos de cerâmica). Estudos apontam que nesse período existiam mais de cem cidades-estados na Grécia Antiga.

Período Clássico
 (séculos V - IV a.C.)
O Período Clássico corresponde aos séculos VI - IV a.C. e é um dos períodos pelos quais se divide a Grécia Antiga; os outros são: período Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.), Homérico (séculos XII - VIII a.C.) e Arcaico (séculos VIII - VI a.C.).


Nesse período ocorre o ápice ateniense e um dos motivos terá sido o apogeu da filosofia grega.
Trata-se de uma importante fase para a Grécia, que foi marcada pelas disputas de domínio mediante duas guerras. Uma delas aconteceu no início e teve o nome de Guerras Médicas, em que venceram os gregos. A outra aconteceu no fim e teve o nome de Guerra de Peloponeso, em que os espartanos venceram os atenienses.

Pelo fato de o domínio ora estar nas mãos de um povo, ora nas mãos de outro, o período clássico é também conhecido como o Período das Hegemonias.

O início do Período Clássico foi marcado pelas Guerras Médicas, entre as cidades gregas e os persas, que ameaçavam o comércio e a segurança das pólis.

Após as guerras, Atenas tornou-se líder da Confederação de Delos, uma organização composta por várias cidades-Estados. Estas deviam contribuir com navios e dinheiro para manter a resistência naval contra uma possível invasão estrangeira.

O período da hegemonia ateniense coincidiu com a prosperidade econômica de Atenas, com o esplendor cultural da Grécia. Nesta época, a filosofia, o teatro, a escultura e a arquitetura atingiram sua maior grandeza.
Pretendendo impor também sua hegemonia no mundo grego, Esparta compôs com outras cidades-Estados a Liga do Peloponeso e declarou guerra a Atenas em 431 a.C. Depois de 27 anos de lutas, Atenas foi derrotada.

Anos mais tarde, Esparta perdeu a hegemonia para Tebas e durante esse período a Grécia foi conquistada pelos exércitos da Macedônia.
O período no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico, ficou conhecido como período helenístico.
Grécia foi governada pelo imperador Felipe II e em seguida por seu filho Alexandre Magno, que conquistou um grande império. A fusão da cultura grega com a ocidental recebeu o nome de Cultura Helenística.


Conflitos
As Guerras Médicas - a primeira, cujo início ocorre em 490 e a segunda, em 470 a.C. - conferem a hegemonia aos gregos, que ao sair vencedores - apesar de serem em menor número - passam a dominar o comércio do Mar Egeu, antes dominado pelo poderoso império persa. Assim, nessa época, a civilização grega vive o seu apogeu.

A Guerra de Peloponeso, por sua vez - que teve a duração de 27 anos, com início em 431 a.C. - resultou no declínio da exemplar civilização grega.

Nesta, a luta foi um conflito interno entre Atenas e Esparta. A Liga de Delos havia sido criada para proteger os gregos dos persas acabava beneficiando Atenas em detrimento das outras cidades gregas. Desta forma, Esparta cria a Liga de Peloponeso tendo como objetivo alcançar a superioridade na Grécia, e a vence.
O regime político passa de democrático para autoritário e começa a queda dos gregos, que anos depois é invadida pelos macedônios.

Filosofia Clássica
No período em que a cidade de Atenas alcança o imperialismo - no seguimento da criação da Liga de Delos - Atenas prende inúmeros militares, que passam a trabalhar para eles de forma escrava. Daqui resulta o tempo livre para os cidadãos atenienses.

Os atenienses passam a se dedicar à política, que era discutida em público na polis -cidade-estado grega. Todavia, com o passar do tempo não era somente de política que se tratava, mas todos os assuntos iam sendo discutidos, pensados e investigados.
Progressivamente, do uso do raciocínio decorreu a transição do pensamento mítico para o pensamento racional, surgindo assim a Filosofia - origem de todas as ciências.
A criação da polis foi fundamental para o desenvolvimento da Grécia.

Cultura Grega
O período clássico foi salutar no campo das artes, quando a escultura grega, bem como a arquitetura passam pela sua fase mais abundante.

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POLIS GREGA

A polis grega eram as cidades estados da Grécia Antiga, as quais foram fundamentais para o desenvolvimento da cultura grega no final do período homérico, período arcaico e período clássico.
Sem dúvida Atenas e Esparta merecem destaque como as cidades gregas (polis) mais importantes do mundo grego. O termo “polis” em grego significa “cidade”. Note que as polis gregas representam a base do desenvolvimento do conceito de cidade tal qual conhecemos hoje.

Nascimento e Desenvolvimento da Polis
As polis surgem no século VIII a.C. e atingem seu apogeu nos séculos VI e V a.C. Anteriormente, as pessoas se reuniam em pequenas aldeias (comunidade gentílicas agrícolas denominadas “genos”) com terras de uso coletivo, as quais floresceram durante o período homérico.

A expansão demográfica e do comércio foram as principais causas para o surgimento da Polis, que incluía o campo e a cidade (centro). Foram, portanto, essenciais para fortalecer a organização dos membros da sociedade grega.

A polis era controlada por uma oligarquia aristocrática e possuía uma organização própria e, portanto, independência social, política e econômica. A organização social da polis era constituída basicamente por homens livres (os cidadãos gregos) nascidos na polis, mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos.
Sendo assim, em Atenas os denominados Eupátridas ou “Bem-nascidos” pertenciam a pequena classe dominante que detinham as maiores terras sendo responsáveis por administrar a política da polis. Depois deles, estavam os Georgoi, agricultores proprietários de terra. E, por fim, os Thetas (ou marginais), os trabalhadores que não detinham nenhum poder sobre as terras e que representavam a maior parte da população grega.

Já a sociedade em Esparta era dividida em Esparciatas (os aristocratas soldados), responsáveis pelo desenvolvimento da política da polis. Os denominados Periecos representavam os homens livres, (comerciantes, agricultores e artesãos). E por fim, os escravos, chamados de Hilotas, que constituíam a maior parte da polução espartana.

As polis gregas eram divididas em duas partes: a Ástey (zona urbana) e a Khora (zona rural), sendo formadas por casas, ruas, muralhas e espaços públicos tal qual a Acrópole, ponto mais alto da cidade, formada por palácios e templos dedicados aos deuses, e a Ágora, a praça principal donde ocorriam as feiras e diversos atos públicos como as manifestações cívicas e religiosas.
A economia na polis era baseada na agricultura e no comércio sendo um núcleo urbano autossuficiente. Já a política na polis girava em torno da Assembleia do Povo, o Conselho Aristocrático e os Magistrados, embora em cada local ela apresentasse características peculiares.

Por exemplo, em Atenas o poder político provinha da Eclésia, as Assembleias populares, que em Esparta eram chamadas da Apela (formado por espartanos acima de 30 anos) e Gerúsia (composto por 28 anciãos com mais de 60 anos).


Características da Polis Grega: Resumo
As principais características das polis gregas eram:
Possuía autonomia e detinha o poder
Eram autossuficiente (política, social e economicamente)
Tinham leis e organização sociais próprias
Propulsionou o surgimento da propriedade privada
Possuía Complexidade social

Democracia Ateniense
A democracia ateniense representou um dos momentos mais emblemáticos da história de Atenas. Ela foi desenvolvida por meio dos legisladores e políticos Dracon e Sólon e consolidada por volta de 510 a.C., quando o político aristocrata Clístenes derrota o tirano Hípias. Sua implementação foi essencial no desenvolvimento das polis gregas, a qual foi espalhada pelas outras cidades-estados.

Polis Grega: Filosofia
Uma vez que a polis representava um dos modelos de organização social, política e econômica do mundo grego, ela foi essencial para o desenvolvimento da sociedade bem como do pensamento humano, mediados pelos processos de socialização que ocorriam entre os cidadãos nos locais públicos.

Foi a partir dessas teias de relações que a filosofia grega representou uma das importantes vertentes que foram desenvolvidas por filósofos que habitavam a polis. Com o advento da democracia, essas relações sociais foram consolidadas pelas reflexões realizadas pelos cidadãos gregos.
Essa evolução racional da mente foi a chave para o desenvolvimento da filosofia grega em detrimento da visão mitológica que dominava a mentalidade grega anteriormente.
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PERÍODO HELENÍSTICO 

Resultado de imagem para O Período Helenístico (ou Helenismo) foi uma época da história, compreendida entre os séculos III e II a.C., no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico.

Helenismo
O Período Helenístico (ou Helenismo) foi uma época da história, compreendida entre os séculos III e II a.C., no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico.

Foi tão grande a influência grega que, após a queda do Império, a cultura helenística continuou predominando em todos os territórios anteriormente por eles dominados.

Entre os séculos II e I a.C., os reinos helenísticos foram aos poucos sendo conquistados pelos romanos.

Império Macedônico
Os macedônios habitavam a região situada no norte da Grécia. Durante muito tempo esses povos eram chamados de bárbaros pelos habitantes da Hélade, região entre a Grécia central e a do norte – cujos habitantes eram chamados de Helenos – ainda que, como eles, fossem de origem indo-europeia.

Em 338 a.C. os gregos foram derrotados na Batalha de Queronéia, pela forças macedônicas, que em pouco tempo dominaram toda a Grécia.

Em 336 a.C., o imperador Felipe II é assassinado, assumindo o trono, seu filho, Alexandre Magno que, durante dez anos de seu reinado (333-323 a.C.), conquistou extensa região, formando o maior império até então conhecido.
O império de Alexandre Magno se estendeu pelo Egito, Mesopotâmia, Síria, Pérsia e Índia. Essas conquistas ajudaram a formar uma nova civilização.

Adotando o grego como língua comum, iniciou-se um processo de interpenetração cultural, onde algumas instituições permaneceram próximas ao padrão grego e em outras prevaleceu elementos orientais. É com essa civilização mista que se dá início ao período helenístico.
Depois da morte de Alexandre, sem deixar herdeiros, o império foi dividido entre seus generais, formando três grandes reinos: Ptolomeu (Egito, Fenícia e Palestina), Cassandro (Macedônia e a Grécia) e Seleuco (Pérsia, Mesopotâmia, Síria e Ásia Menor).

Assim, surgiram dinastias de soberanos absolutistas que enfraqueceram a unidade mantida nos tempos de Alexandre e aos poucos foram caindo sob o domínio romano.

A Civilização Helenística
A civilização helenística foi o resultado da fusão de diversas sociedades, principalmente grega, persa e egípcia. A grande obra de Alexandre Magno no plano cultural sobreviveu ao esfacelamento de seu império territorial.

O movimento expansionista promovido por Alexandre, foi responsável pela difusão da cultura grega pelo Oriente, fundando cidades (várias vezes batizadas com o nome de Alexandria) que se tornaram verdadeiros centros de difusão da cultura grega no Oriente.

Nesse contexto, elementos gregos acabaram-se fundindo com as culturas locais. Esse processo foi chamado de Helenismo e a cultura grega mesclada a elementos orientais deu origem à Cultura Helenística, numa referência ao nome como os gregos chamavam a si mesmos – Helenos.

Os Helenos desenvolveram a pintura e a escultura, onde retratavam com perfeição a natureza e o movimento dos corpos, um exemplo é a escultura de mármore, "Laocoonte e seus filhos".

O pensamento filosófico helenístico era dominado por duas correntes: o Estoicismo, que acentuava a firmeza do espírito, a indiferença à dor, a submissão à ordem natural das coisas e a independência em relação aos bens materiais; e o Epicurismo, que aconselhava a busca do prazer. Também havia o Ceticismo que aconselhava a tudo duvidar.
No Oriente Médio, os principais centros de cultura helenística foram Alexandria (no Egito), Pérgamo (Ásia Menor) e a ilha de Rodes, no mar Egeu, com seus grandes palácios de mármore, ruas amplas, escolas, bibliotecas, teatros, academias, museus e até um Instituto de Pesquisas.

Sua arquitetura impressiona pela riqueza e pelo porte, como o altar de Zeus em Pérgamo (180 a.C.), que foi reconstituído e encontra-se no Museu de Berlim.

Cultura Helenística


A Cultura Helenística ou Helenismo foi o resultado da fusão dos elementos da cultura helênica grega com a cultura ocidental, destacando-se com elementos originais e marcantes, que caracterizou as regiões conquistadas pelo Império de Alexandre Magno.

Hélade, região entre a Grécia central e a do norte, cujos habitantes, os helenos, emprestaram seu nome à civilização helenística, que se estendeu Oriente afora, por meio não só de uma língua comum (koiné) mas também através das práticas da educação, do artesanato, do comércio e da escultura.


Durante 13 anos Alexandre Magno (336-323 a.C.) conquistou o Egito, a Mesopotâmia, a Síria, a Pérsia e chegou até a Índia.

Com a Macedônia e a Grécia, estas regiões formaram o maior império até então conhecido. Suas conquistas favoreceram o surgimento de uma nova cultura herdada da grega, mas diferente dela pela enorme dosagem de elementos orientais - chamada de "Cultura Helenística" ou "Helenismo".

Arte na Cultura Helenística
O Helenismo caracterizou-se por apresentar uma arte mais realista, exprimindo violência e dor, componentes constantes dos novos tempos de guerra.

A Cultura Helenística substituiu a concepção clássica de que o "homem é a medida de todas as coisas" pelo monumentalismo, pessimismo, negativismo e relativismo.

Os principais centros de difusão dos valores do Helenismo e da Cultura Helenística foram: Alexandria (Egito), Pérgamo (Ásia Menor) e a Ilha de Rodes, no mar Egeu.
O Helenismo desenvolveu uma arquitetura onde predominavam o luxo e a grandiosidade, pela imponência do Império Macedônico. Alexandria possuía numerosas construções públicas e particulares, palácios de mármore e templos, destacando-se sua monumental Biblioteca de Alexandria, com milhares de papiros.

O Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, localizada em frente a cidade, na Ilha de Faros, e o Altar de Pérgamo dedicado a Zeus (reconstituído no Museu Real de Berlim).
A Cultura Helenística se destacou na arte da Escultura, com suas obras monumentais, entre elas, Laocoonte e seus filhos (Museu do Vaticano, Roma), Vênus de Milo, escultura da deusa Afrodite, encontrada na Ilha de Milo (Museu do Louvre, Paris) e a Carregadora de Água (Museu Capitolino, Roma).


Filosofia na Cultura Helenística
Na Filosofia, o Helenismo fez surgir novas correntes filosóficas, tais como:
Estoicismo: fundada por Zênon de Cítion, defendia a felicidade como equilíbrio interior, no qual oferecia ao homem a possibilidade de aceitar, com serenidade, a dor e o prazer, a ventura e o infortúnio.
Epicurismo: fundada por Epicuro de Samos, que pregava a obtenção do prazer, base da felicidade humana, e defendia o alheamento dos aspectos negativos da vida.
Ceticismo: fundada por Pirro, caracterizava-se pelo negativismo e defendia que a felicidade consiste em não julgar coisa alguma, desprezava as coisas materiais pois afirmava que todo conhecimento humano é relativo.

Ciências na Cultura Helenística
Na Matemática do Helenismo sobressaíram Euclides e Arquimedes, que desenvolveram a Geometria. Euclides utilizou a Geometria nos seus estudos de Física. A Física (mecânica) mereceu também atenção especial por parte de Arquimedes, tornando possível a invenção de novas armas de ataque e defesa.

Na Astronomia destacaram-se Aristarco e Hiparco na tentativa de medir o diâmetro da Terra e as distâncias do nosso planeta ao Sol e à Lua. Aristarco lançou a hipótese heliocêntrica, isto é, a de que a terra e os planetas giravam em torno do Sol, que não foi aceita na época.
A divisão do Império Macedônico que se seguiu à morte de Alexandre e as sucessivas lutas internas, resultaram no enfraquecimento político, o que possibilitou a conquista romana, concretizada durante os séculos II e I a.C. Porém, mesmo conquistando a Grécia, Roma teve que se curvar ao esplendor da Cultura Helenística.
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CIVILIZAÇÃO GREGA
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A Grécia Antiga nasceu na região sul da Península Balcânica e também dominou outras regiões vizinhas como a Península Itálica, a Ásia Menor e algumas ilhas do Mar Egeu. Com o passar do tempo, várias cidades politicamente autônomas entre si apareceram e fundaram diversas práticas que influenciaram profundamente os costumes que hoje definem a feição do mundo ocidental.

Do ponto de vista geográfico, o espaço que deu origem ao Mundo Grego é repleto de vários acidentes geográficos. A variação no relevo teve enorme importância para que cada cidade consolidasse uma cultura própria e impedisse a formação de um possível Estado unificado. Além disso, por conta dessa mesma característica, vemos a impossibilidade de uma atividade agrícola extensa.

Após vivenciarem uma experiência social centrada na utilização coletiva das terras, observamos que o desenvolvimento de uma aristocracia empreende a fixação dos primeiros núcleos urbanos. Por conta de sua já citada independência, compreendemos que a Grécia Antiga deve ser observada como um amplo mosaico de culturas que se desenvolvem de forma diversa.

Sumariamente, as cidades-Estado de Atenas e Esparta atestam a existência de tal diversidade cultural e se mostram dotadas de práticas e costumes que influenciaram a cultura Ocidental. Entre os atenienses, concedemos destaque especial à organização do regime democrático. Com passar do tempo, a ideia de se construir um sistema político representativo ganhou espaço e novas ressignificações ao longo do tempo.

Em dado momento, as diferenças entre as cidades-Estado promoveu o acirramento dos interesses políticos entre as mesmas. Com isso, apartadas entre as Ligas de Delos e do Peloponeso, as cidades da Grécia Antiga se desgastaram em uma prolongada guerra que acabou abrindo portas para a dominação de outros povos sobre esta civilização. Primeiramente, temos Alexandre, O Grande, como o primeiro dominador da região.

Mesmo promovendo sua hegemonia militar contra os gregos, o imperador Alexandre assumiu o papel de grande entusiasta da cultura grega. Nos vários centros urbanos e territórios que controlou, fez questão de disseminar os elementos da cultura grega por meio de manifestações diversas. Ao fim, a ação do imperador macedônico foi de suma importância para que os valores helênicos perdurassem ao longo do tempo.

Quando o império macedônico foi conquistado, percebemos que vários elementos da cultura grega influenciaram o desenvolvimento político, social e econômico do Império Romano. Mais uma vez, a cultura grega consolidava-se como elemento formativo de um novo conjunto de ideias e valores historicamente preservados e portadores de referenciais que balizam a compreensão da cultura Ocidental atual.

A Vida na Grécia Antiga


A Grécia da Antiguidade, que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C., nos legou a herança de sua cultura que atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas idéias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas.

Não se pode confundir a Antiguidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se organizar há mais de quatro mil anos atrás. Muita coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos. Depois, a Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas.

Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeonatos esportivos, por exemplo, conseguiam reunir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.

A Grécia de 4.000 anos atrás era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu. Compunha-se de várias cidades, com seus Estados próprios, que eram chamadas de cidades-Estados. Essas cidades localizavam-se ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e Jônio. As cidades gregas de maior destaque na Antiguidade foram Atenas, Esparta, Corinto e Tebas. Essas cidades comercializavam e ao mesmo tempo guerreavam entre si. As guerras eram motivadas pelo controle da região e para se conseguir escravos e os prisioneiros de guerra, que moviam grande parte da economia daquelas sociedades.

Os cidadãos naturais da cidade e proprietários de terras tinham direitos políticos e podiam se dedicar a atividades artísticas, intelectuais, guerreiras e esportivas. Isso indica que as pessoas com mais prestígio e propriedade cuidavam exclusivamente do aprimoramento do corpo e da mente. Os mais pobres e os escravos eram os que movimentavam a economia, fazendo o trabalho braçal, considerado, então, como algo desprezível.

Esses diversos povos gregos organizaram-se e ganharam força por volta do ano 2.000 a.C. A cultura grega tornou-se tão importante porque foi a síntese, o resumo, de diversas outras culturas da Antiguidade, dos povos que viveram na África e no Oriente Médio. Assim, os gregos conheceram os cretenses, que eram excelentes navegadores. Tiveram contato com os egípcios, famosos nos nossos dias pelo complexo domínio de conhecimentos técnicos que possuíam e por sua organização social.

A influência dos fenícios também foi importante na cultura grega. Os fenícios daquela região haviam inventado o alfabeto cerca de 1.000 anos a.C. Esse alfabeto foi aperfeiçoado pelos gregos, que por sua vez deu origem ao alfabeto latino, inventado pelos romanos. A língua portuguesa tem origem latina.

Todo esse processo demonstra como ocorreram freqüentes intercâmbios entre os povos ao longo da história da humanidade, embora muitos conhecimentos e invenções tenham se perdido ou deixado de fazer sentido quando essas civilizações desapareceram.

As cidades-Estados sobre as quais sobreviveram mais informações são de Atenas e Esparta. Essas sociedades eram bem diferentes e freqüentemente lutaram uma contra a outra. A sociedade espartana era considerada rígida em termos de regras, tipo “espartana”, e em Esparta, os homens viviam para a vida militar. Eles só podiam casar depois de terem sido educados pelo Estado, em acampamentos coletivos onde viviam dos 12 até os 30 anos. Para o governo, existiam os conselhos de velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas cuidavam da casa e tinham também uma vida pública: administravam o comércio na ausência dos homens.

Atenas, que foi considerada o exemplo mais refinado da cultura grega, teve seu apogeu cultural e político no século 5 a.C. Na sociedade ateniense, diferentemente de Esparta, as decisões políticas não estava nas mãos de um conselho, mas sim no governo da maioria, a democracia. Dentro desse sistema, todos os cidadãos podiam representar a si mesmos, sem eleições, e decidir os destinos da cidade. Ao mesmo tempo em que Atenas abria o espaço para os cidadãos, reservava menor espaço para as mulheres do que na sociedade espartana. Em Atenas, as mulheres, assim como os escravos, não eram consideradas cidadãs.

No entanto, após o esplendor de Atenas no século 5 a.C., as cidades-Estados gregas foram perdendo seu poder e acabaram conquistadas e unificadas pelos macedônios, no século 4 a.C. Sob o domínio de Alexandre, o Grande, a cultura grega se expandiu territorialmente, indo do Egito à Índia, num processo em que simultaneamente influenciava e sofria influências. Essa cultura que correu mundo, tendo como raiz a tradição grega, foi chamada de cultura Helenística.

No século 1 a.C., os romanos chegaram à Grécia antiga, conquistando-a. Ainda que Roma tenha incorporado a maior parte dos valores gregos, inaugurando a cultura greco-romana, os povos gregos da Antiguidade não conseguiram mais obter sua autonomia política e assim foram, ao longo dos séculos, desaparecendo.

Esparta e Atenas
As cidades de Esparta e Atenas se formaram durante o período Arcaico, no contexto da formação das primeiras polis gregas, processo que se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C. quando os Genos (tribos) nômades se tornaram sedentários.


Mesmo que se denominassem Helenos e compartilharem de alguns costumes e tradições, como as divindades e os privilégios à aristocracia local, os gregos eram totalmente independentes entre si e possuíam diferenças marcantes, o que não permite afirmarmos a existência de uma nação grega. E, dentre todas as cidades, Esparta e Atenas constituíram as duas maiores antíteses da Grécia Antiga.

Observe que, a sociedade espartana já havia se tornado uma potência grega em torno de 520 a.C., quando dominava a Liga do Peloponeso. Foi nessa época que começaram os atritos com Atenas. Ora, em 510 a.C., Cleômenes de Esparta tenta vencer os atenienses, mas é derrotado. Contudo, alguns anos mais tarde, em 480 a.C., estas duas cidades irão se unir contra o rei Xerxes, do Império Persa, com Atenas esmagando sua força naval e Esparta destroçando suas forças terrestres.

Contudo, apesar de saírem vitoriosas contra os persas, as rivalidades entre as potências gregas aumentam quando Atenas começa a despontar como a maior potência marítima da Grécia, após a criação da Liga de Delos, o que deu início a Guerra do Peloponeso, em 432 a.C, na qual Esparta se sagrou vitoriosa em 404 a.C. Todavia, o desgaste provocado pelo confronto enfraqueceu as duas cidades, o que possibilitou a dominação de Tebas, em 370 a.C., a qual se torna a potência dominante até a conquista da Grécia pelo o rei Filipe, da Macedônia, em 338 a.C..



Principais Características de Esparta
Esparta (ou Lacedemônia) surgiu em torno de 1200 a.C., quando os Dórios, que dominavam técnicas de metalurgia para fabricar ferro, conquistaram o sul do Peloponeso. Em 700 a.C., eles já haviam derrotados seus inimigos e conquistaram toda a península, transformando-os em vassalos e escravos. Isso deu a Esparta uma grande quantidade de terras férteis, o que facilitou o seu isolamento e lhe garantiu a alcunha de xenófobos (aversão aos estrangeiros).

Sobre sua educação, esta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as mulheres. Basicamente, seu treinamento se resumia na preparação física e psicológica, de cunho militarista, para transformar os homens em poderosos e obedientes guerreiros. Por sua vez, as mulheres também eram treinadas para o combate, e sua educação as preparavam para conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos. Além disso, elas eram bem vindas nas assembleias e nas competições desportivas.

Não obstante, os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os descendentes diretos dos dórios; eles eram servidos pelos periecos, descendentes dos aqueus conquistados que praticavam o comércio e artesanato; por fim, a base da sociedade era composta pelos hilotas, escravos capturados durante as guerras.

Politicamente, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que governavam respeitando as decisões da Gerúsia, (conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos), e a Apela (conselho formado por espartanos acima de 30 anos).


Principais Características de Atenas
A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu povo.

Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao comércio marítimo, aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na Ásia menor.

Mais equilibrados, os atenienses conciliar o desenvolvimento físico e mental durante a educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas. Não obstante, valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia. Contudo, as mulheres não desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.

Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando instaurou-se a Democracia. A despeito disso, seu governo era essencialmente uma Oligarquia (Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na linha de parentesco com os fundadores da cidade. Assim, os grandes proprietários de terra (eupátridas) ficavam com as melhores propriedades, enquanto aqueles mais distantes na linha de parentesco (georgóis) ficavam com propriedades menores.

Por sua vez, os artesões especializados (demiurgos) não possuíam terras e status e os Thetas eram a base da sociedade, podendo, muitas vezes, serem sujeitados à escravidão. O governo em Atenas emanava da Eclésia, uma assembleia popular, onde participavam apenas os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos, com ao menos dois anos de serviço militar e filhos de um pai nascido na polis.

Atenas 
Capital Artística da Grécia
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Mesmo se o desejasse, no terceiro quarto do século V a.e.c., Atenas não poderia pretender ser reconhecida como a capital política do mundo grego. Também não era a capital econômica. Há, porém, um domínio no qual da pôde legitimamente ser considerada capital do mundo grego: o do pensamento e das boas-artes.

O mundo grego do século V a.e.c., não tinha uma capital, no sentido político do termo. Cada uma das cidades que o constituíam era independente e funcionava, pelo menos na teoria, como um Estado autônomo, com sua própria constituição, leis, organização social, moeda e sistema de pesos e medidas. Isso ocorria tanto no território de origem como nas regiões onde os gregos se instalaram no decorrer dos séculos, particularmente a Sicilia, a Itália, a Gália meridional, a Cirenaica e nas proximidades do mar Negro. Eram heterogêneas, variando de vilarejos a verdadeiras metrópoles poderosas e populosas, como Selinunte, Agrigento, Siracusa, Tarento, Coreira, Corinto, Esparta, Tehas, Atenas, Cálcis, Éfeso e Esmima. Destas, muitas podiam aspirar à qualidade de metrópoles regionais; algumas estavam à frente de ligas ou confederações. Atenas, porém, se destacava. Após ter desempenhado um papel decisivo nas guerras médicas com vitórias brilhantes sobre os persas em Maratona, no ano de 490 a.e.c, e em Salamina, no ano de 480 a.e.c., Atenas exerceu uma supremacia de fato. E, também, de direito, por meio da liga de Delos, que criou em 477 a.e.c. sob o pretexto de proteger as cidades de um retomo ofensivo das persas. Praticou, em relação a elas, uma política imperialista que se estendeu até a época de Péridcs, no segundo terço do século V a.e.c. Mas essa busca do comando, foi contestada inclusive por participantes da liga, como a própria Esparta, ou recalcitrantes, entre as quais se alinhavam Naxos, Tasos ou Samos, que se revoltaram contra as exigências da cidade hegemônica.

Mesmo se o desejasse, no terceiro quarto do século V a.e.c., Atenas não poderia pretender ser reconhecida como a capital política do mundo grego. Também não era a capital econômica. Há, porém, um domínio no qual da pôde legitimamente ser considerada capital do mundo grego: o do pensamento e das boas-artes. Em poucas décadas, entre aproximadamente 450 e 410 a.e.c., as criações artísticas da cidade de Pérides se multiplicaram com uma rapidez e uma densidade raramente alcançadas em outras épocas, nos domínios mais diversos: arquitetura, escultura, pintura e artes decorativas. A conjuntura política era favorável: a ameaça “bárbara” cessou de pairar com o restabelecimento da paz, assinada com o rei da Pérsia em 449 a.e.c. Em 446 a.e.c., Atenas concluiu uma trégua de 30 anos com Esparta. Assim, os meios financeiros e humanos disponíveis foram totalmente colocados à disposição das artes.

O espetáculo mais fantástico foi o que iluminou a Acrópole da cidade, numa florescência de construções. O mármore branco do monte Pentélico o projeta ainda hoje, num brilho fascinante, sobre a tela do céu azul do Ático. Plutarco, no século I e.c., frisava a importância dessas realizações arquitetônicas, no célebre livro A vida de Pérides. “O que causou mais prazer aos atenienses e mais contribuiu para embelezar sua cidade, o que mais tocou a imaginação dos estrangeiros, o que atesta que essa potência tão consagrada da Grécia e sua antiga prosperidade não são mentiras, foram os monumentos construídos por Péricles..." O mesmo autor ainda dizia: “Os artistas esforçavam-se no desejo de se superar pela perfeição técnica do trabalho; porém o mais admirável foi a rapidez da execução. Todas essas obras, cada uma das quais parecia ter exigido várias gerações sucessivas para serem acabadas, encontraram-se todas terminadas durante o período de apogeu de uma única carreira política”.

Tesouro votivo

Ele se referia a três templos - o Partenon, o Erectéion e o templo de Atena Nike - e a um edifício civil, o Propileu, construído como uma decoração em mármore em torno da entrada solene que dava acesso, do lado ocidental, ao elevado rochoso da Acrópole. Graças às fontes literárias epigráficas e à sequência das escavações arqueológicas feitas desde o século XIX, chegamos bem próximos de uma cronologia desses monumentos: o Partenon foi concluído entre 447 e 432 a.e.c.; o templo de Atena Nike, cuja construção foi decidida por um decreto de 449 a.e.c., foi erguido entre 427 e 424 a.e.c.; o Erectéion, iniciado entre 421 e 415 a.e.c., foi terminado entre 409 e 406 a.e.c. O maior e mais famoso edifício da Acrópole, o Partenon, dedicado a Atena, deusa defensora da cidade, sob a forma de Partenia, ou seja, de virgem. Graças ao talento do arquiteto Ictino e do escultor Fídias, esse monumento foi concluído sem delongas, após um período de lenta progressão das obras, iniciadas algumas décadas antes. Ao assumir a responsabilidade pela obra inacabada de um predecessor desconhecido, Ictino ergueu uma construção majestosa, ao mesmo tempo templo e tesouro votivo em honra da deusa protetora da cidade.

O Partenon é um dos grandes templos gregos peripteros, ou seja, cercados de colunas externas - oito nas fichadas 17 nas laterais. Era notável por sua largura excepcional (mais de 19 m), o que permitiu rara amplitude aos espaços internos. Sua nave central, de quase 11 m de largura, era envolvida por uma tripla colunata: duas, habituais, que a separam de cada nave lateral, mais uma, imaginada aqui pela primeira vez, que fazia a volta atrás da estátua de culto, em frente à parede de fundo. Assim, o conjunto da colunata, de dois andares, formava um verdadeiro estojo de mármore a envolver uma jóia de ouro e marfim: a grandiosa Atena crisdefamim esculpida por Fídias.

Exteriormente, o Partenon seguia a mais pura tradição dórica, com suas colunas, capitéis e, coroando tudo, a cornija inclinada sobre a qual se erguem, na fachada, dois frontões. Um estudo minucioso dessa estrutura mostrou que a obra fora objeto de cuidados extremos, seja para garantir sua solidez, seja por razões estéticas, para compensação das ilusões de óptica, como evitar que as linhas horizontais do monumento dessem a impressão de curvar-se no meio aos olhos de um observador localizado a uma certa distância. As colunas do peristilo não são verticais, mas levemente inclinadas para o centro do edifício, desenhando um tronco de pirâmide, o que contribui para a estabilidade do conjunto, menos propenso a tombar em caso de sismo.

Alguns refinamentos já eram visíveis cm templos do final do século VI a.e.c. ou da primeira metade do século V. Ictino, porem, os levou à perfeição. Introduziu no invólucro dórico de seu templo alguns elementos emprestados da tradição jônica. Essas particularidades se integravam ao conjunto da obra-prima: nada de efeitos exagerados, mas linhas e volumes simples e harmoniosos.

O Partenon ainda não havia sido acabado quando um outro grande arquiteto, Mnesides, começou a construção do Propileu, composto por um corpo central (25.04 m de comprimento, 18,12 m de largura, entre duas fachadas dóricas) no interior do qual uma passagem principal, parcialmente rodeada de colunas jônicas, permitia atravessar uma porta monumental ladeada por duas portas estreitas e baixas. No corpo central, de orientação leste-oeste, estavam unidas duas alas simétricas na fachada, mas de desigual profundidade, na qual a maior, ao norte, servia também de pinacoteca. O arquiteto soube vencer os problemas de declividade do terreno com sua engenhosidade. Dotou a fachada oeste, que se avistava de mais longe e se levantava pelo lado de cima da rampa de acesso à Acrópole, de uma base de quatro degraus e de colunas ligeiramente mais altas, enquanto a fachada leste, voltada para o interior da esplanada, ficou com um embasamento de um degrau que suporta colunas menos elevadas (8,54 m). Além da sua função pratica de única porta de acesso à Acrópole, o edifício tinha um papel decorativo no setor mais baixo do planalto rochoso sobre o qual a cidade inteira havia se fortificado, na sua origem.

Próximo do Propileu o arquiteto Calícrates construiu uma verdadeira jóia da ordem jônica: o pequeno templo de tetrastilo anfisrilar Atena Nike (8,27 m x 5,44 m), cujas fachadas, com bases emolduradas e capitéis abobadadas nas colunas jônicas, eram valorizadas pela sóbria nudez das longas laterais, nas quais o único elemento decorativo era o friso esculpido que percorria o alio das paredes.

Quase simetricamente ao Partenon, do lado norte da Acrópole, erguia-se o Erectéion, dedicado a Atena Polias e a Posseidon. Sabe-se o nome de um dos mestres-de-obras, Filodes. Era composto de um corpo central retangular (11,60 m x 22,76 m), ao qual se uniam dois pórticos - um ao norte, outro ao sul, ornamentado por seis cariátides. Havia abundância de elementos decorativos, esculpidos em mármore, principalmente no topo das paredes e das colunas e sobre o enquadramento da grande porta que se abria sobre o pórtico norte. Foi um precursor, cujo exemplo se irradiaria durante séculos.


Esculturas colossais

Outras obras embelezavam a Atenas de Péricles e das duas décadas posteriores à sua morte. O grande estadista deixou, como legado, seu sopro criador. Algumas, completamente destruídas, restaram para a posteridade apenas por meio de seus nomes: o templo jónico de Illssos, construído por Calícrates, ou o odeão de Péricles, construído por volta de 440 a.e.c. Há um outro templo que serguia ainda, quase intacto, sobre a colina situada a oeste da ágora da cidade: o de Hefàístos, com freqüência impropriamente chamado de Ieseu. Esse harmonioso templo dórico de mármore, iniciado por volta de 445 a.e.c. e finalizado por volta de 420 a.e.c. tem proporções externas próximas às do Partenon, apesar de ser cerca de duas vezes menor (13,71 m x 31,77 m; 6 x 13 colunas).

As esculturas também são marcantes, em Atenas. Ao artista Fídias, recorreram os administradores do santuário de Olímpia, no noroeste do Peloponeso, para a realização da estátua de culto do templo de Zeus, edificado por volta de 460 a.e.c. pelo arquiteto Libon de Elcan. Os antigos a consideravam uma das sete maravilhas do mundo. Era colossal, com mais de 10m de altura e datada de aproximadamente 450 a.e.c., ou 425. O Zeus de Fídias ficou na história, graças à descrição que dele fez Pausânias, no século 11 de nossa era. e pelas moedas que o reproduzem. Vítima de igual destruição foi outra obra do mesmo autor, a Atam Partêniaào Partenon, conhecida também, apenas pelo texto de Pausânias e pelas cópias de mármore de tamanho pequeno executadas na época romana imperial.

Havia, ainda, uma outra Atena colossal de Fídias, em bronze, representando a deusa ao ar livre, na Acrópole de Atenas, pronta para o combate. Também desapareceu. Felizmente, para a posteridade, restaram trabalhos desse grande mestre ateniense: as esculturas que ornavam as partes altas do Partenon. Esse conjunto enorme constituído por dois frontões, cada um enriquecido por mais de 20 figuras, cerca de 1,60 m de comprimento por 1 m de altura, reunia 360 personagens, entre os quais 192 cavaleiros. Não foi, com certeza, executado apenas por Fídias, mas sua personalidade impôs um estilo homogêneo, visível no talhe dos corpos, na expressão dos rostos e no movimento característico das roupas, uma feliz mistura de naturalidade e dignidade.

No terceiro quinto do século V a.e.c., Fídias não era o único escultor ateniense de renome. Mesmo que sua genialidade tenha ocultado um pouco o talento dos outros, como Alcâmenes,  Agonícrito, Calímaco ou Cresilas, o retratista de Péricles, também eram muito admirados. A obra deles era mal conservada, mas trabalharam com afinco. Nem todos eram atenienses de origem: Agorácrito vinha de Paros; Cresilas, de Creta. O próprio Polideto, um dos outros destaques da escultura grega clássica, peloponense contemporâneo de Fídias, tinha reputação de ter ido a Atenas executar o retrato de um dos colaboradores de Pericles, o engenheiro Artemon, originário de Clazômenas, como o célebre filósofo Anaxágoras.

Gênios da pintura

Nenhuma região do mundo grego reuniu a mesma concentração de arquitetos e escultores eminentes como Atenas dos anos 450-420 a.e.c. A cidade de Pérides era, pelo menos por um tempo, a “escola da Grécia" em matéria de artes plásticas, para retomar uma expressão do próprio Péricles num discurso atribuído a ele por Tucídides. Desde a segunda metade do século VI a.e.c., a cidade era a capital artística do mundo grego. É o domínio da pintura em vasos, que compensa um pouco, apesar de não ser mais que um pálido e distante reflexo, o desaparecimento quase total das obras da grande pintura.

O século V a.e.c. conheceu autênticos gênios da pintura - na primeira fila deles, Polignote de Thasos, um novato que tinha ido trabalhar em Atenas provavelmente nos anos 460 a.e.c., ao lado do ateniense Micon, com o qual decorou um pórtico que rodeava a ágora, que tinham batizado stoapoikilé, ou seja, “pórtico muiticolorido”. Mesmo na época de Pérides e nos anos imediatamente posteriores, a atividade de Micon prosseguiu, inclusive com a decoração de sua própria cidade natal, e dos santuários dos Dioscuros e de Teseu.

Outros dois grandes pintores atenienses foram Panamas, sobrinho e colaborador de Fídias 
(as esculturas gregas eram sempre ressaltadas com a aplicação de cores), e Apollodorus, o pintor de sombras, provavelmente porque ele foi o primeiro a sugerir a profundidade de campo, pelo uso de degrades em jogos de claro-escuro.

A cerâmica ateniense era, principalmente entre 460 e 410 a.e.c, ornada por um desenho de contorno traçado, realçado por diversas cores (preto, vermelho, azul. amarelo e verde), tudo aplicado sobre um fundo de engolfo branco-creme. As peças, muito frágeis, eram pouco manuseadas, daí seu uso essencialmente funerário e com temas afins: partida do defunto para o lado de lá na barca de Caronte, o adeus ou homenagens prestadas ao morto ou gestos rituais realizados na sua tumba. Alguns pintores anônimos, aos quais os conhecedores atribuem nomes de convenção, eram especializados nessa técnica sobre fundo branco. Pode-se citar, para os anos 450-420 a.e.c., os identificados como Aquiles, Phiale, Tymbos,Thanatos, Bosanquet, Tríglifos.

Já os vasos áticos do século dc Péricles são, em sua maioria, fiéis à técnica conhecida como figuras vermelhas, da qual os pintores atenienses do barro de Cerâmica tinham quase o monopólio desde que a inventaram, por volta de 525 a.e.c. Alguns são conhecidos: Polignoto, Polion, Aison ou Aristófane, mas a maioria permaneceu anônima. Nos anos 450-430 a.e.c., Polignoto ou o artista designado apenas como pintor de Aquiles buscavam tomar atitudes plásticas com certa ênfase. O pintor de Clcophon dava um ar nobre e sutil aos personagens cujo rosto, ligeiramente inclinado, se inspirava no estilo partenoniano. O delicado pintor de Erétria anunciava, por volta de 430-420 a.e.c., o estilo conhecido como Horido que triunfaria no fim do século com o pintor de Meidias. No domínio da cerâmica pintada, Atenas continuava ainda, de longe, à frente da produção de qualidade, mesmo se, a partir do último quarto de século, já sofria a tímida concorrência dos ateliês instalados na Itália meridional e com certeza criados por pintores atenienses emigrados. Prova evidente da influencia das artes decorativas atenienses, cujos produtos foram amplamente exportados pela bacia do Mediterrâneo.

Pela qualidade excepcional das diversas realizações de seus arquitetos, pintores e escultores, pela difusão das obras que eles produziram e pela influencia de seu talento que atraía discípulos e admiradores, Atenas garantiu o título de capital artística, naqueles anos de apogeu em que a política ambiciosa de Pérides soube incentivar os impulsos criativos que declinariam gradativamente com a crise que viveria em seguida. Seu prestígio intelectual e artístico continuaria imenso, contudo, durante muito tempo. Segundo a palavra de Plutarco, falando dos monumentos da Acrópole mas que poderia ser pronunciada a propósito de muitas outras obras de arte do século de Pérides - , “parece que essas obras têm nelas um sopro sempre vivo e uma alma inacessível à velhice"


Democracia Ateniense
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A Democracia Ateniense foi um regime político criado e adotado em Atenas, no período da Grécia Antiga. Ela foi essencial para a organização política das cidades-estados grega, sendo o primeiro governo democrático da história. O termo “Democracia” é formado pelo radical grego “demo” (povo) e de “kratia” (poder), que significa “poder do povo”.

Resumo
Anterior a implementação da Democracia em Atenas, a cidade-estado era controlada por uma elite aristocrática oligárquica denominada de “eupátridas” ou “bem nascidos”, os quais detinham o poder político e econômico na polis grega.

Entretanto, com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, pequenos proprietários de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam participar da vida política, a aristocracia resolve rever a organização política das cidades-estados, o que mais tarde resultou na implementação da “Democracia”.
De atl maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória do político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", Clístenes liderou uma revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e 510 a.C..

Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas “demos”, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar “demokratia”. Atenas possuía uma democracia direta, donde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis.
De tal modo, Clístenes, baseada nas legislações anteriormente apresentadas por Dracon e Solon, iniciou reformas de ordem política e social que resultariam na consolidação da democracia em Atenas.

Como forma de garantir o processo democrático na cidade, Clístenes adotou o “ostracismo” donde os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio de 10 anos. Isso impediu a proliferação de tiranos no governo grego.

Sendo assim, o poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso, os demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar das Assembleias (Eclésia ou Assembleia do Povo), embora as mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos estavam excluídos.
Diante disso, podemos intuir que a democracia ateniense não era para todos os cidadãos sendo, portanto, limitada, excludente e elitista. Estima-se que somente 10% da população desfrutavam dos direitos democráticos.

Além de Clístenes, Péricles deu continuidade à política democrática. Ele foi um importante democrata ateniense que permitiu ampliar o leque de possibilidades para os cidadãos menos favorecidos.

Por volta de 404 a.C., a democracia ateniense sofreu grande declínio, quando Atenas foi derrotada por Esparta na 
Guerra do Peloponeso, evento que durou cerca de 30 anos.





Características da Democracia Ateniense
Democracia direta
Reformas políticas e sociais
Reformulação da antiga Constituição
Igualdade perante a lei (isonomia)
Igualdade de acesso aos cargos públicos (isocracia)
Igualdade para falar nas Assembleias (isegoria)
Direito de voto aos cidadãos atenienses


Diferenças entre a Democracia Grega e Democracia Atual
A democracia ateniense foi um modelo político que fora copiado por várias sociedades antigas, e que influencia até hoje o conceito de democracia no mundo.

No entanto, a democracia atual é um modelo mais avançado e moderno da democracia ateniense, em que todos os cidadãos (maiores de 16 ou 18 anos), inclusive mulheres podem votar e aceder a cargos públicos, sem que seja excludente e limitada.
Além disso, na democracia ateniense, os cidadãos tinham uma participação direta na aprovação das leis e nos órgãos políticos da polis, enquanto na democracia atual (democracia representativa) os cidadãos elegem um representante.

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A ATLÂNTIDA  MÍTICA

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ATLÂNTIDA, em grego (Atlantís), prende-se a Atlas, em grego (Átlas), "que sustém a abóbada celeste", vocábulo formado, ao que tudo indica, de um prefixo intensivo a- e de tlä, em grego (tlênai), indo-europeu telä, "suportar". Em dois de seus diálogos, Timeu e Crítias, conta Platão que Sólon, quando de sua viagem ao Egito, interrogara alguns sacerdotes e um deles, que vivia em Saís, no Delta do Nilo, lhe relatou tradições muito antigas relativas a uma guerra entre Atenas e os habitantes da Atlântida. Esse relato do filósofo ateniense se inicia no Timeu e é retomado e ampliado num fragmento que nos chegou do Crítias. Os Atlantes, segundo o sacerdote de Saís, habitavam uma ilha, que se estendia diante das Colunas de Héracles, quando se deixa o Mediterrâneo e se penetra no Oceano. Quando da disputa, já conhecida por nós, entre Atena e Posídon pelo domínio de Atenas, o deus do mar, tendo-a perdido, recebeu como prêmio de consolação a Atlântida. Lá vivia Clito, uma jovem de extrema beleza, que havia perdido os pais, chamados, respectivamente, Evenor e Leucipe. 

Por ela, que habitava uma montanha central da Ilha, se apaixonou o deus, que, de imediato, lhe cercou a residência com altas muralhas e fossos cheios de água.

Dos amores de Posídon com Clito nasceram cinco vezes gêmeos. O mais velho deles chamava-se Atlas. A ele o deus concedeu a supremacia, tornando-se o mesmo o rei suserano, uma vez que a Ilha fora dividida em dez pequenos reinos, cujo centro era ocupado por Atlas. A Atlântida era riquíssima por sua flora, fauna e por seus inesgotáveis tesouros minerais: ouro, cobre, ferro e sobretudo oricalco, um metal que brilhava como fogo. A Ilha foi embelezada com cidades magníficas, cheias de pontes, canais, passagens subterrâneas e verdadeiros labirintos, tudo com o objetivo de lhe facilitar a defesa e incrementar o comércio. Anualmente, os dez reis se reuniam e o primeiro ato que praticavam em comum era a caçada ritual ao touro. Essa caçada e captura do animal sagrado se faziam no próprio témenos do deus, isto é, porção de território com um altar ou templo consagrado à divindade. Após garrotearem o animal, decapitavam-no, o que faz lembrar o tauróbolo da Creta minóica, cerimônia em que a perseguição precede à oblação final da vítima. O sangue do touro era cuidadosamente recolhido e com ele os dez reis se aspergiam, porque o animal é identificado com a divindade (Plat. Crit. 119 d-120 c). Após esse rito inicial, os reis, revestidos de uma túnica azul-escuro, sentavam-se sobre as cinzas ainda quentes do sacrifício e devam início à segunda parte da reunião sagrada. Apagados todos os archotes, mergulhados em trevas profundas, os reis faziam sua autocrítica e julgavam-se reciprocamente durante uma noite inteira. Aqui, infelizmente, termina o relato do filósofo. Sabe-se ainda que tentando subjugar o mundo, os Atlantes foram vencidos pelos Atenienses, e isto nove mil anos antes de Platão. Os Atlantes e sua ilha, consoante ainda o Autor de Crítias, desapareceram completamente, tragados por um cataclismo.


Existe, no entanto, uma variante muito significativa de Diodoro Sículo (século I a.e.c.), acerca da Atlântida e seus habitantes.

Segundo o Autor da Biblioteca Histórica, a Amazona Mirina declarou guerra aos Atlantes que habitavam um país vizinho da Líbia, à beira do Oceano, onde os deuses, dizia-se, haviam nascido. À frente de uma cavalaria de vinte mil Amazonas e de uma infantaria de três mil, conquistou primeiro o território de um dos dez reinos da Atlântida, cuja capital se chamava Cerne. Em seguida, avançou sobre a capital, destruiu-a e passou todos os homens válidos a fio de espada,  levando em cativeiro as mulheres e as crianças. Os outros nove reinos da Atlântida, apavorados, capitularam imediatamente. Mirina os tratou generosamente e fez aliança com eles. Construiu uma cidade, a que deu o nome de Mirina, em lugar da que havia destruído, e franqueou-a a todos os prisioneiros e a quantos desejassem habitá-la. Os Atlantes pediram então à denodada Amazona que os ajudasse na luta contra as Górgonas. Depois de sangrenta batalha, Mirina conseguiu brilhante vitória, mas muitas das inimigas conseguiram escapar. Certa noite, porém, as Górgonas prisioneiras no acampamento das vencedoras lograram apoderar-se das armas das sentinelas e mataram grande número de Amazonas. Recompondo-se logo, as comandadas de Mirina massacraram as rebeldes. Às mortas foram prestadas honras de heroínas e, para perpetuar-lhes a memória, foi erguido um túmulo suntuoso, que, à época histórica, ainda era conhecido com o nome de Túmulo das Amazonas.

As gestas atribuídas a Mirina, todavia, não se esgotam com estas duas guerras. Mais tarde, após conquistar, talvez com auxílio dos Atlantes, grande parte da Líbia, dirigiu-se para o Egito, onde reinava Hórus, filho de Ísis, e com ele concluiu um tratado de paz. Organizou, em seguida, uma gigantesca expedição contra a Arábia; devastou a Síria e, subindo para o norte, encontrou uma delegação de Cilícios, que, voluntariamente, se renderam. Atravessou, sempre lutando, o maciço do Tauro e atingiu a região do Caíque, término de sua longa expedição. Já bem mais idosa, Mirina foi assassinada pelo rei Mopso, um trácio expulso de sua pátria pelo rei Licurgo.

A lenda desta Amazona é mais uma "construção histórica" e não constitui propriamente um mito, mas uma interpretação de elementos míticos combinados de modo a formar uma narrativa mais ou menos coerente, nos moldes das interpretações "racionalistas" dos mitógrafos evemeristas.

Mirina, rainha das Amazonas, é seu nome na Ilíada, mas este é seu nome "junto aos deuses"; entre os homens ela é chamada Batiia.


A Atlântida, o continente submerso, seja qual for a origem do mito, permanece no espírito de todos, à luz dos textos inspirados a Platão pelos sacerdotes egípcios, como o símbolo de uma espécie de paraíso perdido ou de cidade ideal. Domínio de Posídon, aí instalou ele os dez filhos que tivera de uma simples mortal. O próprio deus organizou e adornou sua ilha, fazendo dela um reino de sonhos:  "Seus habitantes se enriqueciam de tal maneira, que jamais se ouviu dizer que um palácio real possuísse ou viesse algum dia a possuir tantos bens. Tinham duas colheitas por ano: no inverno utilizavam as águas do céu; no verão, aquelas que lhes dava a terra, com a técnica da irrigação" (Crit. 114 d, 118 e).

Quer se trate de reminiscências de antigas tradições, quer a narrativa platônica não passe de uma utopia, o fato é que, tudo leva a crer, Platão projetou na Atlântida seus sonhos de uma perfeita organização político-social: "Quando as trevas desciam e as chamas dos sacrifícios se extinguiam, os reis, cobertos com lindas indumentárias de um azul-cinza, sentavam-se por terra, nas cinzas do holocausto sacramentai. Então, em plena escuridão da noite, apagados todos os archotes em torno do santuário, os reis julgam e são julgados, se houver sido cometida por qualquer deles alguma falta. Terminado o julgamento, as sentenças são gravadas, já em pleno dia, sobre uma mesa de ouro, que era consagrada como recordação do feito" (Crit. 120 b c).

Mas quando neles se "enfraquecia o elemento divino e o humano passava a dominar", eram alvo do castigo de Zeus.

A Atlântida reúne, assim, o tema do Paraíso e da Idade do Ouro, que se encontra em todas as culturas, seja no início da humanidade, seja no seu término. A originalidade simbólica da Atlântida está na ideia de que o Paraíso reside na predominância em cada um de nós de um elemento divino. 


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ARTE GREGA

A arte grega abarca todas as manifestações artísticas e revela a história, a estética e mesmo a filosofia desta civilização.

A arte grega passou pelos períodos arcaico, clássico e helenístico, e cada uma dessas fases históricas, influenciou a elaboração das obras.
Características da Arte Grega
Os gregos se destacaram especialmente na pintura, na arquitetura e na escultura. Vejamos algumas características:
Simetria;
Perfeição;
Obras realizadas a partir de modelos vivos;
Uso religioso, doméstico ou funerário.


As pinturas e esculturas eram concebidas a fim de serem belas e assim perfeitas, de acordo com os princípios da filosofia grega. Esta, talvez, seja a principal característica da arte grega, o que a torna singular e cujas influências são visíveis até os nossos dias.
As artes foram ainda influenciadas pelas próprias civilizações com as quais a Grécia se relacionava. Afinal, a Magna Grécia, compreendeu possessões na costa da Turquia, Macedônia, e sul da Itália.

Pintura Grega

A arte da pintura era desenvolvida em cerâmicas, bem como nas paredes das grandes construções. Os vasos nem sempre foram peças de decoração, sendo utilizados no trabalho diário ou para guardar mantimentos, tais como vinho e azeite.

As pinturas mostravam harmonia e rigor nos detalhes. No que respeita às cores seguia-se o seguinte padrão: figuras negras sobre fundo vermelho ou figuras vermelhas e douradas sobre fundo negro ou fundo branco.

Os principais pintores foram: 
Clítias, 
Exéquias e 
Sófilos.

Pintura Grega
A cerâmica e a decoração são as principais manifestações da pintura grega, seguidas do mosaico, que também tem importante valor. A estética da arte grega é revelada em três importantes períodos: o período arcaico, que durou de 650 a.C. até 480 a.C.; o período clássico, de 480 a.C. até 323 a.C. e o período helenístico, iniciado em 323 a. C. e concluído em 27 a.C.

A evolução da pintura não foge às demais formas de manifestação da arte grega, em especial a escultura, que também passeia pelos principais períodos citados. Infelizmente, poucos são os artistas identificados nas pinturas de murais e paredes da arte decorativa.
Os afrescos são encontrados nas paredes de templos, edifícios municipais em túmulos. A técnica é destacada pelo uso da têmpera ou encáustica, popularizada a partir do século IV.

Características
Perspectiva linear
Representação naturalista
Uso da têmpera e da encáustica
Apresentação de cenas figurativas
Retratos da natureza
Representações sutis de luz e sombra
Justaposição de cores nos murais


Cerâmica
Poucas foram as pinturas gregas em painéis e mesmo os afrescos que resistiram à ação do tempo e ao ataque de vândalos ao longo da história. Hoje, ainda restam os painéis de madeira ao norte do Peloponeso, murais em Tebas e o Templo de Apolo.

O que resta são as manifestações romanas, que sob a influência grega se utilizou de várias réplicas de estilo, e relatos escritos.
As evidências que mais demonstram a riqueza da pintura grega estão na cerâmica, cuja manifestação é dividida em três escolas: Pintura Negra, Período Arcaico e Pintura Vermelha.


Pintura Negra
O período da Pintura Negra ocorreu entre 1.200 e 800 a.C., e é caracterizado por círculos e padrões em linha reta, além de ondulados e linhas alternadas em ziguezague. Diferente das formas de decoração geométricas antes aplicadas na Grécia, a Pintura Negra é destacada pelo estilo protogeométrico, que consiste na aplicação detalhada de linhas paralelas em vasos.


Período Arcaico
No período Arcaico, Idade Arcaica ou Escola Arcaica estão contemplados os estilos geométricos, orientais e a própria pintura negra. Esse tipo de pintura é exibido de maneira mais complexa, apresentando nos padrões damas, meandros e formas repetidas.

Nesses estilo estão presentes as formas humanas, que são misturadas aos elementos geográficos. Dentro a escola arcaica, o estilo oriental se manifesta na cerâmica por meio das imagens das terras orientais, de leões e esfinges, em uma clara influência da cultura egípcia.

A cerâmica é luxuosa, com desenhos rebuscados, arrojados interpostos com pequenas figuras e elementos geométricos que representam a luz. Há a disposição de pequenas rosas e marcações significativas.
Esse período também é caracterizado pelas silhuetas pintadas em preto sólido sobre um fundo alaranjado vibrante. Os pintores começam a usar a cerâmica para narrar o cotidiano grego.

Murais
No período arcaico, a pintura grega valoriza os murais e emprestam dos etruscos a maneira de manifestar a arte em afrescos. Os gregos, contudo, usam a pintura em murais para decorar túmulos.

Pintura Vermelha
A era vermelha é a última grande escola grega, sendo marcada pela sobreposição em um fundo preto figuras alaranjadas. É a inversão do período anterior, que dura de 500 a 0 a.C.
Aprendendo a diluir a tinta, os artífices descobrem o castanho e esse período, que coincide com a Era Helenística, testemunha o avanço da pintura realista.

Escultura Grega
A escultura também é observada nos três principais períodos da arte grega: arcaico, clássico e helenístico. No período arcaico, os artistas gregos evidenciam a influência da escultura egípcia e, ainda, de técnicas dos sírios.

São relevos em pedra, terracota e bronze, além de trabalhos em miniatura talhados no marfim. Aos poucos, os artistas abandonam a forma rígida frontal que evidencia a escultura egípcia e mergulham na riqueza de detalhes e no realismo.
O período clássico é considerado o mais produtivo na escultura grega. É subdividido em Escultura Precoce Grego Clássico (480 a 450 a.C.), Alta Escultura do Grego Clássico (450 a 400 a.C.) e Escultura do Grego Clássico Tardio (400 a 323 a.C.).

É nesse período que pode ser observada o aperfeiçoamento da técnica da escultura, com o naturalismo, sem a postura rígida. A anatomia é praticamente fiel ao corpo natural.
O clássico e o naturalismo se misturam no período helenístico da escultura. Agora, os escultures retratam homens em mulheres como ideais de beleza. É o realismo intenso e o perfeccionismo plásticos.
Escultura Grega

Esta arte se manifesta nas esculturas dos deuses e dos atletas cuja perfeição dos detalhes dos corpos tornam os gregos excepcionais nessa manifestação artística.

As esculturas, chamada de kouros - homem jovem e korés - mulher jovem, eram inicialmente feitas de mármore. Encontravam-se numa posição rígida e simétrica com o objetivo de dar-lhes equilíbrio.

No entanto, com a necessidade de retratar movimentos, o mármore foi substituído pelo bronze por se tratar de um material mais leve. Assim, reduzia a probabilidade de a esculturar se partir.
Com o tempo, as esculturas femininas que eram vestidas, passaram a se apresentar sem roupa. Da mesma forma, as estátuas não tinham grandes expressões faciais e passaram a retratar sentimentos.

As esculturas gregas que chegaram até o dias de hoje são cópias feitas pelos romanos. Poucos exemplos, como a Vênus de Milo, são originais.
Os principais nomes da escultura grega foram: 
Fídias, 
Lisipo, 
Miron, 
Policleto e 
Praxíteles.

Escultura Grega
As esculturas mais conhecidas são as gregas. Elas alcançaram uma perfeição nunca antes obtida, de modo que deixaram um legado e inspiram artistas até hoje. Elas se inspiraram nas esculturas egípcias e foram copiadas pelos romanos.

Características
As esculturas egípcias eram estáticas, não apresentavam movimentos e retratavam, especialmente, o faraó. Os gregos, por sua vez, conseguiram dar a essas representações estáticas o movimento, a beleza idealizada ou perfeita, bem como proporções equilibradas.

Aos poucos, os braços estendidos pelo corpo ganharam algum movimento ao mesmo tempo que os músculos sobressaíam das suas esculturas e outros detalhes se somavam, tal como os cabelos.

Além das figuras humanas também foram feitas figuras de animais, especialmente cavalos.

Métodos e Materiais
O bronze era o material de predileção dos gregos e, posteriormente, o mármore, o qual era rompido mediante a utilização de brocas, ferramentas de ferro e calços de madeira. Os membros eram esculpidos e somente depois fixados ao corpo.

A pintura passa a ser utilizada na pele, nos cabelos e nas roupas, enquanto os olhos são feitos de ossos ou vidro.
Enquanto isso, lanças e capacetes era feitos de bronze, bem como, em algumas esculturas, um disco colocado para evitar que fossem alvo da sujeira dos pássaros.

As estátuas feitas de bronze eram revestidas de cera e polidas. Nos lábios, era utilizado cobre ou prata.

Escultores e Obras de Arte
Fídias é o mais famoso de todos os escultores gregos. É o criador de "Athena", de 438 a.C. e de "Zeus", de 456 a.C., respectivamente situadas no Panteon de Atenas e no Templo de Zeus, em Olímpia. A escultura de Zeus é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Praxiteles é um dos mais famosos escultores gregos. Destacou-se, principalmente, a partir da escultura de "Afrodite", em 340 a.C. - o primeiro nu feminino.

Crésilas é especialmente conhecido pelo busto de "Péricles", criado em 425 a.C.

Felizmente as obras-primas gregas foram copiadas pelos romanos, pois assim sobreviveram e puderam chegar ao nosso conhecimento, uma vez que os originais gregos se perderam.

Diferenças entre a Escultura Grega e Romana
A escultura grega deu origem à escultura romana, todavia, esta atribui as suas representações o realismo das formas, ao passo que a escultura grega era essencialmente idealista.

Assim, os romanos retratavam rostos envelhecidos enquanto os gregos, sobretudo, concediam juventude aos bustos gregos - mesmo dos que já não eram jovens - imperadores sem imperfeições (de forma lhes conceder um caráter divino), bem como penteados bem elaborados para as mulheres gregas.

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Vênus de Milo
A Vênus de Milo é uma estátua grega da antiguidade, mais precisamente do período helenístico, que foi descoberta em 1820 na ilha de Milos, na Grécia.

Essa figura representa a deusa Afrodite, deusa do amor e da beleza na mitologia grega. Ela era uma das deusas mais cultuadas pelo povo grego e os romanos a chamavam de Vênus.
Considerada uma das estátuas mais conhecidas da antiguidade, atualmente, ela faz parte do acervo do Museu do Louvre em Paris, França.
Principais características

Provavelmente, a Vênus de Milo, considerada o símbolo da beleza feminina clássica, foi produzida entre os anos 100 e 190 a.C.

Com um forte realismo, a estátua, feita em mármore branco, possui cerca de 2 metros de altura e pesa 900 quilos aproximadamente.

Trata-se de uma mulher seminua e em posição ereta. Abaixo da cintura, possui um tecido todo drapeado que cobre toda suas pernas. Ela tem cabelos ondulados, os quais estão sustentados por um coque.
Por apresentar alguns orifícios, presume-se que a estátua era ornada com joias, como brincos, bracelete e tiara (ou coroa). Esses objetos nunca foram encontrados.

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História
Existem muitas controvérsias sobre sua autoria, e por hora, ela é atribuída a Praxíteles e, por outra, a Alexandre de Antioquia.

A história mais provável teria sido de um barco francês atracado no porto de Milos, no mar Egeu, em meados do século XIX. A intenção era encontrar peças arqueológicas de valor.

Um camponês, Yorgos, ofereceu a estátua que estava dividida em dois pedaços e assim, ela foi comprada pelos navegantes francófonos por um preço muito baixo. Acredita-se que nesse momento, ela já tenha sido encontrada sem os braços.

Pouco depois, ela foi apresentada para Luís XVIII, rei da França na época. A pedido do rei, a estátua foi levada ao Museu do Louvre para exposição, onde permanece até hoje.

Curiosidades
A Vênus de Milo é considerada uma das obras mais caras do mundo.
Os braços de Vênus de Milo nunca foram encontrados, mas ainda intriga muitos pesquisadores, historiadores e arqueologistas.
Além dos braços, a estátua não possui o pé esquerdo.
Por ser muito famosa, hoje em dia é possível encontrar milhares de reproduções para consumo artístico.
A estátua foi encontrada em 8 de abril de 1820 na cidade de Milos, pelo camponês Yorgos Kentrotas que procurava pedras para construir um muro.
Atualmente, os gregos pedem aos franceses o retorno da estátua. Nesse contexto, foi realizada uma campanha na cidade de Milos em 2017, para que a Vênus regresse ao seu lugar de origem.

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História da Escultura

A História da Escultura remete à Idade Paleolítica, ou da Pedra Lascada, quando tem origem. Nessa altura já são feitas estatuetas de marfim e de ossos, geralmente de figuras femininas que apresentavam formas volumosas, numa referência aos ritos de fecundação. Na Idade Mesolítica quase não existem esculturas e, na Idade Neolítica, ou da Pedra Polida, embora elas existam em número reduzido, há um aprimoramento da técnica de lascar e polir a pedra.

A escultura e a pintura são as primeiras manifestações artísticas e, ao longo dos séculos, se relacionam com uma série de simbolismos, tal como veremos a seguir.


Escultura no Brasil
Ao falar em escultura brasileira pensamos logo em “Aleijadinho”, que se destacou com as imagens sacras e é o maior representante do barroco do nosso país.

A escultura barroca, influenciada pela expressão europeia, era rebuscada e rica em detalhes. Antes dela, porém, não podemos deixar de citar a arte indígena, que embora não tenha deixado muitos registros, tinha como função o culto religioso e retratava especialmente animais.


O primeiro escultor brasileiro de que se tem notícia, porém, é o Frei Agostinho de Jesus que se acredita ser o autor da imagem de Nossa Senhora da Aparecida que foi encontrada por pescadores e fez surgir à devoção à então padroeira do Brasil.

O Modernismo, por sua vez, abriu espaço para a criatividade. Nessa época, a escultura assume características de abstracionismo que se consolidam a partir da década de 50.


Escultura Antiga

Escultura Egípcia
A escultura egípcia se ocupava especialmente da figura do Faraó, a qual se acreditava que abrigava a sua alma, uma vez que substituía o corpo que ia se decompondo.

As esculturas egípcias apresentam-se de forma estática, com braços estendidos, pés unidos e isentas de qualquer expressão facial.



Escultura Grega
Os gregos se inspiraram na arte egípcia até criar exclusivamente a sua própria arte, a qual foi bastante copiada - especialmente pelos romanos - em decorrência do destaque alcançado com a representação humana, que era proporcionalmente equilibrada, perfeita e idealista; as figuras representadas não apresentavam imperfeições verdadeiras, assumindo assim, um caráter divinal ou sublime.

Ao passo que as esculturas egípcias apresentam-se de forma estática, as esculturas gregas ganharam movimento. Evoluindo, elas começaram a mostrar os músculos do corpo humano e depois o movimento leve dos braços.

Escultura Romana
A escultura romana herdou da escultura grega a sua perfeição, mas assumiu um caráter mais realista - em vez de idealista - das formas. Além da sua contribuição pelas obras originais 
- consideradas as mais belas da Antiguidade - os romanos copiaram obras-primas gregas e, felizmente por isso, elas sobrevivem até nossos dias, visto que os originais gregos se perderam. Um desses exemplos pode ser visto no Museu Arqueológico de Nápoles; trata-se da escultura em mármore de Orestes e Eletra, feita no século I a.C.

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Evolução da Escultura Grega
A Escultura Grega foi uma das importantes manifestações artísticas do mundo grego e que influenciou diversas civilizações posteriores. Para a composição das obras, os principais materiais utilizados eram mármore, bronze, pedra, madeira e terracota.

Elas foram primordiais para o cumprimento de ordens religiosas, políticas e ornamentais as quais representavam e glorificam sobretudo, deuses, heróis, musas e atletas. Observe que a escultura grega recebe grande influência dos modelos egípcios, cretenses e mesopotâmicos.


Características
As principais características da Escultura Grega são:
Busca da Beleza Física
Representação do corpo humano
Naturalismo e idealismo das formas
Movimentos e detalhes
Volume e simetria
Perspectiva e proporcionalidade
Temas mitológicos


Arte Grega: Períodos e Características
Vale lembrar que a arte grega se estendeu durante séculos, e está dividida em três períodos:

Período Arcaico (entre os séculos VIII a.C. e V a.C.)
Nesse período inicial, as esculturas eram produzidas principalmente de madeira e terracota onde os movimentos e a expressão ainda não eram tão explorados pelos escultores.

Eram basicamente esculturas eretas de baixo e alto relevo, ou seja, aquelas feitas nas paredes e que causam um efeito de profundidade e volume. Possuíam dois modelos: “kouros”, representação masculina de um jovem nu e a “koré” jovens virgens vestidas com túnicas.

Período Clássico (entre os séculos V a. C. e IV a. C.)
Fase em que a arte escultórica (e as artes no geral) adquire seu apogeu com a aproximação do realismo. A evolução é notória na busca da perfeição, beleza, serenidade, proporcionalidade e dos movimentos das esculturas gregas clássicas.

Isso levou ao rompimento com a frontalidade encontrada nas obras do período anterior, ou seja, a escultura passa a ser vista de outros ângulos e perspectivas, chamada de "escultura de vulto", em três dimensões.


Período Helênico (entre o século III a.C. até o início da Era Cristã - século I a.C.)
Nesse período, nota-se a mudança de temas e técnicas utilizadas pelos escultores, por exemplo, a exploração de temas cotidianos, expressões dramáticas, maior grau de realismo e emoção, além do aumento das dimensões e dos volumes.

Esses fatores que caracterizaram as esculturas gregas helenísticas proporcionaram mais expressividade e sensualidade às obras. Isso ocorreu devido ao contato com outras civilizações antigas, que mesclou diversos aspectos dessa arte. Nesse momento, as esculturas de mulheres já surgem em formato nu.

Pintura Grega
A pintura, tal qual a escultura e arquitetura, influenciaram imensamente a cultura grega. Eram produzidas geralmente nas cerâmicas e também nas paredes dos templos. Os temas mais explorados eram os mitológicos.

Escultura Romana
Observe que a arte grega influenciou a arte romana, no entanto, ela apresenta características peculiares. Assim, a escultura romana é mais realista e não tanto idealizada como representavam os gregos. Ou seja, representavam as figuras de maneira mais fidedigna, com os defeitos e as proporções reais.


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Arquitetura Grega
A pedra é o produto mais encontrado durante o período da arquitetura grega arcaica. A característica desse período está no uso de arcos em edifícios de linhas retas e colunas nos quatro lados.

Nos telhados há vigas de madeira cobertas de telhas talhadas em terracota. Os arquitetos gregos são conhecidos por serem os primeiros a usar a proporcionalidade em seus projetos.

No período clássico, o design também segue a lógica das demais artes visuais gregas e apresenta seu apogeu. Esse período da arquitetura é subdividido em duas fases, dórico e jônico.

O dórico é caracterizado pelo formalismo e austeridade, enquanto o jônico é decorativo. Já no período helenístico, a arquitetura é marcada por formas extravagantes.


Arquitetura Grega

Os grandes templos erguidos pelos gregos tinham o propósito de prestar culto aos seus deuses. Uma das suas características é a utilização das colunas e a simetria entre a entrada e os fundos do templo.

Igualmente, as praças eram importantes dentro da polis grega, pois eram um local encontro e de passagem para seus habitantes.

Outras obras de interesse na arquitetura grega foram a Acrópole de Atenas, Colosso de Rodes, Estátua de Zeus, Farol de Alexandria, Templo de Ártemis.
Estilos Arquitetônicos Gregos

Podemos definir três estilos arquitetônicos gregos:
Coríntio: rico em detalhes;
Dórico: simples e maciço, representa o masculino;
Jônico: luxuoso, representa o feminino.

Os principais artistas da arquitetura grega foram: Calícrates, Fídeas e Ictinos.

Arquitetura Grega

A Arquitetura Grega se desenvolveu a partir do século VIII a.C., sendo inspirada nos estilos jônico, o dórico e o coríntio. Nas grandes construções gregas, os materiais mais utilizados eram as pedras, mármore, madeira e calcário. Naquele tempo, as estruturas já contavam com uma grande engenharia, simetria e o uso de cálculos e proporções matemáticas.

Na arquitetura grega destacam-se os templos, geralmente locais onde se realizavam diversas celebrações (acontecimentos civis, eventos esportivos, etc.) e cultos aos deuses, da qual se destaca a Acrópole e o Parthenon de Atenas, na capital grega. Para os gregos, os deuses habitavam os templos. Além dos templos gregos, praças e teatros foram erigidos.

Importante notar que a arquitetura grega era sobretudo, de caráter público, ou seja, as construções e/ou edifícios públicos eram feitos para contemplar diversos eventos (político, social, econômico, religioso). Por sua vez, as habitações eram simples e destituídas de grande requinte.

Características
As principais características da arquitetura grega são:
Caráter público
Conceito de Belo (teor estético)
Monumentalidade (grandes Templos)
Perspectiva e proporcionalidade
Simetria e harmonia
Equilíbrio e rigor das formas
Presença de colunas e pórticos
Períodos

A Arquitetura Grega se desenvolveu durante vários séculos, sendo didaticamente dividida em três fases ou períodos:
Período Arcaico: fase inicial de desenvolvimento da arquitetura grega entre os séculos VIII a.C. e V a.C.
Período Clássico: fase do apogeu da arte grega no geral que ocorreu entre os séculos V a. C. e IV a. C.
Período Helenístico: período de decadência e transformações no campo das artes, através da influência de diversas culturas que ocorreu entre o século III a.C. até o início da Era Cristã.

Escultura Grega
Geralmente dentro dos templos, estavam as esculturas. Merece destaque a Estátua de Zeus em Olímpia, que foi esculpida pelo ateniense Fídias, no século V a.C..

Note que a escultura grega era realista e preocupada em demonstrar os detalhes, os movimentos e a beleza dos homens e dos deuses mitológicos. Os materiais mais utilizados eram: mármore, argila e marfim.

Pintura Grega
Além das esculturas, as pinturas faziam parte da arte grega clássica do qual se destacam os pintores: Sófilos, Clítias e Exéquias. A pintura grega é realista e antropocêntrica e representava figuras humanas, cenas cotidianas, batalhas, deuses mitológicos, dentre outros.

Eram trabalhos realizados em cerâmica (vasos, potes, etc.), no entanto, também eram disseminadas nas paredes das construções gregas.

Teatro Grego
O Teatro Grego foi um dos mais importantes elementos da cultura grega. Surgiu através das festividades realizadas ao Deus Dionísio, divindade das festas, fertilidade e do vinho. Eram um dos mais célebres acontecimentos que fazia parte da vida social da Grécia Antiga. Eram encenados durante o dia inteiro e os gêneros desenvolvidos foram a Tragédia e a Comédia.

Arquitetura Romana
A arquitetura romana também se destacou por sua grandiosidade com a construção de aquedutos, banhos públicos (termas), pontes, mercados, estradas, calçadas, tribunais, mosteiros e igrejas. A influência grega é notória uma vez que os romanos também construíram templos, palácios, pórticos e anfiteatros.

No entanto, os romanos já utilizavam outros materiais e técnicas e sua grande diferença está nos arcos e nas abóbadas, desconhecidos pelos gregos. Como exemplo, podemos mencionar as obras localizadas em Roma: Coliseu, o Panteão, o Arco de Constantino e o Fórum Romano. Vale lembrar que, de outras construções arquitetônicas romana, destaca-se o aqueduto de Segóvia, na Espanha

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Teatro Grego

O teatro teve início com as festas em honra aos deuses, mais precisamente com o culto à Dionísio e se constituíam numa parte das celebrações religiosas.

Além dos atores, contavam com o coro que comentavam a cena e explicavam as sutilezas das tramas para o espectador. A tragédia grega constitui uma das maiores heranças artísticas desse povo e são encenadas até hoje.

O desenvolvimento artístico do teatro está intimamente ligado à arquitetura dos anfiteatros gregos que aproveitavam o máximo a acústica para que todos pudessem ouvir o texto.

Mais tarde, o teatro passou a retratar o cotidiano através da comédia.

Os principais artistas do teatro grego foram: 
Choerilus, 
Phrynichus e 
Pratinas.

Arte Grega e Romana
Frequentemente ouvimos falar em arte greco-romana e isto ocorre pois a arte grega influenciou a arte romana. Os romanos tentaram imitar a arte grega porque ficaram impressionados com ela por ocasião do domínio da Grécia.

A arte grega, por sua vez, também sofreu a ação da arte romana. Uma prova disso é o uso de arcos em detrimento das colunas na construção dos templos e palácios.

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Teatro Grego

O Teatro Grego foi muito importante no desenvolvimento da cultura grega e, além disso, serviu de influência e inspiração para outros povos da antiguidade, sobretudo, os romanos.

Vale lembrar que o termo teatro (theatron), do grego, significa “local onde se vê” ou “lugar para olhar”. O teatro grego era formado por diversos elementos, cenários e figurinos. Além das da presença de júris, eles apresentavam músicas, danças e mímicas.


Resumo das Características
Saiba sobre as mais importantes características do Teatro Grego:

Origem
O teatro grego teve início em Atenas, na Grécia, por volta de 550 a.C. e surgiu a partir das celebrações realizadas sobretudo, para o Deus Dionísio, divindade das festas, fertilidade e vinho.
Nas celebrações Dionisíacas, que duravam cerca de uma semana, as pessoas bebiam, cantavam e dançavam. Com o passar do tempo, essas festas foram evoluindo na organização e elaboração, até chegar ao o que hoje conhecemos como o teatro com enredo, atores, plateia, encenações, etc.

Inúmeros festivais de Teatro, fizeram parte da Grécia Antiga e eram apresentados durante o dia todo e muitos duravam dias.

Máscaras
As máscaras eram um instrumento essencial do figurino dos autores, sendo muito utilizado no teatro grego. Já que as mulheres não participavam das atuações (não eram consideradas cidadãs da pólis), as máscaras, muito coloridas, podiam representar personagens de ambos os sexos.

Arquitetura
A arquitetura dos teatros gregos possuía como mais destacada característica, as construções ao ar livre, chamados de teatro de arena. Em forma de meia lua, visando uma melhor acústica, eles possuíam uma grande plateia. Merecem destaque o Teatro de Delfos e o Teatro de Dionísio.

Na época clássica, diversos teatros foram construídos na Grécia. Para os gregos, ir ao teatro representava um grande acontecimento, que aos poucos, foi tomando conta da vida social dos habitantes.


Classificação
Na Grécia Antiga os gêneros teatrais eram classificados em:

Tragédia
Do grego, o termo tragédia (tragoedia) é formado pelas palavras, “tragos” (bode) e “oidé”, (canção), e significa “canção ao bode”, uma vez que nas celebrações a Dionísio (Canto ao Bode), um bode era sacrificado para oferenda e ainda os homens se vestiam de sátiros.

Trata-se do gênero teatral mais antigo de todos o qual estava baseado nas histórias trágicas e mitológicas, por exemplo, o medo, a morte, o terror. Ou seja, a tragédia é um gênero artístico que representa uma peça teatral (ou poema) com um final infeliz.
As tragédias gregas eram compostas geralmente por cinco atos e uma das importantes características que a diferem da comédia, eram os personagens, ou seja, na tragédia os personagens eram deuses, reis e heróis, enquanto na comédia, os personagens eram homens comuns.

Os mais importantes dramaturgos gregos desse gênero foram: Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Vale lembrar que diferentemente dos jurados nas Comédias, os júris das tragédias eram formado por cinco pessoas importantes da aristocracia.


Comédia
Do Grego, o termo comédia (komoidia) significava um “espetáculo divertido”. Trata-se, portanto, de um gênero teatral crítico baseado nas sátiras e que abordava diversos aspectos da sociedade grega de maneira cômica. Observe que ela era considerada pelos clássicos como um gênero menor, em relação à tragédia. Os júris da comédia não eram aristocratas como na tragédia, os quais estavam formados por três pessoas da plateia.

Para o filósofo grego Aristóteles, a tragédia era um gênero maior visto que representava os homens superiores, enquanto a comédia representava os fatos cotidianos e por isso, era representado por homens inferiores, ou seja, os cidadãos da Pólis. Dos dramaturgos desse gênero, destaca-se: Aristófanes.

Peças
Muitas peças teatrais gregas são representadas até hoje visto a influência que tiveram no mundo. São elas:
"Édipo Rei" de Sófocles
"Prometeu Acorrentado" de Ésquilo
"As Troianas" de Eurípides
"As Vespas" de Aristófanes

Teatro Romano
Além do teatro grego, o teatro romano sofreu influência deste e se desenvolveu na época clássica. Da mesma maneira, o teatro na Roma Antiga desempenhou um papel social muito importante na sociedade o qual influenciava a política e as crenças da população. Dentre os dramaturgos romanos destacam-se Plauto, Terêncio e Menandro.

Curiosidades: 
A máscara da Tragédia e da Comédia são símbolos muito disseminados no teatro e fazem referência a sua origem grega e aos principais gêneros disseminados na Grécia Antiga.

Grécia foi governada pelo imperador Felipe II e em seguida por seu filho Alexandre Magno, que conquistou um grande império. A fusão da cultura grega com a ocidental recebeu o nome de Cultura Helenística.



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